ALCKMIN E MARINA, TENTAM TIRAR A SUCESSÃO DO OSTRACISMO
HELIO FERNANDES
Ele,
negativamente. Ela, positivamente. Anteontem escrevi sobre eles, lembrando que
era a segunda candidatura presidencial dos dois. Comentei que o ex-governador
estava em queda livre. E a ex - ministra e ex-senadora, a única em ascensão.
Não podia saber que daria excelente e esclarecedora entrevista á jornalista Letícia
Sander, publicada com destaque pelo Globo.
Em matéria
de eleição, tratou de tudo e de todos. Depois de ler o que ela falou sem o
menor receio ou constrangimento, a constatação: não poupou ninguém, revelando
mudança importante em relação ás outras duas campanhas.
Se em
campanhas moderadas (2010 e 2014), acumulou 20 e 19 milhões de votos, é fácil
imaginar o que conseguirá agora, de metralhadora em punho. E tem credibilidade,
respeitabilidade e independência, sem o temor de que seu nome apareça em alguma
delação desarvorada.
Não é o
caso do ex-governador. Acusado de ter comprado trens por 615 milhões, jogou a
culpa no secretario de transportes, que tomou posse quando a compra já estava
consumada. Os trens estão engavetados desde 2011. Agora, em plena campanha,
Alckmin consegue se livrar dos tribunais superiores, o processo vai para
a primeira instancia, sem o seu nome.
Marina,
na entrevista a Leticia Sander, não esqueceu de ninguém. Mas concentrou seu
fogo em Bolsonaro, por considerar que ele é o mais perigoso, para o país, o
cidadão, a democracia. Não querendo que façam interpretações sobre o que
não disse, atirou nele pessoalmente, bastardo e sem representatividade.
Importante
e textual: "Bolsonaro evoca o lado escuro da força". Podia
ter dito, ESCURO e OBSCURO, ficaria mais completo. Mas não parou
por aí, vejam e leiam que bela introdução para uma biografia dele. Feita
com a maior sinceridade, credibilidade e autenticidade.
.
"Um
candidato de cunho popular, com viés autoritário muito forte. Que não
respeita direitos humanos, as minorias, a própria democracia. Muito embora usufrua
dela, para defender suas idéias antidemocráticas". Resumo admirável de um
personagem insuportável para a comunidade. Insuportável e perigoso.
OS - Dona
Marina fala e reprova a insistência com que tentam transformá-la em vice. È candidata
mesmo, apesar da falta de recursos para a campanha.
PS2 - Única restrição: os elogios a Joaquim Barbosa, equívoco
irrecuperável.
JOÃO DORIA: AMBIÇÂO E OBSESSÃO
Por
necessidade política do então governador Alckmin, saiu do nada, se transformou
em prefeito da capital mais importante do país. Depois de declarações estapafúrdias,
cumpriu a primeira parte do seu projeto. Eleito para um mandato de 48 meses
cumpriu 16, abandonou o cargo. Usou o tempo para muitas viagens pelo
Brasil e o exterior. (Esteve até com o Papa, por causa da repercussão e da
promoção)
No
momento cumpre a segunda parte do projeto que pretendia executar agora em 2018,
não teve sucesso. Candidato a governador vai indo bem nas pesquisas, apesar de
péssima avaliação como prefeito. Ele e os amigos mais íntimos consideram que
vence no primeiro turno, faltam adversários fortes.
Vencedor,
mesmo que num segundo turno, repetirá o plano que exerceu na prefeitura. Tomará
posse em janeiro de 2019, novamente para um mandato de 48 meses, até o fim de
2022. Aí, presidenciável, só em 2026. Vai encurtar o tempo, novamente
abandonará o governo sem terminar o mandato.
Tomará
posse em janeiro de 2019, ficará até abril de 2022, já presidenciável. A não
ser que aconteça um imponderável, o presidente eleito agora em 2018 faça um
governo que o imponha para a reeleição. O que não parece presumível ou previsível.
PS- Nada
disso é divagação, em SP, muita gente acredita. E os amigos divulgam.
PS2- Haja
o que houver, Doria será noticia, até uma festejada derrota.
STF: 2 DIAS PARA DECIDIR SE MALUF
FICA
NO HOSPITAL OU EM PRISÃO DOMICILIAR
Está tudo
desarvorado e equivocado no caso Maluf. Ha quase 30 anos, se ele tivesse sido
condenado e preso pelo colossal desfalque na prefeitura, rigorosamente compreensível.
Houve o processo, ele foi condenado na França, aqui não aconteceu nada, apesar
dele saber de tudo. Tanto que nunca mais saiu do Brasil, seu nome estava na
lista da Interpol para prisão.
Em
novembro (ha 5 meses), com o ex-prefeito completando 86 anos, um ministro
do STF, condenou-o e mandou que fosse preso IMEDIATAMENTE. Isso mesmo.
Aí
começou a incompreensão e a indecisão. O ministro Dias Toffoli, relator,
concedeu um HC HUMANITARIO. Com isso desrespeitou uma tradição: o HC dado
monocraticamente por um ministro, não pode ser revogado por outro ministro, só pelo
plenário. Há dias perdem tempo. Pediram então a um hospital de alta reputação,
o verdadeiro estado médico de Maluf.
Recebido
o relatório incontroverso, pelo menos 2 ministros, se confessaram assustados
com a situação do ex-prefeito. Mas continuaram discutindo e debatendo
teses jurídicas, enquanto Maluf estava ha 6 dias internado em estado grave. Finalmente
por proposta do ministro Fachin, por conta própria, concedeu a Maluf HC de
oficio, e com isso vai para prisão domiciliar.
PS- A
situação de saúde de Maluf é tão grave, que é impossível saber se poderá ir do
hospital para casa.
PS2- Todo
esse problema, criado pela lentidão e omissão da justiça.
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