EDUARDO
CUNHA E RENAN, VETAM MINISTRO. NO SUPREMO, GILMAR NÃO VOTA NEM SAI DE CIMA. SEM
GENTE, FRACASSO E CONFLITO.
HELIO FERNANDES
08.04.15
Ontem comecei a comentara duas declarações de Dona
Dilma, 1 - Vai recuperar toda economia do país, "que em pouquíssimo tempo
responderá aos pessimistas". 2 - "A Petrobras será reabilitada
principalmente com os recursos do pré-sal".
Afirmei que não desacredito que haja essa
recuperação-reabilitação no país e na sua maior empresa, dei exemplos. Hoje
terminarei. Os países não ficam para sempre mergulhados na crise, pelas mesmas
pessoas ou grupos. Tem que haver mudança, modificação, reviravolta, o que não
está á vista no Brasil. Isso ao plano geral.
No caso da Petrobras ser recuperada inabalavelmente
como empresa e com os recursos do pré-sal, dois equívocos dilacerantes. Primeiro
que a corrupção atingiu tão fundamente a Petrobras, tanta gente ou partidos do
governo e da base, se envolveram de tal maneira, que só punições irrevogáveis
poderiam trazer de volta a Petrobras de 1997 até agora. Quando começou o “reino
da propina", até hoje, quando existe a possibilidade da impunidade geral.
Em segundo lugar, é preciso esperar um longo prazo
ou tempo indeterminado para que o pré-sal seja avaliado positivamente. Quando
apenas um leilão desse pré-sal rendia 15 BILHÕES, que maravilha viver.
Um barril de petróleo á “flor” da terra, (como Nigéria
e outros países) ou a uma profundidade assustadora como o nosso, valia 100
dólares, o custo da retirada do pré-sal era estimado em 60 dólares, então o
lucro de 40 dólares por barril. 1 milhão de barris por dia, um saldo de 40
milhões diários e inacreditáveis.
Agora o preço mal chega a 50 dólares, oscila na
casa de 45, e especialistas se dividem. Entre os que consideram que a volta aos
100 dólares por barril levará mais de 15 ou 20 anos. E os que dizem abertamente
que o preço máximo não passará de 60 ou 70 dólares.
Quanto á parte administrativa, principal ou unicamente
baseada na economia, seria preciso esforço gigantesco, que não PE viável nem
remotamente. Ontem mostrei o descalabro de cidades dos EUA, com repercussão
maior para Nova Iorque e Chicago, que chegaram ao fundo do poço, e hoje são
exemplos para o mundo.
Nova Iorque a partir de 1919, foi dominada pelos
bandidos, com a aprovação da emenda constitucional que criou a “Lei seca”. Toda
a política no apogeu da corrupção, era controlada pelo Tammany Hall, (Câmara
dos deputados).
Chicago ainda pior, com o domínio de Al Capone, que
só foi preso em 1933, por sonegação de imposto de renda. (Lá, poderosos não
pagavam esse imposto, existia um órgão que protegia os sonegadores, como o
brasileiro CARF).
Roosevelt foi eleito presidente pela primeira vez
em 1932, empossado em 1933. Sua providencia inicial, aprovar imediatamente a
emenda constitucional número 20, que acabava com a “Lei seca”. Mudança geral e
total.
Só para terminar: Nova Iorque teve prefeitos admiráveis,
nos últimos 12 anos apenas um, Bloomberg. Recebia empresários, políticos, gente
que tratava de coisas públicas para café da manhã, almoço, jantar. Pagava tudo
do seu bolso (era e continua sendo a terceira fortuna do mundo), fazia
relatório mensal das despesas, que repetia no fim do ano.
Seus 12 anos foram tão exaltados e com tal
repercussão, que agora trabalha para ser candidato á prefeitura de Londres.
Podem dizer ou perguntar: “Mas ele não é americano?”. A Constituição britânica permite
que naturalizado seja prefeito, não pode chegar a Primeiro Ministro.
Nos EUA a mesma coisa. Apesar de fascista e mau caráter,
Kissinger foi importante Secretário de Estado. Só não pôde chegar a presidente
por ser naturalizado. No Brasil precisaria mudar quase tudo para que o Brasil caminhasse
para o futuro.
Gilmar
mente.
O fato de um ministro do Supremo pedir vista de um
processo e ficar 1 ano sem devolvê-lo é grave mas não é inédito. Isso acontece.
Dezenas de milhares de pessoas estão esperando a reparação dos prejuízos
sofridos com os Planos Verão, Bresser, Collor.
Estão se completando agora 30 anos. A ministra Carmem
Lucia deu voto magistral a favor dos cidadãos lesados e prejudicados,
imediatamente Joaquim Barbosa pediu vista. Ficou um tempão, se aposentou e
ninguém sabe onde está, quando Será julgado.
