JUDICIÁRIO POLITIZADO, CORPORATIVO E NEFASTO. EM 64
O STF DEU SUSTENTABILIDADE AO GOLPE E O AI5. GILMAR MENDES NA PAUTA
DAS MÍDIAS SOCIAIS. JUÍZES TRAIDORES E COVARDES SÃO INIMIGOS DA
PÁTRIA. BRASIL DO VOTO OBRIGATÓRIO, COMPULSÓRIO E DANOSO AO SISTEMA ELEITORAL
ROBERTO MONTEIRO PINHO
A politização do judiciário é um
crime constitucional. E o STF está em sintonia a essa marginalidade
antinacionalista. O mesmo vale para o Ministério Público, cuja atuação deveria
se pautar pelo mais neutro e rigoroso republicanismo. A Procuradoria sinalizou
seu papel transverso quando se manifestou na Ação Penal 470, ambos em aliança
com a mídia dos barões.
Nos “Anos de Chumbo”, em seu
prenúncio o deputado Paschoal Ranieri Mazzilli ocupou interinamente a
Presidência da República em duas ocasiões fundamentais para os desdobramentos
da crise que culminou com o Golpe de 64.
A primeira em agosto de 1961,
quando Jânio Quadros renunciou e o vice João Goulart estava em viagem oficial à
China. A renúncia acirrou as desconfianças dos militares e da elite empresarial.
Sem condições políticas de assumir o governo, Jango teve que se submeter à
solução parlamentarista.
Em 2 de abril de 1964, Mazzilli
voltou à Presidência da República, logo em seguida ao golpe que derrubou Jango.
O breve mandato não passou de um arremedo institucional, já que o poder de fato
já era exercido pelo “Comando Supremo da Revolução”, formado pelos três
comandantes das Forças Armadas. Foi ai que o STF fez “vista grossa”, e
covardemente traiu seus compatriotas.
O que podemos esperar dessa Corte
cujo passado é machado pela discórdia e a covardia?
Veio o AI-5, que suspendeu a
validade de habeas corpus para crimes políticos. "Após o AI-5 as funções
do STF tornaram-se mais retóricas do que práticas. A existência de um Supremo
Tribunal Federal sem o poder para defender garantias e direitos fundamentais
fez daquele tribunal um enfeite institucional".
Na oportunidade três ministros do
Supremo foram cassados, por meio de aposentadoria compulsória, por discordarem
das medidas mais severas adotadas pelo governo militar com o AI-5.
"Hermes Lima, Victor Nunes
Leal e Evandro Lins e Silva eram considerados de esquerda pelos militares. Ao
ouvirem o ato que os cassou – pela "Voz do Brasil" – outros dois
ministros saíram por não concordarem com a aposentadoria compulsória.
Para aplacar o impacto que isso
causou um novo ato institucional, o AI-6, foi então publicado em fevereiro de
1969 para que a composição do tribunal voltasse a ser de 11 ministros.
Em um episódio registrado dois
anos depois, em 1971, um ministro do Supremo, Adauto Lúcio Cardoso, abandonou o
plenário ao ser o único contrário à lei da censura prévia, editada pelo governo
Médici. A regra permitia que censores ocupassem as redações dos jornais e
vetassem a publicação de textos. Cardoso renunciou ao cargo de ministro do tribunal
Agora ninguém renuncia. O tilintar do vil metal
parece não ensurdecer ministros. Pode-se avaliar pelas decisões, de que existe
uma enorme percepção de alguma coisa além dos lampejos jurídicos mal redigidos
e enfadonhos.
Tanto que
recente, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF),
proibiu o governo de privatizar empresas estatais sem prévia autorização do
Congresso.
Numa decisão
liminar (provisória), o ministro atendeu um pedido da Federação Nacional das
Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e da Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), esta última ligada à
Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A decisão do
ministro a favor de uma colméia de petistas estatais tem o perfume do embate
político quem trava o PT de Lula e os ministros que apóiam o governo federal.
O assunto está
conexo com os objetivos do governo, Michel Temer para o último semestre deste
mandato para aprovar no Congresso a privatização da Eletrobras e das subsidiárias
da empresa.
O Palácio do Planalto enviou dois projetos para a Câmara. Um com regras para a privatização da Eletrobras e outro para a privatização das subsidiárias.
O Palácio do Planalto enviou dois projetos para a Câmara. Um com regras para a privatização da Eletrobras e outro para a privatização das subsidiárias.
Sem adentrar no
mérito do verbo jurídico, até por que por mais que se interprete a lei (coisa
que o STF vem fazendo politicamente e não dentro do que espaça o texto), seu
resultado é encomendado pelo cliente do STF, no caso, geralmente relatores e os
que o acompanham nas votações.
Concluí-se que a
tramitação dos projetos do governo se estenda por meses, a liminar do ministro,
apenas bloqueia a possibilidade de Leilão da estatal.
Enquanto o
ministro Gilmar Medes, passeia trans louco com toga vetusta na mais alta Corte
do país, as mídias sociais detonam o titular do STF de todas as formas.
Mesmo assim,
persistem as decisões conflitantes e inimagináveis de um representante da Carta
Cidadã. Neste mesmo sentido o ex-advogado do PT e agora ministro
Dias Tofolli, um arremedo de julgador, banaliza ainda mais a casa da justiça.
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