HOJE O STF DEVE CONSAGRAR
MAIS UM 6 a 5, FALAM NA POSSIBILIDADE
DE INÉDITO 5 a 6, MINORIA CIRCUNSTANCIAL
HELIO FERNANDES
A mais
alta corte do país tentará definir seus próprios conflitos, em matéria de
prisão por condenação em segunda instancia. Desde 2009 o STF vem tratando do
assunto, quase 10 anos, e só trafega no caminho da contradição e decepção. Juntem
a essas duas palavras, a falta de convicção e o interesse de alguns ministros.
E teremos como explicação o julgamento de hoje.
Em 2009 a
primeira vez que o STF tomou conhecimento do assunto. Para favorecer o poderoso
mandante do assassinato da missionária Dorothy, decidiu como está na
Constituição: "Prisão, só depois do processo transitado em julgado".
Com isso, o crime do riquíssimo dono de fazendas, prescreveu. Condenado a pena
absurdamente pequena, saiu do tribunal, foi pra sua fantástica mansão, não
voltou mais.
Em 2016,
depois de 7 anos, o STF tratou do assunto novamente. Contrariou a
Constituição e o seu próprio julgado. Outra vez por 6 a 5, decidiu" Depois
da segunda condenação, a prisão imediata é obrigatória". Mas em 6 meses, 2
ministros que votaram pela condenação imediata, mandaram soltar réus
condenados em segunda instancia, sem o menor constrangimento.
Não
precisam perder tempo em descobrir o nome dos ministros. Gilmar Mendes o
primeiro, Lewandowski o segundo. Semana passada, julgamento pessoal e
preventivo de Lula. Não firmava jurisprudência. Ele pedia para não ser
preso até que o STF decidisse definitivamente a questão.
Não quero
favorecer o ex-presidente, ele tinha 2 pontos rigorosamente a favor. 1- Sua
condenação por causa do triplex, uma barbaridade em matéria de julgamento sem
provas. 2- Nada mais compreensível do que esperar para ser preso, depois que o
próprio STF decida qual é o seu julgado que vale.
Acontece
que no julgamento da semana passada, houve um dissonante Festival Wagner, com
alguns ministros lendo a partitura de cabeça pra baixo. Um votando por
retaliação. Outro confessando: "Votarei contra a minha convicção, para
ficar com a coletividade".
E a
presidente, convicta que estava vitoriosa, fez a sessão atravessar a madrugada,
pela satisfação de proclamar a própria supremacia, pelo batido, repetido e
insistido 6 a 5. Que é maioria apenas na interpretação dos malabaristas dos
resultados antecipados.
O
julgamento de hoje, é uma Preliminar da sigla conhecida como ACD. Que deveria
ser votada, antes do julgamento pessoal do ex-presidente. Tudo pode acontecer.
Estão tramando mudança de votos, divergindo do que proclamaram ha uma semana.
Entre os
rumores, os sussurros e os dissabores, o que falam sobre o voto quase cabalístico
de Rosa Weber na semana passada. Quando ela quase decidiu o julgado. Mas apesar
do seu voto, quem deu numero final ao julgamento foi o ministro Luiz Roberto
Barroso. Contrariando sua própria convicção.
PS- Tenho
que terminar o comentário de hoje, com o que se fala nos corredores do STF.
PS2- Rosa
Weber não votaria se daria por impedida. Motivo: Moro foi seu assessor analista
por algum tempo. Votando contra a preliminar, deixaria a impressão de
favorecê-lo.
PS3- Em
matéria de impedimento, o juiz é quem decide. Ele tem todo o direito de votar
ou não votar.
DÚVIDAS ELEITORAIS, DA MOODYS, POLÍTICAS, MÊDO NA PETROBRÁS
A
Datafolha terminou uma pesquisa presidencial. Deve ser publicada no próximo
domingo, dia 15. Apesar do quadro ser instável,e dominado por assustadora
mediocridade, é sempre interessante saber os números, mesmo que lembrem a
vitoria de Trump. Negada por 99,9% dos levantamentos feitos pelos mais
importantes Institutos do mundo, que são os dos EUA.
