*ESPECIAL
IMPEACHMENT NO SENADO - IV
Ainda não
começou a decisão definitiva e já resolvida antecipadamente
HELIO FERNANDES
São 10
horas em ponto. O plenário completamente vazio. Varias vezes devassado pelas câmeras
de televisão. E principalmente pelas câmeras da brilhante cineasta Ana Muilaert,
que faz importante documentário. Que pretende exibir nos cinema, o mais rápido
possível. Movimento em vários gabinetes. Muitos ou quase todos, que pretendem
dizimar a presidente eleita, reeleita, afastada, e agora destroçada. Querem que
a destruição seja para sempre.
Movimento
maior e exagerada angustia no Jaburu Quase lotada antes das 9, todos querem
cumprimentar, bajular e até soterrar de abraços,assim que a votação tiver
sido anunciada. Temer repete: "A que horas tomarei posse?". Ou
então, variando um pouco: "Dará para viajar hoje?". Ninguém responde,
não sabem ou já responderam. Mas ele insiste na obsessão.
Poucos
dormiram. Temer nem tentou, sabia que não conseguiria. Moreira Franco saiu do
Jaburu ás 23 horas, foi para casa. Tinha a incumbência mais difícil e até
impossível. Traduzir e redigir num discurso á Nação, as ideias que Temer
não tem. E os compromissos que não irá cumprir. Isso se não for cassado agora
pelo TSE. Seria admirável, haveria eleição direta. Moreira terminou quase pela
manhã, nem mostrou ao provisório. Desde a carta a Dilma, se considerando
"decorativo" tudo sai da imaginação do ex-governador.
São 11
horas, a sessão não começa, nem ha informação. Uma das primeiras a chegar,
embora não vote, é a jurista-judoca, Don a Janaina, que é cumprimentada,por ter
discursado, na véspera, chorando. Segundo ela, "de tristeza e
arrependimento, por ter derrubado uma presidente mulher'". A primeira a ter
sido eleita e reeleita
*Cobertura exclusiva para o blog do jornalista Helio Fernandes
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