Novo terrorismo na França, assusta
a Olimpíada. A delação do marqueteiro de Lula, Dilma, Odebrecht. Maia, o nome
da hora
HELIO FERNANDES
A partir
do inacreditável, tenebroso e o inimaginável 11/9, o terrorismo surgiu para
ficar como ameaça permanente. Mas ninguém percebeu que por trás do episodio que
assustou e angustiou o mundo, havia uma tática e uma estratégia. Consistia em
manter os EUA como adversário principal. Não para destruí-lo geograficamente,
mas para imobilizá-lo pela incerteza, pela angustia, pelo medo do que
aconteceria amanhã.
Esse
amanhã, que seria desfechado em partes, silenciosamente. Era a tática, que
estão cumprindo de acordo com o plano. Os EUA são mantidos deliberadamente como
se não fossem o grande objetivo. Os atos de terrorismo são efetuados
intercaladamente, de Boston ao Texas, com intervalos cronometrados, das mais
diversas formas.
Fora dos
EUA, a estratégia consiste em manter alvos preferenciados, como a França e a
Turquia, ligadíssimos aos EUA. Cada barbaridade ou selvageria praticada contra
esses países, repercute dolorosamente no adversário maior. Que não sendo
atacado diretamente, sofre pela incompreensão do que está acontecendo. E pela
perplexidade da reação que deve desfechar. Até agora, desde novembro de 2015,
os EUA, imobilizados pelos terroristas, se mantêm na obrigatória mas
praticamente inútil solidariedade.
Com os
ataques de agora, ficou evidente que são assassinos consumados, mas atuam baseados
em serviços de inteligência, não agem impensada e irresponsavelmente. Havia o
temor de terrorismo na Eurocopa, principalmente nas preliminares, que envolviam
os 52 países. Não houve nada. Nem intimidação nem ação, já nas finais, disputadas
entre 24 países.
A angústia
se dissipou, recuperaram a tranqüilidade. De tal maneira, que o presidente
Holand anunciou publicamente: "Na sexta feira acabaremos o estado de emergência,
voltaremos á rotina de paz". Na quinta, vê espera, aconteceu à tragédia de
Nice, barbaridade e tragédia num local que escolheram, e onde atuaram com a
maior desenvoltura
No
atentado da Riviera Francesa, fizeram questão de provar muitas coisas. Estão
sempre preparados. Não precisam de grandes equipamentos. Em Nice, usaram apenas
um caminhão todo branco, sem nenhuma inscrição ou identificação. Um motorista
isolado, inteiramente desligado de tudo. No passado, nenhuma ligação com o terrorismo.
Só ontem, o Estado Islâmico reivindicou a autoria.
E essa
reivindicação pode nem ser verdadeira. Diante do sucesso representado pelos 84
mortos e mais de 200 feridos, voltaram ao centro dos acontecimentos, mostrando
que podem atuar como, quando e onde quiserem.
Podemos
dar o exemplo do nosso próprio e próximo evento mundial: as Olimpíadas. Provando
que para os terroristas não existe nem tempo nem distancia, movimentaram as
mais altas personalidades. Civis e militares envolvidos no maior acontecimento
esportivo, começaram a se reunir, antes mesmo da tragédia de Nice ser
esclarecida. O provisório, atento a qualquer fato que possa atingir sua
efetividade, ás 7 da manhã, já estava reunido com ministros e cidadãos com
vestimentas cheias de estrelas e bordados.
Movimentaram
dezenas de milhares de militares, reforçando pontos possivelmente mais vulneráveis.
Estes, corretamente, informaram das providencias, e continuarão atentos a
qualquer alteração. Temer, como sempre irresponsável e falastrão, não parou de
dar entrevistas,com o toque repetido: "A segurança das Olimpíadas está
garantida".
Sua preocupação maior é pessoal.
Os jogos
vão de 5 a 22 de agosto. O julgamento do impeachment no dia 25. Daí o medo,
apesar de ter cooptado 60 votos no Senado. O receio: que aconteça o mesmo que
aconteceu na Câmara, derrotadíssimo. Absorveu imediatamente o relacionamento
com Rodrigo Maia, tenta aparecer como grande ou único vencedor.
