FORO PRIVILEGIADO: DA MISTIFICAÇÂO
DOS 11 a 0, À TENTATIVA DE AFIRMAÇÃO DO
MINISTRO TOFFOLI
HELIO FERNANDES
No final
da sessão em que o plenário do STF decidiu sobre o nada por unanimidade, Toffoli
tentou se destacar. Declarou: "Tenho proposta importante a fazer, fica
para a próxima sessão". Achei curioso, registrei o fato, sem ter a menor
ideia do que representava. Agora analisemos a mistificação dos 11 a 0, e
a participação do futuro presidente do STF.
Logo no
dia seguinte identifiquei "o fim do foro privilegiado", como
mistificação. Que os fatos estão afirmando e reafirmando. Em 15 dias, 44
processos passaram para a primeira instancia, com a colaboração de um Ministro
do STJ, exorbitando do que o STF resolvera. Ministros otimistas, acham que nos
próximos 4 meses, as transferências para a primeira instancia, podem
chegar a 200 processos.
Sobrariam
com o beneficio, APENAS 54.800, já que hoje gozam da inconstitucionalidade, 55
mil pessoas, quase todas do judiciário.
Como é
publico e notório que o Senado já aprovou projeto (está aprovado e não
tramitando, como dizem) acabando definitivamente a excrescência, reservando o
privilegio para o presidente da Republica, do STF, da Câmara e do senado,
(enquanto estiverem no cargo) surgiu um raio de esperança. A Câmara está
ansiosa para ratificar o projeto, impedida por causa da intervenção na
segurança.
Aí a
proposta importante lançada por Dias Toffoli, identificada como jogada visando
a sua ascensão a presidente do STF em setembro, logo ali. Começou elogiando
publicamente o projeto do Congresso. Com isso ganhou a confiança de deputados e
senadores.
Apresentou
duas ideias que pretende entregar agora mesmo. Uma de acordo com o
projeto do Congresso. Como considera que o plenário fará oposição, entregará
outra, mais conciliadora.
Mas não
desiste de eliminar totalmente o privilegio. Sabe que se houvesse eleição,
jamais seria presidente, é muito desacreditado. Tenta então se
preparar para presidir o STF de forma revolucionaria, para os padrões das
ultimas décadas.
Não exclui
a reforma do velho e arcaico regimento interno, acabando inclusive com o
"pedido de vista", ultrapassado, e que ele usou como ninguém.
PS- O que
não conseguir agora, Toffoli presidente, colocará na pauta, e usará o
prestigio do cargo.
PS2-
Outro exemplo do Toffoli presidente. O ministro Fux está fazendo sondagens para
limitar a duração dos votos em 15 minutos, excelente, conseguiu uma
adesão.
PS3- Toffoli
presidente pode apoiar a proposta de Fux. Não interessa a ele, presidente que
as sessões se arrastem, como votos de mais de uma hora e até duas.
PS4- O
Toffoli, decepção como presidente do STF, está sinalizando que será
esperança concreta.
TEMER HISTRIONICO
Como quem
não tem caráter ou convicção, só interesses pessoais, muda muito. Começou
mandando carta a então presidentA Dilma, se confessando vice decorativo. Até a
correspondência era ultrapassada, ninguém mais escreve carta.
Mas logo
mudou de estilo, tramou uma conspiração parlamentar com o que havia de mais
corrupto.
Usurpou o
poder, corrupto já era conhecido, as acusações se acumularam. mas só vão
atingi-lo a partir do primeiro dia de 2019. Impopularíssimo, surpreendeu até os mais íntimos,
lançando a candidatura á reeleição. Não enganou ninguém, "vou me
reeleger para defender o meu legado". Insensatez e absurdo.
Agora, abriu o jogo: como não ha legado, não ha
candidatura. Comunicou oficialmente que vai apoiar seu ex-ministro
Henrique Meirelles. È a hora das desistências dos que não tinham chances.
PS- Barbosa e Temer pessoalmente.
PS2- Meirelles, que tinha 1% nas pesquisas, dizia,
"assim que eu deixar o ministério, o mercado me joga lá pra cima". Falava
em 20 por cento.
PS3- O mercado está silencioso. Com o apoio contra
de Temer, esse silêncio será retumbante.
REVOLTA (dolorosa) CONTRA O ASSASSINATO DO MARACANÃ
Badalaram
insensatamente, os 60 mil pagantes desta semana. Insistiram na palavra recorde.
Esqueceram do passado. 1950, prováveis 200 mil, não havia
"borboleta". Minha primeira Copa, fui com o Millor e o Ziraldo. (Eles
não eram fanáticos, mas nessa Copa, e depois nos jogos do Santos de Pelé, iam
comigo).
Depois, 1970,
187 mil pagantes, eliminatória da Copa de 70, Brasil-Paraguai. Recorde
nacional, Flamengo-Fluminense 173 mil pessoas. Era um estádio popular,
amado e admirado por técnicos e jogadores do mundo inteiro. Povo mesmo
comparecia, iam ás gerais ou arquibancadas, que criaram as palavras
"geraldino" e "arquibaldo".
Inesperadamente
gastaram 3 bilhões, acabaram com o estádio lenda-legenda, que se transformou
num pardieiro, freqüentado por gente rica, o povo não vai mais.
PS- Têm
que ser o apogeu da corrupção.
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