ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Desembargador que mandou soltar Lula responderá a inquérito
A
procuradora-Geral da república, Raquel Dodge, enviou no dia 11, ao STJ pedido
de abertura de inquérito judicial contra o desembargador do TRF da 4ª região
Rogério Favreto, pelo crime de prevaricação. Também apresentou ao CNJ
reclamação disciplinar em que pede a condenação do magistrado pela prática das
infrações disciplinares.
Favor pessoal
Em ambos
os documentos, Dodge ressalta que Favreto não tinha competência e nem
autorização legal para deferir HC em favor de Lula. No
documento encaminhado ao STJ, a PGR destacou que o magistrado foi movido por
sentimentos pessoais de colocar a todo custo o paciente em liberdade, ao
destacar que Favreto foi filiado ao PT por quase vinte anos. Para ela, este
histórico "revela que a conduta do representado não favoreceu um
desconhecido, mas alguém com quem manteve longo histórico de serviço e de
confiança e que pretendeu favorecer".
Dodge ressaltou que Favreto agiu sem competência e sem autorização legal, além de quebrar o princípio constitucional da impessoalidade. Para ela, o desembargador quis impulsionar a candidatura de Lula à presidência; conduta que, segundo ela, parece se encaixar no crime de prevaricação, previsto no CP.
Dodge ressaltou que Favreto agiu sem competência e sem autorização legal, além de quebrar o princípio constitucional da impessoalidade. Para ela, o desembargador quis impulsionar a candidatura de Lula à presidência; conduta que, segundo ela, parece se encaixar no crime de prevaricação, previsto no CP.
STJ recusa 143 recursos dos advogados de Lula
A
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz,
rejeitou no dia 11 de julho mais 143 habeas corpus (pedidos de liberdade) para
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva impetrados por cidadãos. No dia
anterior, ela já havia rejeitado um dos pedidos desse tipo, em decisão na qual
fez críticas ao desembargador Rogério Favreto, que mandou soltar Lula no
domingo - a decisão de Favreto foi depois revertida pelo presidente do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
“Habeas corpus não é manifestação política”
Segundo Laurita Vaz, "o Poder Judiciário não pode ser utilizado como balcão de reivindicações ou manifestações de natureza política ou ideológico-partidárias". Ainda está nas mãos da ministra um pedido da Procuradoria Geral da República para que ela decida de quem é a competência para analisar pedidos de liberdade de Lula - o pleito foi feito após decisões divergentes de desembargadores do TRF-4, e a PGR quer que só o STJ possa analisar habeas corpus ao ex-presidente.
Segundo Laurita Vaz, "o Poder Judiciário não pode ser utilizado como balcão de reivindicações ou manifestações de natureza política ou ideológico-partidárias". Ainda está nas mãos da ministra um pedido da Procuradoria Geral da República para que ela decida de quem é a competência para analisar pedidos de liberdade de Lula - o pleito foi feito após decisões divergentes de desembargadores do TRF-4, e a PGR quer que só o STJ possa analisar habeas corpus ao ex-presidente.
Acesso a justiça
De acordo com Laurita Vaz, as petições eram padronizadas e tinham, inclusive, o mesmo título "Ato Popular 9 de julho de 2018 - Em defesa das garantias constitucionais". Foram apresentadas em papel e em curto espaço de tempo, ocupando o trabalho de vários servidores. A assessoria do STJ informou que trata-se de um tipo de formulário com espaço em branco para nome, RG e assinatura – os impetrantes completaram as lacunas e assinaram.
De acordo com Laurita Vaz, as petições eram padronizadas e tinham, inclusive, o mesmo título "Ato Popular 9 de julho de 2018 - Em defesa das garantias constitucionais". Foram apresentadas em papel e em curto espaço de tempo, ocupando o trabalho de vários servidores. A assessoria do STJ informou que trata-se de um tipo de formulário com espaço em branco para nome, RG e assinatura – os impetrantes completaram as lacunas e assinaram.
Intrusos nos autos
Segundo a presidente do STJ, os pedidos eram de pessoas que não integram a defesa técnica de Lula. Ela disse na decisão que Lula está assistido "por renomados advogados, que estão se valendo de todas as garantias e prerrogativas". Para a ministra, todo cidadão tem o direito de peticionar à Justiça, mas ressalvou que o habeas corpus não é o meio adequado para "atos populares".
Laurita Vaz também disse que o cumprimento da pena por parte do ex-presidente já foi determinado tanto pelo STJ quanto pelo Supremo Tribunal Federal. "Não merece seguimento o insubsistente pedido de habeas corpus, valendo mencionar que a questão envolvendo a determinação de cumprimento provisório da pena em tela já foi oportunamente decidida por este Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal", disse.
Segundo a presidente do STJ, os pedidos eram de pessoas que não integram a defesa técnica de Lula. Ela disse na decisão que Lula está assistido "por renomados advogados, que estão se valendo de todas as garantias e prerrogativas". Para a ministra, todo cidadão tem o direito de peticionar à Justiça, mas ressalvou que o habeas corpus não é o meio adequado para "atos populares".
Laurita Vaz também disse que o cumprimento da pena por parte do ex-presidente já foi determinado tanto pelo STJ quanto pelo Supremo Tribunal Federal. "Não merece seguimento o insubsistente pedido de habeas corpus, valendo mencionar que a questão envolvendo a determinação de cumprimento provisório da pena em tela já foi oportunamente decidida por este Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal", disse.
