O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, DEVERIA
SE REUNIR 5 DIAS POR SEMANA
HELIO FERNANDES
No apogeu
da desmoralização do judiciário, fica assistindo tudo de
longe, omisso,
displicente, ausente. Não se trata de
automaticamente,
rever punições, e sim examinar inconstitucionalidades
gritantes.
O que o STF, (cujo presidente preside o CNJ) começou a fazer
no último
dia antes do recesso. que retomará, assim que voltarem em 1
de agosto.
Decisões
de Moro e do TRF-4, já deveriam ter sido examinadas. Moro
condenou Dirceu
a 20 anos de prisão, o TRF-4 aumentou para 30.
A segunda
Turma do STF quer saber quem está com a razão. Soltou o
ex-ministro,
provisoriamente, até que as contradições sejam
contraditadas.
O CNJ tem que pedir á presidente do STJ, Laurita Vaz,
que
explique a razão de ter chamado de TERATOLOGICA, a decisão de um
desembargador
federal. Ninguém entendeu. Um magistrado tem que ser
justo e
claro.
Mesmo
trabalhando 5 dias por semana, o CNJ não conseguiria rever
todas as
inconstitucionalidades, irregularidades, fazer com que
recuperem
a credibilidade. Na quinta feira, o sempre citado e intocável
TRF-4
ultrapassou os limites do compreensível e aceitável. Examinando
recurso
dos Procuradores de Curitiba, inconformados com o fato do
juiz Moro
ter absolvido a mulher de Eduardo Cunha, mergulharam na
escuridão
do abismo.
Base do
recurso: pediam a condenação de Claudia Cruz, por possuir no
exterior,
conta com saldo elevado, constituída com dinheiro não
declarado.
Provaram, que ela jamais trabalhou, e por tanto todo o
dinheiro
no exterior, é ilegal. Apresentaram documentos irrefutáveis de
que ela,
apenas numa viagem, gastou mais de 1 milhão de dólares.
Os estouvados
desembargadores do TRF-4 decidiram de forma
extravagante,
absurda, incompreensível. Acintosamente, DESBLOQUEARAM
os bens
ilegais, AUTORIZARAM que repatriasse todos esses bens, sem
sequer
saber o montante.
PS- Alguém
duvida que o CNJ deva examinar esse caso, com urgência?
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA
Depois de tantos escândalos e roubalheiras, com dinheiro "por fora" e
"caixa 2", intimidados com possíveis punições, mudaram o sistema.
Criaram o fundo partidário e o fundo eleitoral. 2 bilhões e 600
milhões, excluída a disputa presidencial. Naturalmente dinheiro do
cidadão contribuinte eleitor. E ninguém fala quanto custa esse horário
eleitoral no radio e televisão.
Chamado de "gratuito", mais outra mistificação. Rádios e
Televisões (geralmente do mesmo dono) cobram caríssimo, acima do preço
da tabela. E não correm o risco de não receberem, estão autorizados a
compensarem no pagamento de possíveis impostos. Em suma: vendem o tempo
ao governo, faturam, cobram direta e antecipadamente.
PS- Uma novidade esdrúxula, estapafúrdia, supérflua e privilegiada. A
doação pessoal e indiscriminada.
PS2- Funciona assim. O cidadão tem dinheiro declarado no imposto de
renda, pode fazer doação a um candidato, mas não a um partido.
PS3- E para finalizar por hoje, "o financiamento a si mesmo". O
cidadão pode ser candidato a presidente, gastando até 70 milhões do seu
próprio dinheiro.
PS4- A mesma prodigalidade ou generosidade para comprar cargos de
governador ou parlamentar. Gastando valores menores.
FALTAM 77 DIAS PARA A ELEIÇÃO, 98 PARA A ESCOLHA DEFINITIVA
Entramos desabaladamente na fase do lançamento dos
presidenciáveis, mesmo os que não têm a menor chance. Vão aparecendo de
qualquer maneira, sem vice, quase todos convidados ou conversados,
receberam um veto definitivo. Dos 3 que confirmaram e dominaram o
noticiário, 1 deles tem condições de passar ao segundo turno.
