tag:blogger.com,1999:blog-56359515538746067712024-03-13T05:41:08.584-03:00Helio FernandesBlog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa, e seus colunistas. Editoria: Roberto Monteiro Pinho.Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.comBlogger2307125tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-25010731776753439432021-03-10T00:56:00.001-03:002021-03-10T00:56:06.275-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">CORONÉIS DA
RESERVA APENAS COADJUVANTES, AGORA FALAM ABERTAMENTE COMO “PAPAGAIOS DA
TORTURA”. VOU CITAR GENERAIS IMPORTANTES, COM NOME E SOBRENOME, QUE MANDAVAM DE
VERDADE, DAVAM AS ORDENS</span></span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os que estavam no poder, eram divididos em sensatos e insensatos</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Falavam muito em “linha dura”, mas isso era forma de simplificar. “Linha
dura” era composta por aqueles que logo queriam torturar e matar. Os outros,
eram os que acreditavam em diálogo, todos, milhares, iriam sendo “passados para
a reserva, como traidores da revolução”. Que iria sendo identificada com sua
própria fisionomia de golpe.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois de um tempo de silêncio, o general falou para um coronel: “Onde
está o carro que vai levar o jornalista?”. Uma quase revelação, eu iria para
algum lugar, poderia ser bom ou ruim. O carro chegou, me levaram até ele, Fiuza
disse para o coronel: “Vá com ele, não quero que desapareça pelo caminho e nos
acusem e culpem”.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parecia um destino razoável, mas fiquei ainda sem saber. No carro o
coronel (de uma grande família de militares de carreira) me disse: “Vamos para
o Hospital Central do Exército”. Mas terminou com uma declaração surpreendente:
”Ao senhor não vai acontecer nada”. Naturalmente com outros ACONTECERIA.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fiquei lá uma semana, a única satisfação era a conversa com o médico.
Sobrinho de Manoel Bandeira, contava histórias admiráveis dele. Uma semana
depois fui libertado. Na portaria do hospital, em Bonsucesso, me entregaram
mala com roupas. Provavelmente minha família sabia, não me falaram nada. Peguei
um taxi, logo estava em casa.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Herzog foi assassinado pelos insensatos</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Preso na TV-Cultura, não era para ser morto. Mas seus prisioneiros
obedeciam ordens do poderoso general Eduardo D’Avila Mello, comandante do II
Exército. Já fora advertido pelo general Geisel, “não quero violência contra
ninguém”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quatro Estrelas, comandante do II Exército (que englobava São Paulo),
suas ordens foram as mais específicas e minuciosas possíveis. Acreditava que
nada iria lhe acontecer. Mas aconteceu.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quando soube da morte (assassinato) do jornalista, Ernesto Geisel mandou
preparar o avião, “vou para São Paulo”. Muitos queriam ir com ele, foi duro e
definitivo: “Vou sozinho”. Chegou em São Paulo mandou chamar o general Ednárdo,
disse imediatamente: “O senhor está demitido, vai chegar do Rio o novo
comandante do II Exército”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O general Ednárdo não acreditou, nunca um general comandante do Exército
foi demitido dessa maneira. Ficou parado, perplexo, Geisel fulminou: “Pode se
retirar, o senhor não tem mais nada a fazer aqui”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confissão do general Cordeiro de Farias</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na minha casa, só ele e o grande criminalista Oscar Pedroso Horta,
Ministro da Justiça de Jânio, e talvez a única pessoa a saber da “renúncia”,
Cordeiro contou o seguinte. Foi interventor no Rio Grande do Sul, e depois
governador de Pernambuco, eleito pelo voto direto. Fez muitos amigos, de vários
setores.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dia recebeu telefonema do Recife. Um amigo advogado, contava que seu
filho de 21 anos estava preso no DOI-Codi, apavorado que fosse torturado. Ligou
logo para Orlando Geisel, pediu providências. Relato integral de Cordeiro de
Farias: “Ele me disse, vá lá na Barão de Mesquita, mostre a identidade de
general, chame o coronel, (foi dizendo os nomes) diga que fala em meu nome, que
em mandei soltar logo o estudante”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Continuando: “Fui, não me deixaram nem passar da portaria, telefonei de
volta para o Ministro Geisel: Você não manda nada, não pude nem entrar, nem
procurar o coronel da tua confiança”. O general-Ministro perguntou onde eu
estava, mandou esperar. Chegou fardado, foi demitindo todos que apareciam. O
coronel encontrou o menino que procurávamos, conseguiu retirá-lo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E Cordeiro de Farias, ainda emocionado: “Não adiantava mais nada, ele já
fora torturado”. O coronel explicou que procuravam informações. E Pedroso
Horta, revoltado: “Que informações poderiam obter de um estudante de 21 anos?”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os personagens do “Pasquim”, presos, mas na Vila Militar</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quero terminar com este episódio que mostra a diferença do Exército dos
generais ambiciosos e torturadores e dos oficiais que repudiavam o golpe, quase
todos perseguidos e expulsos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os jornalistas do “Pasquim” ficaram num Batalhão de Paraquedistas. 60
dias de prisão. Mas o comandante, duas ou três vezes por semana, “pernoitava”
no quartel, jantava com alguns. Que diferença.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por hoje acho o suficiente. Fui preso outras vezes, cassado,
sequestrado, desterrado, proibido de escrever, e mais e mais. Os fatos que
estão aqui, tiveram o repórter como personagem, observador e participante.<b> </b></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-66997985700109950912021-03-09T06:43:00.006-03:002021-03-09T06:46:40.555-03:00<p> <b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span color="windowtext">CORONÉIS DA
RESERVA APENAS COADJUVANTES, AGORA FALAM ABERTAMENTE COMO “PAPAGAIOS DA
TORTURA”. VOU CITAR GENERAIS IMPORTANTES, COM NOME E SOBRENOME, QUE MANDAVAM DE
VERDADE, DAVAM AS ORDENS</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: red; font-size: 10pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b><span face="Arial, sans-serif"> </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif">PARTE I</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O excelente repórter, Chico Otávio entrevistou o coronel Riscala
Corbage, que disse textualmente: “Torturei mais de 500 presos”. E como os
outros, principalmente o coronel Paulo Belham, (que foi logo silenciado), se
despediu com a afirmação: “Não tenho o menor peso na consciência”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chico Otávio encerrou com essa confissão, mas começou de maneira ainda
mais jornalística: “O cara urra de dor”. Belham também tinha sua frase de
bolso: “Não tenho remorso ou arrependimento”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Só que os dois mentiam avidamente, por simples exibicionismo.
Acreditavam que confessando e exagerando, voltavam ao apogeu. Acima dos 70
anos, quase chegando aos 80, imaginavam (e Corbage ainda imagina) que nada
aconteceria a eles. Como todos os generais principalmente os que chegaram a
“presidentes”, morreram, não pensavam que surgisse essa expressão de duas
palavras: “crimes imprescritíveis”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confissões de mim mesmo</span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif">Esse capitão da Polícia Militar, Tenente coronel na reserva, torturou
muito e não se pode desmenti-lo: com o maior prazer. Só que mente em alta
velocidade, desabaladamente. O Exército sempre teve desprezo e desapreço pela
Polícia Militar. E esta, total ressentimento, por causa da hierarquia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os oficiais da Polícia Militar só chegavam a coronel, paravam por aí. E
os comandantes eram sempre Generais, lógico, do Exército. Lutaram dezenas e
dezenas de anos para mudar a situação. Foram conseguir quando se revoltaram
contra o general Fiuza de Castro. (O filho, o filho, o pai era ótima figura, a
genética não exerceu o seu poder).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E esse Fiuza de Castro foi um dos mais displicentes comandantes do
DOI-Codi. Não torturava pessoalmente e provavelmente não sabia de tudo o que
acontecia. Mas existiam centenas de oficiais do Exército servindo no DOI-Codi e
não deixariam que um Capitão PM exercesse tanto Poder para a tortura de “500
presos”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Minha primeira ida ao DOI-Codi, seu comandante era precisamente Fiuza de
Castro. Saltei lá naquela entrada enorme, com cartazes do PIC, (Pelotão de
Investigação Criminal), uma figura fardada apontando um dedo para a frente,
como se fosse uma ameaça, devia ser mesmo.</span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mais ou menos 11 da noite. O Exército não transportava presos, aqui no
Rio isso era feito pela polícia. Eles me diziam: “Ficamos assustados em trazer
alguém, sabemos o que acontece”. Me levaram para uma sala, um Major explicou:
“O general Fiuza já foi comunicado, está chegando”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse local não era tão grande quanto parece. Éramos obrigados a ouvir
gritos de tortura, incessantes, assustadores, mortais. Um capitão até de boa
aparência, sussurrou: “São todos muito jovens, choram por qualquer coisa”. Não
sabia se ele era contra a tortura ou se depreciava a reação dos torturados.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O general Fiuza levou quase duas horas para chegar, não cumprimentou
ninguém, sentou numa cadeira distante. Vestia calça cinza e paletó de xadrez,
nenhum jogo de palavras. Inesperadamente olhou para mim, falou: “Gosto muito
quando o senhor escreve sobre futebol, por que tem que se meter na nossa vida?”.<b> </b></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-47330309185582999822021-03-08T00:07:00.002-03:002021-03-08T00:07:48.206-03:00<p> <b style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Clemenceau em 1917, economistas contra a economia, 100 anos depois</span></b><span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt; line-height: 115%; text-align: justify;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na equivocadamente chamada de Primeira Guerra Mundial, a França estava
vencendo, (surpresa) quase chegava a Berlim. O acordo de 1917 na entrada de
Moscou, resultou na paz em separado. Todos, Alemanha, Inglaterra, russos,
franceses precisavam das tropas fora dali.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os russos para vencerem a terrível guerra civil. Os alemães se
defenderam. Inglaterra e França reforçaram o ataque a Berlim. O Primeiro
Ministro da França, Clemenceau, desesperado, retumbou a frase eterna: “A guerra
é importante demais para ser comandada por militares”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">70 anos da invasão da Europa a inesquecível Segunda Frente</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia 6 de junho de 1944, depois do planejamento de mais de 1 ano, os
americanos atendiam o apelo desesperado dos aliados da Europa. Incluindo a Rússia
já União Soviética, contra Hitler, ainda poderoso, que fora massacrado pelos
soviéticos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1943/1944, da mesma forma que o genial Napoleão Bonaparte em
1809/1810. Ambos não resistiram ao que se chamou de “general inverno”, até 50 e
60 abaixo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Napoleão dizimado ainda no tempo da cavalaria, Hitler já na era das
“panzer divisions”, as mesmas que entraram em Paris em junho de 1940.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O general Marshall, líder civil e militar</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chefe geral do Estado Maior das Forças americanas, acima dele só o
presidente Roosevelt. Sua competência e liderança desmentiram o julgamento de
Clemenceau. Eisenhower, chefe de gabinete é um produto e uma consequência da
sua importância.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marshall coordenou tudo, criou cinco locais onde poderia acontecer a
invasão da Europa. Essa precaução, para que os alemães não se defendessem.
