FUTEBOL, ROMÁRIO, FIFA E O BRASIL
CAMINHA PARA O NADA. EIS QUE NADA, ABSOLUTAMENTE NADA, ACONTECERÁ PARA MUDAR O
RUMO DOS ACONTECIMENTOS.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
11.06.15
A Copa do Mundo 2014 no Brasil rendeu
US$ 4,8 bilhões (R$ 15 bilhões) em quatro anos – o evento gerou um lucro de
mais de US$ 2 bilhões para a Fifa, para uma organização sem fins lucrativos –
que, no entanto, mantém uma grande reserva de dinheiro, que contabilizada mais
de US$ 1,5 bilhão em 2014 – baseada na Suíça, onde é isenta de impostos.
O
lucro total da organização entre 2011 e 2014, de US$ 5,7 bilhões, não é tão
grande em comparação com o de megacorporações – a Coca-Cola, por exemplo, que
patrocina a Fifa, lucrou US$ 46 bilhões só em 2014.
No
eixo deste mega negócio surge agora personagens
acusados de terem praticado crime lesivo aos seus cofres. São: Ricardo Teixeira
(indiciado pela Polícia Federal), Joseph Blatter (presidente renunciado da
Fifa), Jérôme Valcke (investigado pela Justiça dos Estados Unidos), José
Hawilla (réu confesso) e José Maria Marin (preso na Suíça).
A
organização anticorrupção Transparência Internacional (TI) concorda e afirma,
em um relatório de 2011 sobre a Fifa, que a corrupção não só prejudica na
imagem do esporte como também pode comprometer seu papel de "espalhar os
valores do espírito esportivo". Em meio às manchetes em todo mundo, a
sujeira protagonizada por dirigentes relapsos e ardilosos, contrasta com a
humildade de milhares de clubes de futebol que mínguam o mínimo possível, para
poder gerar craques e renovar a nova geração de futebol.
São
micros agremiações que disputa campeonatos miseráveis de terceira e quarta
série, onde sequer dispõem de verba para o transporte dos atletas para o
deslocamento entre estádios em meio a campeonatos longos e sem público, e sem
renda.
Abandonado
a própria sorte a base do futebol mundial, raramente tem o patrocínio de clubes
maiores que mantém escolinhas de base ou utilizam esses pequenos clubes como
fábrica de atletas. Não pouco, centenas de milhares de agenciadores, exploram
essa mão de obra desportiva de forma melancólica e criminosa, deixando querelas
para os jogadores, que são na verdade o “artista do espetáculo”.
Para
se ter uma ideia, avalie quanto recebe de salário um jogador que disputa uma
terceira divisão estadual ou nacional? Vejam as dívidas acumuladas por esses
clubes? Há pouco o CR Flamengo contratou o atacante estrangeiro Paolo Guerrero
pela milionária quantia de R$ 1 milhão e 100 mil/mês. Mas deve milhões (?) Uma
distorção, que se vê ate mesmo no próprio time, onde atletas que estão lado a
lado desse atacante, ganham dois por cento ou menos do que ele.
O
futebol tem razões que a própria consciência desconhece, Felipão, despejado do
futebol português, voltou ao Brasil e protagonizou o pior espetáculo de uma seleção
em Copa da Mundo no 7 a 1 da Alemanha. Em seguida assinou contratou milionário
com o combalido Grêmio, saiu, e agora está na China, enganando os mandarins do
dólar/metal.
Agora
Romário – o senador, posa de bom menino, na carona do “caos do futebol”, coloca
o dedo na “ferida” do escândalo da FIFA, faz seu marketing para se eleger
prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Mas que passado tem este craque de bola, se
na vida “social”, não foi tão craque! Raimundo, Vampeta, e tantos outros
protagonizaram situações pontuais deprimentes, mas posam de “bom menino” ai nas
emissoras de rádio e TV, comentando futebol, como se fossem os “mestres” dos
mestres. O salário, bem este nunca foi pequeno, o português sim, “pequeníssimo”,
uma agressão ao Aurélio.
É o futebol
na desonra, e no momento para se rediscutir de verdade, sua nobre finalidade.
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