E como curiosidade, os 3 (Ciro, Alckmin e Dona Marina) são repetentes.
Ciro, o que faz mais estardalhaço, concorre pela terceira vez. Depois
de Prefeito, governador, deputado, em 1998 tentou o
Planalto, derrotado, insistiu em 2002. Perdeu fácil, deu a impressão de
desistência. Mas agora, 16 anos depois, surge novamente. O mesmo
controverso de antes ou de sempre.
Só que a controvérsia, praticamente contradição, se modificou. Era
combatido pelo seu estilo belicoso, que fazia questão de exibir e
exaltar. Agora diverge consigo mesmo, em termos ideológicos. Ora está
na direita, ora na esquerda, nunca no centro. Suas esperanças são vagas,
e permanece no noticiário pela mediocridade do conjunto, nenhum com
liderança verdadeira.
O ex-governador Alckmin, é candidato pela segunda vez. Desde 1994
mora no Palácio dos Bandeirantes. Era vice de Mario Covas, muito
doente, morreria em 2001, ele assumiria até 2002. Reeleito por mais 4
anos. Em 2006 foi presidenciável do PSDB, teve o mesmo insucesso de
Serra (duas vezes), e de Aécio. Agora com o partido desmoralizado,
Pensa (?) que é invencível, por causa da aliança com o PTB e o
apoio-contra do centrão.
Dona Marina tenta também a terceira vez, agora com chances positivas
de passar ao segundo turno, e ganhar de qualquer um. Tem eleitorado
firme e garantido, mesmo sem recursos. Em 2010 teve 20 milhões de
votos, 19 milhões em 2014. Tem uma longa carreira, e com ela, a
democracia não corre o menor perigo ou risco.
Dos outros, uma nota de pé de pagina para o ex-ministro Meirelles, por
causa da arrogância, e do desperdício de dinheiro, que é muito e não
faz falta. Aprovada a emenda dos 70 milhões, fez um movimento para
reduzir apenas a 35. Será que não declarou tudo ao imposto de renda?
Poderia terminar a analise, mas não posso esquecer do Rodrigo Maia.
Foi o primeiro a se lançar como presidenciável. Com muita
fragilidade desistiu (sigilosamente), ficou como coordenador e não
candidato.
PS- Revelei então seu novo projeto: reeleição, achando que poderia ser
o mais votado, e garantir mais 2 anos como presidente da Câmara.
PS2- E assim se lançar como presidenciável verdadeiro, em 2022. Leu mas
não desmentiu. Nem a mim, nem aos fatos.
LIBERDADE DE IMPRENSA EM DEBATE HOJE NA OAB DO RIO DE JANEIRO
PS - A Associação Nacional e Internacional de
Imprensa ANI e Comissão de Combate a Violação das Prerrogativas dos Repórteres
e Jornalistas – CVRJ-ANI realiza hoje às 18 horas o Debate sobre a censura a
jornalistas, que será realizado na sede da OAB do Rio de Janeiro.
PS2 - Na oportunidade os
participantes vão aprovar a Carta dos Jornalistas e Advogados, a primeira no gênero
no país.
PS3 - Conforme o press release do evento, o objetivo é
unir forças para combater a violência e criar no âmbito da ANI (nos moldes do
que acaba de implantar a Ordem dos Advogados do Brasil-OAB) um ranking com as
autoridades que mais violam as prerrogativas dos repórteres e jornalistas. A
proposta foi aprovada na reunião plenária da ANI no dia 4 de julho.
PS4 - De acordo com o documento,
estão sendo criadas Comissões em todo território nacional. “Advogados,
jornalistas, repórteres, titulares de mídia, e de redes sociais, integram a
Comissão de Enfrentamento da Violência contra Repórteres, Jornalistas e Afins –
CEVRJ, eles estão unidos para atuar nas vários frentes onde ocorrem às
violações de direitos desses profissionais”. Informações em: www.anibrpress.com.br
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