Marshall sabia que eles se informariam dos planos da Segunda Frente mas não
conheceriam o local exato.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A tragédia do sacrifício de milhões</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eles salvaram a democracia mesmo esfarrapada. Os “Mil anos do Reich”,
prometido por Hitler, naufragaram naquele mar gelado. Os filmes que tratam do
assunto, mostram de forma impressionante e até emocionante a luta daqueles
bravos. Os alemães corriam de um lado para o outro, acabaram descobrindo o
lugar correto. Perderam uma multidão de combatentes. E perderam também a
guerra.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marshall não quis ser presidente</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nenhuma ambição. Criou o Plano Marshall que livrou a Europa se
“comunizar”. Bilhões de dólares jorraram. Seu nome surgiu naturalmente,
Roosevelt morreu pouco antes. Com sua recusa apareceu Eisenhower, que ganhou
fácil em 1952. Não fez nada durante 8 anos, mas deixou uma frase perfeita:
“Agora eu sei porque o mundo é dominado pelo complexo industrial-militar”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apesar da frase e da constatação, nada mudou, tudo igual. Esse complexo
cada vez mais poderoso.<b> </b></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-12349805690625746952021-03-05T00:34:00.000-03:002021-03-05T00:34:04.356-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">1930, 34, 38,
42, VARGAS NÃO SAIU DO PODER, SEM VOTO, POVO, URNA, ELEIÇÃO. IDEM, IDEM PARA OS
GENERAIS DE 1964</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></b><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">PARTE III</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Valadares substitui Negrão</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os dois eram mineiros, espertíssimos e altamente governistas. Todos os
governadores foram transformados em interventores, incluindo Valadares. Para
interventor de São Paulo, Vargas nomeou Armando Salles de Oliveira, genro do
doutor Julio Mesquita, dono do “estadão”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Acreditaram que não aceitariam, o que fizeram com a maior satisfação. Só
que Vargas era como os elefantes, “não esquecia”. Na noite do próprio dia 10 de
novembro, o doutor Julio Mesquita foi asilado em Portugal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O que ninguém entendeu foi o asilo do ex-presidente Artur Bernardes.
Grande nacionalista, como governador de Minas, acabou com o monopólio da Hanna
Mining. E como presidente da República, liquidou a multinacional.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O asilo foi tido como medo de uma possível candidatura de Bernardes.
Como se Vargas era um ditador, apoiado “mil por cento” pelos militares?<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Stalin manda pedir a liberdade de Prestes</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1940 chegou ao Brasil um alto membro do Politburo Soviético. Recebido
logo por Vargas, transmitiu o recado de Stalin: “Manda dizer ao senhor, que
agora que somos aliados, gostaria de ver Prestes em liberdade”. Rapidíssimo no
que lhe interessava, disse que precisava de um tempo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Compreendeu logo o “trunfo” que tinha na mão. Transferiu Prestes para a
Penitenciária da Frei Caneca. Construíram para ele, uma casinha de madeira,
dois quartos e uma sala. Liberdade total para receber amigos e correspondência.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E manteve contatos com ele, através de amigos. Até que no fim de 1945,
libertou Prestes que imediatamente lançou o slogan: “Constituinte
Vargas-Prestes”. Mas seu fim havia chegado, não percebera.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia 29 de outubro de 1945, às 5:10 da tarde saiu preso do Catete. Às
9 da manhã nomeara o irmão “Beijo”, estroina, bêbado que varava as madrugadas
nos cassinos, para o cargo de Chefe de Polícia. Foi um ato de desespero, civis
e militares retiraram o apoio o apoio a ele. Mas durou 15 anos.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O absurdo da volta, a tragédia do suicídio</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dutra que durante 15 anos era chamado de “condestável do Estado Novo”,
mantendo o apoio dos militares, herdou o Poder. Em 1950, empossado em 1951,
Vargas devia ter ficado no Rio Grande do Sul. Além do mais não sabia “governar
democraticamente”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Criou tantos problemas, que os militares ficaram contra ele. Pouco mais
de 3 anos da posse, não tinha mais condições de continuar. Depois de uma
reunião ministerial tumultuadíssima, subiu, deu um tiro no coração, “deixo a
vida para entrar na História”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nada improvisado, o texto já estava escrito pelo jornalista Maciel
Filho. Entrou realmente na História, mas o país no mais completo caos.<b> <o:p></o:p></b></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-70686777470582305482021-03-03T07:44:00.004-03:002021-03-03T07:46:29.223-03:00<p><b style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span color="windowtext" style="text-decoration-line: none;">1930, 34, 38,
42, VARGAS NÃO SAIU DO PODER, SEM VOTO, POVO, URNA, ELEIÇÃO. IDEM, IDEM PARA OS
GENERAIS DE 1964</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">HELIO FERNANDES</span></b><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: red; font-size: 10pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">A Constituinte de 1933/1934</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Espertíssimo,
Vargas destroçou os “revolucionários” de 1932, mas convocou a Constituinte para
logo a seguir. Fariam a Constituição e marcariam a eleição direta para 60 dias
depois de promulgada a Constituição de 1934</span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Constituição
saiu, mas não houve a eleição direta. Frustração geral. Vargas ficou no poder,
transferiu a eleição direta para 1938. Como fez isso?<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ditadura do
Estado Novo</span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1934, Vargas
“nomeou” para a Constituinte 17 deputados sindicalistas, chamados de “pelegos
trabalhadores”. E a seguir outros 17, que seriam os “pelegos patronais”. Como a
constituinte era formada por 143 parlamentares, Vargas já com 34 votos a favor,
facilmente transferiu a “direta” para 1938. Escândalo, vergonha, despeito e
desprezo democrático.</span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tomou posse
indireta nesse 1934, em 1935, 1936 e início de 37, preparando a consolidação do
poder. No início de 1937, chamou o deputado Negrão de Lima, incumbiu-o da
missão: consultar os governadores para apoiar o que chamava de “Estado Novo”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Negrão correu o Brasil
inteiro, recolhendo entusiasmo. Apenas três governadores discordaram. Lima
Cavalcanti, de Pernambuco, recusou com veemência, diante do que Negrão lhe
contou, 48 horas depois viajou para a Europa, não voltou mais.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Flores da Cunha
resistiu</span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Governador do
Rio Grande do Sul, conversou apenas cinco minutos com Negrão, mandou o recado a
Vargas: “Lutarei pela democracia com os “Provisórios”. (Era a tropa do estado).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com Juracy
Magalhães, da Bahia (apesar de cearense) conversa rápida e a resposta: “Diga a
Vargas que não serei problema, mas vou conversar com ele pessoalmente”. O
Juracy oportunista de sempre, ainda foi importante no golpe de 64.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Estado Novo,
ditadura como sempre torturadora</span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia 10 de
novembro o Congresso foi fechado, centenas de pessoas presas, Prestes preso
desde 1936, transferido para prisão pior e mais isolada. Negrão de Lima foi
feito embaixador, ainda não havia a “carreira”. O Instituto Rio Branco seria
criado em 1938, a primeira turma de diplomatas surgiria em 1941.<b> </b></span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Flores da Cunha,
que fugira para o Uruguai, foi chamado</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Julgado por
ordem do já ditador, Flores foi condenado a 2 anos de prisão, fugiu para o
Uruguai. 1 ano depois, Vargas mandou Batista Luzardo, (amigo dos dois)
comunicar a Flores que “poderia voltar, estava tudo esquecido”. Flores voltou,
foi preso assim que desembarcou, teve que cumprir os dois anos da condenação.
Esse era o Vargas de sempre.<b> <o:p></o:p></b></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-60607034256389732602021-03-02T01:10:00.000-03:002021-03-02T01:10:00.202-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">1930, 34, 38,
42, VARGAS NÃO SAIU DO PODER, SEM VOTO, POVO, URNA, ELEIÇÃO. IDEM, IDEM PARA OS
GENERAIS DE 1964</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></b><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE I</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Getúlio Vargas não gostava de voto, urna, representatividade. Em 1930
tomou o poder, já perdera uma disputa para Julio Prestes, governador de São
Paulo, eleito para suceder o também paulista Washington Luiz. Não havia eleição
e sim escolha pelo partido único, o Republicano.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A prática era a mesma e funcionou (?) durante 41 anos da chamada
“República Velha”. Os presidentes escolhiam o sucessor, mandavam telegrama aos
governadores pedindo apoio. Todos apoiavam, respondiam afirmativamente.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">João Pessoa não concordou</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Governador da Paraíba, sobrinho do futuro presidente Epitácio Pessoa
(que em 1919 ganhou de Rui Barbosa sem sair de Paris) respondeu ao telegrama do
Presidente, apenas com uma palavra que fugia do habitual, trivial, normal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A palavra usada pelo governador, está há mais de 50 anos na bandeira da
Paraíba: “NEGO”. Washington Luiz ficou surpreendido, mas fez a eleição assim
mesmo, com Vargas adversário derrotado por Julio Prestes.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Getúlio se conformou</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ninguém protestou, não se conspirou para uma revolução, golpe ou outra
eleição. Acontece que pouco tempo depois, João Pessoa foi assassinado em
Recife. Não por motivo político e sim por inimizade pessoal. Seus amigos não
queriam que fosse a Pernambuco, foi morto covardemente numa confeitaria de
luxo. Aí voltou a vontade do poder e do golpe.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1930: o poder sem eleição</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os que coordenavam a candidatura Vargas, passaram a se reunir e impedir
a posse de Julio Prestes. Conseguiram no dia 3 de outubro, a posse seria em 15
de novembro, 42 dias depois. Vargas tomou posse em 24 de outubro, não como
presidente mas como “Chefe do Governo Provisório”. Não se incomodou sabia que
ficaria no poder, não passaria o cargo a ninguém.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De 1930 a 1945, sem parada para reabastecimento</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assumiu, logo cassou e prendeu muita gente. O país ficou sem
Constituição. Em 1932 os paulistas fizeram o que foi chamado de “Revolução
Constitucionalista”. Não era nem uma coisa nem outra. Em 1929 houve a quebra de
Wall Street que atingiu vastamente os “barões do café” de São Paulo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nessa época o Brasil exportava 96 por cento de todo o café bebido pelo
mundo, 92 por cento de São Paulo, 2 por cento pelo Estado do Rio, outros 2 pelo
Espírito Santo. Com a miséria implantada, o mundo deixou de comprar, São Paulo
em situação desesperada, fizeram esse movimento de 1932, quase uma guerra
civil. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p> PRÓXIMA PARTE II</o:p></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-27798776718991797372021-03-01T01:17:00.006-03:002021-03-01T01:17:43.404-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">DI STÉFANO UM
DOS MAIORES JOGADORES DO MUNDO, QUE VI JOGAR A PARTIR DE 1948, QUANDO ERA “LA
SAETA RUBIA”</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Di
Stéfano volta para a Argentina, pouco tempo</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Continuou
se destacando, não era uma ilusão, nem podia ser chamado de craque e sim de
craquíssimo. Em 1949, o Real Madrid resolveu contratá-lo. Naquela época as
somas não eram inacreditáveis como hoje, mas já eram altas.<b> </b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O ditador
socorre o clube</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Espanha
já havia promulgado a República, eleito e empossado um presidente. Só que
alguns generais não concordaram, provocaram e promoveram (proporcionalmente à
população) a maior Guerra Civil do Ocidente. Mais mortal do que a de 1860 nos
EUA e a de 1917, que transformou a Rússia em União Soviética.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Real
contrata Di Stéfano, seria seu único clube em 65 anos</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não
existia a multa contratual, como hoje, e sim o pagamento do passe. O ditador
Francisco Franco, que gostava muito de futebol e se refugiava na paixão pelo
Real, que ficava na capital, pagou tudo. E Di Stéfano começou imediatamente a
devolver ao clube, em glórias o que pagaram por ele.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os
motivos nem tão ocultos de Franco</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como todo
ditador era um covardaço. Quando jogavam em Madrid estava lá no estádio do
Real, torcendo abertamente. Mas quando o mesmo jogo era disputado em Barcelona,
o ditador cruel, mesmo que levasse 500 seguranças, não tinha coragem de
aparecer.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A grande
oposição ao ditador selvagem, que construiu um cemitério enorme, dezenas de
milhares mortos, muito bonito, atração turística. (Desculpem, fui várias vezes
a esse cemitério, não consigo lembrar o nome).<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Barcelona,
que cidade</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Capital
da Catalunha, lindíssima, para mim emocionante e admirada. A Catalunha meu
segundo país, Barcelona minha paixão eterna, imortal e duradoura. Tirando o
Brasil e as cidades brasileiras, adoro Barcelona, meu pai nasceu lá, veio para
cá aos 7 anos, com a família.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Di
Stéfano: ídolo do Real 14 anos dentro de campo</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Durante
14 anos, só parou aos 37, empolgou a multidão que ia aos campos para vê-lo. Era
um espetáculo. Além dos 46 dias em que vi Di Stéfano jogar no Chile, assisti
muitas outras na Espanha. Pois nas dezenas de vezes em que fui à Europa,
arranjava sempre um jeito de ir à Espanha e a Barcelona.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">51 anos
fora de campo</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parando
de jogar, Di Stéfano continuou ídolo e admirador do Real. Foi feito
Conselheiro, tinha um apartamento no centro de Madri, mas um outro dentro de
próprio clube, pois vivia lá. Não quis ser treinador, mas sempre ouvido com
respeito, principalmente nos momentos de crise.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dos
cinco maiores jogadores do mundo</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quem
quiser pode fazer sua seleção dos melhores jogadores que já viu jogar. Não quis
colocar “o melhor de todos”, considero que isso não existe. Por acreditar que
as gerações se sucedem em todos os esportes e cada vez os ídolos e as
admirações vão mudando e se transformando, dei a oportunidade de escolherem
cinco, não é muito.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Minha paixão
por esporte</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Duvido
que alguém tenha visto mais esporte do que este repórter. Cobri quase todos.
