DÓLAR AMERICANO, MOEDA OFICIAL DE TROCA NO MUNDO,
DESDE 1942
HELIO FERNANDES
Estão
todos preocupados com a devastadora alta do dólar. E não apenas os emergentes,
até mesmo países de economia consolidada e que poderiam resistir, não fosse a
traição ao mundo, perpetrada em Bretton Woodes (EUA) em 1942. Estávamos no meio
da Segunda Guerra mundial, caminhando francamente para a vitoria dos
aliados. (EUA, Grã Bretanha, União Soviética).
Em 1943,
em Estalingrado, os exércitos vermelhos destruíram, demoliram ou
aprisionaram as famosa "Bunder Divisiones", começava o fim da
convicção do Reich dos mil anos. Não sobrou nada no leste europeu.
No centro
da Europa, a maior invasão do século, chamada de "Segunda
frente". No final desse1943, inicio de 1944, as tropas comandadas pelo
general Eisenhower (presidente em 1952), terminavam a destruição
consumada no leste em 1943. A guerra terminaria com a ocupação de Berlim em 8
de maio de 1945.
Mas para
os EUA, isso é o que lutavam para que acontecesse. Desde 1942, cuidavam
da parte econômica e financeira. Na reunião de Bretton Woods, o grande objetivo
era implantar a moeda que seria a base, de todas as transações
financeiras, 38 países foram convidados, inclusive o Brasil, que enviou o jovem
diplomata Roberto Campos, que fez carreira como "americanofilo".
A
Inglaterra mandou seu maior economista, que levava o nome da nova moeda,
que se chamaria Bancor.
Mas os
EUA tinham seus próprios planos: fazer do dólar a moeda oficial de troca. Conseguiu
e até hoje o dólar é uma potencia, construtiva e destrutiva. Contou com
apoio e Churchill, quando Roosevelt lhe disse, que sem isso "seria
difícil conter a União Soviética".
OS EUA
ficaram com esse dólar sem lastro e falsificado, que foi a base do
famoso Plano Marshall, o general que comandou a guerra, e de quem
Eisenhower foi assistente.
PS- A
primeira remessa de dólares falsos que chegou á Europa, foi de 250 BILHÔES.
PS2- As
remessas foram chegando, financiaram até a GUERRA FRIA.
Demétrio Magnoli não tinha idade
para combater, tem para analisar
Sociólogo, Geógrafo, com vocação
de historiador, conta e interpreta fatos importantes. Contesta os
“memorialistas das conveniências”, e corajosamente penetra num círculo que
tantos querem esquecer. Círculo da contradição, digo eu.
“O golpe de 64 não nos salvou da
ameaça comunista que não existia”. E depois: “Isso foi urdido por um fascismo
puramente imaginário”. O artigo de Demétrio vai assim até o final, é um dos
dois pontos mais completos e para ser aplaudido.
O segundo é a coragem e o
discernimento de entrar na interpretação de um dos fatos mais importantes do
golpe. Os dois editoriais do Correio da Manhã, intitulados “Basta” e “Fora”.
Até hoje se discute, se nega e se confirma a autoria dos manifestos.
Demétrio dá o nome de sete
autores, desculpe, foram oito. Hoje todos negando a autoria, com exceção de quatro
que já morreram. Esses dois artigos explicitam e elucidam um período torpe,
covarde e farsante da História do Brasil.
O primeiro golpe militar foi o da
República. Dois marechais que eram inimigos, se reconciliaram, derrotaram a
brilhante geração dos “abolicionistas” e dos “propagandistas da República”. Os
charmosos “Tenentes de 1922”, combateram até 1930, quando se beneficiaram de
tudo.
O Estado Novo, garantido pelos
generais
Em 1937, Vargas “implantou”
ditadura, que chamou de “Estado Novo”. Garantido pelo general Dutra, que nos
oito anos, foi chamado de “condestável do Estado Novo”. Derrubada a ditadura,
lógico foi presidente, garantindo a volta de Vargas.
