SENADORES
DE 9 ANOS, VERGONHA. MANTEM O ESTOUVADO MERCADANTE? EDUARDO CUNHA, DONO DO
LEGISCENTER.
HELIO FERNANDES
12.06.15
No
gabinete do Ministro Levy, um cartaz enorme: "Não se pode gastar mais do
que recebe". Rigorosamente verdadeiro para o cidadão, a empresa, os
governos municipais, estaduais, a presidência da República. O segundo Joaquim
faz campanha contra as desonerações da folha de pagamento.
Essa
matéria está para ser votada, a tendência do legislativo é decidir contra o
governo Dilma, nem examina se é bom ou ruim para o país. Logo depois de tomar
posse, declaração polemica de Levy: "A brincadeira das desonerações já
custou 25 bilhões".
Mas
agora, com o aumento colossal do desemprego, seria necessário e indispensável
reexaminas a questão. O desemprego caminha de forma acelerada, perder o emprego
desastre irrecuperável.
Senadores
do PMDB, revelaram: “O Ministro Levy trouxe uma proposta de aumentar os
impostos sobre serviços”. Ajuste fiscal é isso?
A farsa da reforma partidária.
A reforma
política partidária vai de equivoco em equivoco, não acerta uma. Depois de
decidirem que o partido que eleger apenas um deputado ou senador terá direito
ao Fundo partidário e ao uso obrigatório do rádio e televisão, voltaram a votar
descontroladamente.
Mantiveram
o voto obrigatório, permitindo que se repita o placar da última eleição, quando
26 milhões de eleitores, obrigados, compareceram mas anularam a participação de
várias maneiras. É o que irá acontecer.
Também
reduziram o número de eleições, acumuladas num dia só, citando estadual,
prefeito, vereador. Absurdo mantendo o eleitor cada vez mais distante do
candidato. O que deveria acontecer: num dia, presidente e senador. Noutro,
governador, deputado estadual, deputado federal. Finalmente, prefeito e vereador.
Quanto mais eleição, melhor.
De
retrocesso em retrocesso marcaram o início dessas modificações extravagantes
para 2022 e 2026. Como fixaram as eleições todas o mesmo dia, não houve
possibilidade de coincidência dos mandatos. Não tiveram constrangimento,
aumentaram vergonhosamente o mandato dos senadores para nove anos.
Seria
mais relevante e menos acintoso que Presidente da República e senadores
tivessem mandato de seis anos, sem reeleição. Quatro anos para presidente é
pouco, cinco anos não dá coincidência, seis não é exagerado. E senadores
voltariam aos seis anos de mandato, como Rui Barbosa colocou na Constituição de
1891. E infelizmente atendendo a interesses ocasionais, em 1947 aumentaram para
oito anos, e vão passar para nove.
Mercadante-Temer
No
governo Lula, Mercadante era senador, líder do governo, custava até ser
recebido pelo presidente. Irritado e desprezado, pediu demissão do cargo,
declarando: "Minha decisão é irrevogável".
Do alto
da importância e arrogância, Lula respondeu: "No meu governo quem diz o
que é irrevogável sou eu, o senhor continua no cargo". Continuou.
Derrotado mais uma vez para governador de São Paulo, ficou desempregado.
Supreendidíssimo, foi convidado por Dilma para Chefe da Casa Civil, só tem
criado problemas.
Alimenta
hostilidade com o vice Michel Temer. Agora exagerou, o PMDB se levanta contra
ele. Semana passada, Levy foi criticado, ela veio a público, afirmou: "Ele
é ministro, a chefe do governo sou eu". Por que não diz a mesma coisa em
relação a Mercadante? Ou para ela a situação é diferente?
Como
lobista era menos perigoso e prejudicial do que agora, como truculento,
irresponsável e indefensável presidente da Câmara. Tem influencia nacional, faz
o que bem entende. Como lobista numa votação da CPMF, ha anos, foi criticado
duramente pelo então senador Artur Virgílio, agora prefeito de Manaus,
favoritíssimo para a reeleição ano que vem. Não se defendeu, dizer o quê?
Como
presidente da Câmara, no dia escolheu indicou e empossou o presidente e o
relator da CPI da Petrobras. E ainda nesse dia, colocou como líder nacional do
poderoso PMDB, um deputado inexperiente, comprometido pela genética do
sobrenome.
Aproveitou
o feriado de um dia para um voo turístico de 10 dias. Na volta, presidiu e
tumultuou a sessão que tratava da polemica e contestada redução da maioridade
penal. Diante do protesto de estudantes assistiu e se omitiu num fato inédito:
seguranças da Câmara despejaram montanhas de gás de pimenta atingindo os que
estavam no plenário, incluindo parlamentares.
Não
puniu, sequer advertiu e até aplaudiu os irresponsáveis que praticaram essa
covardia. Investigando pela Lava-jato continua sua trajetória de idiossincrasia
pela democracia, tão deprimente que aceita que ele seja ultrajante presidente
da Câmara.
PS- Na
terça fera, depois das "concessões", Dona Dilma pegou o avião ás oito
da noite, foi para a Bélgica. Já na manhã de quarta, no dia todo até quase
madrugada, participou de um encontro tão sem importância, que nem é notícia.
PS2- Está
marcado que ontem, quinta feira, volte para o Brasil logo pela manhã. Vá direto
para Salvador onde na mesma quinta feira (talvez sexta) começa o Congresso
(altamente dividido mas unido em torno de Lula) do PT.
PS3- Dona
Dilma faz questão de estar presente, apesar de muitos grupos, alas ou setores
do PT, preferirem sua ausência. Dizem abertamente e com ironia: "O
congresso é do PT".
PS4- Não
existe possibilidade de oposição a Dona Dilma. Alguns pretendiam se manifestar
contra ela. Lula controlou tudo, é candidatíssimo ao Planalto em 2018, com 73
anos. Mas só terá ou teria alguma chance com Dilma no Poder e fortalecida. A
primeira hipótese, possível. A segunda impossível.
*Aos sábados serão publicadas matérias mais
acessadas no blog.
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