No caso de Gilmar alem da desconsideração com os 7
ministros que já votaram, a manifestação da arrogância habitual, a prepotência de
não poder passar de minoria e considerar que sua vontade ter que prevalecer.
Traduzindo: discute-se fim do financiamento privado
de campanha eleitoral. 6 ministros votaram contra 1 a favor. Faltam votar 3
ministros por enquanto, 4 se dona Dilma preencher a vaga. Mesmo que todos votem
com Gilmar, ele perde de 6 a 4 ou 6 a 5.
Portanto a questão está decidida. Mas ele não vota
nem sai de cima. 7 ministros votaram, nenhum defende a posição capenga e insólita
de Gilmar: “Quem tem que resolver a questão é o Congresso’”.
Organizado pelo governo manifestação sem repercussão.
Em São Paulo,
400 pessoas nas ruas, os organizadores se conformavam com o total de 800. Em
Brasília, 300 pessoas passeavam no gramado em frente ao Congresso.
Participantes aceitavam a contagem no número 500.
Não
existe protesto em favor de um governo impopular como o do PT e Dona Dilma.
Além do mais, representantes do governo e da legenda não se harmonizavam e
brigavam até mesmo entre eles. Mas o principal era a divergência em relação ao
trabalho terceirizado.
Esse
projeto favorecia os trabalhadores, que hoje não recebem férias, décimo 13º,
horas extras, passam a receber tudo isso. Paulinho da Força liderava a
aprovação. E o presidente da Fiesp, (Paulo Scaf, empresário) ficava a favor. E
garantia: "Todos os contratos terceirizados, serão registrado pela
CPT". Quem pode entender alguma coisa?
Eduardo Cunha e Rena vetam companheiro.
Eliseu
Padilha, Ministro da Aviação Civil, foi chamado por Dona Dilma, que lhe disse:
"Estou convidando você para trocar o ministério, ir para o Relações
Institucionais, prestará mais e melhores serviços".
Precisou
consultar o PMDB, quer dizer os dois condôminos da legenda. Foi vetado, teve
que dizer á presidente "não posso aceitar". Os dois que não tem a dignidade
de como suspeitos do Lava-jato se licenciarem dos cargos, praticaram a audácia
de impedir a nomeação.
PS-
Surpreendentemente, agora Delfin Neto faz uma frase diária em defesa de Dona
Dilma. A de ontem: "a presidente mudou de tática atendendo a seu legítimo
direito de defesa". Ninguém entende. Mas como entender quem serviu á
ditadura durante 21 anos?
PS2- Foi
secretario da Fazenda do "governador’’ de SP, Ministro da Fazenda de Costa
e Silva, Médici, mais tarde Figueiredo. Quando Geisel assumiu em 1974, não
gostava dele nomeou Mario Henrique Simonsen, que eu logo passei a chamar de
"gênio incompetente", as duas palavras, rigorosamente verdadeiras.
PS3-
Irritado e ambicioso, Delfin se lançou candidato a "governador" de SP
vetado por Geisel. Insistiu, outros generais aconselharam o
"presidente" a negociar. Geisel então nomeou Delfin embaixador na
França.
PS4-
Quatros anos de insatisfação, gozo e prazer. Em Paris, morava em duas casas.
Uma na margem esquerda. Outra na margem direita. Numa morava Embaixador do Brasil.
Noutra, o cidadão festeiro, Antonio Delfin Neto. Só voltou ao Brasil para ser rapidamente
Ministro da Agricultura e longamente, Ministro da Fazenda. As duas com
Figueiredo.
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Helio,
A famosa cachaça brasileira acabou. Hoje o bebum da
“velha caninha”, mudou para o vinho (é mais chic). Compra-se no supermercado,
pela metade do preço da cachaça. Terra da banana, abacaxi, do café e do açúcar,
e o Brasil esta vendo a Petrobras indo para o buraco, afinal, o mundo mudou, ou
os políticos e o administradores
públicos não enxergam mais um “palmo alem do nariz”? Com a palavra mestre Helio...
Reynaldo Silas – Nova Iguaçu – RJ
A
Tribuna da imprensaonline/Helio Fernandes
Gostaria de saber qual é o seu filosofo favorito?
Time de futebol sei que é o Flamengo. Político Carlos Lacerda conforme já
declarou aqui. Pergunto: Esteve em confinamento durante a ditadura militar, em quartéis
e cidades, qual delas você achou mais acolhedora, dispensando o sufoco de estar
ali forçosamente, claro! Diga qual o país escolheria para morar se um dia
resolvesse mudar do Brasil. Anamara Diogenes – Rio de Janeiro – RJ.
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