DECRÉPITO E CAQUETICO O LEGISLATIVO
HUMILHA O EXECUTIVO. DUAS CPIS PARA A CORRUPÇÃO DO FUTEBOL.
HELIO FERNANDES
04.06.15
Se o Aurélio
ou o Houaiss, fossem vivos, retirariam de seus dicionários a palavra
representatividade. Pelo menos em relação ao Legislativo. O movimento de rua
que começou e acabou em junho de 2013 (está completando dois anos) acertou
totalmente quando bradou diante da Câmara e do Senado: “Vocês não nos
representam”. Isso é cada vez mais verdadeiro.
Eduardo Cunha
e Rena Calheiros ou “calhau”, fazem de tudo para escapar da Lava-jato. Quando alguém
pergunta, porque se mantêm no cargo, não renunciam, respondem tranquilamente: “Somos
apenas investigados e nunca encontra, alguma coisa para nos indiciar”.
E continuam
tentando destruir o executivo, enquanto se escondem atrás de CPIs. Fizeram uma
sobre a Petrobras, continuam “em atividade”, mas não convoca ninguém de importância,
mas sabidamente corruptos. Por que não ouvem nenhum dirigente ou proprietário
de empreiteiras?
Romário criou
uma CPI para investigar a CBF. Com 53 assinaturas, estava consolidado. Foi
chamado pelo presidente da Câmara, ouviu a sugestão: “Vamos fazer uma CPI mista”.
(só eu publiquei isso).
O ex-jogador
não aceitou, Cunha convocou os apaniguados da “bancada da bola”, criaram outra
CPI. A CPI do Romário é para apurar. A da Câmara é para esconder. Por que não
organizam uma CPI para investigar Cunha e Calheiros? Podia ser mista, mais
completa.
O congresso vota por perseguição e não
convicção.
Em junho de
2013, na primeira manifestação autentica e relevante das ruas, muitos
protestos. O principal, atingiu o legislativo, com a frase: “Vocês não nos representam”.
Gritado em massa na frente da Câmara e no senado, provocou mais do que susto e
sim pânico.
O Legislativo
ia aprovar a PEC 37, que por unanimidade restringiria e praticamente acabaria
coma Independência do Ministério Público. Logo o “colégio dos líderes” (uma
excrescência), se reuniu, mudou radicalmente, votou e recuou por unanimidade a
mesma PEC 37.
Respiraram
aliviados conscientes de que poderiam mistificar e enganar a opinião pública.
Agora, varias demonstrações neste sentido. Aprovaram a PEC da bengala,
represália contra Dona Dilma, os Ministros do Supremo ficam na ativa até os 75 anos.
Mas para que
os Ministros do Supremo não se julguem poderosos e vitoriosos, querem trair a
dignidade, a ética, a moral e o bom senso. Preparam interpretação: “Os
Ministros terão que se submeter a nova sabatina”. Absurda e
inconstitucionalidade.
Celso de
Mello há 29 anos no Supremo, vão perguntar o que a ele? Marco Aurélio Mello
(que como é do seu estilo logo se manifestou contra) há 24 no Supremo, a que
perguntas responderá? E os outros idem, idem.
Imediatamente
o Supremo considerou essa segunda sabatina imoral e inconstitucional, o
legislativo, humilhado, não pôde fazer nada. Mas humilha diariamente o
Executivo, (como mostrei ontem) acumulando mais poderes para esse legislativo
aético, caquético, capenga.
Lava-jato sem restrição.
Acusado de irregularidades quando
presidente do BB em vez de responder e ser responsabilidade, foi protegido e
promovido. Passou a presidente da Petrobras, até agora nenhum resultado. Se a
apresentação do balanço for colocado como ponto positivo, "blindagem"
proporcionada pelo próprio governo.
A Caixa Econômica vem sendo
apontada como "fabrica" de "contratos" altamente
favorecidos. Agora surgiram denuncias de "contratos sigilosos", que
deveriam ser imediatamente apurados e investigados.
Num momento em que se fala, se
pede e até se exige transparência, por que sigilo nas concessões? E o BNDES,
nenhuma surpresa, mais uma vez envolvido em escândalos colossais. Aí os números
são inimagináveis, embora depois dos assaltos aterrorizadores da Petrobras,
nada seja inadmissível, tudo é mais do que visível.
Em nome da transparência,
poderiam exigir desse antigamente "banco de fomento", a publicação ou
quebra do sigilo de empréstimos favorecidos e privilegiados.
Dois dados que o BNDES não
explica, mas que o cidadão-contribuinte-eleitor, precisa conhecer com urgência.
Duas declarações sigilosas de empréstimos a Eike Batista. Quantos foram, o
total dos valores, as garantias.
2- A declaração de um economista
famoso, nomeado por Lula para a presidência do banco, e com quatro meses,
denunciando escândalos internos.
Textual: "O BNDES empresta
os três ou quatro por cento, atravessa a rua, são reemprestados a sete ou oito
por cento". (O BNDES e a Petrobras ficam na mesma Avenida Chile, um de
cada lado).
Mas é preciso que não se confirma
a reviravolta da Lava-jato, que se esboça no horizonte. Sabendo do que
acontecia no BNDES, Lula tomou uma só providencia: "Demitiu o presidente
que nomeara, e fornecera o roteiro das negociatas e dos escândalos".
PS- O amalucado e desequilibrado
futebol brasileiro, ultrapassa seus próprios limites negativos. O técnico
Marcelo Oliveira foi campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2013 e 2014. Começou
2015, desfalcadissmo, foi logo demitido.
PS2- Não satisfeitos com tanto
malabarismo que pensam ser maquiavelismo, contrataram para substituí-lo,
Wanderley Luxemburgo. Que 48 horas antes havia sido demitido do Flamengo, não
esconderam que era por incompetência.
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