Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Dona Dilma não vai depor no Senado

HELIO FERNANDES

Não é obrigação é direito dela. Mas posso informar com exclusividade: decidiu não ir ao senado. Talvez mande um depoimento escrito, também depende só dela. Quem vai ficar decepcionada, é a jurista-judoca, que "fala" com as mãos e os braços. Dona Janaína Paschoal já preparava um espetáculo especial. E não pode recorrer ao parceiro de denuncia do impeachment, ele cansou dela.

Se Dona Dilma resolver mudar de posição e comparecer, haverá problema no tratamento dos senadores. È lógico que não serão ofensivos ou agressivos. Mas terão que se dirigir a ela de forma correta. Não apenas verbal, mas constitucional. Não podem dizer "senhora presidente", não é. Se usarem "senhora ex-presidente", novo equivoco, também estaria errado.

A única forma correta: "Senhora presidente afastada "as como seriam centenas de perguntas, ninguém suportaria. Os correligionários também não poderiam usar o habitual "presidentA".

O espetáculo Eduardo Cunha

Nos processos contra ele, tudo é farsa e falsidade. Anteontem e ontem, um ponto dominante: a renúncia Antes do almoço, um apaniguado ia ao palácio residencial, ficava uns 15 minutos, voltava, espalhava: "Cunha está intransigente na decisão de não renunciar". Parava um pouco, dizia: "Fiz um apelo, renuncia e salvamos o teu mandato". À tarde de ontem, quinta feira, o "recado" era diferente, vinha com números. Sobre a CCJ e o Supremo.

Na CCJ: "São 66 membros. Para não ser cassado, preciso de 33 votos Já tenho 27 apoios garantidos. Até á votação, consigo chegar aos 33, sem muita dificuldade". Tudo isso através de intermediários. Ele não pode ir á Câmara, e telefonemas ou mensagens de texto, nem imaginar. O surpreendente é que os que se dizem "aliados" ou os que ele considera "inimigos" não contestam nada. A respeito de votação no plenário, silencio completo. Antigamente era lugar comum constitucional: "O plenário é soberano".

Desafio aberto ao Supremo, e as palavras do ex-presidente da Câmara: "Não sendo cassado pela CCJ, não posso mais ser julgado pelo plenário. Meus processos vão para a 2ª Turma, onde sairei vencedor, por 3 a 2.  E como os processos são iguais, as decisões também têm que ser iguais. Como eu sempre disse. Minha volta á presidência da Câmara, infalível".

O impressionante é que tudo isso começou a um tempo incontável, ele vem repetindo, e nada lhe acontece. De onde vieram s 27 deputados da CCJ, que ele já transformou em 33? E quem garante que ele não pode mais ser julgado pelo plenário do Supremo? Os advogados e juristas com quem conversei, me disseram: "O Supremo não tem nada que esperar o julgamento da CCJ. E basta o Ministro Zavascki pedir pauta, o plenário se manifestará.

Quando o dólar sobe, um grupo festeja. Quando cai, outros vibram. E o povo?

Ninguém escreve sobre o assunto, é um monopólio avassalador e destruidor. São poderosos, invencíveis, intocáveis. Enfraquecem ou fortalecem empresas. Da mesma forma, enfrentados ou contestados, usam todo seu poder de fogo para eliminar os adversários. Esse sistema que se instalou no mundo, vai completar 75 anos. (Acabou em 1991).

Foi imaginado e concretizado a partir de 1942. Os chamados "aliados" (Inglaterra, União Soviética, EUA, e alguns coadjuvantes) estavam perto de vencer a Segunda Guerra Mundial, faltava a Segunda Frente, a fantástica Invasão da Normandia

Conquistavam o mundo pelas armas, inicialmente para derrubar e eliminar o tenebroso "Reich dos Mil Anos". Intimidação e ameaça do nazismo de Adolf Hitler. Mas os EUA rapidamente compreenderam e convenceram a todos, que era preciso completar e complementar a vitoria militar, com uma revolução no sistema econômico. Principalmente no mais importante, o setor monetário. Ainda vigorava o chamado "Padrão Ouro", cada pais tinha a sua moeda, quase todas enfraquecidas, pois a importância era regulada pelo volume das reservas de ouro.

Os EUA convocaram então uma reunião mundial para tratar do assunto. Local: Woods, 1942. Era o Maximo que sabiam. Só os EUA tinham conhecimento do plano maquiavélico. Jamais imaginado, implantado em menos de 1 mês. Não havia pauta, a primeira comunicação: era para acabar com o "padrão ouro", intitulado de herança maldita. Criariam uma moeda de troca universal. Escolheram para presidir a reunião, um economista inglês tão vaidoso e inoperante, que não percebeu nada. Criou até a moeda nova, que se chamaria BANCOR. Nada a ver com os objetivos americanos.

 O plano dos EUA, era simplesmente implantar o dólar, como moeda de troca universal. Era tão inacreditável, que não acreditaram, seguiram com a criação do BANCOR. O general Marshall, que comandava a guerra e a paz, não se irritou, falou com Roosevelt, pediu que conversasse com Churchill para a retirada do economista inglês. O que foi feito imediatamente. Todos assinaram ingenuamente. Logo depois o dólar passou a ser a iminência do mundo.

