Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 31 de março de 2015

A SOCIEDADE BRASILEIRA ESTÁ NO LIMITE DA SATURAÇÃO. POLÍTICOS E EXECUTIVOS DEVERIAM FAZER UMA PROFUNDA AUTOCRITICA. DILMA ESTÁ ABUSANDO DA SORTE E LEVA O PT JUNTO. A DESTRUIÇÃO DA LEGENDA ESTÁ NA CONTA DELA.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
31.03.15
O impeachment não acena como a melhor das medidas para que o país retome seu lugar de nação econômica e socialmente em desenvolvimento. No calor das manifestações, até eu mesmo gostaria que a presidente Dilma Rousseff fosse despejada do Alvorada. Mas esse não é o caminho, entendo até que ela tem a obrigação moral e constitucional de arrumar o desarranjo que permitiu que seus colegas petistas e aliados fizessem na República. Seu afastamento seria desastroso, eis que temos na linha sucessória nomes nada recomendáveis para ocupar o “trono do poder".
Causa bastante preocupação uma publicação da revista “Valor” edição de 26 de março corrente, de que 47,6% dos entrevistados pelo Barômetro das Américas, LAPOP, justifica um golpe militar para frear a corrupção.
Coloco aqui o paradigma literário do: O “Inferno de Dante” – ALIGHIERI em sua obra “Divina Comédia”, (...) o inferno consiste em nove círculos concêntricos que se afunilam conforme ficam mais profundos, até chegarem ao centro da Terra. Para qual deles você é enviado depende do pecado cometido, com círculos destinados aos glutões, hereges e fraudadores. Sobre o ponto central superior, na superfície terrestre, está Jerusalém. No caso de Dilma o centro da Terra converge para o Alvorada e na Lava-jato.
O problema agora é que não bastam os problemas da corrupção, e mergulhamos num problema político onde cabeças vaidosas e carreiristas (Dilma (PT) e o PMDB), que estão se digladiando diariamente enquanto o país afunda em profundas crises, com desemprego em massa, inflação, corrupção e retrocesso econômico.
As massas já não mais complacentes mandam as mensagens ruidosas das ruas, das postagens nas redes sociais. O descrédito internacional já reflete na retração dos investimentos no país, mesmo aqueles de coloração volátil, que só visam lucros em títulos rentáveis, se desligaram do nosso sistema financeiro.
A “sopa de letrinhas”, reunindo 32 partidos políticos reflete o oportunismo, o interesse num processo político eleitoreiro, cevado a bilhões de fundos que são distribuídos generosamente aos partidos. Candidaturas eletrônicas que só se elegem com o tempo da “TV gratuita”, no horário eleitoral, onde PMDB, PT e outros que se despontam no universo de cada eleição, permitem que alguns nomes íntimos e caciques das legendas, tomem para si, todo tempo de TV, e se elegem para depois se comportarem como marionetes de um sistema venal, vegetativo e venenoso a saúde do Brasil.

O PMDB, que é o campeão do fisiologismo quer agora reduzir de 39 para 20 ministérios: mas não basta falar, faça. Mas e as mordomias e privilégios na Câmara e no Senado. Renan Calheiros e Eduardo Cunha, porque não acionam legal e publicamente o ministro do STF Gilmar Mendes para devolver o processo da reforma, sobre o qual está sentado há um ano. Queremos ver esforços concretos no sentido de superar o subdesenvolvimento do Brasil.

Uma nação cuja máquina pública ultrapassa 600 mil pessoas, e gasta com a folha de pessoal 97% do seu orçamento anual, não pode ser chamada de nação civilizada e séria. Servidores hostis (até negligentes na função) são magistrados, serventuários em todos os escalões, assumindo postura “de superioridade", como se o cidadão contribuinte, seja um ser invisível.

Não basta reclamar, não é nada bom ir ao extremo da loucura extraindo do Planalto, uma das culpadas por esse sistema doentio que ai está. O projeto de poder do PT, a voracidade dos aliados, comunga e conjuga dentro do mesmo patamar, para que poucos se deem bem, e muitos se deem mal.


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