Titular: Helio Fernandes

sábado, 9 de maio de 2015

A memoriahistoria CADA VEZ MAIS RESPEITADA. 70 ANOS QUE TRANSFORMARAM O MUNDO

HELIO FERNANDES
09.05.15
A situação do governador Beto Richa vai se complicando cada vez mais, Não existe correligionários ou adversários, só opinião pública, e toda contra ele. E é quase impossível acompanhar os fatos, eles acontecem numa incrível velocidade. O que se fala ou escreve num dia, já é mais grave no dia seguinte.
O Secretario de Educação saiu, e de Segurança não se aguentou. Logo a seguir foi o comandante da Policia Militar. Cesar Kogut, que entregou o cargo. nem disfarçou, afirmou: "Não existem condições para ficar no comando".
Enquanto isso, alem dos 200 professores atacados a bomba e gás, apareceram alguns, com denuncia gravíssima: "Foram agredidos e violentados dentro do Palácio do próprio governador. este mandou fazer investigações imediatamente, de que adianta? Se tivesse tomado providencias no ato, tudo seria diferente. Mas preferiu aplaudir e se solidarizar com a violência.
Resposta.
Fabiano Campos, nenhuma surpresa de terem ”desaparecido” com meu nome na televisão. Há anos não apareço, apesar da minha forma de expressão ser a palavra escrita, mas também a palavra falada. A explicação é obvia e repetida.
Celina Victoria diz que seu professor de jornalismo do Espírito Santo, leu na aula um artigo do repórter em plena ditadura de 64. Silvana Penha, no mesmo sentido, quer saber como encontrar uma Tribuna de 1980.
Celina, por favor, agradeça ao professor e teus colegas, outros professores de varias partes do país repetem o que sai aqui. E um número incalculável de pessoas pede exemplares de várias épocas. A Tribuna está fechada desde dezembro de 2008, é impossível entrar lá,
Em 2013, grupo que fazia um filme que se passa numa redação destruída, me pediu, autorizei que fossem lá. Subiram, total impossibilidade. Sem energia, computadores, água só ratos e baratas, desistiram.
60 anos de Historia, sepultados naqueles arquivos agora sem acesso. Fundada em 1949, enfrentou e participou dos maiores acontecimentos. Gostaria de poder ler e republicar, não apenas artigos do repórter, mas de notáveis jornalistas, que começaram ou se consagraram lá. Muitos. Incontáveis.
Jornais do mundo inteiro (incluindo o Brasil) digitalizaram ou estão nesse processo. Pouco antes de interromper a circulação, caminhávamos e conversamos para que os arquivos da Tribuna de papel, fossem preservados.
O momento é importantíssimo com a constatação de historiadores, cientistas políticos, até economistas, de que existe uma realidade admirável, que chamaram de memoriahistoria. (Assim, juntos, sem nenhum traço, eles mesmos consideraram que é um nome grande, mas não podem separar, é ao mesmo tempo história e memória).
Antigamente, intelectuais respeitados, se recusavam a aceitar qualquer modificação, diziam convictos: "A história é objetiva, a memória é subjetiva". Agora, professoras da mesma escola, aceitam até com entusiasmo, que a história possa ser preservada ou revelada com depoimento da memória.

Dois escritores e pesquisadores da Alemanha, estudando o crime tenebroso e horroroso que foi o Holocausto, confessaram: "Se tivessem naquela época acreditando na importância da memória, não teríamos perdido um tempo precioso".

E em conferencia e livros não traduzidos do alemão para o português defendem: "Ficamos interessados em descobrir provas, documentos, casamatas já quase destruídas, esquecemos de ouvir os sobreviventes".

Terminando: "Homens e mulheres, com 30, 40, 50 ou 60 anos, poderiam ter contato ou lembrado apenas com a memória, fatos importantes". Ficaram isolados na busca de papéis, não lembraram do que os sobreviventes poderiam contar, eles mesmo garantem: "Até com algumas imprecisos momentâneas, nenhuma importância".

(Um dos maiores entusiastas da memóriahistória, é o professor, alemão, Andreas Huyssen, escritor, historiador, pesquisador, crítico, originariamente de arquitetura e literatura).

PS- Ontem comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com a rendição incondicional da Alemanha nazista. Na verdade o Japão não se rendeu, obrigando o irresponsável presidente Truman, a jogar duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagazaki, matando 300 mil pessoas, estarrecendo o mundo.

PS2- A festa de ontem começou muito justamente na Polônia, massacrada pela Alemanha e União Soviética, do dia 1º de Setembro de 1939. Hitler atravessou a Europa inteira e invadiu o país, enquanto Stalin, vindo pela fronteira da Ucrânia, completava a barbaridade.

PS3- O primeiro ministro da França, Daladier e o da Grã-Bretanha, Chamberlain, que "contemporizavam" com o ditador da Alemanha, "declararam guerra", e foram demitidos. 

PS4- Churchill assumiria no Reino Unido, foi o Primeiro Ministro que sustentou a guerra por 2 anos, quase sozinho. Os EUA só surgiram em 7 de dezembro de 1941, provocados pelo ataque de Pearl Harbour.

PS5- Angela Merkel, sem constrangimento, foi muito cumprimentada. Países fora da Europa, também festejaram. Dona Dilma (o Brasil participou da guerra na Itália) ia comemorar no Monumento dos Pracinhas. Impedida de sair dos Palácios, "comemorou" lá mesmo no Planalto.

PS6- Putin, preferiu comemorar amanhã, domingo. convidou países da UE (União da Europa), nenhum aceitou. A China está mandando um Ministro importante, Jaques Wagner, Ministro da Defesa, já está lá.
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À
Tribuna online-Helio.
O jornal humorístico francês “Charlie Hebdo” recebeu o prêmio da Associação Literária e de Defesa da Liberdade de Expressão Americana (PEN, na sigla em inglês) no dia 5 de maio, em cerimônia realizada no Museu de História Natural, em Nova York, nos Estados Unidos. Ocorre que mais de 200 escritores assinaram uma carta aberta criticando a premiação, e dezenas cancelaram a presença no evento por considerarem as publicações do veículo ofensivas aos muçulmanos, e promotoras da intolerância cultural.
Noticias divulgadas, revela que a divisão de opiniões sobre a escolha do jornal “Charlie Hebdo” iniciou dentro da organização do prêmio, quando seis membros da  PEN American Center foram contrários à escolha, com o apoio de outros 140 integrantes. “Para uma parcela da população francesa que já é marginalizada e vitimizada, marcada pelo projeto colonial francês e que possui uma grande quantidade de muçulmanos, os cartuns de Maomé no ‘Charlie Hebdo’ devem ser vistos como tendo o objetivo de causar ainda mais humilhação e sofrimento”, afirma um dos trechos da carta assinada por mais de 200 escritores de todo o mundo.
Em nota resposta, a PEN American Center, associação internacional de escritores que defende aqueles que são perseguidos, presos e mortos por suas opiniões, alegou que o jornal francês pagou “o preço definitivo” pelo exercício da liberdade de expressão, e que merecia ser reconhecido “por ter enfrentado um dos atentados mais nocivos na memória recente”.
Afinal, pelo que li acima, tudo indica que o “Charlie”, está passando de vitima para autor. – Reginaldo de Andrade – Santos – SP





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