CURITIBA, SUPREMO E TSE NO CAMINHO DE
LULA. FESTANÇA PAULISTA COM CANDIDATURAS NADA RECOMENDÁVEIS. CENTRÃO
PRATICAMENTE COLOCA ALCKMIN NO SEGUNDO TURNO. O PT PERDE QUANDO ATACA BOLSONARO.
SERIA COMPADRIO A FAVOR DE OUTRA CANDIDATURA? ELE CHEGARÁ EM TERCEIRO. MARINA EMBERNOU QUATRO ANOS.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
O
quadro pré-eleitoral já sinaliza a concentração de dois grupos antagônicos, que
possivelmente vão emplacar os seus candidatos a presidência, ambos com chances
de chegar num provável segundo turno.
Outra
questão no tabuleiro da prisão em Curitiba se prende a análise dos marqueteiros
que utilizam como ferramenta a visibilidade do PT com os constantes incidentes
envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do outro lado, após
alguns ensaios que chegaram envolver o global Luciano Hulk e o prefeito de São
Paulo João Dória, até desaguar no ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e
por fim a vitoriosa articulação com o Centrão.
Sem
dúvida o pré-candidato Geraldo Alckmin deu um passo gigante para concretizar o
apoio dos partidos do Centrão, inicialmente com cindo agremiações, e neste
momento que escrevo, atingindo um total de 13 partidos, o que significa um
número de 4,6 mil prefeituras, do total de 5.570 prefeituras e o Distrito
Federal.
O fato
é que embora sejam a maioria pequenas legendas, elas reúnem algumas figuras
regionais d e expressão e com isso, superada Ficha Limpa, evidente, esses serão
os vetores da candidatura em suas regiões. Mas o mais importante é a televisão.
O problema e saber usar esse tempo com competência.
A
ampla aliança garante ao tucano o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio
e na TV. O grupo aposta que ante mesmo vai elevar seu desempenho nas pesquisas
de intenção de voto. Nesse ponto o candidato já entrou no foco da mídia.
Começará ganhar importante percentual nas pesquisas, desde que nos debates que
serão realizados nas redes de televisão, nada ocorra que possa desmanchar o
espaço já alcançado.
Agira,
neste momento ninguém ganhou nada. Existe uma maioria silenciosa, e nesta
multidão, estão 80 milhões de eleitores, ou seja: 40% do eleitorado. Seriam
eles motivados a votar? Em que momento isso poderá sinalizar no curso da
campanha?
Já
vi eleições serem decididas em cima da hora, com o segundo colocado com diferença
de mais de 10% para o primeiro. E fechar o pleito com percentual mínimo de
votos, na frente e assim vencer o pleito. Seria essa a eleição que se avizinha?
Mas
Alckmin festeja 10 minutos de propaganda política. Um discurso enxuto, focado
nos pontos principais que interessa a comunidade, faria ele vencedor? Ou mesmo
assim, teríamos uma eleição de grupos, de um Brasil dividido entre oposição e
situação. Mesmo que para isso o eleitor desconsidere os que roubaram
escandalosamente o seu bolso.
O
tempo da TV é o nicho dos presidenciais e dos demais concorrentes. Não é à toa,
que esses partidos, ou parte deles, foram disputados também por outros
pré-candidatos, como Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Luiz Inácio Lula
da Silva (PT).
Do
lado de fora desse formato pré-eleitoral, mas no tabuleiro de xadrez, está à
candidata Maria Silva da Rede sentada em 22 milhões de votos para presidente
conquistados em 2016. Ela navega com o discurso de combate a corrupção, mas não
fala em punir os personagens. Em Porto Alegre, há pouco, disfarçou “criticou o
Centrão”, porém terá que ser agressiva, contundente e menos teórica, e isso é
um problema para a candidata.
No
meio do caminho, em meio às convenções partidárias. Ainda assim existe uma
expectativa quanto à edição deste ano, a 11ª edição do Prêmio Congresso em
Foco. O que parece querem os organizadores esperar dos votantes nomes que
estaria dentro de um contexto de “honestidade”. Mas que absurdo, se a cada
momento um “santinho” do parlamento e do executivo é preso por envolvimento em
falcatruas?
A
esquerda ruidosa do PT e os da linha oposição vai investir com tudo nas redes
sociais. A CUT financia, o PT tem dinheiro e os que roubaram vão ter que
investir, é o dízimo pro terem carta branca nos governo de Lula e Dilma, para
roubar. Servidores públicos, vão fazer “gazeta” e se dedicar ao teclado dos
smartfones.
À
direita já conhecemos bem, não posa de “boazinha”. A esquerda tupiniquim e dos
boquinhas mais ainda. De um lado Bolsonaro ataca o PT e o PT ataca Bolsonaro, e
o candidato do Centrão agradece.
Enquanto
o PT agoniza sem ter certeza da candidatura de Lula, Paulo Paim é o nome para
substituí-lo. Isso se a lei permitir. Até lá muita poeira, lama e o clima
indigesto da política suja, é o cardápio na mesa do eleitor.
Nesta
eleição uma coisa é certa, por sua rejeição, candidatos não querem o presidente
Michel Temer no palanque.
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