Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 4 de março de 2015

JUIZ MORO: "NINGUÉM SENTARÁ EM CIMA DE DINHEIRO SUJO". GOVERNO TENTA "AMENIZAR" EMPREITEIRAS CORRUPTAS. O PROCURADOR GERAL CUSTA A DECIDIR.
HELIO FERNANDES
04.03.15
Mais uma vez a inquietação dos políticos foi adiada, embora o ministro Teori Zavaski, ficasse o dia todo esperando a famosa lista. De qualquer maneira, nenhuma surpresa no conhecimento, a não ser dos principais nomes, como o presidente da Câmara e do Senado. O ministro Trabalhou na Turma até ás 17 horas. Foi para o gabinete, até ás 21 horas e nada.
É evidente que o Ministro Zavaski não decidirá imediatamente, terá que examinar nome por nome. Já se sabe que levará muitos dias, pois pode estar (como é quase certo) atingindo o presidente da Câmara e do Senado, que podem até serem retirados dos cargos. Haja o que houver, a situação está cada vez mais complicada, Dona Dilma, que estava praticamente isolada e caminhando para o ostracismo continuará na mesma posição, mas agora acompanhada por Eduardo Cunha e Renan Calheiros. E o primeiro time da oposição que ontem aplaudiu Renan de pé como irá tratá-lo daqui em diante.
Uma vez, jornalistas perguntaram ao presidente Roosevelt, como ele defendia os Três Poderes. Resposta simples e imediata: “O Legislativo, legisla. O Executivo, executa. E o Judiciário diz se aquilo que o Legislativo legislou e o Executivo executou, é constitucional ou não”.
Brasília vive a partir de hoje uma situação singular: dos Três Poderes, o único inatingido e que dará a última palavra, ou seja, o Supremo Tribunal Federal.
O triangulo das Bermudas da impunidade das empreiteiras.
Há mais ou menos 30 anos, (na minha idade, ontem ou anteontem) na Tribuna da Imprensa de papel, escrevi e defini: “A falsa modéstia é hipocrisia tão deprimente quanto a arrogância e pretensão dos que acreditam que sabem tudo e servem a todos os governos”. Como continuo com a mesma convicção, posso lembrar o que contei aqui há 22 dias, com exclusividade que resumi no titulo destas notas.
Antes de qualquer um em jornal, internet, blog ou site revelei, com nomes, sobrenomes e cargos: “Foi desfechado um movimento para salvar as empreiteiras, que pagariam multa reduzida, e não seriam impedidas de disputar ou receber obras da própria Petrobras que elas assaltaram e roubaram. Ou de outras estatais que ainda serão investigadas”.
Os escolhidos para essa empreitada oficial de inocentar as empreiteiras corruptas e corruptores, foram selecionados pela lealdade indiscutível e por causa dos cargos que ocupam: Ministro da Justiça, Advogado Geral da União, Controladoria Geral da União, José Roberto Cardoso, Luiz Inácio Adams, Valdir Simão.
Lógico, os três falam direta e indiretamente com Dona Dilma, recebem “empurrão” ou “escorregadinha” ética da própria presidente. Os dois primeiros têm trabalhado com intensidade, mas discretamente. Valdir Simão, repreendido pelo Ministério Público Federal, não se incomodou e abriu o jogo: “Não posso abrir mão do acordo de leniência com as empreiteiras”.
Moro fulminante.
O Chefe da Controladoria da União, nem leu a conferência do juiz Sergio Moro sobre “lavagem de dinheiro”. O importante personagem jurídico da Lava-jato, comparou a ação das empreiteiras com os traficantes de drogas.
Começou citando o informante do escândalo de Watergate, que falava como “garganta profunda”. E quando não queria se expor muito para os dois jovens repórteres do “Washington Post”, ensinava: “Sigam o dinheiro”. Mas isso não foi o fundamental na conferencia dele, embora seja lição inesquecível.
Genial, irrefutável e irreversível, é o que o juiz do Paraná ensinou aos jovens na noite de segunda feira. Textual: “não basta que os corruptos percam a liberdade. Se as investigações não forem suficientes para punir o CHEFE DO CRIME, é preciso fazer com que ele fique sentado sobre o DINHEIRO SUJO, não consiga usa-lo para finalidade alguma”.
E ai concluindo, aplaudido de pé: “É preciso privar o criminoso do produto de sua atividade. O crime não deve compensar”.
Escorregadinha” de Janot.
A partir de quinta-feira passada, o Procurador geral se complicou de todas as maneiras. Confessou, “minha casa foi arrombada no inicio de janeiro, só falei agora (43 dias depois) para não prejudicar as investigações”.
Ainda na sexta-feira, deu uma reviravolta, explicou de forma surpreendente; “Não vou fazer DENUNCIAS, pedirei ao Supremo mais investigações”. Na segunda á noite anteontem, uma informação que se parece muito com o que os três espertalhões oficiais estão defendendo: “Quem tiver que pagar, vai pagar”.
Deu conotação financeira a um processo que é criminal, jurídico, ético, moral. E acrescentou, não precisava: “é um processo longo, ESTÁ COMEÇANDO AGORA”. Ninguém entendeu essa afirmação, “está começando agora”.
As prisões começaram no ano passado, para dar um exemplo, basta citar o caso do ex-diretor Cerveró: foi depor varias vezes no Congresso, sempre liberado. Viajou para a Europa, lógico de primeira classe. Quando voltou foi preso no aeroporto, levado para o Paraná. A cada dia surge nova acusação contra ele. Por que não Denuncia-lo e aos outros imediatamente?
Resposta.
Wilson..., faz pergunta simples, “existe alguma formula para acabar com o terrorismo?”, de difícil solução; Nenhuma, Wilson, o terrorismo dos terroristas veio para ficar. Não coloquei as duas palavras como redundância, e sim para reafirmar a complexidade do problema.
Não esqueci jamais a impressionante destruição das Torres Gêmeas em Nova Iorque. A partir daquele momento acreditei que aquilo seria o máximo em matéria de desumanidade, crueldade e selvageria contra a própria humanidade. Este repórter e todos que pensavam da mesma forma, completamente equivocados e agora totalmente ultrapassados.
Aquele atentado, por mais que fosse impressionante, dava a impressão de alguma coisas não planejada, ato emergencial ou circunstancial, praticado por grupo despreparado mas não organizado. Podemos lembrar que quase chegaram ao Pentágono, onde trabalhavam 679 mil funcionários. (Hoje passam de 700 mil). Pode parecer contraditório, mas é análise sensata e apropriada.
AMANHÃ CONTINUO O ASSUNTO SOBRE TERRORISMO.
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HELIO,
Você tem um livro de memórias publicado. Onde posso adquiri-lo? Pretende escrever outro? Um assistente ou colega já tem manuscritos? Fale sobre isso. Vantuil ...  – Rio de Janeiro.
Helio Fernandes.
Estimo saber que sua memória continua um alicerce. Fica aqui meu elogio a medida de proteger os internautas, publicando apenas o primeiro nome na resposta e perguntas. Abraços, do seu leitor – Alexandre... – Recife – PE.


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