Adoro não só futebol, mas também basquete, vôlei, tênis, as mais diversas
formas de atletismo. Com admiração total pelas duas pontas da glória atlética:
a mais rápida, os 100 metros, e a mais longa, a Maratona.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No
futebol, os meus preferidos</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se eu
tivesse que fazer uma relação de cinco, não passaria de dois. E assim mesmo,
esses dois encabeçariam a lista, juntos, irmanados, não seriam 1 ou 2. Seriam
colocados lado a lado, sem vantagem para ninguém.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Garrincha
e Di Stéfano foram os mágicos que vi nos campos de futebol. Não reprovo nem
elimino outros que também vi jogar com grande satisfação.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas o
brasileiro e o argentino que passou a vida na Espanha, não têm concorrentes. O
futebol que jogaram merecia um Museu, não isolado, mas com o nome dos dois.<b> <o:p></o:p></b></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-32483242421805781472021-02-26T01:24:00.000-03:002021-02-26T01:24:03.179-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">DI STÉFANO UM
DOS MAIORES JOGADORES DO MUNDO, QUE VI JOGAR A PARTIR DE 1948, QUANDO ERA “LA
SAETA RUBIA”</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE I</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A morte
de Di Stéfano, entristeceu e empobreceu o futebol. Não gosto nem queria fazer
comparações, mas foi dos maiores do mundo. Pouquíssimos podem se equiparar a
ele. E raros, como este repórter podem escrever sobre ele. Em 1948 no Chile,
durante 46 dias seguidos, vi Di Stéfano em campo, admirável, assombroso, impressionante
todas as vezes.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Torneio
dos Campeões</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse
1948, audaciosamente, o Chile organizou o campeonato que está no título desta
nota. Convidou 10 campeões dos 10 países da América do Sul. Todos jogando
contra todos, por isso precisou de 46 dias para terminar.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os quatro
primeiros colocados, (por pontos corridos) eram os semifinalistas, daí
saíam os finalistas. O representante do Brasil era o poderoso time do Vasco,
tão invencível que era chamado de “Expresso da Vitória”. Eu era secretário
Adjunto da revista “O Cruzeiro”. Já me preparara para viajar, naquela época, no
“Cruzeiro”, qualquer coisa era motivo para viagem.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
Presidente do Vasco, meu amigo Ciro Aranha me telefonou convidando para
acompanhar o time. Nessa época não havia a cobertura de milhares de
jornalistas, os órgãos eram apenas jornais e revistas.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apenas
três jornalistas</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este
repórter, o grande Oduvaldo Cozzi pela Rádio Nacional, e Ricardo Serran, editor
de esportes de “O Globo”. Mandávamos matéria pelo telex, picotávamos aquela
fita, que era o que existia em forma de comunicação.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“La saeta
rubia”</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Descoberto
pelo River Plate em 1946, com 20 anos, logo se destacou. E esse apelido foi um
presente imediato do torcedor, ainda na Argentina. Tinha os cabelos vermelhos,
e velocidade de Fórmula 1.<b> </b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse
Torneio, a ideia inicial da Libertadores</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi
espetacular, cada jogo era uma sensação. Vasco e River Plate iam se destacando
e impondo goleadas, o jogo inicial entre eles terminou zero a zero. Apesar dos
dois ataques serem fulminantes. E se admitia francamente que a final seria
Vasco-River, o que aconteceu.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Vasco
Campeão</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como o
Vasco tinha chegado com vantagem, jogava pelo empate. Mas não acreditávamos num
novo jogo sem vencedores. Eu e Serran assistimos o jogo onde fica o técnico, quase
dentro do campo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Precisamente
ao lado do treinador do Vasco, o mais do que competente Flávio Costa. (Que
menos de 2 anos depois seria o técnico da seleção brasileira na Copa de 50. O
que já é outra história. Mas não custa lembrar, que além da competência
esportiva, Flávio Costa tinha curso superior).<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Acompanhando
Di Stéfano até hoje</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Surpreendentemente
novo zero a zero. O Vasco merecidamente campeão. Estou citando de memória, mas
nos anais do Vasco e na Biblioteca Nacional, é fácil encontrar tudo, apesar dos anos decorridos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">AMANHÃ:
PARTE (II)<o:p></o:p></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-47171976872086098302021-02-25T00:13:00.006-03:002021-02-25T00:13:40.338-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">BRETTON WOODS: A
CONSPIRAÇÃO DE 1944, A COMEMORAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO DE 2014</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES
</span></i><b><span style="color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Roosevelt-Churchill</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Conversaram
dias em Londres mesmo, Roosevelt “explorou” o lado mais vulnerável do Primeiro
Ministro: o horror por Stalin e pela União Soviética. Quando Roosevelt se
convenceu de que não ganharia a guerra sem os dois, teve que “dobrar”
Churchill, que afinal aceitou.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E nas
Conferências de Yalta e Teerã, Roosevelt, Stalin e Churchill apareceram juntos
e cordialmente (?) por causa da argumentação do presidente dos EUA. John
Maynard Keynes, como grande economista oficial, não resistiu, jogou no lixo o
BANCOR, fez tudo o que o Primeiro Ministro pediu, usemos a palavra correta,
MANDOU.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O DÓLAR
papel pintado</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O general
Marshall que comandou a guerra e cuidou também da parte econômica e financeira,
teve a percepção ou a intuição correta: terminada a Segunda Guerra, viria o
confronto com a União Soviética. Era a chamada “Guerra Fria”, o fim da União
Soviética.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se os EUA
não tivessem inundado a Europa com esse DÓLAR que não custava nada para eles,
em vez de Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, haveria uma Europa totalmente
dependente da União Soviética.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os EUA
montaram estados do “Meio Oeste”, fabricas que durante 24 horas trabalhavam
imprimindo esse dólar que era desejado no mundo. Saiam das máquinas, iam direto
para o Forte Knox, de lá eram transferidos para a Europa. O primeiro pacote de
dólar falso que chegou à Europa, era de 150 BILHÕES. Faziam questão de não
economizar, afinal era baratíssimo, só ligar as máquinas e imprimir.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Guerra
Fria, mais cara do que a própria guerra</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O custo,
em números, foi colossal. Existem livros com levantamentos espantosos sobre o
desperdício de dinheiro. Para os EUA era só imprimir. A União Soviética foi a
primeira a ir ao espaço, embora não tivesse chegado à Lua. Também construiu o
primeiro submarino nuclear, bem antes dos EUA. Mas não conseguiam fazer um
liquidificador. E o automóvel que construíram, o Lada, tinha autonomia de no
máximo 10 quilômetros ou enguiçava. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tinha
um estoque fantástico de armas as mais sofisticadas. Não resistiu, quando o
gasto militar PASSOU DE 70 por cento do orçamento, não suportaram, a União
Soviética desapareceu na véspera do Natal de 1991. Irã e Iraque travaram guerra
durante 2 anos, todo o armamento usado pelos dois países, vinha do cambio negro
com o que existia na União Soviética.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1 ano
depois da União Soviética deixar de existir, a revista Forbes, fez levantamento
sobre as 100 maiores fortunas do mundo, 11 eram da ex União
Soviética. (Hoje “exilados” na Europa, donos de clubes de futebol e
até da NBA dos EUA. Sabiam de tudo, “fugiram”, com os bens, são amigos de Putin,
lógico, ele era da KGB).<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fogos de
artifício pelos 70 anos</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Deturpam
deslavadamente os fatos, afirmam o que não sabem e o que nem existiu. Textual,
publicado agora nessa “glorificação” de Bretton Woods: “Em 1944, a diplomacia
brasileira teve papel relevante nessa conferência, maior do que a sua
economia”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E
insistem: “Sem a França, a Alemanha e Japão, e sem a participação da União
Soviética, o Brasil se destacou. E os EUA se voltaram para a América Latina”.
Tudo inverdade e desinformação.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">– Em Bretton Woods 1944, só estavam presentes dois
brasileiros, apesar de moços, já mortos. Um jornalista, grande amigo do
repórter, me contou histórias maravilhosas, que desenvolvi.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS1</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> – O outro, diplomata começando a carreira,
(era Terceiro Secretário) saíra da turma inicial do Instituto Rio Branco, em
1941. Mais tarde, importante e poderoso, me processou pelo que escrevi, perdeu
duas vezes.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS2</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> – A União Soviética não foi convidada, claro,
era tudo contra ela. E os EUA não se voltaram para a América Latina, queriam “operar
sozinhos”, dessa forma se transformaram na potência atual.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS3</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> – Se tivessem que pagar pelo Plano Marshall e
pelo que foi gasto na “Guerra Fria”, já teriam ido à falência, como a União
Soviética.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-83462030570556178342021-02-24T00:36:00.002-03:002021-02-24T00:36:08.976-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext; text-decoration-line: none;">BRETTON
WOODS: A CONSPIRAÇÃO DE 1944, A COMEMORAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO DE 2014</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 139.0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES <span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></i><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Bretton Woods 70, Bretton Woods 44</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Inacreditável
que supostas, presumidas ou assumidas sumidades do setor econômico, confundam
as duas datas. E muitos desses personagens não apenas influenciam o setor
econômico, mas são também economistas. Nenhum país, a não ser os Estados Unidos
pode fazer festa para comemorar esses 70 anos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu não
estive em Bretton Woods em 1944, embora já fosse Secretário-Adjunto da revista
“O Cruzeiro”. E a revista ainda caminhava discreta e lentamente para ser a mais
importante e de maior tiragem de todos os tempos. Só em 1947 a revista chegou a
espantosos 750 mil exemplares semanais, tiragem não alcançada nem mesmo por
jornais e revistas de hoje.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nessa
época, o Brasil tinha a metade da população, e ainda não existiam as
assinaturas. Quem quisesse ler a revista tinha que comprar nas bancas. Esses
750 mil exemplares de 1947, (há 67 anos), hoje corresponderiam a mais de 2
milhões e 500 mil exemplares semanais. Isso se a revista mantivesse a qualidade
profissional, editorial e jornalística de 1947.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em julho
de 1944, (mês e ano do encontro de Bretton Woods), o Millôr com 22 anos,
revolucionou a revista e o próprio jornalismo lançando, o que chamou de “Pif-Paf”.
Eram duas páginas centrais, com texto e desenho inacreditáveis, maravilhosos,
usem as palavras que quiserem, pois todos se entusiasmaram, o “Cruzeiro” foi
atingido números elevadíssimos, cada vez maiores.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Logo
vieram outros jornalistas praticamente desconhecidos, que se destacaram,
obtiveram enorme sucesso. Só que o sucesso jornalístico é quase a véspera do
fracasso, o contrário também é rigorosamente verdadeiro.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Isso
durou 20 anos, o próprio Millôr foi demitido sumariamente. Escreveu matéria normal
sobre religião, o Cardeal se revoltou, pediu a Assis Chateaubriand, dono da
revista, para demiti-lo. Foi atendido imediatamente.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Da mesma
forma como subiu, a revista desceu, foi caindo, caindo, até chegar ao chão em
matéria de tiragem, e logo desapareceu. Quase todos foram para outros lugares.
