A PREOCUPAÇÃO DE DILMA COM O IMPEACHMENT.
HOJE, QUARTA-FEIRA, DEPOIMENTO EXPLOSIVO DO MINISTRO (AINDA) DA EDUCAÇÃO. NA
LISTA DE JANOT, SURPRESA, FALTAVA SERGIO CABRAL. NÃO FALTA MAIS. A CPI DA
CONTRADIÇÃO.
HELIO FERNANDES
11.03.15
O impeachment
fica vagando em setores econômicos, financeiros, administrativos e como consequência,
políticos. Não é necessariamente uma “ruptura democrática”, como disse a
presidente. Está na Constituição, precisa apenas cumprir as exigências.
Está obrigada
a seguir o seguinte roteiro. 1 – A Câmara dos Deputados, por maioria, vota e
aprova o pedido do impeachment. 2 – Se não for obtido o total de votos
necessário, é arquivado. 3 – Aprovado, segue para o Senado, que comandado pelo
presidente do Senado, julga o presidente. 4 – Ele pode ser mantido ou retirado
do poder.
Como todos
sabem, na historia do Brasil só houve um presidente que perdeu o mandato,
Fernando Collor. Não quero nem defendê-lo ou acusa-lo, apenas situar os fatos,
tumultuadissimos. Collor denunciado pelo irmão, foi imprudente, imprevidente, inconsequente.
Acreditava que não teriam maioria para condená-lo, se descuidou.
Um dos seus
maiores e mais íntimos amigos, na época (e hoje novamente na mesma condição),
líder do seu governo, logo mudou de posição, foi o grande artífice da sua derrubada.
Seu nome: Renan Calheiros, ele, sempre ele. Pouco tempo depois, Renan foi
ministro da Justiça de FHC. Absurdo mas
pagamento da traição. Pois FHC chegaria à presidência, nunca foi cogitado para
isso, e não seria mesmo, se o processo fosse normal.
Como naquela
época não havia reeleição, o vice Itamar assumiu por pouco tempo, não pôde
fazer nada, patrocinou a candidatura FHC. Este depois rasgaria a Constituição,
compraria a reeleição para ele mesmo, o país hoje, subjugado a essa permanência
do mesmo presidente ou do seu grupo.
Fernando
Collor recorreu ao Supremo, foi absolvido por unanimidade, por falta de provas.
Contando os fatos ou analisando-os, não favoreço nem privilegio ninguém. Hoje
não examino a não ser o impeachment, do passado e possivelmente do futuro.
Agora, desde
a eleição, proclamação e posse de Dona Dilma no segundo mandato, se fala, se escreve,
se discute, se debate o impeachment. E ela, em vez de esquecer traz sempre o
assunto para as manchetes.
Quem começou
a discussão do suposto impeachment: Ives Gandra Martins, jurista, o que não o
isenta de criticas e comentários, sem concordância. E seu caríssimo parecer, (na
casa de 250 mil reais) é estranho, contraditório e até surpreendente. Fez
questão de publicar seu trabalho (na folha) o que não chega a ser extravagante.
Extravagante
a explicação do próprio jurista: “Quem pagou o meu trabalho foi um advogado do
ex-presidente FHC. Quando resolvi publicar as conclusões, consultei o advogado,
que autorizou desde que ele fosse citado como o financiador do parecer, e que
era advogado do ex-presidente FHC”. Mais elucidativo e incisivo, impossível.
Agora a hipótese
de um impeachment a respeito de Dona Dilma. O roteiro parlamentar é o mesmo,
podem mudar os personagens que patrocinarão a saída dela, se for decidido movimentar
o assunto, serão importantes; Eduardo Cunha e Lewandowski, presidente do
Supremo, se a questão for levantada neste 2015 ou 2016.
Se o
impeachment ultrapassar os dois primeiros anos, e revigorado em 2017/2018,
outros personagens. Na Câmara não há reeleição do presidente. Cunha trabalhava
para mudar a situação. Agora seu poder “desidratou”, como dizem alguns
comentaristas de televisão.
Então a
escolha do novo presidente da Câmara, será dramática. Como a presidência do Supremo
é exercida por rodízio, quem estará no auge e no apogeu do processo, será a
Ministra Carmem Lúcia. Tudo muito diferente.
Para terminar
por hoje, acompanharei o assunto em profundidade, com o maior interesse e uma
alteração da Constituição que muda todo processo. Agora, com a reeleição,
impedido Dona Dilma, podem assumir o vice Temer ou o representante da Câmara,
Eduardo Cunha de agora até o fim de 2016.
Qualquer um
constatará: tirar Dona Dilma, (por quem não tenho a menor admiração ou
respeito) para colocar um dos outros dois, inominável, impensável, irrealizável.
Quem assumir o lugar de Dona Dilma, imediatamente será candidato á reeleição. Por
isso, Lula sai em defesa de Dilma e intima: ”você tem que ficar no governo até
o fim”.
Minha posição
hoje, é essa, manter Dona Dilma, uma aberração, pois o país estará diariamente
caminhando para o precipício. Substituí-la por Temer ou Eduardo Cunha, crime de
lesa-pátria.
