DO BB PARA A PETROBRAS, SEM CACIFE E SEM
CREDENCIAIS. ESCOLHA "IRREPREENSÍVEL" DE DILMA, PROTESTOS GERAIS.
HELIO FERNANDES
07.02.15
Ontem quinta, a promessa do Planalto, é que hoje (ontem)
sexta, até o meio dia, estaria escolhido e empossado o presidente da Petrobras.
Nenhuma indicação, apenas rumores ou sugestões de nomes, mas nenhum com
competência para presidir uma Petrobras normal, quanto mais como a de agora,
anormalissima. Os que poderiam aceitar e acertar, longe do sim para essa
presidência.
A sexta começou cinzenta no panorama visto da Ponte, mas
ainda enevoado no Plenário da Bovespa. Não sabiam de nada, mas qualquer que
fosse o nome indicado, iria repercutir lá mesmo. As duas ações da Petro
começaram sem esclarecimento. Para operar, venderam timidamente, ordinária
menos 1%, preferencial caindo 0,67.
Ás 11 e meia já surgira o nome de Bendine, presidente do
Banco do Brasil, ninguém acreditava. Mas os manipuladores, que sabem das coisas,
venderam mais, pouco depois do meio dia, sem nada oficial, a ordinária já caia
um pouco mais de 4 por cento, a preferencial, 4,70.
Ás 13,10 vinha uma notícia oficial: “O Conselho da
Petrobras está reunido em São Paulo, o nome será anunciado ás 2 e 30, junto com
os cinco diretores". Como faltava pouco tempo e não aparecia outro a não
ser esse Bendine, as ordinárias da Petro já ultrapassaram os 7,30 reais, e as
preferenciais, a casa dos oito.
Ás duas e meia em ponto, o civil Bendine mudou de roupa
passou a ser oficial. Acrescentaram, e não era boato, rumor ou especulação: a
lembrança do nome foi de Dona Dilma, não comunicou a ninguém.
Nem mesmo a Joaquim Levy, "a quem delegava poderes
para procurar, encontrar e indicar o novo presidente da empresa". É a
própria Dilma ás 2 e meia pediu a Mercadante que fizesse todos saberem que tudo
foi feito por ela, sem conhecimento de ninguém.
Protestos,
furiosos, incompreensões, (e a palavra descalabro) surgem de todos os lados. E
do lado da Bovespa os números não mais surpreendentes: ordinárias menos 8,95,
preferenciais 8,13. E o teto de 10 reais, abandonado, já estava em 9 reais e um
pouquinho. Não existiam nem surgiram acusações de irregularidades de Bendine.
Concordância
geral, inclusive do repórter: o que causa decepção geral, é o perfil dos cargos
de Bendine, até ontem e a partir de agora: presidente do BB nada ver com presidente
da Petrobras. Principalmente neste momento em que a empresa é noticia negativa
no Brasil, e ainda mais estraçalhante no mundo inteiro.
Excluída
a comparação do cargo que ocupava até esta manhã, e o que passa a exercer a partir
da tarde, surgem as exigências pessoais e de personalidade para os obstáculos
que terá que enfrentar.
Quanto
ás qualificações para o novo cargo, Bendine não tem nenhuma. Para começo de conversa
o menor conhecimento a respeito da mercadoria que vai produzir, retirar do
fundo da terra, exportar. No Banco do Brasil era simples. Comprava e vendia
dinheiro, o que sobrava era lucro.
Na
Petrobras estará sujeito a regras que não conhece, controlando um produto que
acredita, basta retirar de profundidades alucinantes, mas que o Brasil tem em
quantidade, é que o mundo espera para comprara por qualquer preço.
Pessoalmente
vai desejar jamais ter saído do BB para se transferir para uma empresa, que por
mais rápida que seja a análise já começa num prejuízo, (ROUBO) de mais de 88
BILHÕES.