Para
confirmar o que venho dizendo sobre a tática e a estratégia dos terroristas,
depois de Nice-quinta, operaram a Turquia - sexta. Que atravessou e tumultuou o
fim de semana do mundo. Repercussão aterrorizadora.
Ângela
Merkel chamou de "deplorável". Hollande, horrorizado, "lamentável".
Obama, finalmente acertando na analise e no comportamento: "Não ficaremos
prisioneiros do medo".
Só que
nenhum desses personagens principais, mostrou como se combate terroristas, que
não têm o menor apreço ou afeto pela vida, ou a preocupação de preserva-lá.
Como
sempre, Michel Temer é apanhado novamente em flagrante do desconhecimento das
palavras. Em suposta ou pretensa solidariedade, textual: "Mais uma vez a
França é vitima de INJUSTIFICADA INTOLERANCIA". Com essa contradição
verbal, o presidente deixa evidente, que no seu entendimento existe intolerância
JUSTIFICADA. Nenhuma surpresa.
Medo com a delação do marqueteiro
Quando
Sergio Moro aceitou o pedido de prisão de João Santana, ele estava na Republica
Dominicana. "Marquetava" um presidencialista,que 2 meses depois seria
vencedor.Veio para o Brasil, sem celular, sem computador, sem nada.O que
provocou duvidas, indagações,suspeitas. Passados uns dias, revelei o que um
amigo dele me contou: "Não fará delação, tentará um acordo sem entregar
ninguém".
Seu
objetivo: "Conseguir o mesmo que outro marqueteiro obteve no mensalão. Não
revelar nada, continuar com a agencia de publicidade, inteiramente fora da política".
Os meses
passaram, nenhum resultado. Sua mulher e sócia resolveram fazer delação, com
autorização dele. Depoimentos demorados, a equipe da Lava-Jato não ficou
satisfeita. Ela não acrescentou nada, a situação piorou para ele.
Não
insistiram, mas deixaram claro: a decisão tinha que ser dele. E competente como
é, conhecendo os fatos que transitaram pelas três campanhas, compreendeu que
a saída era a delação.
Mandou
recado para Lula e Dilma: "Não tenho solução. Faço ou pego 20 anos de
cadeia". Não entenderam. Mas como explicar que recebeu da Odebrecht, entre
30 e 32 milhões para "financiar"campanha no exterior? E foi a própria
Dilma que disse publicamente, a ultima campanha custou 400 milhões. "Tudo
legal e declarado á Justiça Eleitoral". A Odebretch não tem o que
dizer. Pagou ilegal, responderá legalmente.
Todos querem se apropriar de Maia
È o nome
do momento, altamente requisitado. Está no quinto mandato. Nos quatro
anteriores, desconhecido e até ignorado. Conseguiu definição praticamente unânime:
"Não é brilhante, tímido, não conversa,foi do PFL". Apenas um adendo
positivo: "È mais leal e sem arrogância, ao contrario do pai". O
primeiro ano do quinto mandato, nenhuma novidade. As coisas começaram a mudar
com a posse deTemer. Mesmo provisório, precisava de um líder na Câmara.
Tomando
posse logo depois do sucesso da conspiração traição, o nome de Maia começou a
circular a partir do Jaburu. E surpreendentemente com aceitação do candidato.
Pertencia ao DEM, um partido sem liderança e sem expressão, tendo mudado de nome
pelo constrangimento de ter sido PFL.
Passou a
ser citado como "candidato das preferências de Temer", talvez pelo
fato raro, de estar distante da Lava-Jato ou restrições morais. Mas esqueciam
do poder não oculto de Cunha. Este foi ao Jaburu, e com três gritos e duas ameaças,
exigiu a nomeação de um líder. Moralmente indefensável e de um partido com 8
parlamentares, foi aceito, indicado e nomeado.
Temer simplesmente
abandonou Maia, sem qualquer explicação. Assessores alertaram que a repercussão
fora péssima. Convidou então Maia para líder no Congresso. Aí, Maia reagiu com
altivez, desprendimento, visão e conhecimento. Recusou, "esse cargo tradicionalmente
é ocupado por um senador". O provisório ficou surpreendido, nomeou Aluizio
Nunes Ferreira, conhecido e reconhecido como adversário.
Maia
cresceu, e sem apoio ou ajuda de Temer ou do Jaburu, se elegeu presidente da Câmara.
