NA PETROBRAS ONDE ESTÁ A AEPET? O AGORA
PODEROSO SEGUNDO JOAQUIM. MARTA SUPLICY ESTÁ DEMORANDO A SAIR.
HELIO
FERNANDES
28.04.15
A Petrobras ficará como noticia, infelizmente negativa,
durante muito tempo. Imprensada entre a corrupção, a incompetência
administrativa, os prejuízos colossais conjunção e conjugação das duas coisas,
não teve a recuperação facilitada pelo balanço.
Agora, alem do esquema falido, da falta de direção, do
desperdício de centenas de BILHÕES, atormentada pela falta de direção ou de
"direção" acumpliciada pela omissão, a empresa é depreciada e
destruída pela omissão, a empresa é depreciada e destruída por problemas
políticos insensatos ou decididamente interesseiros.
Agora, a desgastada empresa se vê envolvida em três
episódios, que desgastam e impedem sua recuperação. 1 - A "leniência"
e a salvação das empreiteiras, que pretendem salvar a colossal fortuna que acumulara.
2 - A questão foi impeachment, que tem como base e objetivo, tudo o que
aconteceu na Petrobras. 3 - A sucessão de 2018, que está em pleno
desenvolvimento, com o lançamento cotadíssimo de Lula fazendo exercícios na
barra de ferro. Aécio e FHC, erradissimos, batalhando pelo impeachment, que se
existir, aí beneficiará o PMDB.
Para terminar por hoje, não é assunto para um dia,
perguntinhas inócuas e inúteis. 1 - O cargo de gerente,(caso de Pedro Barusco),
é mais importante do que diretor, Conselheiro, Presidente ? Confessou que
recebeu de propinas, quase 300 milhões, ninguém sabia?
2 - A funcionaria que contou tudo a Dona Graça, foi
mandada para Cingapura, e agora é vilã abandonada, por ordem de quem? 3 - Nos
últimos 10 anos, os presidentes foram Gabrieli e Dona Graça, fazia o quê? está
bem, "não aumentaram as próprias contas bancárias", mas não impediram
que muitos aumentassem.
4 - Até 2004, existia um órgão poderoso na empresa,
chamada de AEPET. (Associação dos Engenheiros da Petrobras). Não resistiram aos
holofotes, brigaram quase todos entre sí, desapareceram, não têm nada a
declarar?
(Durante muito tempo, no escritório da AEPET, ou gravava
entrevistas com o excelente jornalista Jose Augusto Ribeiro, (que acaba de
lançar notável biografia de Tacredo Neves). Eu não recebia nada, as entrevistas
explicando e defendendo a Petro, iam para o Brasil todo. Nessa época não havia
escândalo, corrupção, empreiteiras corruptas e corruptores. Que tempos, hoje,
que República).
Para não esquecer: precisamente em 2004 esses programas
que defendiam e combatiam o bom combate (Apostolo Paulo), terminaram. Por
coincidência (?) a AEPET desapareceu, foi absorvida pela não combate.
O
segundo Joaquim.
Noutro dia usei a palavra falastrão em relação a ele. E
posso repetir, não para de falar. Anteontem: "O Banco Central não pode
deixar de combater a alta da inflação". Por que hostilizar o Presidente
Tombini? Dá a impressão que ele não está preocupado com a inflação.
Voltando a abrir a boca, receitou: “O Conselho da
Petrobras, vai ficar cheio (sic) de técnicos e empresários". Há muitos e
muitos anos, o Conselho da Petro ficava cheio (royalties para o Ministro) de
ministros e até generais. Que ocupavam os cargos apenas para reforçar as contas
bancárias com o agradável jeton.
Silencio
(e ruído) de Temer.
Com certeza, hoje, uma das palavras mais
pronunciadas é impeachment. Do vice presidente: “É impeachment da Dilma, é
“impensável”. (As aspas são dele). Quem quiser que acredite no que o vice fala,
sua credibilidade é impensável. (sem aspas)
Existe preocupação e grande repercussão a respeito
do assunto. Mas estão dizendo e repetindo tolice. Mesmo que haja ou que
houvesse o impedimento da presidente, os favorecidos não seriam os que
movimentam o assunto nos bastidores.
Respostas.
Professor Silvio M Nascimento de Rondônia, obrigado
por utilizar meus escritos para suas aulas. Quanto á pergunta a respeito de não
ter deixado em livro, o "legado adquirido com sua participação
corajosa", vou responder pela primeira vez, mas serve para os incontáveis,
que não entendem o fato do repórter ter passado a vida escrevendo e não
escrevesse para mais tarde.