Foi por isso que Dona Graça saiu e ele
entrou. Tirando o fato dela ter trabalhado o tempo todo na Petros, os dois têm características
rigorosamente iguais. Não têm liderança, chefia, comando, autoridade,
personalidade para se impor. Por isso, de 10 votantes, Bendine teve três contra.
Inédito.
Por causa dessas deficiências, Dona
Graça está saindo. Com as mesmas deficiências. Bendine está entrando.
Inteiramente diferente. Foi escolhido por Dona Dilma pelo fato de chama-la de
presidentA, então é confiável, não há como duvidar. Se for para se omitir,
excelente. Para exagerar na punição que agrade e proteja a chefe, nenhum
Bendine igual a ele.
De qualquer maneira, Bendine pode não
será um presidente provisório, mas será na certa temporário.
PS- Na reunião da cúpula do PT pelos
35 anos de existência, o ambiente era de velório coletivo. Ninguém conversava,
nem diálogo nem discórdia evidente e declarada.
PS2 – Quebrando o silêncio, o
Tesoureiro nacional do PT, que acaba de sair de um interrogatório, acusado de
receber 200 milhões de dólares, (500 milhões) afirmou: “Temos muito o que
comemorar. Continuamos no poder e estamos todos em liberdade”. Impossível
reproduzir a reação geral.
PS3- As ordinárias da Petro caíram,
6,54 em 99 reais cravados. Preferenciais, queda de 6,94 também em 9 reais.
Sábado e domingo estudarão o que fazer. Na segunda e terça podem vender ou
comprar. Fim de semana “sujeito as chuvas e trovoadas”.
Resposta.
“Por que apelidaram as mulheres que
apoiavam Lacerda, de viúvas de Lacerda?”; Jose Nelio do Nascimento. Desculpe,
não eram viúvas e sim “mal amadas”. Quando resolveu fundar a Tribuna da
Imprensa em 1949, Lacerda não tinha recurso de espécie alguma, a não ser a sua
formidável capacidade de mobilização.
Como exercia fascínio sobre mulheres. Geralmente
de meia idade, inacreditavelmente aglutinou 800 delas, que fizeram tudo. Compraram
aqueles quatro prédios enormes do Lavradio, montaram as máquinas, colocaram o
jornal em condições de sair e ser entregue ás bancas.
Essa ligação das mulheres
empreendedoras com Lacerda se tornou pública. E o grande jornalista Antonio
Maria que eu levei para a Manchete em 1951 foi que batizou as seguidoras de “mal
amadas”. Até hoje lembro com satisfação da equipe que formei, pegando uma revista
que ia fechar, em uma que em menos de dois anos chegou á maior tiragem daquele
tempo: 200 mil exemplares semanais. Infelizmente Antonio Maria morreu muito
moço, mas o “achado” de linguagem dele, ficou para sempre. Eram mocissimos,
todos se realizaram, marcaram seus espaços. O único que já tinha “nome e
sobrenome” era Ruben Braga. Dei a ele duas páginas, com o titulo “duas páginas
de Ruben Braga”, escrevia o que queria. Meses depois completaria 40 anos,
fizemos grande festa.
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Nossos leitores podem
fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do
e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
As respostas serão publicadas aqui no rodapé das matérias. (NR).
Ao Helio Fernandes,
Se for possível, escreva mais sobre suas prisões, lugares e
detalhes que marcaram sua vida de jornalista durante o golpe. Se isso for
possível. Tenho um parente, era de Marinha e ficou confinado por meses. Ele
sofreu vários métodos de violência.
Genaro de Menezes - São Luiz - MA
Senhor
jornalista.
Bem
lembrado, porque não volta com o assunto Charlie, que já passa de 200 mil
assinaturas.
Marcia Eliana Sarmento – Curitiba-PR
Mr. Helio Fernandes
I'm reading you out in Massachusetts.
P Malcon Rudwik – Massachusetts - EUA
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