E tem 6 meses para assumir eventualmente a presidência da Republica. Sem
restrição de ninguém, apenas com a inveja crescente do DEM.
PS- Inesperado
o golpe militar na Turquia. Ainda não esclarecido se teve o apoio ou a
participação terrorista. È sabido que a Turquia, poderoso membro entre os 28
países da OTAN é alvo permanente do Estado Islâmico. A OTAN tem o mesmo numero
de membros da UE, agora com 27. E curiosamente a Turquia é candidata a
substituir o Reino Unido.
PS2- Surpreendente
e fulminante a ação do Presidente Ersogan. Em menos de 48 horas, reagiu e
destruiu o golpe. Usando vários modos. Na madrugada,quando os golpistas
anunciavam a tomada do poder, utilizou vários meios de comunicação, pediu ao
povo que saísse de casa e fosse para as ruas. Não só da capital, Ancara, mas de
todas as cidades.
PS3-
Atendido, esse foi um fator principal para a retomada do governo. E agiu com
tal disposição, que imediatamente prendeu 2.800 militares, demitiu 2.700 juízes.
E garante, "vou limpar completamente o Exercito". Inegável e
incontestável: Ersogan, a partir de agora, governará com um poder e uma
força que já não tinha.
PS4 – A
recém fundada Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, presidida
pelo talentoso jornalista Roberto Monteiro Pinho cujo curriculun não deixa dúvidas,
vai com sua comitiva de profissionais da comunicação visitará na terça-feira
(19) o stand do COI na Praia de Copacabana. Na oportunidade alem de apresentar
sugestões a entidade estará sendo recepcionada pela gerente geral Roberta Clark
que ira expor o funcionamento do stand para os visitantes. Na próxima edição eu
publico o com exclusividade o resultado da visita.
ENTRE VARGAS E TEMER, ERDOGAN...
ResponderExcluirÉ inevitável a associação entre a articulação adotada por Recep Erdogan a partir da alegada "tentativa de golpe frustrada" e o comportamento historicamente repetido, inclusive em episódios que marcaram o Brasil no século XX, de apontar o inimigo enquanto se rouba a democracia.
Assim como Getúlio Vargas utilizou a repressão ao movimento comunista de 1935 para suprimir as liberdades e garantias individuais, abrindo caminho para o Estado Novo de 1937, Erdogan reencena com novos atores a geopolítica da história mistificada (ardis da manipulação contemporânea, comparável a faróis diurnos em exclusão aos noturnos em equivocada compreensão de iluminadas latitudes tropicais).
Porém, muito além da nova queda da Constantinopla às portas européias, em sentido eurasiático de contragolpe, avizinhada e imiscuída com grupos divisores da Síria e do "modus operandi" típico de Vladimir Putin, nosso Brasil, que disputa com a Turquia pelos mais altos níveis de taxas de juros mundiais, também encontra sua mistificação, personificada em Michel Temer, dentre cavaleiros submetidos após o século do aço em sequências mentirosas de efeitos que seguem massacrando as multidões mais indefesas.
A realidade também é distorcida pelos interesses da pessoalidade e do favorecimento de poucos grupos em detrimento da maioria humana desprovida de potestatividade, até mesmo para a defesa dos seus direitos mais elementares, inclusive em relação ao valor e ao modo de trabalho e à previdência.
Sem segurança, quer seja em "safety" da aeronave, quer seja em "security" da intervenção ilícita, seguimos ameaçados por terroristas que se disfarçam em meio a explosivas manobras contra a Lava Jato e às partidas e chegadas simultâneas do país continental dependente de modais precários de transporte, que retarda muito mais do que o trânsito urbano e eleva os perigos de acidentes nas estradas-gargalos de logística muito mais do que as demandas imediatas nas longas filas dos aeroportos, resvalando em meio ao ricochete balístico de grosso calibre que alveja o cidadão-contribuinte-eleitor (Hélio Fernandes) consumido na demora judicial que torna ineficiente, ineficaz e inefetiva a solução de litígios pelos meios oficiais.
As exceções são louváveis e esperamos que prevaleçam sobre essa inversão que torna vices decorativos e capitalistas de quadrilha falsos heróis em impossível diferenciação em relação ao grupo de idênticos objetivos ao qual acusa.