Imprescindível reduzir os
partidos. A baixaria de Galvão Bueno contra a seleção de futebol
HELIO FERNANDES
Impossível
mantê-los. Já são quase 40 e em andamento para se transformar em realidade, outros
30. Nada de voto Distrital, Distrital Misto, Lista Fechada. Essa masturbação
dita partidária, leva á promiscuidade eleitoral, sem nenhuma possibilidade de
governo.
O sistema
político, presidencialista pluripartidário, só pode ser operado com o máximo de
5 ou 6 partidos. È facílimo reduzi-los. Basta estabelecer o que já existiu,
chamado de clausula de barreira. Limitava o registro e permanência, a 12
partidos, é muito. Os partidos devem ter no mínimo 5 por cento do numero de
deputados, os exagerados 513.
Com a
exigência de 5 por cento dos eleitores, cada partido com o mínimo de 25
parlamentares poderia compor um Congresso efetivo e dentro de uma realidade
positiva. Até admitamos, teriam ideologia, representatividade, fariam parte de
uma comunidade realmente existente. Com 30 ou 40 partidos, como hoje, e
tendência visível de aumentar, nenhum compromisso com a coletividade.
Mas como
as modificações têm que ser feitas pelo Congresso, podem garantir que tudo
continuará como está. Sem governabilidade. E não podem esquecer de acabar com o
Fundo Partidário, que custa ao contribuinte, mais de 1 bilhão por ano. E no
mesmo roteiro, esclarecer porque o horário eleitoral de radio e televisão é
chamado de GRATUITO.
Apesar de ser
pago pelo cidadão. O Ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, já disse
publicamente: "O dinheiro do fundo partidário, serve para comprar até
aviões e helicópteros". E fazer diversas negociatas. Não pode continuar
existindo.
Olimpíada maravilhosa, menos tecnicamente
Estádios belíssimos.
Publico entusiasmado Pesquisas "indicavam" que seria um insucesso. Exatamente
o contrario. Vários jogos terminando a uma da madrugada, com as arenas lotadas.
Decepção, apenas do ponto de vista dos resultados. Falavam que o "Brasil
poderia obter 12 ou 14 ouros". Respondia: "Não consigo chegar a
6". E no momento, estamos com 3, inesperados, mas rigorosamente heróicos. Podemos
ganhar outro no vôlei de praia, no vôlei masculino de quadra. No futebol
masculino. E acabamos de ganhar o quarto, na vela, com Martine Grael e Khaena
Kunze. Essa família Grael é deslumbrante.
O futebol
feminino, admiração total do publico, perdeu nos pênaltis, provocando lamento
geral. A seleção de futebol masculino, disputa amanhã a final, podendo, sem
exagero, ganhar o primeiro ouro Olímpico. Começou mal, com dois empates de zero
a zero. O locutor Galvão Bueno,armou um programa ofensivo, meia hora agredindo
verbalmente os jogadores, chamando-os no mínimo de covardes.
Contestei
imediatamente, dizendo: nada está perdido, não foram eliminados, podem se recuperar.
E como o Brasil jamais ganhou o ouro Olímpico, em dezenas de anos, perguntei:
por que esta seleção é insultada desprimorosamente? Se ficar com a prata, o
locutor deve pedir desculpas ao vivo. Ganhando o ouro, o locutor deve pedir
perdão, ajoelhado, e dizendo que esse ouro, é sagrado e sacramentado.
Tecnicamente,
a grande decepção foi a China. Especialistas e grandes jornais e televisões
esportivos do mundo, não hesitavam: "A China disputará a maioria do ouro
com os EUA, até o fim". Está em terceiro, atrás da Grã-Bretanha. No total
de medalhas, aparecia como vencedora. Mas vem brigando com a mesma
Grã-Bretanha, pelo segundo e terceiro lugar.
Pedro Paulo pode ser candidato mas não ganhará
Já não
era favorito, apesar de ser indicado e apoiado pelo prefeito Eduardo Paes.
Depois de agredir a mulher, covardemente, admitia-se que nem seria candidato. Mas
o Ministro Luiz Fux, também do Rio, não considerou grave, "mandou arquivar
o processo". Só que Pedro Paulo não vencerá. As mulheres, lógico, não
votarão nele. E os homens de caráter, terão outro candidato.
Dona Dilma vai depor no Senado
È um
direito dela, estava hesitando. Mas depois do fracasso da carta anônima,
decidiu ir. Dia 29. O problema: como os senadores se dirigirão a ela? Deverão chamá-la
obrigatoriamente de Senhora. Acrescentando, ex-presidente, errado. Ou
presidente,
também não é. A única forma correta, terá que ser, Senhora Presidente Afastada.
Mas os 81 senadores poderão fazer quantas perguntas entenderem. Então será
cansativo e estranho, essas três palavras repetidas durante horas e horas.
A propósito:
outra divergência, sem sentido, é a identificação, Presidente ou PresidentA. Quando
dona Dilma foi à primeira mulher a se eleger, e exigiu ser chamada com o A
final, expliquei: "As duas formas são corretas. O errado é a exigência de
uma forma, obrigatória". A gora Carmem Lucia eleita para presidir o
Supremo. Lewandowski perguntou como queria ser tratada. Resposta: "Estudei
muito o idioma, prefiro presidentE". O craquissimo professor Pasquale
Cipro neto, utilizando um "data venia", ironizou a sua afirmação. Não
discordou, ele sabe disso melhor do que quase todos.
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