O TERRORISMO DOS REPUBLICANOS. O
PT, ASSUSTADO, SEM SABER O QUE FAZER COM VACCARI. O MERCADEJANTE DO PLANALTO
HELIO FERNANDES
16.04.15
Anteontem, terça-feira, ás 7 da
noite, a presidente Dilma anunciava o novo Ministro do Supremo. Dava seu nome,
Luiz Edson Fachin, arrolava vários títulos acadêmicos. Esquecia dados pessoais,
políticos, participação em partidos, por acaso ou coincidência, do próprio PT.
Exatamente 3 horas depois, no
"Jornal das 10", Globonews, o jornalista Merval Pereira preenchia o que Dona
Dilma esquecera, fazia revelações assustadoras sobre a carreira do novo
Ministro.
Não contestou as credenciais
jurídicas ou acadêmicas, mas contou fatos, com nomes, sobrenome e quando
aconteceram. E que precisam ser desmentidos ou comprovados na sabatina a que o
novo Ministro precisa se submeter no Senado.
Vejamos, resumidamente o que
disse Merval Pereira.
1- Ele não é apenas simpatizante
do PT, pertence ao partido, é advogado do MST (Movimento dos Sem Terra),
defensor entusiasmado e ligado a esse MST. 2 – Lula quis nomea-lo para uma vaga
nesse mesmo Supremo, chamou Fachin para conversar. Ele fez tão apaixonada
defesa desse Movimento, que Lula, assustado, resolveu não nomea-lo.
3 – Ele continuou “ministeriável”,
Dona Dilma ia nomea-lo, preteriu-o mais uma vez e escolheu Luiz Roberto Barroso.
(Única contribuição deste repórter,
todo o resto Merval citou na televisão, quando Dilma ia nomear Fachin. Lula
disse a ela: “Muito cuidado, eu ia nomea-lo, desisti por causa do radicalismo
dele”. A presidente desistiu também).
4 – O senado ameaçou por quase 9
meses vetar a indicação de Dona Dilma, fosse qual fosse. Mas com o acordo
Renan-Dilma, Fachin parecia garantido. Agora com essa matéria altamente
jornalística do Merval, é preciso exame profundo da indicação.
Participação final deste
repórter: há o exemplo Dias Toffoli. Com menos credenciais, chegou ao Supremo,
saindo diretamente do PT. Foi também Advogado Geral da União, passou a Advogado
de José Dirceu na Casa Civil. Agora participará dos julgamentos da Lava-jato.
Terrorismo
Republicano.
Controlando a Câmara e o Senado,
tentam anular a surpreendente e primorosa reconciliação EUA-Cuba, depois de 57
anos. Cuba até pode ser acusada de atentado contra Diretos Humanos, mas não de
financiamento do terrorismo. Não têm nem recursos para isso.
Os Republicanos sabem que estão
enclausurados. A opinião pública americana, está a favor do entendimento. Os
empresários que financiam o partido dos Bush, (pai e filho e talvez outro
irmão) estão claramente a favor das
relações diplomáticas dos dois países.
Os Republicanos querem vetar o
entendimento por temor (pessoal), medo (político), sensação de nova derrota
(eleitoral).
HSBC.
Com essa sigla, o banco da Suíça
domina o noticiário internacional. Depositário do dinheiro dos maiores “homens
públicos”, geralmente ditadores corruptos do mundo, ganhou notoriedade total.
Descoberto por jornalistas investigativos e independentes, vai á falência ou
consegue devolver os trilhões que acolheu e escondeu ilegalmente.
Agora, com base em documentos indiscutíveis,
o governo (justiça) da França, processa essa sigla no país. Para começo de
conversa e a tentativa de se defender, o HSBC terá que depositar 3 bilhões e
200 milhões de reais.
Antes mesmo da façanha dos jornalistas
investigativos, o HSBC da Suíça já era suspeito de irregularidades. E as
acusações “respingaram” no HSBC do Brasil. Negaram qualquer ligação com a
Suíça. Então por que usam a sigla?
Mercadante,
o desperdício.
Na vida pública brasileira, não se conhece alguém
que tenha forjado fora tantas oportunidades Senador em 2002, assumiu com a
certeza (própria) de que seria ministro da Fazenda. Nunca foi chamado.
Candidato ao governo de São Paulo (quase a véspera de na campanha presidencial)
foi derrotado duas vezes, em 2006 e 2010.
Líder do governo Lula no Senado, inesperadamente
pediu “demissão irrevogável”. Vexatoriamente o então presidente não aceitou,
disse publicamente: “No meu governo quem diz o que é irrevogável sou eu”.
Mercadante concordou.
Em 2010, sem mandato e sem credibilidade, ficou
surpreendido ao ser nomeado Ministro da Casa Civil, apesar do protesto do
próprio Lula. Mercadejou com a incompetência habitual, todos “pediram sua
cabeça”. Dona Dilma resistiu até anteontem, quando foi afastado ditatorialmente
de qualquer articulação política. Manteve a parte administrativa que é menos do
que nada. Seu aniversário será no próximo 1º de maio. Se ainda estiver no
cargo, festejará mais do que a própria data. Será difícil.
