Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 24 de março de 2015

A REFORMA MINISTERIAL NÃO SAI, PORQUE MERCADANTE QUER FICAR. CUNHA E RENAN DESAFIAM O POVÃO, DÃO MAIS 600 MILHÕES AO FUNDO PARTIDÁRIO.

HELIO FERNANDES
24.03.15
A CPI da Petrobras caminha a passos lentos para o desprezo popular. Formada supostamente para investigar a roubalheira da maior empresa do Brasil, vai á falência, como as duas outras, uma delas, mista. O que vão investigar se isso é feito de forma primorosa (a CPI é desprimorosa) pela Polícia Federal, Ministério Publico Federal apoiados pelo bravo Juiz Federal, Sergio Moro?
Estão fazendo um espantoso malabarismo parlamentar e não convocar ninguém do PT, PMDB, PSDB. Eduardo Cunha, malabarista-lobista-carreirista foi “voluntariamente", não perguntaram nada, lógico, não respondeu, aplaudido totalmente ou tolamente, palavras quase iguais.
O grande temor do PT é a convocação do tesoureiro do PT, João Vacari. Sabe tudo, se aproveitou de tudo, passou de tudo para o partido. Dizem matreiramente: "Vamos convoca-lo, mas não agora".
E as empreiteiras corruptas-corruptoras, por que não são convocadas? É evidente: já se conhecem, recebiam até pessoalmente, é difícil o encontro ou reencontro entre corrupto e corruptores.
Marta Suplicy, a aristocrata do carreirismo.
Ha muito tempo fora dos holofotes deu festa supostamente para comemorar os 70 anos. Mas na verdade para anunciar a candidatura a prefeito em 2016, pelo PSB. Convidados diversos, mas cada um sem saber, tinha um propósito e um objetivo, menos Alckmin, que convidado, não compareceu nem mandou mensagem explicando a ausência.
Nem pensou na presença de Lula, a quem já chamou de estadista. A maioria, do PSB, seu novo partido para a candidatura de 2016. Dona Marta tenta refazer a carreira. Prefeita em 1998, desastre, não se reelegeu em 2002, apesar do apoio de Lula, que se elegia presidente na quarta tentativa.
Em 2006 fragorosamente derrotada, e dessa vez com o apoio de Maluf, em praça publica e no particular. Ficou desesperada, quando Lula indicou Dilma para sua sucessora em 2010, teve violento surto de autodestruição, disse horrores da adversária. Para íntimos, desabafou: "Como é que Lula escolhe essa mulher sem méritos ou credenciais, esquecendo de mim?”.
Desconsolada mas atenta e sem outro caminho se lançou ao senado nesse mesmo 2010. Três candidatos fortíssimos; Orestes Quércia e Romeu Tuma candidatos á reeleição, e Aluízio Nunes Ferreira. Os dois primeiros morreram na campanha, Aloízio se elegeu. Por simples gravitação, Marta ficou com a outra vaga, quase perdendo para Netinho de Paula.
Pelo desproposito da legislação, foi Ministra mas se mantendo no senado, nomeada pela presidente que detestava e agredira. Agora, novamente disputa a prefeitura, com o que estou revelando com exclusividade; é também candidata a presidente em 2018. Lógico, se for eleita em 2016. Nem o PSB sabe disso, mas aceitará gloriosamente.
Eduardo Cunha em campanha.
Têm objetivos, sonhos, alucinações. Mas tudo depende da permanência como Presidente da Câmara. Não pode ser reeleito, trabalha para aprovar emenda constitucional permitindo isso. Mas vai ladeando a questão. Utiliza todo este ano de 2015 para “convencer” o eleitorado. Seu mandato termina em fevereiro de 2016, mas pretende deixar tudo acertado.
Primeira providencia: aumentou o Fundo Partidário de quase 300 milhões para 900 milhões. Desafio á opinião pública, mas satisfação para o eleitorado interno, até mesmo os que não têm representação. E está percorrendo o Brasil inteiro, com uma equipe da TV- Câmara.
A prorrogação do mandato de presidente da Câmara é fundamental. Se não conseguir, em 1° de fevereiro de 2016, sai de cena, volta para o lobismo e o ostracismo.
Se ficar os 4 anos como presidente da Câmara, a qualquer momento que viabilizarem o golpe do impeachment, estará em plena visibilidade.
O Ministro “Cardosão”.
Desde que perdeu a chance de ir para o Supremo, (“me preparei a vida inteira para isso”), não acerta uma. Encontrou com o Procurador geral e com acusados da Lava-jato, “por acaso”, já veio a público muitas vezes defendendo a presidentA. Sempre equivocado.
Mas agora arriscou muito, tenta se transformar em oráculo: “Tenho absoluta certeza que a presidenta Dilma, nos quatro anos de mandato, terá magnífico desempenho, e as bandeiras serão satisfeitas, com justiça e combate á corrupção”. Adivinhação é um recurso, ministro, mas falar nos próximos “quatro anos” é o quê?
O legislativo desafia as ruas.

O Fundo Partidário tinha dotação de quase 300 milhões. Agora, surpreendentemente, por iniciativa de Cunha e apoiado entusiasmadamente por Renan, (os dois em represália contra a Lava-jato) aumenta esse perdulário Fundo.

Passou a 900 milhões, será distribuído generosamente (?) por partidos que nem têm representatividade. E completaram: estava praticamente aprovado o projeto que proibia fusão de partidos, objetivo de Kassab, que já agradeceu. Vão surgir vários, era preciso ajuda-los.

Muitos leitores, Edna Mourão, Adauto Roberto, Antonio Arantes, e principalmente Maria Anelize Gomes, (todos do Rio) mais incisiva e se referindo ao panelaço sem panela, que deverá acontecer no dia 13 de Abril. Ainda bem que é uma quarta feira, esperamos que seja igual ou maior do que a do dia 13. Apesar de que forças do governo fazem tudo para impedi-lo. A manifestação não é só contra Dilma e sim revolta contra ela, a corrupção, as empreiteiras, os ladrões do povo, os corruptos corruptores.

Reforma ministerial.

Depois do combate á corrupção e o desequilíbrio de Dilma diante de todos os problemas, nada mais importante do que a substituição de mitos personagens, que formam o mistério capenga. Explicação do Planalto: "Diante dos rumores de parlamentares ligados á lava-jato, teve que ser cautelosa”. Só que agora ela sabe quem é quem, não pode fugir pela porta larga do "não sabia de nada". Está encrencada e encurralada, "tudo isso é passageiro".

Lula insiste na reforma, quer tirar Mercadante, isso é fundamental. Já admite que volte para o Ministério da Educação. Mas o PMDB desleal quer reforma, já, só não aceita Mercadante em lugar algum. Surgem nomes municipais, como o paulista Gabriel Chalita, já fechado com o PT, para ser vice de Haddad.

Jaques Wagner, que não quer sair em Defesa, é citado para a Casa Civil, não admite. Pensa em ser candidato á sucessão de Dilma com apoio militar, o que irrita o candidatíssimo Lula. 

Henrique Eduardo Alves vai para o Turismo, devia ir para Coordenação Política. Poucos têm tanto transito quanto ele. E nenhuma conta a ajustar com a Lava-jato. Dona Dilma sem apoios, nem de Lula e muito menos do PT. Este chora não ter embarcado decisivamente no "volta, Lula".

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