O golpe de 64 teve remanescentes
Alguns mais longevos, que
palavra, garantiram o Estado Novo, voltaram em 64. Que capacidade. Concluiu,
dizendo: “Vamos olhar para o futuro, esquecendo o passado”. Que farsa,
Ministro. Era melhor ficar em silêncio. A Comissão da Verdade deveria ter sido
criada 33 anos antes e não agora.
Mas sem interpretar e examinar o
passado, não podemos acreditar no futuro. O passado, qualquer que seja ele, tem
que ser lembrado, mesmo para ser contestado. Quando assinaram em 1979 a
extravagante “anistia ampla, geral e irrestrita”, estavam tentando sepultar
esse passado.
Os próprios militares que deram o
golpe de hoje, estavam apavorados e achavam que com esse “ato” que só
beneficiou os vencedores, não valia nada, sendo assinado apenas pelos
representantes de um lado. E que estavam absolvendo a eles mesmos.
PS – Fatos desse 31 que completa 50 anos e não
mais interpretação. A indecisão e a certeza eram totais. Carlos Lacerda,
“ilhado” no Guanabara, com centenas de pessoas, recebeu a informação ou informe.
PS2 – O Almirante Aragão “iria invadir o
palácio”. Não sabia o que fazer. Tentou falar com Castelo Branco, dos chefes
golpistas, o único que estava no Rio, mas não tinha a menor idéia de onde.
PS3 – Deu uma sorte. Um amigo médico soube do seu
problema, telefonou para o governador: “O general está na minha casa em
Copacabana, emprestei para ele. Está com o general Ademar de Queiroz, teu
amigo. O telefone da minha casa é 42-6178”. (Na época só seis números).
PS4 – Lacerda ligou, o general Ademar ficou
perplexo do governador ter localizado Castelo. Mas não podia deixar de passar o
telefone para o chefe do golpe.
PS5 – Lacerda contou o que temia, a invasão do
Almirante, recebeu a seguinte resposta: “Governador, não posso fazer nada pelo
senhor. A tropa que veio de Minas e a do Rio estão a um ponto do confronto,
quero evitar isso” e desligou.
PS6 – Lacerda telefonou imediatamente para o
presidente da Comlurb: “Mande os maiores caminhões da empresa, bloqueiem todas
as ruas que chegam ao Guanabara. Não pode passar nenhum veículo, civil ou
militar”.
PS7 – Apesar de ser o civil de maior penetração
nos círculos militares, Lacerda não sabia de coisa alguma. O movimento golpista
foi organizado, comandado e empossado por militares, perdão, generais.
PS8 – Abertamente não houve mais nada nesse 31 de
março. A ocupação final do poder ficou para o dia seguinte, 1º de abril. Mas
como é o chamado “Dia da mentira”, comemorado popularmente, proibiram de forma
terminante, qualquer que seja a citação nesse dia.
PS9 – Para os generais, o golpe, desculpem,
farsantes até o fim, falavam em Revolução. E comemoravam, como agora, nos dias
31 de cada ano.
Dolar inflado,combustíveis em alta exorbitante, custo de vida e risco de vida em patamares assustadores.
ResponderExcluirAlguém acredita nos números propagandistas oficiais divulgados?
A grande questão dessas violências às quais somos submetidos no cotidiano das últimas décadas é a da cartelização ou da pseudocompetitividade assimétrica.
Há uma falsa disputa facciosa pelo exercício formal do poder, que sob o ponto de vista prático e material é titularizado pelas mesmas castas coronelistas, com conexões que ultrapassam as fronteiras regionais.
Desde as organizações criminosas transpartidárias até os grupos patrimonialistas multissetoriais, falta concorrência real e significativa em espiral positiva (ao ponto de influenciar a qualidade e o preço e a eficiência de produtos e serviços: seja em telecom, transportes, energia, infraestrutura ou educação) e sobra disputa perniciosa, tal como ocorre nessa politicagem desavergonhada e nas balas perdidas lançadas sobre a população em meio às brigas por poder e território para domínio e prática estatal oficial ou paralela de elevada e injusta e regtessiva tributação.
Abraços.