EUA: PERSEGUIÇÃO VIL AOS NEGROS.
BARUSCO MENTIU SOBRE CONTAS. CUNHA, TEMER, FHC NA TV: “NADA A DECLARAR”. SERGIO MORO EM FESTA NO RIO.
HELIO FERNANDES
21.03.15
Em 1866, há mais
de 100 anos a emenda constitucional número 13, acabou com a escravidão. A luta
vinha de longe, milhões morreram na mais terrível guerra civil de 1860. Lincoln
foi assassinado em 1865, quando terminava 1 mês do segundo mandato. EUA, Cuba e
Brasil, os únicos países que ainda sustentavam a escravidão.
Agora, tanto
tempo depois, a violência cruel e selvagem contra os negros, aumentou e se oficializou. Negros são assassinados por policiais brancos,
nem indiciados ou acusados, se chegassem aos tribunais, seriam absolvidos.
Sintoma da
mesma situação de sempre: lojas comerciais lançam produtos, colocam restrições
bem visíveis: “SÓ PARA BRANCOS”. Com a eleição, posse e seis anos de mandato do
primeiro presidente negro, admitia-se ou esperava-se que tudo fosse melhorar.
Piorou, atingiu níveis nunca dantes imaginados. O presidente não pode fazer
nada a não ser protestar. A Constituição é 70 por cento ESTADUALISTA, 30 por
cento FEDERALISTA, os estados podem tudo.
Quero lembrar
que hoje, um extraordinário jornalista e criador múltiplo e eclético, Haroldo
Lobo, estaria completando 100 anos. Em 1956 esteve nos EUA com Fernando lobo,
(nenhum parentesco), também excelente compositor, notável, depois pai do Edu,
grandes amigos do repórter contaram historias espantosas.
Haroldo era
negro, ele e Fernando (que lancei em 1950 na revista Manchete, assumimos do
zero, ia fechar, em dois anos pulou para mais de 150 mil exemplares, política e
jornalisticamente, a mais importantes), conheceram o horror nos EUA. Escolheram
um hotel, não puderam ficar, “não hospedava negros”.
Para
transitar, almoçar, jantar, uma procura humilhante, bares e restaurantes ”separatistas”,
que não aceitava negros. Lamentável. Degradante. Inaceitável. O Brasil mesmo
escravagista jamais chegou a esses índices.
Lava-jato.
Continua
sendo o centro das atenções. Membros dos Três Poderes estão voltados para o que
acontece, a preocupação é total. O que no inicio era sustos, agora é quase
pânico. O Procurador Geral, autor da “lista de Janot”, comunicou ontem,
oficialmente: “10 grupos de Procuradores Federais estão voltados para as
investigações diárias”. Os resultados irão demorar, mas surgirão, i-m-p-l-a-c-a-v-e-l-m-e-n-t-e.
Anteontem,
pela primeira vez, o juiz Federal Sergio Moro apareceu em público, fora do
assunto Lava-jato. E no Rio, longe do seu território de ação. Convidado,
compareceu á festa anual do Globo, “faz diferença”.
Simpático,
agradável, abraçado, fotografado, admirado, foi o nome da noite, ninguém
esperava isso. Com a mulher advogada, ouviu e riu: “Importante e ainda por cima
casado com mulher bonita”.
Contas secretas.
Os jornalistas
investigativos que levantaram recursos do suborno e da corrupção em bancos da
Suíça, relacionaram mais de oito mil brasileiros que têm recursos depositados
fora do Brasil. Jornalões insistem: “Esse dinheiro pode ser limpo e legal se
for declarado á Receita”. Perda de tempo.
Para quê
deposito na Suíça, a maioria deles, apesar de centenas de outros “paraísos”
principalmente ilhas? Os bancos mais importantes há seis anos comunicaram aos
depositantes cúmplices: “Não pagaremos mais juros ou dividendos”. Garantiram apenas
a segurança.
Muitos não
aceitaram, foram para paraísos com menor segurança, mas com dividendos. O
ex-diretor ou gerente, Pedro Marusco, contou á CPI, já fizera o mesmo em
Curitiba: “Tenho 97 milhões de dólares na Suíça. 70 de propina, 27 milhões de
rendimentos”. Em algum ponto está faltando com a verdade. Pelo menos desde 2008
não rende nada.
PS- Pela
ordem de entrada em cena, entrevistaram Eduardo Cunha, Michel Temer, FHC. Tempo
desperdiçado, nenhuma repercussão. Repetiram mais quatro vezes cada uma, em
horários diversos, não melhoraram. Esperava que deputados ou senadores
comentassem. Silencio maior do que o do investigado Renato Duque.
PS2- Se
tivessem falado para entrevistadores profissionais do próprio canal, o
resultado teria sido muito melhor. Utilizando alguns que não tem penetração nem
pratica política, o resultado jornalístico, “zero ao quadrado”.
PS3- Os entrevistados
voltados para os holofotes, os entrevistadores para o exibicionismo. O único que
quase ia se destacando, o presidente da Câmara, que trocou o lobismo habitual
pela suposta independência eventual.
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