Este repórter já estava no “Diário de Notícias”, comecei a fazer coluna e
artigo diários, coisa que jamais alguém tentou em qualquer parte do mundo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Isso
durou 50 anos, o Millôr me identificava assim: “Não posso passar sem ler
diariamente tuas colunas e artigos, mas só um jornalista maluco, faz sem
interrupção, um trabalho como esse”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E na
revista, a “liberdade de imprensa”, era a “liberdade do proprietário” e não da
coletividade. Mas li e estudei o assunto a fundo.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Bretton
Woods verdadeiro</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em julho
de 1944, com o fim da guerra se aproximando, (acabaria menos de 1 ano depois em
8 de maio de 1945) os EUA perceberam que era importante vencer a guerra, só que
mais importante ainda era dominar a economia do mundo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse
Bretton Woods foi convocado por 44 países. Liderado pelo economista britânico,
John Maynard Keynes, que fazia desfazia, já tinha até nome da nova moeda, que
teria curso universal. Seu nome: BANCOR, com garantia do metal OURO. Mas os EUA
estavam longe dessa ideia, convencidos e certíssimos, que acabada a guerra,
viria o choque inevitável com a União Soviética.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ideia e
obsessão americana, era criar um sistema econômico e financeiro, com o DÓLAR
como moeda única de troca para o mundo inteiro. Pela primeira vez a moeda de um
país seria utilizada, OBRIGATORIAMENTE para toda e qualquer operação, fosse
onde fosse. Keynes ficou surpreendidíssimo, não acreditou nem aceitou.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os
representantes dos EUA, na conferência-encontro, apelaram para Roosevelt, disseram
textualmente: “Presidente, se deixarmos criar essa nova moeda, perderemos tudo
o que ganhamos com a guerra”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Roosevelt
perguntou apenas: “Marcar encontro co Churchill e pedir a ele para demover
Maynard e convencê-lo que a paz e a garantia do mundo, dependem do DÓLAR como
moeda universal”. Não disseram a ele, mas o Chefe de Gabinete e o próprio
General Marshall: “Pode garantir que aceitaremos o “LASTRO” do ouro, não vamos
cumprir mesmo”.<b> </b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-635250074319221802021-02-23T00:41:00.003-03:002021-02-23T00:41:14.528-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">E<span style="color: windowtext;">SQUEÇAM A
DEFINIÇÃO DE CHURCHILL SOBRE DEMOCRACIA, MAS PERGUNTEM, O QUE SE PASSA NO
BRASIL É DEMOCRACIA?</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">*Publicações históricas
no Centenário do jornalista</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Teoria dos Três Poderes tem pelo
menos mil anos, Executivo, Legislativo e Judiciário. Se o que foi chamado de
regime do povo, pelo povo e para o povo, tivesse que ser reduzido para dois,
através de um plebiscito, referendo popular e direto, qual seria eliminado?</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Executivo tem que ser mantido,
ou não seria Democracia e sim anarquia e nihilismo (Paulo Solon). O Judiciário
tem errado muito através dos tempos, principalmente tempos ditatoriais e
“funcionando” ostensivamente.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas é indispensável. Como viver
sem Justiça, mesmo eventualmente contestada ou desfigurada? O próprio Rui
exaltava a Justiça como um todo, embora desprezasse individualmente juízes
venais. Como escreveu neste libelo de 1899, no jornal “A Imprensa”, que
infelizmente durou pouco tempo.<i> </i></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><i><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Todos os juízes tíbios,
acreditam, como Poncio, salvar-se lavando as mãos do sangue que vão derramar,
do atentado que vão cometer. Como quer que te chames, prevaricação Judiciária,
não escaparás ao ferrête de Pilatos: O bom ladrão, salvou-se. Mas não há
salvação para o juiz covarde.”</span></i><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sobre o Legislativo, que pelo
menos no Brasil (e não apenas no Brasil) vai se degradando cada vez mais. E
seria prazerosamente descartado, se o povo tivesse Poder. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Trabalham apenas um dia por
semana, deixam acumular 3 mil vetos presidenciais, como se não tivessem
importância. Recebem, votam (a favor) e aprovam as inconstitucionais Medidas
Provisórias, como se fossem manifestações legais e irrefutáveis. Sem falar nos
atos de corrupção. Não adianta repetir como tantos tolos, “é melhor um Congresso
funcionando precariamente, do que um Congresso fechado”.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse Congresso, em 1934
transformou a eleição DIRETA em INDIRETA. Em 1964, sancionou o
ditador Castelo Branco. Em 1997/98 aceitou o pagamento (bolso a bolsa, em
dinheiro vivo) para reeleger FHC, a primeira vez que isso acontecia no Brasil. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em algum desses casos, e em
centenas de outros, serviram ao povo? São servos, submissos e subservientes,
pensam (?) apenas nos seus interesses pelo Poder.<b> </b></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-85050108581839371852021-02-22T01:41:00.002-03:002021-02-22T01:41:10.633-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">EUA:
PERSEGUIÇÃO VIL AOS NEGROS.</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">HELIO
FERNANDES<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas
no Centenário do jornalista</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em 1866, há
mais de 100 anos a emenda constitucional número 13, acabou com a escravidão. A
luta vinha de longe, milhões morreram na mais terrível guerra civil de 1860.
Lincoln foi assassinado em 1865, quando terminava 1 mês do segundo mandato.
EUA, Cuba e Brasil, os únicos países que ainda sustentavam a escravidão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Agora, tanto
tempo depois, a violência cruel e selvagem contra os negros, aumentou e se
oficializou.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Negros são assassinados por
policiais brancos, nem indiciados ou acusados, se chegassem aos tribunais,
seriam absolvidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sintoma da
mesma situação de sempre: lojas comerciais lançam produtos, colocam restrições
bem visíveis: “SÓ PARA BRANCOS”. Com a eleição, posse e seis anos de mandato do
primeiro presidente negro, admitia-se ou esperava-se que tudo fosse melhorar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Piorou,
atingiu níveis nunca dantes imaginados. O presidente não pode fazer nada a não
ser protestar. A Constituição é 70 por cento ESTADUALISTA, 30 por cento FEDERALISTA,
os estados podem tudo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quero lembrar
que hoje, um extraordinário jornalista e criador múltiplo e eclético, Haroldo
Lobo, estaria completando 100 anos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em 1956
esteve nos EUA com Fernando lobo, (nenhum parentesco), também excelente
compositor, notável, depois pai do Edu, grandes amigos do repórter contaram
historias espantosas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Haroldo era
negro, ele e Fernando (que lancei em 1950 na revista Manchete, assumimos do
zero, ia fechar, em dois anos pulou para mais de 150 mil exemplares, política e
jornalisticamente, a mais importantes), conheceram o horror nos EUA. Escolheram
um hotel, não puderam ficar, “não hospedava negros”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para
transitar, almoçar, jantar, uma procura humilhante, bares e restaurantes
”separatistas”, que não aceitava negros. Lamentável. Degradante. Inaceitável. O
Brasil mesmo escravagista jamais chegou a esses índices.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-16550028392700330902021-02-19T00:08:00.006-03:002021-02-19T00:08:30.366-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">HISTÓRIA DE
PRISÕES E LIBERTAÇÕES, JULGAMENTOS NO SUPREMO, NÃO HÁ MAIS SIGILO,
CONFIDÊNCIAS, TUDO É PÚBLICO</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meus advogados,
que não conseguiam falar comigo, estava incomunicável, entraram com
Habeas-Corpus no Supremo, na época presidido pelo bravo, combatente e
resistente Ribeiro da Costa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os advogados que
me representavam, eram quatro. Sobral Pinto, que defendeu presos políticos em
duas ditaduras, a do “Estado Novo” de 1937 e a dos generais de 64. Hoje é nome
de edifício onde a OAB Regional e a IAB Nacional, diante de multidão de
advogados, homenagearam o bravo, competente, lúcido e resistente, George Tavares.
Isso aconteceu na semana passada.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Prado Kelly,
notável advogado e jurista, depois presidente da OAB Nacional, Ministro da
Justiça e finalmente Ministro desse mesmo Supremo. Adauto Lucio Cardoso,
advogado, deputado, fez um libelo contra a minha prisão. </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mais tarde também
ministro do Supremo, saindo de lá, não pela aposentadoria e sim com o ato, o
gesto e a convicção de em plena sessão tirar a toga e com audácia e
determinação, jogá-la no chão, exclamando: “Este não é o Tribunal que eu
imaginava”. E foi embora.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E finalmente
Prudente de Moraes Neto, umas das mais invulgares figuras que conheci. Depois
de me defender, foi presidente da SUUMCC, daí surgiria o Banco Central. Diretos
do Diário Carioca (este repórter, mocíssimo era diretos da redação, ele era o diretor
responsável).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Usou a
presidência dessa notável ABI para liderar ou melhorar a situação de dezenas de
jornalistas, presos políticos. Sua atuação épica, histórica, maravilhosa, foi
em relação ao jornalista Maurício Azêdo, (um dos presos mais torturados) . </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Durante três meses, Prudente quase todo dia ia ao Ministério da Guerra,
conversar com o Ministro-chefe-do-Doi-Codi, tentando a libertação de um dos
mais torturados de todos os tempos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Finalmente
conseguiu a libertação do Maurício. O próprio general Geisel disse a ele:
“Amanhã às 9 horas, o jornalista será solto, o senhor pode ir buscá-lo”.
Prudente foi com um amigo e o motorista. Maurício Azêdo, quase morto, foi entregue
a ele. </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Emocionante, lancinante, comovente são as palavras obrigatórias para
lembrar o ato e o fato. Abraçados Prudente e Mauricio choravam sem para, não há
como descrever.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há um foto que
circulou durante muito tempo na internet. Impossível transcrever a emoção
provocada pelo episódio, dois homens públicos notáveis, realizados, generosos,
desprendidos, chorando abraçados, não conheço nada tão admirável. Era o auge da
rebeldia construtiva. Depois da resistência do sacrifício e da tortura, as
lágrimas não pela libertação mas sim pela liberdade.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Julgamento
assustador</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Todos diziam,
até mesmo no círculo jurídico se comentava: “Com essa seleção de advogados, o
Helio Fernandes será absolvido facilmente”. Exatamente o contrário. Fui
enquadrado na Lei de Segurança, pediram 15 anos de condenação.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O julgamento
terminou em quatro a quatro. Além dos extraordinários advogados, tive a sorte
de ter na presidência do Supremo, Ribeiro da Costa. Pela Constituição e pelo
Regimento Interno do Supremo, o plenário só poderia julgar com 8 ministros
presentes, menos do que isso, nenhum julgamento.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Palavras do
presidente Ribeiro da Costa: “Vou levantar a sessão por alguns minutos,
voltaremos para cumprir a obrigação constitucional, desempatar a votação”. E
esclareceu: “De acordo com o que está determinado na Constituição de 46 posso
desempatar contra ou a favor do jornalista”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Voltaram, num
brilhante voto de improviso, me absolveu, com a afirmação – conclusão<a name="_GoBack"></a>: “O jornalista não devia nem ter sido preso, acusado e
julgado. Apenas publicou um documento assinado levianamente, o conhecimento do
documento serviu a coletividade”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS1</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- Em toda a história da República,
fui e sou o único jornalista JULGADO pelo Supremo de corpo presente. Muitos,
incluindo Rui Barbosa, foram PROCESSADOS, o que é inteiramente diferente.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS2</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- Hoje não há mais sigilo para
coisa alguma. As novas tecnologias não vão matar o jornal impresso, longe
disso. Só que agora a velocidade das notícias é a mesma que Einstein colocou na
sua genial Teoria da Relatividade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-37363210809387453532021-02-18T00:23:00.001-03:002021-02-18T00:23:20.112-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">O 1º DE MAIO
DO CRIMINOSO RIOCENTRO 1981, COMEÇOU COM A DESTRUIÇÃO DA TRIBUNA DA IMPRENSA NO
MESMO 1981. O CORONEL JOB LORENA, NEGRO FOI PROMOVIDO A GENERAL, PRECONCEITO,
DISCRIMINAÇÃO, RACISMO</span>.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; color: #595959; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES</span></b><span style="color: #595959; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="background: white; color: red; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: arial;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE - II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Otávio Medeiros
chama o coronel Job Lorena</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Precisavam de
alguém que modificasse todo o cenário, transformasse os autores criminosos em
vítimas. Para isso era indispensável uma investigação-relatório que mudasse
tudo, inocentasse os criminosos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por que a
predileção pelo coronel Job Lorena? Era negro, não seria promovido de jeito
algum a general. Otávio Medeiros disse a ele, textualmente, palavra por
palavra: “Reservei para o senhor a missão honrosa de defender o Exército.
