Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 10 de abril de 2018


LULA PADECE NA SOLIDÃO,  ABANDONADO E SEM FUTURO. UM PAPELUCHO JURÍDICO (HC ou MS), ALIMENTAM A LIBERDADE. DILMA INÁBIL E TENEBROSA JÁ ESTÁ SEM GRAÇA NO MEIO PETISTA. UMA GERAÇÃO DE POLÍTICOS COM A MÃO NO OBITUÁRIO DE OUTUBRO DE 2018.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Após o julgamento do HC que confirmou a prisão em segunda instância, naquele momento ficou evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria preso naquela noite. Segundo os agentes federais, ainda não havia definição sobre quando a ordem seria executada e as negociações continuavam. Um vigília se formou no Sindicatos dos Metalúrgicos no ABC paulista e uma Missa pelo aniversário da falecida esposa Letícia foi programada para o sábado de manhã.

A Justiça Federal também acompanhava as conversas, segundo os policiais. Eles reforçavam que nada seria decidido sem a ciência da Justiça. Uma mudança no local onde Lula cumpriria a pena para São Paulo, como o ex-presidente chegou a pedir, só seria efetivada com a anuência do juiz Sérgio Moro após pedido formal da defesa.

No prédio da Superintendência da PF em Curitiba, um helicóptero do órgão de Brasília estava no local para se dirigir ao Aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais, e conduzir Lula até o local de sua cela. Para o deslocamento até Curitiba, um avião da PF preparado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo era o caminho para ser trancafiado.

O efetivo da PF na Superintendência já reforçado com policiais de outras delegacias da capital e do interior do Estado. A PF não revela a quantidade, mas diz que o efetivo ampliado seria mantido enquanto Lula cumprir a pena no local.

O ex-presidente não deve se submeter a exame de corpo de delito ao chegar a Curitiba, acrescenta a equipe da PF. Uma ida dele ao Instituto Médico Legal (IML) só seria feita em caso de transferência para uma unidade prisional, como o Complexo Médico de Pinhais.

Este é o quadro que se formou após o episódio, diria estranho em sua aparência, mas absolutamente normal para os atores do STF que seguiram o ritual planejado para que Lula fosse barrado, da forma que está sendo, e que assim, mais uma vez dificulte sua candidatura à presidência da República em outubro deste ano.

Um dia após sua prisão apenas uma dúzia de manifestantes-militantes provavelmente pagos pela CUT estavam a frente da PF em Curitiba. Um retrato que traz indignação, curiosidade nos leva a uma profunda reflexão, sobre militância remunerada.

Muitos argumentam, e se manifestam nas redes sociais de que a condenação e a prisão de Lula, (de um lado seus simpatizantes), é política, pelo outro absolutamente normal, visto que qualquer cidadão nunca estaria acima da lei.

Mas que cidadãos são esses?

Em julho de 2013, milhões de brasileiros, sem bandeira partidária, foram às ruas para dizer que “vocês não nos representam”.

Um sinal de que a sociedade brasileira, não reconhecia naquele momento, sequer um governo que tinha a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no poder, e aos que representavam o povo no parlamento, liderado pelo seu maior algoz o deputado Eduardo Cunha (PMDB) hoje MDB. Dilma é a vilã nessa história toda. Há que alimente que sua a falta de capacidade de interlocução e mediação, e também articulação empurrou o PT e Lula para o cadafalso.

O fato é que o povo já assinou o atestado de óbito dessa geração de políticos contaminados pela ganância, a soberba e a mentira.

Sem dúvida deixo aqui ao renomado jurista Sepúlveda Pertence, a sua tarefa (remunerada), porque na ditadura, Evaristo de Moraes, Barbosa Lima Sobrinho e outros defendiam os políticos gratuitamente. Muito embora era presos políticos e não acusados de crime do nível do Lula.

Os tempos são outros. Os crimes na política são ousados, de alto valor financeiro, coisa material, enriquecimento pessoal, sem conotação ideológica, com cifras alarmantes, rombos escabrosos, e por isso mesmo jogou o Brasil no abismo.

Não que a Transamazônica e a Ponte Niterói, estelionato da ditadura de 64 estivesse a parte do que ocorreu nos governos do PT. Mesmo assim vivemos outro modelo político, tal qual impune pelos seus atos criminosos e um protegendo ao outro. Mas por que ninguém protegeu Lula? Se um político hábil estivesse no lugar de Dilma tais fatos ocorreriam?

Uma geração que está com o obituário nas mãos.

Essa é a questão maior. Devemos discutir a mérito de uma verdade que não foi confessa. Afinal Lula nunca se negou a depor, mas ao depor não confirmou. Mesmo assim foi condenado.

Falando com franqueza, no período em que ocupei a cadeira de juiz na representação paritária na Justiça do Trabalho, e tivesse que decidir, (embora num processo trabalhista), talvez, Lula teria sido absolvido, eis que sem culpa realmente formada, “apesar de provas testemunhais e materiais”, data vênia contestadas, havia dúvidas, uma nebulosa, e na máxima do direito “in dúbio pro réu”

Assim penso e os que desejarem compartilhem da minha opinião.

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