IMPEACHMENT DE DILMA,
LAVA-JATO E BNDES. A PETROBRAS QUE NINGUEM SABE DE NADA. FHC QUE SABIA DE TUDO
E LULA QUE NÃO QUER SABER DE COISA ALGUMA.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
24.02.15
A presidente Dilma Rousseff,
reage banalmente às acusações de ter permitido proliferação do maior e mais
volumoso desvio de verbas e pagamento de propinas no quadro de corrupção que
envolve seu governo, remetendo sua desgraça política, para os anos 90, conotando
a administração do presidente Fernando Henrique Cardoso, a existência da
corrupção na Petrobras, onde está o foco da mais danosa corrupção da história
política do Brasil.
Mas o governo da presidente Dilma Rousseff não consegue
escapar de escândalos envolvendo membros de sua equipe, assim como aconteceu
com seus antecessores na presidência nas últimas décadas. No seu primeiro ano
de governo (2010), uma enxurrada de denúncias envolveu ministérios de peso,
como o de Transportes, e das Cidades, outro que tem elevada verba para gastos,
se envolveu em problemas e colocou de novo a presidente em saia-justa. Na Copa
do Mundo e dos Jogos também foi alvos de escândalos. Foi o caso das pastas dos
Esportes e do Turismo.
Na véspera da eleição então
ministra da Casa Civil Erenice Guerra foi acusada de favorecer empresários e
familiares em sua gestão. A suspeita de conluio desgastou o então governo Lula
e atingiu a reta final da campanha de Dilma à presidência. Como Erenice, os
problemas de favorecimento já existiam na época em que a Dilma era ministra.
Ainda
em 2010, uma ação da Polícia Federal deteve vários servidores do ministério - a
ação foi chamada de "Operação Voucher". Pedro Novais, na pasta do Turismo,
usou verba destinada aos parlamentares em suas funções para pagar estadia em
motel no Maranhão. Depois ele admitiu o erro, mas negou que tivesse ido ao
motel, afirmando que na data do ocorrido “estava em casa ao lado da mulher”. Na
sua gestão, foi identificado esquema de desvio de dinheiro público na pasta.
O
ministro da Casa Civil Antonio Palocci, logo no início do governo, foi
questionado sobre o expressivo aumento de seu patrimônio nos últimos anos.
Pressionado a dar explicações, resolveu sair. Era a segunda vez que Palocci se
envolvia em escândalo no executivo federal - o primeiro foi quando o acusaram
de promover encontros misteriosos, sem motivo justificado, em Brasília, no
governo Lula, quando era Ministro da Fazenda.
Ao
todos, saíram por conta dos escândalos setoriais, 21 pessoas, incluindo o então
ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luís Antonio Pagot, e o diretor presidente
da Valec, José Francisco das Neves - ambos os órgãos são os principais ligados
ao ministério.
Outro
escândalo, dessa vez na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do então
ministro da Agricultura Wagner Rossi. Os acontecimentos envolvendo a pasta,
incluindo tráfico de influência com pessoas de confiança de Rossi, fizeram o
ministro renunciar.
O então
Ministro dos Esportes Orlando Silva, envolvido em esquema de desvio de dinheiro
em programa da pasta visando beneficiar seu partido, o PCdoB. Acabou substituído
pelo deputado Aldo Rebelo. No ano de 2011 o Ministério do Trabalho era acusado
de cobrar propina de organizações não governamentais. Entidades com convênios
assinados com a pasta eram obrigadas a pagar "pedágio" para receber
recursos. O então despreparado e “abobalhado” ministro Carlos Lupi tentou negar
a existência do esquema, mas, foi convidado a sair.
No
começo de 2012, após meses de especulação, foi detectado que o ministro das
Cidades, Mário Negromonte, tinha ligações com lobistas e oferta de recursos em
troca de apoio. Sem ter como se defender, saiu do ministério. O ex-presidente
Lula e Dilma, são envolvidos no escândalo da chefe de gabinete da Presidência
da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha. Acabou demitida, assim
como outros servidores envolvidos.
Pasadena,
Lava-jato, dezenas de empresas governamentais envolvidas, se fala em até mesmo
o BNDES ter beneficiado megaempresários do setor de turismo e hotelaria, um mar
de denúncias de possível corrupção. A
vergonha, não tem limite, data, as de hoje, precisam ser explicadas, e ou nunca
“vão saber de nada”.
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