Marshall deu ordem para montarem maquinas gigantescas para funcionarem 24 horas fabricando aquele dólar falso. Formavam montanhas que eram armazenadas no Fort Knox. Eu não estive em Bretton Woods. Anos depois fui ao Fort Knox, e escrevi sobre o que chamei de DÓLAR PAPEL PINTADO.

Ganha a batalha monetária, Marshall se voltou para a guerra na Europa. Nomeou comandante em chefe, seu assistente,General Eisenhower. A invasão foi histórica, épica, heroica. Junto com a homérica Batalha de Stalingrado, foram os dois maiores episódios rigorosamente militares, que decidiram a guerra. È impossível esquecer ou subestimar a contribuição da União Soviética.
Terminada a parte militar, Marshall, que estava na Europa, percebeu logo: em quase todos os países do continente, havia enorme simpatia pela União Soviética que não era vista mais como terror. Compreendeu: os EUA ajudariam a Europa Ocidental, ou ficariam sozinhos no mundo. Criou então o Plano Marshall. Anunciado fartamente.

Voltou para os EUA, utilizou aqueles dólares falsos. A primeira remessa foi de 38 BILHÕES de dólares, uma fortuna. Como o dólar já era "genialmente" a moeda oficial do mundo, inundou a Europa, sem custo para os EUA. A fabricação de dólares continuou, a União Soviética encurralada junto com o que se chamou de Alemanha Oriental, cometeu o erro incrível de utilizar os recursos unicamente no que se chamou de Guerra Fria, Outra espantosa vitoria financiada pelo DÓLAR PAPEL PINTADO.

Essa Guerra Fria durou de 1948 até a véspera de Natal de 199. A União Soviética não foi á Lua, mas o soviético Gagarin foi o primeiro a ir ao espaço, A União Soviética fabricou os primeiros submarinos atômicos. Mas fabricou um carro, o Lada, que enguiçava a todo o momento. Não sabia fazer um liquidificador. Em 1991 com 80 por cento do orçamento destinado a armamento, não resistiu á traição de Gorbachov e ás bebedeiras de Yeltsin, desapareceu. Poderia ser o que é hoje a China. Metade democracia, metade ditadura, Só que é aceita pelo mundo.

A China tem uma vantagem que a União Soviética não teve: não precisa combater o dólar PAPEL PINTADO. Tão diferente, que a China tem 3 TRILHÕES de dólares investidos ou  resguardados nos EUA. Não são inimigos, se completam, como PRIMEIRA e SEGUNDA potencia mundial. O Brasil não teve representante em Bretton Woods.

O ditador Vargas não ligava para essas “quinquilharias”. Durante 43 anos, a duração do dólar falso, ignorante e ignorado, o Brasil foi miseravelmente roubado. Terminadas as duas ditaduras, uma de 15 anos e outra de 21, parece que a  desatenção e o desprezo pelo dólar é o mesmo.

FHC não ligava para nada que não fosse sua projeção. Com Lula, o presidente do BC era o mesmo Meirelles, hoje Ministro da Fazenda. Mas em 2003 não era o gênio, como é considerado hoje. O dólar veio a 1,70, achou muito baixo. Foi até 3,20, tido como alto. Completou os primeiros 4 anos de Lula, queriam se ver livre dele. Conseguiram. Dona Dilma trouxe Tombini, o anti-BC. Com o dólar a 1,90 e os exporta dores reclamando, mexeu, o dólar foi a 4,37 não soube "desmexer".

Agora com Meirelles querendo teleguiar o BC, o mesmo de sempre. A 4 reais, exportadores bebendo champanha. Ontem fechou a 3,20, já voltaram a se movimentar. Os importadores, querem dólar cada vez mais baixo. E o presidente do BC e o Ministro da Fazenda, tão falsos quanto o dólar papel pintado que durou 43 anos, pensam (?) que um país é apenas EXPORTAÇÃO e IMPORTAÇÃO. SE durarem mais 2 anos, surpresa dentro e fora do governo.


2 comentários:

  1. Pensar que o ano de 2015 começaria vitorioso, com fabulosas inaugurações previstas, o projeto dos perdedores psdbistas era manter ataque serrado e articulado contra o governo eleito legitimamente.
    O projeto ganhava forma e músculo com os opositores vencedores e perdedores nas eleições culminando no impedimento da presidente.
    Com ajuda da mídia fascista, comandada pela globo, elite entreguista e asseclas inimigos da nação conseguiram mas ainda não levaram.
    Concordo com a presidente não comparecer. Seus algozes não estão ao nível da instituição que ela representa.

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  2. Hélio Fernandes, grande jornalista. Por que você tem tanta má vontade com a Janaina. Ela nos representa. Moça, grande jurista, sabe o que fala com pleno conhecimento. Isso de agitar ou seja levantar as mãos, cada um fala como quer. N Globo News em Conta Corrente a um que só fala com cada mão apoiada na perna, e daí? Fala, dá muito bem seu recado como a Dra. Janaina. Só petralhas a detestam óbvio; não desconfiei que você seja petralha. Por favor, trate bem a moça, que sempre está só, enfrenta a turma da chupeta sozinha. /de vez em quando o Miguel Arraes vai lá. O Bicudo, acho que por motivo de saúde anda ausente. Ela merece respeito e reverência.

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