Querem nos acusar do atentado do Riocentro, somos vítimas”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Manuseou um
falso almanaque, disse para Job: “Estou vendo aqui, você está “na bica”
(palavreado da caserna) para ir a general. Como coronel, no máximo em 10 dias
você terá o relatório pronto, sua promoção a general talvez saia até antes
disso. E entregou ao coronel, 4 ou 5 laudas com tudo o que ele deveria
escrever.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O relatório e a
promoção</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As duas coisas
coincidiram. A investigação estava perfeita, dias depois Job era promovido a
general. Usaram o preconceito, a discriminação, o racismo, Job Lorena não tem
culpa alguma. Se recusasse, passaria para a reserva como coronel, “sem méritos
e sem honra”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aceitou, 1 ano
depois foi passado para a reserva, sem saber, mas na interpretação de Otávio
Medeiros, “glorificado”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O PT quer
desenterrar o poste chamado Padilha</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ainda está no
mesmo lugar, por falta de alicerce, quer dizer de profundidade. Como Lula
lançou o ex-ministro apressadamente, os supostos ou previsíveis candidatos,
ficaram inelegíveis. Mercadante, Dona Marta, não ganhariam mas poderiam
concorrer.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eduardo Suplicy,
cujo mandato termina agora, já se ofereceu como candidato. Concorreu contra
Covas-Alckmin em 1994, perdeu feio. Agora queriam tirar dele até a possibilidade
de reeleição no senado. Para governar, o PT tem feito pesquisas informais, que
não ajudam Suplicy.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assad
“conquistará” o terceiro mandato na Síria</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois de três
anos de guerra civil, com quase 200 mil mortos e mais de um milhão que tiveram
que sair do país, foi marcada eleição para três de junho, pouco mais de 1 mês.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É um dos raros
ditadores que concorre a eleições. Esse “concorre” é uma farsa verbal ou
lingüística. Como quase tudo o que vem acontecendo na Síria, nesses 14 anos de
Assad. E que na certa não se modificará nos próximos 7 de domínio de Assad.<b> </b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mundo não sabe
o que se passa na Síria</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Logo que começou
a luta dos “rebeldes”, a comunicação do mundo inteiro, “dava poucos meses de
permanência de Assad no Poder”. Não aconteceu, ele resistiu sem sair do país,
embora pelo noticiário, “já estava derrubado”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A guerra civil e
o fortalecimento dele</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mundo
continuou sendo enganado com as “vitórias dos rebeldes”, que ganhavam manchetes
mas perdiam a guerra. Obama entrou no cenário, deu a impressão de que ajudaria
o afastamento de Assad, só fez fortalecê-lo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aquela história
de “ataque sem tropas, sem mortos, sem violência, o grande equívoco do
presidente dos EUA”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eram tempos de
bom relacionamento Rússia-EUA, Putin enganou deliberadamente Obama, fortaleceu
Assad. O acordo de Genebra não saiu do papel, as armas químicas também não
saíram da Síria. A não ser as que estavam com a validade vencida.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assad candidato
único, como perder?</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assad tem
aparecido em fotos, não dentro do palácio, mas na rua, lógico, ruas bem perto
dos fundos de suas moradias. Ficará mais sete anos, é muito tempo para análise,
principalmente num país como “democracia de candidato único”. Por aqueles
lados, “todas” (mas todas mesmo) as democracias, são ditatoriais. Ninguém
discute, protesta, mostra indignação.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">FINAL.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-50221465985261107512021-02-17T01:35:00.001-03:002021-02-17T01:35:21.960-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">O 1º DE MAIO
DO CRIMINOSO RIOCENTRO 1981, COMEÇOU COM A DESTRUIÇÃO DA TRIBUNA DA IMPRENSA NO
MESMO 1981. O CORONEL JOB LORENA, NEGRO FOI PROMOVIDO A GENERAL, PRECONCEITO,
DISCRIMINAÇÃO, RACISMO</span>.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE - I</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Comissão da
Verdade “inventou a pólvora” ao revelar (?) “que generais sabiam do atentado do
Riocentro, em 1981”. Não só sabiam como participaram de tudo, os generais
Newton Cruz, Chefe da Agência Central do SNI em Brasília, e o Quatro Estrelas,
Otávio Medeiros.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este, muito mais
importante por ser o Diretor geral desse mesmo SNI, como também o único
herdeiro da prorrogação da ditadura. Com mais um general, que seria ele.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E o atentado só
tinha um objetivo: ataque monstruoso, (felizmente fracassado) eram torturadores
mas não queriam abrir mão do Poder.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A partir de
1981, escrevi muito sobre os atentados</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O primeiro
movimento pela continuação da ditadura foi à destruição da Tribuna da Imprensa,
em fevereiro de 1981. Era vingança e ao mesmo tempo teste para o que pretendiam
desesperadamente: a continuação do regime de exceção, torturador, assassino,
arbitrário, autoritário, atrabiliário.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu depoimento
no Senado: seis horas sem parar para beber água</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contei
minuciosamente como planejaram e executaram o atentado contra a Tribuna da
Imprensa. Mostrei com nomes a participação total e absoluta, do general Otávio
Medeiros. Foi o Chefe de tudo, pelo cargo que ocupava, e o que viria a ocupar
se tudo desse certo.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu depoimento</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Senadores e
deputados, estarrecidos e perplexos com o que eu contava com a maior
tranqüilidade. (Já disse há tempos, minha forma de expressão é a palavra
escrita mas também a palavra falada. Tido e havido durante anos, como o
jornalista mais bem informado, estava à vontade).<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não sabia nada
do Riocentro</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No final de
fevereiro não tinha informação sobre o que planejavam para 1º de maio desse
mesmo 1981. Embora, mais tarde, viesse a saber que quando fui ao Senado, (CPI
do Terror, presidente senador Mendes Canale, Relator, senador depois
governador, Franco Montoro) essa monstruosidade já estava sendo planejada. E
reforçada com o sucesso da depredação da Tribuna, que a Comissão da Verdade
ignora ou não considera.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O depoimento
desapareceu</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi um estrondo.
O pessoal do SNI, “revoltado”, premeditou represália, que não conseguiram
consumar. E continuaram com o planejamento do Riocentro. Ficaram satisfeitos
com o fato de no meu depoimento não haver uma linha sobre o que planejavam.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas de qualquer
maneira, decidiram “sumir” com meu depoimento. Não soube logo. Mais tarde, como
tudo foi de improviso, tentei uma cópia do que falei, nenhum senador encontrou.
Até hoje, permanece o sigilo. A Comissão, em vez de se “promover”, tem poderes
para encontrar o depoimento, e se abastecer dos dados e revelações que estão
ali.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os autores do
Riocentro investigam eles mesmos</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Consumado o
fracasso, ficaram apavorados. Ainda sobravam 4 anos para o “presidente”
Figueiredo. Mas ele, consultado pelo general Otávio Medeiros, se negou
terminantemente a dar “cobertura a criminosos como os que planejaram e
executaram essa violência”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">AMANHÃ – PARTE II<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-68296194523152534022021-02-15T23:38:00.005-03:002021-02-15T23:38:53.429-03:00<p> </p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">A
ENTREVISTA DE FHC, VERGONHOSA, PECAMINOSA, VEXAMINOSA E PRINCIPALMENTE,
MENTIROSA. </span></b><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">A COMISSÃO DA VERDADE “INDOLATRANDO” PINOCHIO.</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">HELIO FERNANDES<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">PARTE I<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A Comissão da
Verdade, com todos os poderes, conseguiu obter algumas explicações, desvendar
crimes e descobrir e desenterrar corpos, mais nada. Está trabalhando há anos,
poderia conseguir muito mais, se não tivesse visível receio de se aproximar de
alguns generais. Chegaram, perto dos quartéis, fizeram requerimentos, perguntas
e indagações, foram completamente ignorados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É bem verdade
(desculpem o uso da palavra), essa Comissão levou tanto tempo a ser
concretizada, que todos os generais do “primeiro time”, transformados em
“presidentes”, morreram muito antes de serem acusados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ao contrario
do que aconteceu na Argentina, onde quase todos morreram em celas miseráveis.
Ou no Chile, onde semana passada, generais criminosos foram condenados.
Estavam, na cadeia, as condenações confirmadas, ficarão lá para sempre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A Comissão perde tempo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Conduziram
mal a investigação, receberam respostas inteiramente desligadas da realidade.
Como a confirmação dos militares, que não quiseram ou não puderam contestar ou
desmentir: “Nos quartéis não ocorreram fatos que conflitavam com a rotina
militar”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sem o menor
constrangimento, desmentiam a realidade, desprezavam a própria Comissão. Esta
devia ter começado por três providencias, indispensáveis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">1 –
Responsabilizar os que atenderam “decisões” dos generais culpados, que agiam em
beneficio próprio. 2 – Porque não investigaram a razão da transição da
“ditadura para a democracia”, ter sido comandada totalmente pelos militares? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">3 – Esses
militares culpados, que se “inocentaram” com a anistia deles mesmos, comandaram
a indireta de 1985, seis anos depois. Ainda acreditávamos na prorrogação do
terror, com um novo general de plantão, o chefe do SNI, Otavio Medeiros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não tendo
tomado essas três providencias, que reforçaria seus poderes não apenas de
investigação mas também de punições, vão esgotar o tempo, sem nada de muito
proveitoso. </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ou até de contraproducente, com nítido caráter de desperdício, como
essa inacreditável, inimaginável e totalmente dispensável entrevista de FHC.
