FINGINDO COMBATER O FAKE OCASIONAL,
ESTIMULAM O ENRIQUECIMENTO DO FAKE FABRICADO
HELIO FERNANDES
È o
assunto do momento no mundo inteiro, com eleição ou sem eleição.
Perderam
anos de omissão, enquanto o Fake se desenvolvia despudorada
e desenvoltamente.
O apogeu desse tipo de noticias ocorreu com a
intervenção
da Rússia na eleição dos EUA. Putin e Trump sabiam de
tudo,
tinham intermediários de confiança, e até parentes (Caso de
Trump).
Nenhum
país atingiu estagio mais avançado na Internet do que a Rússia.
Mas Putin
preferiu não utilizar suas próprias bases. Já sabia do
funcionamento
não destacado e consagrado da Macedônia. Que com a sua
introdução
como fantástico cliente, se consagrou como a capital
mundial
do Fake. Putin gastou fortunas(o mínimo para ele)mas derrotou
Hilary,
que era o objetivo natural. A conseqüência obvia, eleição de
Trump.
Durante a
campanha, surgiram rumores de ligação, fingiram que não era
com eles.
Mas agora, 1 ano e meio depois, precisaram se encontrar
oficialmente.
Trump elogiou irresponsavelmente Putin. De volta aos EUA
teve que
se desmentir sofregamente. Sua situação é insustentável.
Enquanto
isso, os habitantes da Macedônia enriquecem. Centenas de
clientes
chegam ao país, com muito dinheiro. E ávidos por notícias
envolvendo
personalidades, principalmente dos EUA. Onde estão também
os
compradores. De preferência por notícias falsas, mas que não posam
ser
desmentidas. Vou revelar duas negociações fechadas nos últimos 15
dias.
Compradas
pelo mesmo cliente, que pagou 80 mil euros. (Mais ou menos 300
mil
reais) Ambas sobre Obama, que leu e não quis desmentir, seria
obviamente
aumentar a repercussão.
1- "O
casal Obama está tomando providencias para a separação". Obama
não quis desmentir,
seria inócuo e até ridículo.
2- Obama
foi o único presidente, que deixando o cargo, ficou morando em
Washington.
Publicaram o seguinte Fake: "os moradores da rua onde ele
tem casa,
em Chicago, desaconselharam a sua volta". Novo silencio.
Quanto á
desinformação de jornalistas profissionais do mundo todo, não
existe
possibilidade de Fake deliberado ou ocasional. Eles têm
compromisso
com o "patrão", dono do órgão de comunicação, pode perder
o
emprego. E não é bom para a sua reputação, estar sendo desmentido.
PS- O
grande perigo para a Internet e as redes, é o
anonimato, o
pseudônimo,
o falso nome.
PS2- Por
dinheiro ou amizade, servem de capanga para políticos. Quando
muito hostis, estão "a serviço" de
alguém.
PS3- Enquanto
não inutilizarem a "fabrica” de Fakes, estarão perdendo tempo.
AS MAIORES TIRAGENS DE JORNAIS E REVISTAS NO BRASIL
O primeiro fenômeno jornalístico foi à revista ilustrada, "O
Cruzeiro". Atingiu 750 mil exemplares em 1944, com uma população de 40
milhões de habitantes, sem assinatura, só vendida em bancas. Eu era
Secretario Adjunto, mas o grande impulso foi dado quando 5 anos antes
o Millor lançou o "Pif-Paf", nas duas paginas central. Sensacional,
eu não quero dizer genial.
Como a população, hoje, já ultrapassou 200 milhões, uma tiragem
proporcional á população, deveria vender, 3 milhões, 750 mil
exemplares. Isso durou até 1958, eu já estava bem longe. Para quem
gosta de exaltar a Liberdade de Imprensa. O Millor estava viajando
para os EUA. (A convite de sua grande amiga Carmem Miranda). Publicou a
"verdadeira historia do Paraíso", o Cardeal pediu ao Chateaubriand,
para demitir o Millor. Foi logo atendido. O Millor ganhou uma bela
indenização na Justiça, mas a revista acabou 1 ano depois.
A maior tiragem de jornal é da "Tribuna da Imprensa", eu repórter,
diretor, colunista, articulista, proprietário de 1962 a 2008. Em
julho de 1967, ha 51 anos, o ditador Castelo Branco morreu num não
confirmado choque de avião. Mas confirmada a morte, sentei e escrevi o
artigo que devia e queria escrever. Repercussão tremenda, embora eu já
tivesse escrito mais duramente sobre ele, quando estava no poder
ditatorial.
Nossa tiragem habitual durante muito tempo, foi em volta de 50 mil
exemplares. Mas nesse episodio chegou a 1 milhão e 200 mil exemplares,
com jornaleiros dia e noite na porta do jornal, comprando centenas
de exemplares. Os generis começaram falando que iam me matar.Mudaram
para desterro em Fernando de Noronha, ideia do coronel Passarinho.
PS- Enquanto decidiam o que fazer comigo, eu estava no Maracanã, vendo
Botafogo-America, embora não torça por nenhum dos dois.
A DERROCADA DE AÉCIO NEVES
Quando o avô foi eleito presidente, em 1985, estava com 25 anos, já
considerado grande herdeiro. Com tudo o que aconteceu, em 2002 falou
que pretendia disputar a presidência. Serra gritou: "Estou com 60 anos,
a vez é minha". Aécio ficou com a presidência da Câmara.
2006, quis novamente, lançaram Alckmin que tentará pela segunda vez.
Aécio foi eleito governador, reeleito, senador. Sua hora só chegou em
2014. Foi para o segundo turno, recebeu um reforço de 150 milhões,
teve 53 milhões de votos, assustou Dona Dilma. Mas de contradição em
contradição, começou e se agravou sua derrocada. Desceu o mais baixo
possível. Foi preso, impedido de ir ao senado, está em liberdade por
causa da generosidade do ministro
Marco Aurélio, do STF.
Só que é repudiado por todos, dentro e fora do desmoralizado
PSDB. Alckmin já afirmou:"Não quero o Aécio perto do meu palanque". O
mandato de Aécio termina agora, o partido nega legenda para a
reeleição. E ele mesmo tem duvidas, acha que não se reelege. Quer
tentar uma vaga na Câmara Federal.
PS- Retrocesso completo, aos 58 anos, precisa de um mandato.
PS2- Mas será aceito pelo partido?
800 MILITARES NA ROCINHA PRA QUÊ?
Ficaram pouco mais de 24 horas, foram embora, não podem ficar para
sempre. Para sempre, tem que ser uma intervenção dura, repressiva,
construtiva. Não pode ser eleição, os milicianos e traficantes vão
ganhar, retumbarão: "Os moradores nos escolheram". A UPP foi uma boa
ideia, desperdiçada, por falta de visão, de orientação, convicção,
autoridade.
O interventor tem que ter autoridade total, levar arquitetos,
engenheiros, médicos, as exigências dos moradores o objetivo.
Saneamento básico, prioridade absoluta. Milicianos, traficantes,
Comando Vermelho, não tem que ser expulsos e sim presos e condenados.
Afinal, na Rocinha e em outras favelas, são moradores como os milhões
de outros.
Mas tem que ser urgente e permanente, não repita o fracasso da chamada
intervenção militar. O Exercito tem outra missão.
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