Medo do
impeachment paralisa e impopulariza o governo.
03.12.15
HELIO
FERNANDES
Não
existe a menor duvida o segundo mandato de Dona Dilma é inquestionavelmente
pior do que o primeiro. A constatação é facílima. No primeiro, incompetência, imprudência,
arrogância. Agora, tudo isso no mínimo em dobro, com o acréscimo: covardia, que
se prolonga irresponsavelmente por 1 ano.
Apenas
para manter o Poder que não exerce, faz as concessões mais miseráveis, toma as decisões
que lhe permitem, e em todas, oculta por elipse, visível ou encoberta, sem tradução
para ela, verbal ou idiomática, a palavra impeachment. Que provoca na presidente
(?), as maiores sensações de susto, medo, chegando ao estagio do pânico e até
mesmo levando-a ao precipício do entendimento e do relacionamento com Eduardo
Cunha.
Qual a razão
dessa realidade assumida por Dona Dilma? È que ela, que sabe pouca coisa de
quase tudo, se convenceu que o presidente da Câmara, é o senhor absoluto do seu
mandato. Ninguém consegue falar com ela sobre o assunto (a mesma impossibilidade
para todos os outros), ou mostrar que o impeachment pode ser aprovado ou
recusado, com o presidente da Câmara contra ou a favor. A questão não é técnica,
jurídica, política, é simplesmente aritmética. (Não confundir com matemática,
que é o todo).
Pode
ganhar ou perder, apenas manuseando ou consultando os números. Eduardo Cunha
realmente pode colocar o impeachment em votação no plenário. Mas não precisa se
acovardar, se achicalhar, se humilhar só por causa disso. Se tiver l72
votos, os que querem tira-la precisam de 342, que não obterão de jeito
algum.
Sou
publica e sabidamente contra o impeachment, não por ela e sim pela fragilidade
igual dos supostos substitutos. Mas um presidente ainda com 3 anos de mandato,
que não consegue 172 votos, não tem que continuar no cargo.
Apenas um
exemplo, parecido e irrefutável. Em 1953, no auge do desprestigio, foi pedido o
impeachment de Vargas, eleito pela primeira vez. Os números eram menores, ele
teve 230 votos, a oposição apenas 112. E naquela época, os que pretendiam
derrubar o presidente, eram liderados por Eduardo Gomes, o general Golbery,
Carlos Lacerda. Podem discordar, mas tinham um poder de fogo,que a oposição de
hoje ,está longe de exibir. Enfrente presidente ou então mude de profissão,
para a qual, aliás, a senhora está inteiramente despreparada.
Comissão de Ética
Pela
quarta vez seguida, com uma semana de intervalo, (menos a de ante ontem) não
houve sessão ou conclusão no julgamento de Eduardo Cunha. Os "argumentos” são
sempre os mesmos ou ligeiramente modificados. Alguns pretendiam reunião hoje
pela manha, ideia vetada.
Acontece
de tudo nessa Comissão. Os 3 deputados do PT, não quiseram a reunião, para
quinta cedo ou tarde, mas na quarta á tarde, conversaram com os jornalistas,
garantindo: "Tivemos reunião com a bancada, estamos autorizados a votar
pela continuação do processo".
O
presidente, que não esconde que vota pela continuação do processo, não abriu a sessão,
o numero de presentes era pequeno, afirmação até justificável: "Questão
como essa, importantíssima, só com presença elevada, melhor o total.” O advogado
de Cunha, tentando fingir de malabarista da opinião publica, disse alto: "Eu
quero logo a sessão, o processo será mesmo arquivado”.
O assassinato policial
Amanhâ,
grande manifestação e revolta geral, em apoio ás famílias e amigos dos jovens
trucidados pelos bandidos com farda da PM. Não basta demitir o comandante do batalhão,
é preciso expulsar e condenar os criminosos. Com toda a urgência. Se demorar, irão
se defender liberdade, ou passarão a fazer "serviços internos". Final
PS - final
e esperado por todo o país: o pedido de impeachment chegou ao plenário. Como
digo ali em cima, haverá uma guerra de chantagem numérica. Já antecipei: se não
conseguir 172 votos, Dona Dilma será afastada na mesma hora, quem assume é o
vice, que ha muito queria "reunificar" os pais.
PS1 - Custou
mas chegou a hora da verdade e o julgamento será no senado, presidido pelo
presidente do Supremo.
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Helio Fernandes
Estimo saber que continua
firme em forte escrevendo suas contundentes matérias. Jornalista que se presa
escreve até o último momento de vida, vide os grandes cérebros da comunicação.
Peço a nobre, que fale sobre a Frente Ampla, revele detalhes até então não
colocados junto ao leitor.
Um abraço do seu leitor
petroleiro aposentado
Baldomero Trinidade
Assumpção – Salvador – BA
À
Tribuna online – Helio
Gostaria de saber se
existe uma possibilidade da Tribuna voltar a circular em papel. Li uma matéria
onde falam que quando ela fechou, vendia apenas 800 exemplares por dia. Isso é verdade?
E que tal, fazer a Tribuna original, no formato eletrônico. Ficaria excelente.
Abraços
Antonio Vitorio Lamas –
Rio de Janeiro
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