Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 24 de maio de 2018


EM VEZ DE JULGAMENTO, STF, PREFERE PRORROGAÇÃO

HELIO FERNANDES

Fizeram promoção e publicidade enorme. Depois de 4 anos da Lava-jato, um dos envolvidos seria julgado no mais alto tribunal do país. Não  era no plenário, mas na Segunda Turma. As Turmas se reúnem ás 10  da manhã. 

Primeira grande surpresa:a sessão começou ás 6 da tarde. Discutiram, conversaram, divergiram, ás 9  encerraram. Ninguém votou.

Prorrogaram para a próxima terça feira, vídeo tape completo. Ninguém votou. Prorrogaram para outra terça-feira, anteontem. Ligeira modificação, mais prorrogação. Votaram o relator Fachin e o revisor, Celso de Mello. Os dois condenando o corrupto Nelson Meurer. E deixando o  resto para a próxima terça, 29.

Agora, tudo expectativa. Faltam votar Toffoli, Gilmar, Lewandowski, que sempre votam juntos contra a Lava - jato, o  que  significaria  absolver o réu.

Mas não têm audácia suficiente, vão acompanhar o relator e o revisor, fazendo 5 a 0. Admitamos que sejam coerentes com o passado, votem a favor do réu. Ele então é inocentado por 3 a 2.

Se esse resultado ocorrer, cabe recurso para o plenário. 8  a 3 ou 7 a 4 pela condenação. Mas acredito na incoerência de Gilmar, Toffoli, Lewandowski. Mas temos que esperar.

VETADO COMO PRESIDENCIÁVELTEMER FINGE QUE DESISTIU

Ninguém  acreditava que o usurpador fosse presidenciável de verdade. Toda vez que ele falava “na minha candidatura", o constrangimento no MDB era total. Não pelo fracasso pessoal dele, mas as conseqüências negativas sobre o Congresso. E na redução do numero de governadores.

Isso sempre foi o forte do partido, e não eleger o presidente.  Em 1998, o senador Requião lançou  sua candidatura a presidente dentro do partido. Não foi apoiado, tinham medo que ele ganhasse.

Ante ontem um grupo mais corajoso e independente do MDB, emparedou o usurpador, que não protestou. Ficaram com Meirelles, por causa do volume de recursos. Sabem  que não se elege, não lamentam.

A ONU HOMENAGEIA MULHERES, QUE LUTAM PELA IGUALDADE

Excelente idéia com enorme repercussão. Só que pretendo colocar o nome de uma grande brasileira, a doutora Berta Lutz. Em 1934, já lutava em duas frentes.

O feminismo  e o civismo. Ha 84 anos já defendia, com intransigência, a igualdade para as mulheres. Considerava um direito sagrado, que ainda hoje não é reconhecido e respeitado.

A outra guerra, esta heróica, era pela adoção do voto direto para presidente, incluída as mulheres. Conseguiram marcar essa eleição para 1934 mesmo, junto  com a constituinte. Mas os políticos conseguiram transferir para 1945, a primeira eleição direta da Republica.

DECEPÇÃO e FRUSTRAÇÃO do país inteiro.

PS- Se a ONU for publicar nomes, não pode esquecer a doutora Berta Lutz.

SUPOSTOS PRESIDENCIÁVEIS DEVIAM FICAR CALADOS

Principalmente os que concorrem ao terceiro turno. Mas são os que mais quebram o  silencio.

Alckmin: "No primeiro ano, farei a reforma política, tributaria, da Previdência".

Bolsonaro: "Em matéria de economia, o Brasil é um avião que voa em direção á montanha".

Meirelles: "Governaremos com o mercado, aumentando inicialmente as DESONERAÇÕES"


Um comentário:

  1. ERROS INJUSTIFICÁVEIS NA LOGÍSTICA E NA ESTRATÉGIA NACIONAL

    A greve dos caminhonegros e o caos instalado que obriga à rendição e à oportuna desoneração revela a imensa fragilidade nacional.

    As politicagens torpes e sonsas de acomodação, corrupção exagerada e irresponsabilidade sucessiva que redundar amanhã na dependência em relação ao caro modal rodoviário, em detrimento de todo o potencial e histórico hidroviário e ferroviário são as razões evidentes para este atraso de vida que nos atinge.

    Um choque mais violento nos preços dos combustíveis acarreta efeitos trágicos nessas condições e a autonomia energética e a soberania estratégica, não ideológica, mas econômica, financeira e prática, sofrem com tamanho descaso.

    Os “grandes eventos” e o impulsionante ciclo das commodities, sobretudo com locomotiva chinesa, desperdiçado com muita propaganda enganosa, desvios evidentes e canteiros incômodos de obras inacabadas são monumentos à improbidade que tem permeado tão amiúde em nossa história.

    A estratégia basilar e a vida é os interesses públicos primários têm sido atirados e represados no último plano das prioridades

    ResponderExcluir