Depois do depoimento-confissão na CPI, só o PT
ainda acreditava na inocência e na liberdade do tesoureiro. Não o PT como um
todo, os três grupos que dividiam o partido. 1-Pela demissão pura e simples. 2-
Renuncia. 3- licenciamento. Não se acertaram, podiam ter se livrado da
cumplicidade, preferiram acreditar em milagre.
Agora não sabem o que fazer, o que mais se ouve no
Instituto Lula, é, “homem bomba”. Não sei. Mas ele está em situação
insustentável. Todos os maiores protagonistas da “delação premiada”, citaram
Vaccari.
E ao contrário de comentaristas de televisão que
disseram, “na CPI não se pode mentir”, na “delação” é que os privilégios são
arruinados por causa de mentira ou informações “falsificadas”.
Agora Vaccari não escapa das acareações
obrigatórias, comprometeu a cunhada, (que está sendo procurada para ser presa),
colocou o PT, Lula, Dona Dilma e mais uma porção de personagens em situação
desesperadora.
Pedir demissão agora, para não ser expulso, é muito
tarde. Além do mais, recebia propina desde 2004. No PT, ninguém sabia de nada.
PS- Temer, o novo interventor político do governo
do PT, trabalha intensamente para ampliar a repercussão do seu novo poder,
atuando pessoal e politicamente. Gostou tanto da charge do Chico Caruso, que
quer o original. Falta um intermediário.
PS2- Politicamente colocou á mão, na sua agenda:
“Conversar com Lula e FHC”. Depois acrescentou: “É importante decidir quem
ouvirei primeiro”. Lula está inteiramente perdido, FHC não é consultado nem
pelos líderes do PSDB.
PS3- Anteontem, primeira reunião de Temer, como
coordenador político do governo do PT. No luxuoso e quilométrico Palácio do
Jaburu. Ele na ponta da mesa, os “Outros”, onde conseguiram se sentar.
Incluindo o Líder do governo na Câmara, e o líder do PT também na Câmara. E lá
longe deslocado, Rui Falcão, presidente do PT.
PS4- Eduardo Cunha tinha muitos motivos para nomear
líder na Câmara, um inexpressivo Picciani. Agora é o porta-voz-velado dele.
Leiam ou ouçam o que ele disse, que o antigo lobista não queria encampar a não
ser nos bastidores.
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Querido Hélio,
em 1995 na Tribuna, de papel , foi escrito um
brilhante artigo por ocasião das "comemorações" dos 30 anos da Rede
Globo, e um fato que chamava atenção era o de que a emissora não nascera em
1965. A data foi escolhida na medida para fugir do fantasma do golpe de 64 que
ela tanto apoiava. Poderia comentar ou relançar este artigo elucidativo.
Saudações!!!
Marcelo Oliveira
...
Mestre Helio
Fernandes,começo agradecendo a gentil resposta.Sempre bom contarmos com um
jornalista que assistiu tanto de perto ,ainda com força mental ,a dividir
conosco seu tesouro.
Vou perguntar por mais um
"Se" histórico.
Carlos Lacerda relata,em seu
"Depoimento" sobre visita de Juracy Magalhães na qual este dizia ser
o candidato ideal pela UDN,pois contando com o apoio do Presidente JK( Lacerda
diz que ,em Lisboa,JK confirmou o "acordo" com Juracy).
Juracy fosse o candidato da UDN
contando com o apoio de JK seria eleito?Sabemos( penso poder dizer assim) que
não haveria renúncia e tudo o mais que houve depois.
Em sua opinião,Lacerda errou na
aposta da candidatura Jânio?
Saudações do Pawwlow
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limonginetto
Na matéria Tudo sobre o impeachment(Folha de São Paulo do dia
4) o box "O Impeachment de Fernando Collor" tem, a meu ver, um
colossal show de equívocos que a má vontade e rancor da imprensa insistem em
tentar perpetuar, mantendo desinformada ou má-informada as novas gerações. 1) A
matéria da Veja(não se sabe porque a Folha omite o nome da publicação), com
denúncias de Pedro Collor, contra o irmão presidente da República, não
provava nada.Eram palavras ressentidas de um entrevistado já com doença avançada.
A "reportagem" serviu de pretexto para os algozes de Collor,
derrotados por ele nas eleições instalar a CPI do PC Farias; 2) O carro,
Fiat Elba não "ficava à disposição de Collor". Era usado para fazer
serviço administrativos da Casa da Dinda; 3) Quando Collor renunciou ao
cargo, estava consumado o golpe contra o primeiro Presidente da República
eleito pelo voto direto, depois dos governos militares; 4) Porém, para a manada
de derrotados nas urnas por Collor a vingança não era suficiente.
Resolveram apunhalar mais uma vez a Constituição e, sob as luzes dos refletores
das televisões, resolveram levar a canalhice e a sordidez adiante e cassaram os
direitos políticos de Collor por 8 anos.
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