IMPEACHMENT
AGORA OU AS VAIAS NAS OLIMPÍADAS...
ROBERTO MONTEIRO
PINHO
19.02.15.
Constitucionalistas,
juristas e advogados todos, discutem e ficam divididos quando o assunto é o
impeachment da presidente Dilma Rousseff. As denúncias feitas por ex-sócios da
Petrobras ao Ministério Público e veiculadas pelo Jornal da Band, da TV Bandeirantes,
apontam que Lula e Dilma teriam conhecimento a respeito da compra de uma
petroquímica pelo triplo do preço, quase R$ 3 bilhões de reais além do
correspondente na Bolsa de Valores.
Segundo o empresário que
protagoniza a denúncia, Paulo Roberto Costa estaria sob o comando de Lula,
sendo o seu “operador”, assim como Dilma Rousseff. Lula teria, ainda, debochado
da Justiça, afirmando que “Poder Judiciário não vale nada. O que vale são as
relações entre as pessoas”.
Diante das provas do
Ministério Público, setores mais afoitos da política, entendem ter em mãos o
suficiente para o pedido do impeachment de Dilma Rousseff e para o pedido de
prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas é a palavra do Ministério Público no
âmago de sua independência agasalhado pela Carta republicana de 1988 o fiel
depositário das normas constitucionais, que estão acima das pressões, sejam a
favor ou contra o impeachment.
Atento as manifestações do
jurista Dalmo Dallari, (um dos mais respeitados do País), ao rebater o parecer
de Ives Gandra Martins, encomendado por um advogado ligado ao Instituto
Fernando Henrique Cardoso, sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Dallari concedeu entrevista de Paris, por telefone, à assessoria de comunicação
do mandato do deputado federal Paulo Teixeira, no dia 6 de fevereiro.
Nesta o jurista Dalmo
Dallari acusou o também jurista Ives Gandra de elaborar um parecer
“absolutamente inconsistente” sugerindo a existência de elementos para a
abertura de um processo de impeachment da presidenta Dilma. “Eu não vejo a
mínima consistência nessa tentativa de criar uma base jurídica para o
impeachment”, afirmou Dallari.
Professor
emérito da Faculdade de Direito da USP e especialista em Direito do Estado,
Dallari chamou de absurda a aplicação da doutrina do domínio do fato no caso
Petrobras e lembrou que, se fossem seguir a lógica sugerida por Ives Gandra, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deveria perder seus direitos políticos e
todos os senadores do país poderiam ser igualmente cassados.
O
fato é que a Constituição federal no seu artigo 52, dá como atribuição do
Senado processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos
crimes de responsabilidade.
O
risco das vaias nas Olimpíadas de 2016, terão o prazer do impeachment...
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