O Ministro da educação ofuscará a CPI
das empreiteiras.
Hoje,
quarta-feira, Cid Gomes surpreendente Ministro da Educação, irá a Câmara,
CONVOCADO e não CONVIDADO para explicar a maluquice que pronunciou. No Pará.
Disse textualmente,
gravado e terá que responder depois de ouvir o que ele mesmo afirmou: “existem
300 ou 400 parlamentares, que trabalham para que o governo quanto mais frágil melhor
para ele. Poderão TOMAR dinheiro, ACHACAR o governo, exigir o troca-troca”.
Dona Dilma
ficou apavorada, muito justamente, quis transformar a CONVOCAÇÂO em CONVITE,
derrotada, o que hoje é comum na relação entre Executivo e Legislativo. Está preocupada
com o que pode acontecer com o Ministro.
Dona Dilma
tem uma saída. No fim desta terça-feira, DEMITIR o Ministro, assim hoje, quarta
ele não precisará ir depor.
PS- Pediram o
afastamento do deputado Arthur Lira de presidente da Comissão de Constituição e
Justiça, por estar na lista de Janot. Resposta: “Não tenho o menor constrangimento
em continuar”.
PS2- Se não
tem constrangimento ético ou moral, devia pelo menos ter vergonha de presidir
uma comissão como essa. Já presidida por Afonso Arinos de Mello Franco, Milton
Campos, Djalma Marinho, que em pleno AI-5 tenebroso, se recusou em afastar o
deputado Marcio Moreira Alves.
Sérgio Cabral, injustamente esquecido.
Quando
surgiu a "lista de Janot", alguns nomes eram de presença obrigatória.
Outros como os notórios e poderosos Renan e Cunha, avisados, preparam logo o
discurso, "nego com veemência, qualquer participação".
Ninguém
duvidava que o ex-governador Sérgio Cabral estaria citado, investigado e
passaria para níveis mais elevados de cumplicidade. Não colocaram seu nome
"esqueceram". Mas ontem houve a retificação, serginho cabralzinho
filhinhos, apareceu, embora sem o s guardanapos da farra de Paris. Surgiu como
personagem corrigido um esquecimento.
Jogatina na Bolsa.
Durante
17 dias, as ações da Petrobras ficaram entre 9 e 18 reais. Iam a 9,80 não
chegaram a 10. Vinham para 9,20, não caíam de 9. Tanto as ordinárias (com
direito a voto, ou preferenciais, prioridade nos dividendos) iguais.
Aproveitando
o clima, "jogaram" para valer. As ações vieram para a
"casa" dos 8 reais, não demora voltarão a comprar, por instantes.
CPI da corrupção.
Foi
interessantíssima, levou 6 horas e 47 minutos, sem qualquer interrupção.
Começou faltando 17 minutos para as 10, terminou ás 16,30. Tudo comandado pelo
presidente da CPI, o relator não abriu a boca, silêncio total, não lhe
ofereceram nem um cafezinho.
5 minutos
para cada deputado, apesar das voltas tortuosas do depoente, o corrupto
Barusco, muita coisa foi esclarecida. O próprio depoente afirmou: "Como já
disse no depoimento no Paraná, o tesoureiro do João Vaccari recebeu 200 milhões
de dólares". E juntou: "O diretor da Petrobras, Renato Duque, também
recebeu altas propinas”. Tergiversou, que palavra, deixou de responder muita
coisa: "Não posso falar por causa da delação".
Os fatos
pessoais confirmou: "Ganhei 97 milhões de dólares de propina, passei para
as autoridades, ainda não conseguiram transferir tudo". Outra pergunta:
"É tudo o que senhor possuía?". Não respondeu. Outro deputado:
"Quem paga seus advogados?". Resposta: "Eu". Interrogado,
"de quem maneira?", silencio.
Um
deputado do PPS fez libelo contra Lula e Dilma: "Escaparam do mensalão,
não deviam escapar do Petrolão". Foram advertidos, "esses assuntos
não podem ser tratados aqui".
Dependendo
dos depoentes, a CPI pode auxiliar muito as investigações do Procurados Geral,
autorizado pelo Ministro Zavascki, e já em plena execução pela Polícia Federal.
Sem falar nos corruptos que estão sendo ouvidos no Paraná. Mestres o
enriquecimento ilícitos não tem foro privilegiado. Podem ser punidos antes.
Amanhã,
na CPI, depoimento do lobista presidente da Câmara. Tem tudo para se
transformar numa farsa. E esse o estilo habitual de Eduardo Cunha.
Por volta
do meio dia, o plenário da CPI pediu a retirada de dois deputados, na lista de
investigados. Resistiram, mais tarde concordaram em se afastar. Os dois são do
PT. Também pediram demissão da Comissão de Ética, um bom sinal.
Conclusão
total, sem distinção de filiação partidária: "Está faltando identificar um
coordenador de toda a operação". ”Como é uma soma c-o-l-o-s-s-a-l, não
podia ser distribuída aleatória ou individualmente". Barusco falou numa
remessa de 22 BILHÕES de dólares, como podia ser feita, circunstancialmente?
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Carlos... Curitiba-PR
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