FICÇÃO: ALI BABÁ
TERIA VERGONHA DO CONGRESSO, JUDICIÁRIO E EXECUTIVO BRASILEIRO. LULA E DILMA E
A DELAÇÃO SEM PRÊMIO.
ROBERTO MONTEIRO
PINHO
Eduardo Cunha, deputado federal (PMDB), ex-presidente da
Câmara, é um turbilhão de irregularidades, tido como obsessivo em busca do
poder, e que já, até sonhou ser presidente do Brasil, perde para ele mesmo.
Comparado a presidente afastada Dilma Rousseff difere apenas num ponto, ela:
“nunca soube de nada”, ele “sabe de tudo”. Mas ambos ainda não fizeram delação
premiada. Se isso ocorrer o Brasil fecha as portas.
Versa a enredo das ficções em películas que encantaram o
público, de que “Ali Babá e os 40 Ladrões”, diferencia dos ladrões do Brasil,
apenas no conteúdo, enquanto a fórmula é a mesma. Numa versão tangente, Ali
Babá estava à frente do tesouro, e um dos comparsas, perguntou: Ali, você não
vai pegar nada? Não! Respondeu o personagem facínora, vocês pegam, e depois eu
roubo de vocês!
É o que temos por aqui “ladrão roubando ladrão”, e como
alternativa, fica com um pouco, um “nicho” da negociado na delação premiada, um
modelão tupiniquim, do aprendizado da espionagem internacional, que durante a
Segunda Guerra Mundial, serviu de lastro para decantar estratégias militares.
Dilma afirma que nunca roubou. Eduardo Cunha, “devo, não
nego, pago quando puder”. Na verdade o episódio que se arrasta desde o caso do
“mensalão”, e falta abrir a “caixa preta“ do BNDES, as cenas se repetem. Na
República tupiniquim, tal qual nas ditaduras sanguinárias, o quadro é igual.
Aqui um presidente da indireta, apareceu na janela,
pálido, imóvel e acenou maquinalmente para um close, e gerou a sucessão pela
via indireta deTancredo Neves, o tenebroso José Sarney. Um formato bipolar para
lavar a alma da ditadura militar, no famigerado pós golpe de 64, com bilhete
seguro da impunidade da “Anistia, Ampla Geral e Irrestrita”.
Veio a versão “bolsa família” e a “midiática global” da
direita. A primeira elegeu Collor de Melo, desastroso, confiscou, mutilou
milhões com seu “plano”, abriu as porteiras para China fulminar com a nossa
indústria de consumo. Surrupiou a poupança dos pobres, desencadeou o
impeachment.
Aqui a China entra pela porta da frente e o Paraguai pela
porta dos fundos. Um desastroso negócio que desmanchou nossas indústrias de
pequeno porte.
PC Farias, o homem da mala, apareceu morto em sua cama.
Crime até hoje, blindado, quase esquecido, como tantos outros. Fernando
Henrique Cardoso, professor, poluto, com seu livro verde amarelo obrigatório no
currículo das universidades, e bem mandado – o ventríloquo mor do capital.
Assinou com tudo e todos, fez o PDV, (lesionou direitos trabalhistas) e abriu sua
loja de negócios, convidou os felizardos para festa das estatais.
Num país, que ex-presidentes morrem do nada, surgem,
conotações assustadoras. O deputado, mediador pacificador Ulisses Guimarães,
presidente do MDB, desapareceu num vôo de helicóptero, no litoral de Santos.
Juscelino Kubitschek morreu de desastre na via Dutra. Seu automóvel colidiu com
um caminhão, num acidente obscuro, mal contado e pouco esmiuçado.
Não muito recente Eduardo Dutra, um aceno socialista de
que teríamos uma chance de investir numa promissora proposta de governo, as
vésperas das eleições, morreu tragicamente naquele acidente aéreo, com o avião
caindo sobre casas.
Recente, seu piloto, Paulo Cesar de Barros Morato, aparece morto, a
autópsia concluída em 30 de junho, revelou: “morte por envenenamento”. Quem
teria envenenado ou ele próprio ingeriu no mortífero.
O que mais posso comentar?
Se o caso Celso Daniel, petista, próximo de tudo e de
todos da cúpula agremiativa, assassinado no auge de sua liderança no ABC
paulista, ainda não tem a verdade e sequer autoria confirmada.
Se hoje o presidente em exercício Michel Temer. Em
recente pesquisa, tem a confiança de 61% dos brasileiros. Eu particularmente prefiro
aguardar a próxima pesquisa.
Ávido e compulsivo quanto todos os nacionalistas que
sentem no sangue, o fulgor e o latejante desejo de libertação do seu povo,
assisto a tudo atônito. Por mais que tento entender, esbarro nos mesmos
obstáculos de qualquer cidadão comum. A blindagem sobre esses temas é total. Só
vaza aquilo que pode vazar. Quando se chega próximo do caso, alguém desaparece.
Se Ali Babá não fosse ficção, melhor seria ser
verdadeiro.
A “caixa preta” está ligada a Cunha, que está ligada ao
PMDB, que está ligada ao Congresso e envolve a poluta e estável Caixa
Econômica. A caverna do tesouro dos 40 tupiniquins tem caminho sinalizado, seta
indicativa para, onde ironicamente, por mera coincidência, os três: Caixa,
BNDES e Petrobrás, todos na Avenida Chile.
Até aqui no banquete das delações, a Odebrecht, OAS e
Delta, todas honrosas empreiteiras, financiadoras e intimas do poder. Palmas
para a louvável e nacionalissima ação da Policia Federal, uma benção para a
comunidade. Deus é brasileiro!
Dilma não volta, mas tem o “volta Lula”. Eduardo Cunha não
volta. Mas a “caixa preta” do BNDES, essa sim pode voltar, e se aberta nada
será encontrado. Estiveram antes. Ali Babá não dorme no ponto!
Mas isso, sem exagerar, bem! isso é mera ficção.
Parabéns pela persistente labuta, Roberto Monteiro Pinho.
ResponderExcluirE parabéns a você e ao Hélio Fernandes, que inspiraram e inspiram tantos combatentes pelo interesse nacional há sucessivas gerações.