Por que ouvi-lo? Seu passado é mais do que conhecido, jamais combateu coisa
alguma.</span></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: red;"><span style="font-family: arial;">AMANHÃ – FHC NUNCA FOI CASSADO</span><o:p></o:p></span></i></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-17903701553785974132021-02-15T00:16:00.004-03:002021-02-15T00:16:26.591-03:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">O TERRORISMO
DOS BANQUEIROS. SEM REFORMA AGRÁRIA NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO. QUEM SÃO OS “DONOS”
DA TERRA?</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">hELIO FERNANDES</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">parte i</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há anos o cidadão espera receber
o roubo dos bancos</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em dezembro, antes das férias da
justiça, começaram no Supremo, a examinar os prejuízos de centenas de milhares
de pessoas. Dizimadas por cinco planos engendrados por economistas
incompetentes: Verão, Bresser, Cruzado e o Collor I e Collor II. Disseram: “Os
ministros vão se manifestando, depois é só votar”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A fraude dos banqueiros</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Muito tempo antes, ainda na
Tribuna impressa, escrevi bastante sobre o assunto. Os banqueiros não perderam
nada, tiveram lucros em todos esses planos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E os economistas que planejaram e
arruinaram os cidadãos, continuam cada vez mais prestigiados, donos de
consultorias arrogantes, parece até que não participaram dessa fraude
trilionária, que para eles se acumula como vitória profissional e aumento de
contas bancárias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O terrorismo dos banqueiros</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Durante quase 30 anos, esses
poderosos e intocáveis donos de bancos, não deixaram ninguém examinar a
questão. Espalhavam as maiores fraudes, mantiveram engavetadas as devoluções do
dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas como é preciso uma satisfação
à comunidade, o caso chegou ao plenário do Supremo, pelo menos para que os
senhores ministros, data vênia, pelo menos discursassem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“O país vai quebrar”</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse foi o trovão espalhado pelos
donos dessas “arapucas” chamadas de bancos. Começaram a se aproveitar da
“Liberdade de Imprensa”, fizeram frases e divulgaram números assustadores. “Se
tivermos que pagar, o Brasil vai à falência junto conosco”. Ou: ”Não devemos
nada, já perdemos muito”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em matéria de números, iam
avançando de forma assustadora para o país e o todo. Começaram falando “em
prejuízos” de 150 BILHÕES, passaram para 450 BILHÕES.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E alguns, mais audaciosos
chegaram a falar que o total que a comunidade devia e deve receber, é de “900
BILHÕES”. Poderiam ir mais longe, eles não precisam prestar contas a ninguém.<o:p></o:p></span></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-82071527129932293402021-02-12T00:09:00.005-03:002021-02-12T00:09:41.055-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">A FEB, O
GENERAL AFONSO ALBUQUERQUE LIMA, O ENCONTRO VARGAS-ROOSEVELT</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="background: white; color: red; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE
II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O DRAMA
PESSOAL DE VARGAS</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Comunicaram ao presidente
Roosevelt, que telefonou pessoalmente para o presidente Vargas. Conversaram,
marcaram um encontro, que se realizou 15 dias depois, em Natal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O drama de Vargas: na véspera da
viagem, morreu seu filho mais moço, Getulinho. Vargas ficou a noite toda no
velório, quando o corpo foi para São Borja, viajou para Natal, chegou
rigorosamente no tempo marcado.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
CONVERSA DOS PRESIDENTES</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cordialíssima, como se esperava
de dois homens como Vargas e Roosevelt. O presidente americano agradeceu,
falou: “O senhor ajudou muito os EUA, essa base é importantíssima. Gostaria de
saber o que o Brasil mais precisa no momento. E Vargas, sem hesitação: “Uma
siderúrgica, presidente”. E Roosevelt: “O senhor terá, o mais rapidamente
possível”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">SURGE
VOLTA REDONDA</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Roosevelt imediatamente formou um
grupo de técnicos respeitadíssimos, colocou um chefe de sua total confiança,
mandou-os para o Brasil, montar as bases da siderúrgica. Ficaram aqui uma
semana, não estiveram pessoalmente com Vargas. Mas compreenderam logo: “Tem que
ser em Santa Catarina ou Paraná”.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Havia até um porto, Paranaguá,
modernizado por Vargas para atender a produção e os interesses do seu
companheiro de golfe, Wolf Klabin. Mas Vargas assustou os técnicos, fechando a
questão: “Tem que ser em Volta Redonda”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ROOSEVELT
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>CUMPRE A PALAVRA</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os técnicos voltaram, foram
recebidos logo por Roosevelt, disseram: “Presidente, é, impossível atender ao
presidente do Brasil, ele quer a siderúrgica longe da matéria-prima, da mão de
obra e de qualquer forma de exportação”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Roosevelt, imperturbável: “Voltem
lá e façam tudo o que o presidente determinar. Está em jogo a minha palavra”.</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">PS – Vargas se fixou definitivamente em
Volta Redonda. Surgiu lá a primeira siderúrgica, não técnica, mas política.
Volta Redonda, no Estado do Rio, cujo interventor era seu genro, Amaral
Peixoto.<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">PS2 – Sem dúvida que os EUA mandaram (e
dominaram) muito no Brasil. Mas nesse episódio, apenas circunstâncias
importantes para os dois países. Na mesma guerra contra o que se chama de
nazi-nipo-fascismo (Alemanha, Japão, Itália).</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="background: white; color: red; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-51865199342725059522021-02-11T00:44:00.008-03:002021-02-11T00:44:53.809-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">A FEB, O
GENERAL AFONSO ALBUQUERQUE LIMA, O ENCONTRO VARGAS-ROOSEVELT</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parte I<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Incrível que alguns defendam
Castelo Branco, com opinião, mas contrariando os fatos. Não leram nem os dois
livros do general depois marechal Lima Brayner, que esteve sempre no centro dos
acontecimentos. Podiam pelo menos ler os livros e fazer restrições aos fatos
contados por ele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O V Exército americano (muito
citado aqui), uma piada, comandado pelo general Mark Clark. Não era
militar de carreira, quando foi convocado presidia a Sears Roebuck, uma espécie
de mercado (ainda não havia shopping). Como levar a sério um “general” como
esse?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
COMPETENTE E PRETERIDO AFONSO ALBUQUERQUE LIMA</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Falando nos militares que não
foram à Itália, queria me referir a generais. Mas como pessoas queridas me
pedem, faço esclarecimento, não retificação. Como major ele foi para a Itália
no primeiro escalão e voltou no último. Comandou o Batalhão de Operações. Fez
carreira brilhante, nacionalista importantíssimo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">NÃO FOI
“PRESIDENTE”, VINGANÇA DE ORLANDO GEISEL</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A volta da FEB, acontecimento
extraordinário. O Rio, então capital, foi todo para o centro da cidade. Não se
podia andar da Praça Mauá à Cinelândia, engarrafando toda a Avenida Rio Branco
e as transversais. Segundos cálculos, eram 2 milhões de brasileiros (não apenas
cariocas) entusiasmados.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Albuquerque Lima foi logo a
general de Brigada, em 1967 a Divisão. Em 1969, quando Costa e Silva teve o AVC
e foi considerado “incapacitado”, assumiu a Junta Militar (os “Três Patetas”).
Foi feita eleição indireta. Pela primeira vez colocaram urnas em diversos
órgãos do Exército, Marinha e Aeronáutica. Orlando Geisel, candidato do
governo, Afonso, da oposição, ganhou em todos os lugares.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Geisel, que chefiava o nascente
Doi-Codi, ficou irritado (leia-se, revoltado): “Albuquerque Lima não pode ser
‘presidente’, é general de 3 estrelas, como é que eu, de 4 estrelas, vou fazer
continência a ele?”. Isso foi em dezembro de 1969. Em março de 1970, duas vagas
para general de Exército (quatro estrelas). Albuquerque Lima era o número um
para promoção. Foi “caroneado”, teve que passar para a reserva. Era a vingança
de Geisel.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
ENCONTRO VARGAS-ROOSEVELT EM NATAL</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não houve nenhuma intimação ou
intimidação, e sim um encontro amigável entre dois chefes de Estado, que depois
se transformou num acordo entre dois países. No início de 1942 (logo depois do
massacre do Japão a Pearl Harbour, em 7 de dezembro de 1941), os americanos
tiveram que entrar na guerra.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Precisavam então de uma base no
Norte/Nordeste. Depois de contato com assessores de Vargas, oficiais americanos
vieram conhecer os locais. Não quiseram Fernando de Noronha, muito exposto,
estreito, sem aeroporto. Ficaram entusiasmados com Natal (Rio Grande do Norte),
que, segundo eles, “preenchia todas as condições e requisitos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-90353871058562886582021-02-10T00:30:00.002-03:002021-02-10T00:30:21.466-03:00<p> </p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">CASTELO TOMA POSSE PERANTE O
CONGRESSO. REPRESÁLIA DE COSTA E SILVA E CORDEIRO DE FARIAS. OS GENERAIS
FALAVAM EM “REVOLUÇÃO”, NA PRATICA ERA MAIS UM GOLPE. OS SEMPRE
“AMIGOS-INIMIGOS”, LACERDA E ROBERTO MARINHO.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">HELIO FERNANDES<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A grande
surpresa não foi o Congresso aprovar o golpista Castelo Branco, mas os rumos
que Costa e Silva e Cordeiro, unidos eventualmente, deram ao golpe. Fizeram um
Ato, modificando tudo o que existia no mundo em matéria de regime de exceção.
Arbitrário, autoritário, atrabiliário. Ditatorial como os outros, mas
inteiramente diferente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Cordeiro
furioso, não sobrou lugar para ele, Costa e Silva ficou como Ministro da
Guerra, temido por todos. Fizeram então esse Ato, num bloco de papel, pequeno,
da mesma forma que Lucio Costa, em três traços ou linhas, criou o genial Plano
Piloto de Brasília.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Isto está
sendo publicado e revelado pela primeira vez, depois de 50 anos de ter saído na
Tribuna da Imprensa. Textual, podem ficar assombrados com a criatividade
ambiciosa dos dois generais. Em apenas cinco itens, sumaríssimos, mudaram e
modificaram a História.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em vez de um
ditador FIXO, que ficaria no Poder pelo tempo que fosse possível. Um ditador
ROTATIVO com uma ditadura permanente. Teve repercussão no mundo todo, não só
por causa do golpe, mas principalmente pela inovação; Jamais existira isso, no
mundo ocidental ou oriental.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Os cinco
itens. 1 – O presidente teria que ser um general. 2 – Do exercito. 3 – Da ativa
e de quatro estrelas. 4 – Não haveria reeleição para ninguém. 5 – Essas
disposições teriam que ser rigorosamente cumpridas. Era extraordinário, só que
o tempo, o espaço e o destino, são invioláveis e não podem ser entrelaçados ou
planejados com tanta antecedência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Castelo queria ficar mais tempo como
“presidente”.</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Costa e Solva
já era candidatissimo á sucessão de Castelo. Marcada para 15 de março de 1965.
Golbery então, junto com os irmãos Orlando e Ernesto Geisel, lançou a
“prorrogação” do mandato de Castelo, com a aprovação do próprio. Era Chefe do
Estado Maior, se transformara em “presidente”, e não queria deixar o cargo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Só que Costa
e Silva tinha força de Ministro da Guerra e notável popularidade junto á tropa.
Queriam que Costa w Silva assumisse logo, liquidasse a “prorrogação”. O general
foi para Vila Militar, acalmou a todos, garantiu: “Em 15 de março estaremos no
Poder”. (Não estariam, teriam que esperar até 15 de março, mas de 1967).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A seguir,
como desafio, viajou para a Europa, e no e=aeroporto respondeu aos
“prorrogacionistas”, satisfeitíssimo: “Embarco Ministro e volto Ministro”. Os
que estavam no Poder, desesperados e sem saber o que fazer, desistiram de lutar
contra Costa e Silva, mas tomaram sua providencias para não ficarem
subordinados ou ao alcance de Costa e Silva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">No final de
janeiro de 1965, Ernesto Geisel, que era general de Três Estrelas, foi
promovido, e logo nomeado Ministro do STM, (Superior Tribunal Militar).
Golbery, que era da reserva, foi para o Tribunal de Contas da União, também
“vitalício” até os 70 anos, Mas antes de tomarem posse, trataram da
“prorrogação” do mandato de Castelo, até 15 de março de 1967. Mais dois anos,
explicavam: “Castelo assim, com esse mandato de quase quatro anos, ainda fica
menor do que outros, civis, que tinham cinco”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por 1 voto, “prorrogaram” Castelo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Golbery, que
não tinha o menor escrúpulo ou caráter, era presidente da Dow Chemical, a maior
empresa fabricante de distribuidora de Napal do mundo. Naquele tempo, ganhava
fortunas colossais com a Guerra do Vietnã, e a formidável derrota dos
americanos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O general que
era Chefe do SNI ainda nascente, deixou o cargo, ganhou da Dow uma fazenda
maravilhosa, e de lá “exercia” o cargo de Ministro do TCU. E comandava a luta
pela prorrogação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Conseguiram,
Costa e Silva aceitou, Cordeiro desistiu da “presidência”, foi nomeado Ministro
dos Transportes, importantíssimo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(Já havia
ocupado, com enorme competência e honestidade, dois cargos civis. Interventor
do Rio Grande do Sul, quando morreu o general Daltro Santos, isso ainda com
Vargas. Mais tarde, já derrubado o “Estado Novo”, foi eleito governador de
Pernambuco pelo voto direto, quatro anos sem roubo ou violência).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tudo começa a dar errado, menos a
perda do Poder.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">1967, acaba o
novo mandato de Castelo, ele morre num desastre de avião. Costa e Silva assume,
tem um derrame cerebral, (AVC) em 1969, os “Três Patetas” militares tomam o
Poder, mas são logo desalojados. Antes surge o tenebroso e monstruoso AI-5, que
teria provocado a “incapacidade e morte” de Costa e Silva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">E finalmente,
ainda em 1969, os americanos, que apoiaram, financiaram e garantiram com
dinheiro e intimidação as triturantes e torturantes ditaduras do Chile, da
Argentina e do Brasil, entram em desespero: seu embaixador no Brasil PE
sequestrado, têm que se render á exigências deles e os ditadores do Brasil
também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Começa uma
nova Era, amargura para os americanos que querem seu embaixador de volta, a
qualquer preço. Os ditadores militares, aceitaram não tinham opção. Mas depois
se vingam inundando, encharcando e engolfando o país num mar de sangue.
