ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Corrida presidencial
confusa e sem Lula
A pesquisa do Instituto DataPoder360 de intenção de votos para
presidente da República publicada no dia 21 de abril (sábado) traz Joaquim
Barbosa (PSB) no 2º lugar da lista dos presidenciáveis mais competitivos, com
16,3% dos votos. O ex-ministro aparece logo atrás do pré-candidato Jair
Bolsonaro (PSL), com 22,4%, que lidera a pesquisa.
O cenário ainda é embaralhado
para as eleições de 2018. O DataPoder360
avaliou a possibilidade da disputa ocorrer entre os 7 candidatos cuja exposição
indicasse intenção de voto acima de 5%. A soma de brancos e nulos com aqueles
que ainda não possuem candidatos ou não responderam fica na casa dos 25%.
Lula não figura na pesquisa
Sem Lula na avaliação, a pesquisa
traz uma disputa estreita para a 3ª posição. Diferentemente do que foi
refletido na última pesquisa do Datafolha, há um crescimento potencial do
possível herdeiro político e partidário do ex-presidente. Fernando Haddad (PT)
tem 7,4% das intenções de voto e empata com Ciro Gomes (PDT), com 8,4%, Marina
Silva (REDE), 8,2%, e Alvaro Dias (PODEMOS), 6,3%. O tucano Geraldo Alckmin
aparece abaixo com 5,5% das intenções de voto. Nos cenários do teste, Bolsonaro
ganharia com folga do candidato do PSDB em um possível 2º turno.
O estudo foi realizado entre os
dias 16 e 19 de abril e contou com 2.000 entrevistados em 278 cidades
brasileiras. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.
Barbosa ainda é incerto na legenda do PSB
Barbosa e o PSB ainda não se
entenderam. A legenda tenta superar brigas internas. Por isso ainda corre o
risco de perder eventual apoio em decorrência da lentidão em definir a
candidatura. Hoje, tem pelo menos
potencial de 14 milhões de eleitores. Apesar disso ainda não se posicionou como
pré-candidato.
STF vai apreciar novo recurso de
Lula
O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro
Humberto Martins, determinou no dia 19 de abril (quinta-feira) o envio de um
recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pede a liberdade do
petista, para apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido que será
remetido, a defesa de Lula contesta a rejeição do mérito de um habeas corpus
que foi julgado pela 5ª Turma do STJ no dia 6 de março.
O ex-presidente está preso desde o último dia 7 para cumprir pena de 12
anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do
tríplex no Guarujá (SP).
Instância superada
No despacho, Humberto Martins afirma que o
recurso será enviado ao STF sem o juízo prévio de admissibilidade, após
concluída a intimação ao Ministério Público Federal para se manifestar sobre o
processo, caso queira. De acordo com o ministro, o recurso ordinário em habeas
corpus --que é o instrumento usado pela defesa do ex-presidente-- não requer
mais que seja feito juízo de admissibilidade no tribunal. Juízo de admissibilidade
ocorre quando, por exemplo, uma instância inferior avalia se determinado pedido
deve ou não ser julgado por tribunal superior.
“Nessas circunstâncias, torna-se evidente não ser mais cabível o juízo de
admissibilidade pelo tribunal recorrido nos casos de recurso ordinário em habeas
corpus”, afirmou o ministro. Martins citou inovação legal de 2015 que aboliu o
juízo de admissibilidade para os casos de recurso ordinário em mandado de
segurança e destacou que, por analogia, a mesma prática deve ser usado para
esse instrumento no caso dos habeas corpus.
Os magistrados, senhores absolutos dos seus
desejos...
A cada
tempo em tempo, a magistratura brasileira vai incorporando rubricas em seu
contra - cheque. Agora mais dos seus 17 mil integrantes, abocanham cada um, sem
tributos, R$ 109.443,25 a título de “auxílio-moradia”. O presente dos
brasileiros aos morosos juízes é de valor mensal de R$ 4.377,73.
A sucata dos orelhões
A telefonia Oi – que opera
76% do total dos orelhões no país revelou que 305 mil dos seus telefones
públicos não registraram tráfego algum nos últimos 12 meses. São 640 mil orelhões existentes no Brasil e a
metade, não foram utilizados um minuto no ano passado.
Barnabés lesam os cofres públicos
O Ministério
da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou há pouco que
foram expulsos 142 agentes públicos (conhecidos no popular como barnabés) no primeiro trimestre do ano,
um recorde para o período desde 2003, quando os dados começaram a ser
consolidados. A informação foi antecipada no dia 20 de abril (sexta-feira) pela
Coluna do Estadão.
Expulsões e demissões em massa
Desde 2003,
já foram expulsos 6.857 servidores. Deste total, 5 715 foram demitidos; 568
tiveram a aposentadoria cassada; e 574 foram afastados de suas funções
comissionadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ao todo, nos
primeiros três meses do ano, foram 120 demissões de funcionários efetivos, 18
cassações de aposentadorias e quatro destituições de comissionados. O principal
motivo para as expulsões foi a "prática de atos relacionados à
corrupção" - 89 das penalidades aplicadas, cerca de 63% do total, ou uma
expulsão por dia. Já o abandono de cargo, a falta de assiduidade ou acumulação
ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 44 casos.
Ociosos e corruptos
Os servidores
apenados, nos termos da Lei Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos. A
depender do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a
exercer cargo público. Improbidade. Entre os atos relacionados à corrupção,
explica a CGU, estão valendo do cargo "para lograr proveito pessoal",
recebimento de propina ou vantagens indevidas, utilização de recursos materiais
da repartição em serviços ou atividades particulares, improbidade
administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
Benítz vence no Paraguai
O Paraguai elegeu, no domingo
(22), o governista Mario Abdo Benítz como o novo presidente do país. Ele
terá um mandato de cinco anos. Com 97% das urnas
apuradas, Benítez teve 46,5% dos votos. Efraín Alegre, da
Partido Liberal, teve 42% dos votos. A disputa foi bem mais apertada do que
sugeriam as pesquisas, que colocavam o conservador mais de 20 pontos
percentuais à frente do opositor.
O pleito foi supervisionado pela
Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União Européia. De acordo
com Justiça Eleitoral do Paraguai , 64% dos 4,2 milhões
de eleitores paraguaios foram às urnas. O voto no país não é obrigatório.
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