A nota
favorável da Moodys, passando a economia do Brasil, de negativa para estável,
surpresa total. Aqui e no exterior. Não ajuda o Brasil em nada. Tanto que o
presidente corrupto e usurpador. não fez o menor comentário. Silêncio total.
Dizem que foi "arranjo" de Meirelles, exatamente no dia em que se transformava
em presidenciável. Mesmo sem nenhuma chance. Não ganha nem do carreirista
Joaquim Barbosa.
Até Pedro
Parente, do alto dos seus dois cargos conflitantes, (Presidente da Petrobras e
do Conselho de Administração da Bovespa) veio a público com declaração que
precisa de explicação Textual: "Reforma ministerial pode acelerar CESSÃO
ONEROSA".
Em matéria
de Petrobras, CESSÃO ONEROSA, lembra logo os prejuízos com os leilões do
pré-sal. Mas isso, nada a ver com reforma ministerial. Aliás, preparam um
leilão ruinoso.
O IMPEDIMENTO DE ROSA WEBER
Escrevendo
sobre o julgamento de hoje no STF, eu revelei que se falava nos corredores da
corte, que ela, hoje, não votaria. O que se dizia, é que ela se daria por
impedida pelo fato do Sergio Moro ter trabalhado no seu gabinete do STF.
Durante algum tempo, ele foi analista, redator e conselheiro do seu gabinete. Era
apenas o que se dizia.
Mas
ontem, as 6 horas da tarde, o Ministro Marco Aurélio Mello, oficializou com
toda a sua importancia, a restrição sobre Rosa Weber. Textual: "Rosa Weber
não podia ter votado semana passada, ela estava impedida".
A
Ministra, na semana passada, tentou surrupiar o seu impedimento com a seguinte
declaração de voto: "Tenho a minha convicção pessoal sobre o assunto, mas
prefiro votar com a coletividade." Inacreditável a mistificação!
PS-
Agora, podemos afirmar quase com segurança, que Rosa Weber não votará hoje.
Estando impedida na semana passada como afirmou o Ministro Marco Aurélio, esse
impedimento continua para hoje.
PS2-
Geralmente o impedimento é decidido pelo próprio Juiz. Menos nos casos como
este, da Rosa Weber, em que o impedimento é visível, irrefutável e irrevogável.
PS3-
Portanto, hoje, por 6 a 5 que tem vigorado nos últimos julgamentos, não se
repetirá.
PS4- A
não ser, que a Ministra Carmem Lúcia vote duas vezes. A primeira, o seu voto
pessoal. E se estiver 5 a 5, porque só vão votar 10 Ministros, ela votará
novamente para desempatar. E já se sabe como ela desempatará.
PEN adia
O ministro Marco
Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem (terça-feira) aceitar
o pedido do Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender por cinco dias a
ação na qual a legenda discute a legalidade da execução de condenações após o
fim de recursos na segunda instância da Justiça.
O partido pediu a
suspenção ao STF após destituir o advogado Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, que na semana passada entrou com uma liminar para que o
assunto fosse julgado. Diante da troca, o novo advogado da legenda pediu vista
do processo e mais tempo para analisar o caso.
“Os novos
advogados constituídos não têm conhecimento da totalidade da ação e nem da
tramitação dos autos, tornando assim necessário tempo para que possam estudar o
feito e analisar situações de questões de ordem, regimental e processuais”,
argumenta a defesa.
PS- A demissão de Kakay ocorreu após o advogado ter
assinado um pedido de liminar que favoreceria o ex-presidente Lula. A
direção do PEN alega que não concordou com o pedido de liminar
QUE R-E-P-Ú-B-L-I-C-A!
QUE S-T-F!
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