Internet: Uso de dados pessoais terá proteção
O
Senado aprovou no dia10 de julho o PL 53/2018 que cria a primeira lei geral de
proteção de dados pessoais no Brasil. Em maio deste ano a União Europeia (UE)
colocou em prática a General Protection Regulation (GDPR). Empresas com sede na
UE, mas com atuação fora do grupo, têm de fazer valer as novas regras para seus
clientes em todo mundo, o que também pressionou outros países a pensarem suas
próprias diretrizes.
A
lei responde a tensão provocada por um gigantesco sistema de armazenamento,
classificação, transmissão e mesmo comercialização de dados pessoais. Agora
aprovado pelo Congresso, o texto entra em vigor quando for sancionado pelo
presidente Michel Temer.
Os
dados são extensos e diversos
Hábitos, preferências de
consumo, características étnicas, posições políticas, condições de saúde,
orientação sexual, patrimônio, situação creditícia e muitos outros aspectos são
observados, coletados e tratados para diversos usos, como estratégias de venda
e de propaganda eleitoral.
Países latinos saíram na frente
Na América Latina, Chile,
Colômbia, Costa Rica, Peru, Uruguai, e Argentina destacam-se atualmente por ter
uma lei considerada de mesmo nível do Regulamento de Proteção de dados pessoais
(GDPR). Assim como na União Europeia, após a sanção presidencial abre-se o
prazo de 18 meses para que as empreses se adaptem ao novo regulamento.
Separamos
as questões principais para entender como a nova regulamentação atuará.
Qual
a punição para a empresa que desrespeitar a lei?
Dentre
as sanções por infrações à nova norma está a multa, simples ou diária, de até
2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado
no Brasil em seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a
50 milhões de reais.
Quem
fiscalizará as normas?
A
lei prevê a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, autarquia cuja
principal atribuição será fiscalizar o cumprimento da legislação e aplicar as
sanções, além do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
Privacidade, formado por 23 representantes titulares de diversos órgãos do
governo e da sociedade civil e que será responsável pela disseminação do
conhecimento sobre o tema, por meio de estudos, debates ou outras ações.
Essa
autoridade terá poder, por exemplo, para exigir relatórios de impacto à privacidade
de uma empresa, documento que deve identificar como o processamento é
realizado, as medidas de segurança e as ações para reduzir riscos.
Juizados
Especiais para os Crimes de Informática
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) aprovou
no dia, 10 de julho o PL 6.832/17 que prevê a criação dos Juizados Especiais
Criminais Digitais. Pela proposta, esses juizados serão responsáveis pela
conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial
ofensivo cometidas com o emprego da informática. O texto modifica a lei 9.099/95
– lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais – para criar juizados dedicados
ao processo e julgamento dos crimes de informática. O PL é de autoria da
deputada Laura Carneiro. O texto
deve seguir agora para análise do Senado, a não ser que haja recurso para
votação pelo plenário da Câmara.
Delinquência cibernética
Na justificativa do projeto, a autora ressaltou a necessidade de se combater a delinquência cibernética. A deputada enfatizou o crescimento da ocorrência de crimes cibernéticos, uma vez que computadores e outros meios tecnológicos têm se tornando ferramenta principal de operação dos diversos atores sociais.
Delinquência cibernética
Na justificativa do projeto, a autora ressaltou a necessidade de se combater a delinquência cibernética. A deputada enfatizou o crescimento da ocorrência de crimes cibernéticos, uma vez que computadores e outros meios tecnológicos têm se tornando ferramenta principal de operação dos diversos atores sociais.
O relator do PL na CCJ, o deputado Daniel
Vilela, apresentou parecer pela constitucionalidade do projeto e fez apenas
ajustes de redação. Para Vilela, "ao aumento da presença da informática em
nossa vida, deve corresponder uma maior regulação, pelo Estado, das atividades
nela implicadas, com o objetivo de proteger os interesses do cidadão contra
atividades nocivas".
A bela presidente croata...
Descrita
como populista conservadora, Kolinda Grabar-Kitarovic, do partido União
Democrática Croata (HDZ), foi eleita a primeira mandatária mulher do país em
2015. A presidente é casada e tem um casal de filhos adolescentes. Dois anos
antes, em 2013, a Croácia, país de 4,1 milhões de habitantes (segundo o Banco
Mundial) que declarou independência da antiga Iugoslávia em 1991, havia entrado
para a União Europeia.
Considerada
da ala moderada de seu partido, a política católica declarou durante sua
campanha, em 2014, que daria o seu apoio caso um dos filhos se assumisse como
homossexual. Ela também disse que autorizaria o uso medicinal da maconha e que
a decisão de fazer um aborto cabe à mulher.
Não era ela na praia...
Durante
sua viagem à Copa, Kolinda também foi alvo das temidas "fake news".
Usuários de redes sociais espalharam fotos de uma mulher parecida usando
biquíni na praia e fizeram piadas com as imagens. As fotos, na verdade, são da
modelo americana Coco Austin.
Na cabine de honra
Esteve
presente nas partidas e torceu fervorosamente. Para estar presente nos estádios,
pagou tudo do seu bolso, inclusive teve os dias que se ausentou do país,
descontados do seu salário.
Assistiu ao jogo ao lado do primeiro-ministro russo, Dmitry
Medvedev, e não deixou de comemorar quando a seleção croata passou à frente da
Rússia por alguns minutos no placar durante a prorrogação. O vídeo de sua celebração
viralizou. Ela também aparece comemorando um gol no estilo "toca
aqui", batendo mão com mão com o presidente da federação croata de
futebol, o ex-jogador e artilheiro da Copa de 98, Davor Suker.
Nenhum comentário:
Postar um comentário