REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO. NEM FHC, LULA OU
DILMA, TODOS A MERCÊ DOS EMPREGADORES DAS MULTIS.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
06.02.15
Os
sindicalistas defendem a PEC da Jornada, citando um estudo do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioecômicos (Dieese), segundo o qual
uma redução de 4 horas criaria cerca de 3 milhões empregos e aumentaria apenas
1,99% os custos totais das empresas. Ainda assim manifesta a Convenção 47 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda às 40 horas semanais como
carga horária adequada para os trabalhadores.
È bom
lembrar que a Constituição da Republica já permite a redução da jornada por
meio da negociação coletiva, não havendo necessidade da mudança.
Resistindo
a redução da jornada, o empresariado tem como porta-voz, o presidente da
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal
(Fecomércio-DF), Adelmir Santana, afirmando que a PEC encareceria os custos da
contratação, diminui a carga horária de seus trabalhadores, ela, obviamente,
vai precisar de mais trabalhadores. Isso “vai aumentar o volume de empregos,
cabendo a cada empresa avaliar se o seu negócio suporta”, disse.
Para
Newton Marques, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), a
redução da jornada por imposição legal será acompanhada do aumento de preços ou
da informalidade. Ele diz ainda que a redução da jornada com manutenção dos
salários pode implicar em perda de competitividade em comparação a outros
emergentes como Chile, África do Sul, Índia e China. “Se eles não têm essa
redução de jornada com manutenção de salário, nós passamos a perder
competitividade, uma vez que nosso preço final vai ficar mais alto”.
Não resta
dúvida que a redução da jornada de trabalho é um tema polêmico. Podemos citar
aqui a redução na França, onde os níveis de emprego não sofreram taxas
negativas. No entanto hoje, com a crise europeia, isso serviu de parâmetro para
que os sindicatos franceses reduzissem salário. O mesmo está acontecendo na
Grécia, onde um plano austero do governo de extrema esquerda que está no poder
impõe redução salarial de 35%.
Ouvindo
as duas partes, empregados e empregadores, o melhor seria o consenso, um meio
termo. Eis que existe prenúncio de uma grave crise econômica, onde o governo
brasileiro, não está preparado para enfrenta-la. Da mesma forma que não
enfrentou a questão da jornada, apesar das promessas dos presidentes Lula da
Silva e de Dilma Rousseff. Todavia, política a parte preservar o emprego é o
essencial.
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