Torturavam eventualmente passaram a tortura exaustivamente. Diziam que a
“tortura era indispensável”, (como confessou agora George Bush, 8 anos
presidente dos EUA), mas os próprios generais passaram a saber e a ter satisfação.
Exatamente como Pinochet no Chile, Videla na Argentina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-25690028469223413692021-02-09T01:01:00.007-03:002021-02-09T01:01:45.010-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">MARIGHELLA: A
GUERRILHA TRAÍDA, INFILTRADA, BRUTALMENTE ASSASSINADA</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parte - II</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
<b>A conversa sobre guerrilha</b><br />
<br />
Deixei o carro no Jardim do Meyer, além de ter nascido ali, ia muito à casa do
extraordinário Agripino Grieco, que espantosa biblioteca. Os jornais naquela
época tinham o que ficou eternizado como “rodapé”. Pela forma como eram
colocados nas paginas e pela importância dos que escreviam.<br />
<br />
Na verdade foram os precursores do “colunismo,” mas “Nossa Senhora”, que genialidade.
Agripino foi o primeiro, depois vieram Alceu Amoroso Lima, Álvaro Lins, Eduardo
Portela, todos grandes amigos do repórter. Sabia que em 15 ou 20 minutos
estaria na casa do Marighella.<br />
<br />
Genialmente automático. Olhei o numero da casa, atravessei a rua, a porta se
abriu. 19 anos depois, reencontrava Marighella. Já era uma lenda, ainda iria
mais longe, se transformaria em legenda, como conta magistralmente Mario
Magalhães. Entramos logo no assunto.<br />
<br />
Começou: “Helio, quando posso acompanho a tua luta, e tenho enorme admiração
pelo teu poder de analise, por isso pedi para você vir aqui”.<br />
<br />
O que ele queria, não demorou: ”Helio, estamos organizando a guerrilha, queria
saber a tua opinião”. Ficou em silêncio, respondi: “Não tenho nada contra a
guerrilha como forma de luta, o que me interessa é a proporção das forças.
Quantos serão esses guerrilheiros?”.</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
<b>“Seremos 60 no Maximo” </b><br />
<br />
Fiquei assombrado, sabia que não formaria um exercito, era uma força para
combater. Incomodar o adversário, sem nenhuma possibilidade ou pretensão de
vitória. Mas não queria desacreditar a vontade de ninguém, eu estava ali para
analisar e não para desencorajar.<br />
<br />
Falei para um Marighella atento, silencioso, mas muito bem informado: “O
Exercito vai partir com tudo para cima de vocês. Pode ficar certo que serão 60
mil armadíssimos, contra 60 de vocês, que terão que enfrentar a luta na
floresta, a traição que é natural, e a ânsia de tortura dos que se jogarão
sobre vocês”.<br />
<br />
Continuei, tentando mostrar a desigualdade: “Vocês todos tem admiração pela
Coluna Prestes, eu também. Mas já se passaram mais de 40 anos. O país mudou as
forças armadas, agora, tem serviços de inteligência, vão localizar vocês
imediatamente e saberão sempre onde vocês estarão”.<br />
<br />
Passei para a História de Canudos e Antonio Conselheiro: “O Exercito mandou
três quartas partes do seu efetivo, para lá. Envergonhados, chamaram a quarta
“expedição suplementar”. Assassinaram todos em Canudos, na quarta expedição
levaram até canhões, que montaram num morro chamado FAVELA". <br />
<br />
Que depois seria imortalizado e eternizado, nos morros do Rio, pelo único que
escapou de Canudos. E reprisei: “Morreram todos. O único “herói” de
Canudos, foi o Coronel Moreira Cesar, conhecido muito verdadeiramente, como
“coronel corta-cabeça”. <br />
<br />
<b>PS</b> – O encontrou levou duas ou três horas, já sabíamos que havia
terminado. E logo Marighella levantou, me abraçou: “Foi ótimo ouvir você. Toda
luta tem riscos, você faz a tua parte que é importantíssima”.<br />
<br />
<b>PS2</b> – Continuou: “Você sabe muito bem, ou não teria sido convocado,
que resistiremos, haja o que houver. Não vou contar nada aos companheiros, mas
nossa decisão é definitiva. Considero tua analise positiva, em nenhum momento
você negou a guerrilha”.<br />
<br />
<b>PS3</b> – Não me pediu silencio, não disse para manter a conversa entre
nós, me conhecia. Guardei sigilo por 46 anos, mesmo depois de tudo ter acabado.
Agora, conto, como homenagem ao bravo lutador.<br />
<b><br />
PS4</b> – Nunca mais encontrei Marighella. Ainda me lembro de suas ultimas
palavras, não me levando até a porta: “Saia pelos fundos, você entrou pela
frente”. Não era recomendação, e sim um dos segredos da clandestinidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-91661754539715453882021-02-08T01:39:00.001-03:002021-02-08T01:39:25.327-03:00<p><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">MARIGHELLA: A
GUERRILHA TRAÍDA, INFILTRADA, BRUTALMENTE ASSASSINADA</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES</span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no
Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parte - I</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
Conversa interessantíssima, importante, pelo conteúdo, e que deixa bem claro, a
razão dos comunistas serem mestres da clandestinidade. Durante vários períodos
ficavam livres, apareciam. Logo, logo voltavam a serem procurados,
desapareciam.<br />
<br />
É a primeira vez que escrevo sobre o fato. Nem na Tribuna de papel nem no blog.
Sabia que o grande jornalista e escritor Mario Magalhães fazia biografia
elucidativa do líder comunista, não contei nada a ele. Não queria dar a
impressão de que pretendia aparecer. Só falei com ele mês passado, quando a
biografia já era sucesso de critica e de bilheteria, com várias edições.<br />
<br />
<b>Meu relacionamento com Marighella</b><br />
<br />
Conheci os 14 deputados comunistas e mais o Senador Luiz Carlos Prestes, na
Constituinte de 1945. Que promulgou a tão esperada Constituição, em 18 de setembro
de 1946. Mocíssimo, Secretário-adjunto da Revista O Cruzeiro, fui cobrir os
trabalhos. (Ainda não existiam os editores. Foi o bravo jornalista Pompeu de
Souza, que morou anos na Inglaterra e nos EUA, que trouxe a palavra. Implantada
por ele na belíssima fase jornalística do Diário Carioca).<br />
<br />
Como eu ia à constituinte durante 7 meses e 18 dias, e como era de uma revista
importante, fiz amizades. Não era nem nunca fui comunista, mas minhas
inclinações progressistas eram visíveis na convivência e no que escrevia. Daí
as conversas com Grabois, José Maria Crispim, Lamarca, Jorge Amado, e lógico,
Marighella, personagem de hoje.<br />
<br />
Com Prestes conversei também varias vezes. O que não me impedia de ficar
furioso, quando ele e Plínio Salgado sentavam juntos amigavelmente. E depois,
os dois na tribuna, se agrediam (é a palavra) violentamente.<br />
<br />
Separados Câmara e Senado, continuei freqüentando as duas casas, com os
comunistas, até 1948. Nesse ano o partido (Partidão) teve o registro cassado.
Prestes foi avisado pelo seu advogado na ditadura do “Estado Novo”, e para
sempre seu amigo pessoal, o bravo Sobral Pinto. Todos foram embora, ninguém foi
encontrado ou preso. Embora não tivessem fugido do Brasil.<br />
<br />
<b>“Marighella quer conversar com você, com urgência”</b><br />
<br />
Um dia, antes do AI-5, mas com o endurecimento mais que visível nas ruas, e os
prisioneiros sofrendo na carne a tortura impiedosa, tortura que era a base, a
idolatria, filosofia e ideologia dos generais, me telefona um grande amigo, que
não via ha tempos.<br />
<br />
Excelente figura, líder comunista, morreu ha mais ou menos três anos, fui ao
enterro. No telefonema não disse o que esta no titulo destas notas, era sabido,
discreto e eficiente. Textual: “Helio, pode me encontrar ás 2 horas da tarde?”.
Nem podia recusar, ele completou: “Então me encontre na Avenida Rio Branco
esquina de Assembléia”.<br />
<br />
Não disse mais nada, desligou. Nessa avenida, quando abre o sinal para os
pedestres, passam uns 300 para um lado ou para o outro. Não olhou para lado
algum, o sinal ficou verde, disse, “vamos”, tirou um papel do bolso, e no meio
daquela confusão, me entregou sem uma palavra, era a lição maior da
clandestinidade.<br />
<br />
Li rapidamente fiquei surpreendido. Era um endereço no Cachamby, quase um
sub-bairro do Meyer, onde nasci. Perguntou, “decorou?”. Como respondi
afirmativamente, terminou: “O Marighella está te esperando às 2 da tarde, não
toque a campainha ele sabe quando você chegar”. </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esperou eu dar a indicação do
lado para onde iria, seguiu logo no sentido contrario, sem um aperto de mão,
realmente desnecessário. Só vi quando esmigalhou o papel, que já era pequeno,
foi jogando pedaços nas lixeiras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-79794871124247617152021-02-05T00:50:00.003-03:002021-02-05T00:50:30.575-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="color: windowtext;">CORONÉIS DA
RESERVA APENAS COADJUVANTES, AGORA FALAM ABERTAMENTE COMO “PAPAGAIOS DA
TORTURA”. VOU CITAR GENERAIS IMPORTANTES, COM NOME E SOBRENOME, QUE MANDAVAM DE
VERDADE, DAVAM AS ORDENS</span>.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações
históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PARTE -
II</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os que estavam no poder, eram divididos em sensatos e insensatos</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Falavam muito em “linha dura”, mas isso era forma de simplificar. “Linha
dura” era composta por aqueles que logo queriam torturar e matar. Os outros,
eram os que acreditavam em diálogo, todos, milhares, iriam sendo “passados para
a reserva, como traidores da revolução”. Que iria sendo identificada com sua
própria fisionomia de golpe.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois de um tempo de silêncio, o general falou para um coronel: “Onde
está o carro que vai levar o jornalista?”. Uma quase revelação, eu iria para
algum lugar, poderia ser bom ou ruim. O carro chegou, me levaram até ele, Fiuza
disse para o coronel: “Vá com ele, não quero que desapareça pelo caminho e nos
acusem e culpem”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Parecia um destino razoável, mas fiquei ainda sem saber. No carro o
coronel (de uma grande família de militares de carreira) me disse: “Vamos para
o Hospital Central do Exército”. Mas terminou com uma declaração surpreendente:
”Ao senhor não vai acontecer nada”. Naturalmente com outros ACONTECERIA.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fiquei lá uma semana, a única satisfação era a conversa com o médico.