Meu projeto era de escrever vários livros, como
"Historia vivida e participada". Ao contrário de alguns
"historiadores", que tomam conhecimento dos fatos por jornais da
época, e se vangloriam. (Os biógrafos merecem louvores, fazem pesquisas ás
vezes 10 anos de trabalho, contribuem verdadeiramente para conhecimento do que
aconteceu).
Inicialmente selecionados historias vividas,
possíveis cinco livros, títulos terminados no final 5 e que marcam a Historia
do Brasil. "1945, derrubada da ditadura". "1955, Juscelino se
elegeu, quase não tomou posse". "1965, outra ditadura começou, a
eleição acabou". "1975, a ditadura continuou". "1985, a
transição militar".
Em 1967, já cassado fui mandado como sequestrado,
confinado, degradado para Fernando de Noronha. Com 20 dias já havia terminado
um livro, com titulo e tudo: “recordações de um desterrado em Fernando de
Noronha”. Logo a Câmara dos Deputados por pressão, agiu sobre o poder, foi
liberado a visita de um dos meus advogados, (George Tavares, Evaristinho ficou
cuidando da defesa) e Carlos Lacerda, que insistira muito com Gama e Silva, o
ministro da justiça (que descalabro).
Viu que eu estava terminado, disse: “esse livro é
meu”. (Da Nova Fronteira, que comprara junto com muitas coisas, ficara rico ao
vender em 1961 a Tribuna da Imprensa para o Nascimento Brito, por 26 milhões de
dólares).
Chegando no Rio, vários editores “queiram o livro”.
Quem me procurou primeiro: Alfredo Machado, notável figura dono da Editora Record,
com argumento irrefutável: “Hélio tenho que publicar esse livro. Eu e você somo
amigos desde muitos anos antes de conhecermos o Carlos Lacerda”.
No inicio de 1968 (quando começou a censura, que
marcaria pelo menos 10 anos de existência), PROIBIRAM o livro. Editores,
distribuidores, livrarias, tiveram que renunciar a vontade da publicação. Como
a maquina da tribuna não imprimia livros, uma alta e corajosa figura da igreja,
(já morto) servindo em nova Iguaçu imprimiu sigilosamente, 500 ou 600
exemplares, distribuídos entre amigos.
Ainda hoje tenho propostas para publicar o livro na
integra, considero que depois de 46 anos, não haverá ou haveria interesse.
Também escrevi diariamente mais de 12 mil artigos e 12 mil colunas.
No mundo inteiro, e no Brasil, articulistas,
cronistas, comentaristas, (cada um, setor especial, eu englobo os três) de vez
em quando transcrevem em livros, ótimo. Eu nunca fiz isso. Incompreensível, mas
rigorosamente verdadeiro. Agora é tarde, embora repórter seja procurado por
profissionais competentes, que me dizem: “autoriza, eu vasculho os arquivos, seleciono,
verdadeira mina, o país precisa dessas memórias. Você faz o prefácio e a
explicação, teu relato, teu trabalho. Tua participação, esta toda ali”.
Afonso Costa, obrigado pelo apoio na ABI. A
destruição pode ser feita por poucos, como esta acontecendo. A reconstrução
exige muitos, espírito de grupo, coletividade imensa.
PS: Marta Suplicy, duas vezes derrotada para
prefeita de SP, citou Steve Jobs, e com arrogância característica, se comparou
a ele. Só não é inacreditável, porque vindo dela, essa palavra é sempre
admissível.
PS2: O caderno "ilustrado da folha, publica
excelente matéria sobre o assassinato do grande poeta Federico Garcia Lorca”. É
a primeira vez que se confirma oficialmente a ordem de Franco, (1936, no começo
da fantástica guerra civil espanhola) para o assassinato.
PS3: Mas não havia nenhuma duvida. Só duas pessoas
assistiram o fuzilamento: Ernest e Pablo Neruda. naquela época, fuzilamento
(político) e duelo (pessoal) aconteciam as 6 da manhã, quando o sol surge.
PS4: Ali mesmo, Neruda fez um poema em homenagem ao
amigo e também grande poeta. Começava assim: "mataram a Federico quando a
luz assomava". Só publicou alguns anos depois, sucesso inesquecível.
*Amanhã
responderei a Fernando Pawwlow e a todos os leitores que se interessem e têm se
interessado pelo debate da prisão com Carlos Lacerda.
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Helio
Como bem sabe, temos na cidade do Rio de Janeiro,
problemas de toda ordem. Transporte, saúde, segurança, uma infindável lista de
gravíssimos problemas. Agora a mídia alimentada pelos adocicados anúncio do
governo municipal, está colocando o nome do prefeito Eduardo Paes com candidato
nas próximas eleições. Se numa cidade com 12 milhões de habitantes, ele é um
desgoverno, imagine, num país com 204 milhões. Fale sobre isso ao seu admirador
e leitor. Alvaro Benevides - Rio
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