LULA PADECE NA SOLIDÃO, ABANDONADO E SEM FUTURO. UM PAPELUCHO JURÍDICO
(HC ou MS), ALIMENTAM A LIBERDADE. DILMA INÁBIL E TENEBROSA JÁ ESTÁ SEM GRAÇA
NO MEIO PETISTA. UMA GERAÇÃO DE POLÍTICOS COM A MÃO NO OBITUÁRIO DE OUTUBRO DE
2018.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Após
o julgamento do HC que confirmou a prisão em segunda instância, naquele momento
ficou evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria preso naquela
noite. Segundo os agentes federais, ainda não havia definição sobre quando a
ordem seria executada e as negociações continuavam. Um vigília se formou no
Sindicatos dos Metalúrgicos no ABC paulista e uma Missa pelo aniversário da
falecida esposa Letícia foi programada para o sábado de manhã.
A Justiça Federal também
acompanhava as conversas, segundo os policiais. Eles reforçavam que nada seria
decidido sem a ciência da Justiça. Uma mudança no local onde Lula cumpriria a
pena para São Paulo, como o ex-presidente chegou a pedir, só seria efetivada
com a anuência do juiz Sérgio Moro após pedido formal da defesa.
No prédio da
Superintendência da PF em Curitiba, um helicóptero do órgão de Brasília estava
no local para se dirigir ao Aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais, e
conduzir Lula até o local de sua cela. Para o deslocamento até Curitiba, um
avião da PF preparado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo era o caminho
para ser trancafiado.
O efetivo da PF na
Superintendência já reforçado com policiais de outras delegacias da capital e
do interior do Estado. A PF não revela a quantidade, mas diz que o efetivo
ampliado seria mantido enquanto Lula cumprir a pena no local.
O ex-presidente não deve se
submeter a exame de corpo de delito ao chegar a Curitiba, acrescenta a equipe
da PF. Uma ida dele ao Instituto Médico Legal (IML) só seria feita em caso de
transferência para uma unidade prisional, como o Complexo Médico de Pinhais.
Este é o quadro que se
formou após o episódio, diria estranho em sua aparência, mas absolutamente
normal para os atores do STF que seguiram o ritual planejado para que Lula
fosse barrado, da forma que está sendo, e que assim, mais uma vez dificulte sua
candidatura à presidência da República em outubro deste ano.
Um dia após sua prisão
apenas uma dúzia de manifestantes-militantes provavelmente pagos pela CUT
estavam a frente da PF em Curitiba. Um retrato que traz indignação, curiosidade
nos leva a uma profunda reflexão, sobre militância remunerada.
Muitos argumentam, e se manifestam
nas redes sociais de que a condenação e a prisão de Lula, (de um lado seus
simpatizantes), é política, pelo outro absolutamente normal, visto que qualquer
cidadão nunca estaria acima da lei.
Mas que cidadãos são esses?
Em julho de 2013, milhões de
brasileiros, sem bandeira partidária, foram às ruas para dizer que “vocês não
nos representam”.
Um sinal de que a sociedade
brasileira, não reconhecia naquele momento, sequer um governo que tinha a
ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no poder, e aos que representavam o povo no
parlamento, liderado pelo seu maior algoz o deputado Eduardo Cunha (PMDB) hoje
MDB. Dilma é a vilã nessa história toda. Há que alimente que sua a falta de
capacidade de interlocução e mediação, e também articulação empurrou o PT e
Lula para o cadafalso.
O fato é que o povo já
assinou o atestado de óbito dessa geração de políticos contaminados pela
ganância, a soberba e a mentira.
Sem dúvida deixo aqui ao
renomado jurista Sepúlveda Pertence, a sua tarefa (remunerada), porque na
ditadura, Evaristo de Moraes, Barbosa Lima Sobrinho e outros defendiam os
políticos gratuitamente. Muito embora era presos políticos e não acusados de
crime do nível do Lula.
Os tempos são outros. Os
crimes na política são ousados, de alto valor financeiro, coisa material,
enriquecimento pessoal, sem conotação ideológica, com cifras alarmantes, rombos
escabrosos, e por isso mesmo jogou o Brasil no abismo.
Não que a Transamazônica e a
Ponte Niterói, estelionato da ditadura de 64 estivesse a parte do que ocorreu nos
governos do PT. Mesmo assim vivemos outro modelo político, tal qual impune
pelos seus atos criminosos e um protegendo ao outro. Mas por que ninguém protegeu
Lula? Se um político hábil estivesse no lugar de Dilma tais fatos ocorreriam?
Uma geração que está com o
obituário nas mãos.
Essa é a questão maior.
Devemos discutir a mérito de uma verdade que não foi confessa. Afinal Lula
nunca se negou a depor, mas ao depor não confirmou. Mesmo assim foi condenado.
Falando com franqueza, no
período em que ocupei a cadeira de juiz na representação paritária na Justiça
do Trabalho, e tivesse que decidir, (embora num processo trabalhista), talvez,
Lula teria sido absolvido, eis que sem culpa realmente formada, “apesar de provas
testemunhais e materiais”, data vênia contestadas, havia dúvidas, uma nebulosa,
e na máxima do direito “in dúbio pro réu”
Assim penso e os que
desejarem compartilhem da minha opinião.
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