Sobrinho de Manoel Bandeira, contava histórias admiráveis dele. Uma semana
depois fui libertado. Na portaria do hospital, em Bonsucesso, me entregaram
mala com roupas. Provavelmente minha família sabia, não me falaram nada. Peguei
um taxi, logo estava em casa.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Herzog foi assassinado pelos insensatos</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Preso na TV-Cultura, não era para ser morto. Mas seus prisioneiros
obedeciam ordens do poderoso general Eduardo D’Avila Mello, comandante do II
Exército. Já fora advertido pelo general Geisel, “não quero violência contra
ninguém”.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quatro Estrelas, comandante do II Exército (que englobava São Paulo),
suas ordens foram as mais específicas e minuciosas possíveis. Acreditava que
nada iria lhe acontecer. Mas aconteceu.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quando soube da morte (assassinato) do jornalista, Ernesto Geisel mandou
preparar o avião, “vou para São Paulo”. Muitos queriam ir com ele, foi duro e
definitivo: “Vou sozinho”. Chegou em São Paulo mandou chamar o general Ednárdo,
disse imediatamente: “O senhor está demitido, vai chegar do Rio o novo
comandante do II Exército”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O general Ednárdo não acreditou, nunca um general comandante do Exército
foi demitido dessa maneira. Ficou parado, perplexo, Geisel fulminou: “Pode se
retirar, o senhor não tem mais nada a fazer aqui”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confissão do general Cordeiro de Farias</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na minha casa, só ele e o grande criminalista Oscar Pedroso Horta,
Ministro da Justiça de Jânio, e talvez a única pessoa a saber da “renúncia”,
Cordeiro contou o seguinte. Foi interventor no Rio Grande do Sul, e depois
governador de Pernambuco, eleito pelo voto direto. Fez muitos amigos, de vários
setores.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dia recebeu telefonema do Recife. Um amigo advogado, contava que seu
filho de 21 anos estava preso no DOI-Codi, apavorado que fosse torturado. Ligou
logo para Orlando Geisel, pediu providências. Relato integral de Cordeiro de
Farias: “Ele me disse, vá lá na Barão de Mesquita, mostre a identidade de
general, chame o coronel, (foi dizendo os nomes) diga que fala em meu nome, que
em mandei soltar logo o estudante”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Continuando: “Fui, não me deixaram nem passar da portaria, telefonei de
volta para o Ministro Geisel: Você não manda nada, não pude nem entrar, nem
procurar o coronel da tua confiança”. O general-Ministro perguntou onde eu
estava, mandou esperar. Chegou fardado, foi demitindo todos que apareciam. O
coronel encontrou o menino que procurávamos, conseguiu retirá-lo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E Cordeiro de Farias, ainda emocionado: “Não adiantava mais nada, ele já
fora torturado”. O coronel explicou que procuravam informações. E Pedroso
Horta, revoltado: “Que informações poderiam obter de um estudante de 21 anos?”.<b> </b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os personagens do “Pasquim”, presos, mas na Vila Militar</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quero terminar com este episódio que mostra a diferença do Exército dos
generais ambiciosos e torturadores e dos oficiais que repudiavam o golpe, quase
todos perseguidos e expulsos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os jornalistas do “Pasquim” ficaram num Batalhão de Paraquedistas. 60
dias de prisão. Mas o comandante, duas ou três vezes por semana, “pernoitava”
no quartel, jantava com alguns. Que diferença.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por hoje acho o suficiente. Fui preso outras vezes, cassado,
sequestrado, desterrado, proibido de escrever, e mais e mais. Os fatos que
estão aqui, tiveram o repórter como personagem, observador e participante.<b> <o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-59143788009699641562021-02-04T00:20:00.003-03:002021-02-04T00:20:53.142-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">DERRUBADA A DITADURA DO “ESTADO NOVO”,
QUASE 18 ANOS DE ESTRANHA DEMOCRACIA. É UMA EXCELENTE CONSTITUIÇÃO QUE SERIA
ASSASSINADA EM 1964, ANTES DE ATINGIR A MAIORIDADE.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">HELIO FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: white; color: red; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">PARTE – I</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A democracia
no Brasil sempre foi ficção ou esperança, jamais confirmada. Basta dizer que
apenas com um impeachment, existem quase tantos vices que assumiram, do que os
eleitos que terminaram o mandato, O vazio entre um golpe e outro, era
preenchido por um novo golpe. Comumente chamado de “quartelada”, a palavra não
precisa de explicação.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O fim da
“República Velha”, não significava que surgiria obrigatoriamente uma ”República
Nova”. A de 1899 foi substituída pela de 30, este foi passando de data, até que
chegou a 1964. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Duração dos
golpes dependia sempre do entendimento entre civis e militares. Quando se
dividiam, não havia modificações na arbitrariedade e sim nos ocupantes do
Poder, fossem civis ou militares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Até 1935 os
golpes se sucediam, não ostensivamente, sem divisões. Civis e militares
“assimilavam” essa estranha democracia sem eleições e até mesmo sem liberdade,
credibilidade, autenticidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Até 1937
quando houve a grande cisão, dividindo abertamente militares contra militares,
civis contra civis, uns atirando nos outros, se atingiam mutuamente, sem o
menor ressentimento ou constrangimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com a
revolução comunista de 1935, a prisão de Prestes em 1936, o “Estado Novo” de
Vargas em 1937, e a derrubada da ditadura em 1945, aconteceu muita coisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O movimento
integralista de 1938, chefiado por Plínio Salgado, não teve a menor
repercussão. Mas uma visita de bastidores, em 1940, praticamente desconhecida
Até de historiadores, que escrevem sobre a “história, lendo os jornais da
época”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Stalin pede a Vargas a liberdade de
Prestes.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em maio de
1940, sem a menor convicção, mas sofrendo a pressão da opinião pública, e
politicamente do estadista Osvaldo Aranha, Vargas “declarou guerra á Alemanha
nazista”. Foi uma surpresa, mas que gerou consequências. E embora não noticiado
na soturna e medíocre imprensa da época, importantíssimo acontecimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quase no
final desse 1940, Stalin mandou um alto dignitário do Politburo conversar com
Vargas. Uma só frase – reivindicação: “Como agira o Brasil e a União Soviética
são aliados, não tem sentido manter preso o camarada Prestes”. Esperto,
malandro, com espantosa habilidade, Vargas “sentiu” o que lhe caía nas mãos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Respondeu
vagamente, tenho “que fazer consultas”, depois responderei. Prestes estava
preso desde 1936, Sobral Pinto escreveu: “Prestes não foi torturado
fisicamente, mas não tinha direito algum”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O grande
torturado, que enlouqueceu para o resto da vida, foi Harry Berger. Mas Vargas
só se interessava pelo fato político.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mandou
construir para Prestes na Penitenciária da Frei Caneca (no centro da cidade),
uma casa de madeira para abrigar o líder comunista. Dois quartos e uma sala,
banheiro, cozinha, e o mais importante: podia receber visitas diárias, livros,
correspondências, ficou satisfeitíssimo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635951553874606771.post-40461775227060862752021-02-03T00:07:00.003-03:002021-02-03T00:07:24.569-03:00<p> <b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">24 horas
inesquecíveis e inesperadas</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">HELIO
FERNANDES</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: arial;"><b><span style="color: red; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">*Publicações históricas no Centenário do jornalista</span></b><span style="text-align: center;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se cada
um falar 1 hora, terça, ontem, ficará marcada para sempre, como gosta de dizer
um ex-presidente da Republica, nunca jamais se viu algo parecido. Acordei ás 6 da
manhã, como habitualmente, ligeiramente depois das 7, começam a se comunicar
comigo, ligo a televisão, fico assombrado. Depois da prisão do senador
Delcídio, a determinação do Ministro Zavascki, insuperável.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vou para
o computador, escrevo o que vejo e o que recebo de informe e informações,
coloco no Blog, deixando bem claro que estava mudando todo o panorama visto da
ponte da política, melhor, da politicalha. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
primeira mudança, na Comissão da falta de ética: tentaram de todas as maneiras
adiar mais uma vez a votação que só tinha uma palavra para ser aceita ou
recusada: admissibilidade. Depois de 3 horas de pedido de mais adiamento,
votação: 11 a 9 pela abertura do processo, agora começa o julgamento.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cunha
retomara o palácio oficial e monumental, assistia a votação com amigos,
afirmou, “minha vida segue o normal, não fui atingido". </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dia do Ministério Público.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Estava
marcada para ontem, na Câmara, presidida por Eduardo Cunha, essa justíssima
consagração. Houve mas Cunha e Janot não compareceram. O Procurador mandou
mensagem, tirei este trecho, textual: "Tenho que responder sempre, até
onde vai à lava jato. Não escondo, até onde for ou continuar indo a audácia da
corrupção". </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O PMDB perdido, aturdido e surpreendido,</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Logo que
explodiram os acontecimentos, três reuniões que duraram o dia todo, entraram
pela noite, representando os três grupos que dominam ou pretendem dominar o
partido: Temer, Renan, o próprio Eduardo Cunha, alvo principal mas não único,
de toda a rumorosa mas aplaudida operação. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Temer e
Renan não fizeram analise, não são bons nisso. De instantes a instantes, todos
se perguntavam, como se falassem com todos ou com eles mesmos. O presidente do
Senado mostrava satisfação quando soube que seu nome estava na lista de busca e
apreensão, foi retirado pelo Ministro Zavascki. Mas voltava o desespero
lembrando a intervenção na sede do PMDB de Alagoas, (por quê?) e o aparecimento
do nome do ex-senador do Ceará, ha 7 anos representando Renan, na importante
Transpetro, a maior subsidiaria da Petrobras.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O vice,
contrariado por ter sido atingido, não tinha paciência ou complacência para
passar recibo. Como sua casa monumental ficou lotada o tempo todo, perguntava
quase num sussurro: "Como estão Renan e Cunha?". Não era preocupação,
e sim comparação, e a vontade de saber ou perceber se estavam com mais poder do
que ele dentro do partido. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A coletiva de Eduardo Cunha</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não
parecia que era com ele. Calmo, foi falando, não esperava perguntas. "O país
todo acordou com estranheza, não havia explicação".Como surgiram rumores
de que deixaria a presidência para se manter como deputado (Renan, 2007)
respondeu com veemência:"Não renunciarei, continuarei minha luta pela
democracia".Era meia verdade, pensara e admitira isso ,recuara,
continuaria com foro privilegiado, mas a mulher e a filha, iriam para
Curitiba. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lembraram
a ele que Bumlai, o amigo intimo de Lula, está em desespero, perto da delação
premiada, por causa da prisão do filho e da nora. Sem o
menor constrangimento, Cunha terminou com duas frases. "O PMDB tem
que romper imediatamente com o governo Dilma, tem um Ministro da Justiça e um
Procurador Geral, que só pensa em nos prejudicar". Parou um pouco,
terminou: "Vou entrar com recurso". Não explicou se era contra a
decisão da Comissão, sem ética ou contra a "busca e apreensão". </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Atingiram Temer</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois do
fiasco da carta vazia, que Renan classificou de "desabafo pessoal", e
nada a ver com o partido, Temer voltou , buscando os holofotes reclamando da
presidente, publicamente: "A senhora tem que deixar de interferir com o
PMDB". Agora, para ser coerente e intransigente, deveria fazer o mesmo
pedido ao Supremo. Nada mais justo que a ação tão demorada, atingisse no
momento, unicamente o corrupto presidente da Câmara. Aliás, os dois, Temer e Cunha,
têm andado muito unidos. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
propósito, o fato mais importante de hoje, quarta feira, será a sessão plenária
o mais alto tribunal do país. Ninguém pedirá vista, mas o assunto fascinante,
poderá seduzir os Ministros, e leva-los a votos muito longos. Se cada ministro
falar 1 hora, serão 11 horas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Hoje,
terça, a politicalha de Brasília não terá fim de tarde, de noite, de madrugada.
Ultrapassando essa madrugada tormentosa, (quem conseguirá dormir?) surgirá
a nada radiosa manhã de quarta. Se for igual à de terça quem aguentará?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um
assunto polêmico mas obrigatório no PMDB, é a antecipação da convenção. Mesmo
os que só pensavam nisso, agora não sabem mais nada. Mas tentarão conversar.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assunto
recusado por todos, dentro e fora do Congresso: o futuro de Eduardo Cunha. A
repercussão contra ele foi terrível. Observação ou conclusão geral. Eduardo
Cunha não tem?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Presente, como pensar em
futuro? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Helio Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/16617208212637477433noreply@blogger.com0