ANÁLISE & POLÍTICA
“Informação com Liberdade de
Expressão”
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Lula
teria montado os recibos de pagamento de aluguel?
O juiz federal Sérgio Moro
determinou um prazo de 48 horas para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva apresentar os originais dos recibos de pagamento de aluguel do
apartamento locado pela ex-primeira-dama Marisa Letícia em São Bernardo do
Campo.
Isso foi provocado pelo MP que
questiona a autenticidade dos documentos entregues pelos advogados de Lula no
âmbito de ação penal da Lava Jato. O incidente de falsidade foi apresentado no
dia 6 de outubro pelo Ministério Público Federal, que cobrou a
realização de perícia para "verificar se houve adulterações e/ou
montagens" nos recibos.
Impeachment de Dilma foi comprado?
O lobista Lúcio Funaro relatou
aos procuradores que foi acionado por Eduardo Cunha para
disponibilizar R$ 1 milhão para "comprar votos", segundo suas
próprias palavras, a favor do impeachment da hoje ex-presidente Dilma Rousseff
(PT) na votação no plenário da Câmara. "Ele (Cunha) queria garantir de
qualquer jeito que ela [Dilma] seria afastada por esses 180 dias", relatou
o lobista.
O delator conta que, às vésperas
da votação do pedido de afastamento, ele recebeu uma ligação do então presidente
da Câmara. "Ele (Cunha) pergunta (sic) se eu tinha disponibilidade
de dinheiro para comprar algum voto favorável ao impeachment da Dilma e eu
falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para
ele em até duas semanas, no máximo." Nesse momento do depoimento, uma
procuradora pergunta se Cunha "falou expressamente 'comprar
votos'", no que Funaro responde: "Exatamente".
Funaro não revela quantos
deputados teriam sido "comprados" por Cunha para apoiar o
afastamento de Dilma, mas menciona que houve "pagamento antecipado"
de R$ 200 mil ao deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). "Mas o Aníbal não
veio no dia da votação e isso era a mesma coisa que votar a favor da Dilma.
Votação sigilosa
no Senado...
Em liminar concedida
pela Justiça Federal em Brasília no dia 13 de outubro (sexta-feira), o Senado Federal
foi proibido de fazer votação sigilosa sobre o afastamento do senador Aécio
Neves (PSDB-MG). A medida atende a uma ação popular movida por
Eduardo Cubas, presidente da União Nacional dos Juízes Federais
(Unajuf).
No despacho liminar,
o juiz Márcio Luiz Coelho de Freitas argumentou: “Tenho que efetivamente a
adoção de votação sigilosa configuraria ato lesivo à moralidade administrativa,
razão pela qual defiro a liminar para determinar que o Senado Federal se
abstenha de adotar sigilo nas votações referentes à apreciação das medidas
cautelares aplicadas ao Senador Aécio Neves”. Para conceder a liminar, o juiz
tomou como base a emenda 35/100, responsável por uma alteração do artigo 53 da
Constituição.
Aécio vai
precisar e 41 votos
Aécio teve o afastamento
determinado pela Primeira Turma do Supremo, que se baseou nas delações de
executivos da companhia J&F. Por definição emitida pelo STF, medidas
cautelares que causem efeito no mandato de um parlamentar devem ser analisas
pela Câmara e pelo Senado. O caso de Aécio Neves tem votação marcada para a
próxima terça-feira (17).
OAB também
é contra o voto secreto
Em nota oficial divulgada no dia
13 de outubro (sexta-feira), a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) declarou como “inadmissível” a hipótese de o Senado
usar o voto secreto para decidir sobre o afastamento do senador Aécio Neves
(PSDB-MG). De acordo com o presidente do Conselho Federal da OAB, Cláudio
Lamachia, “mais que nunca, a sociedade brasileira exige transparência e
honestidade na aplicação da Justiça”. “Voto aberto, portanto” defendeu ele em
relação ao caso do senador Aécio Neves.
Lembrando decisão de Fachin
Em 2015, a possibilidade de uma
votação sigilosa no Congresso a respeito de medidas aplicadas pelo STF contra
parlamentares já foi descartada pelo ministro Edson Fachin, quando, em uma
liminar no caso da prisão do senador Delcídio Amaral.
O Turista Dias Tóffoli...
O ministro do TSF, Dias Tóffoli participa essa semana de um seminário da
ONU, em Genebra. Ali se discute “a
implantação de salvaguardas efetivas na prevenção da tortura e de outros meios
cruéis, desumanos ou degradantes de tratamento ou punição durante a custódia
policial e a prisão cautelar”. Tudo que ele já sabe, sem com tudo
ser efetivo em suas decisões nos colegiados da mais alta Corte do país.
Enunciados genéricos na justiça do
trabalho
Para
os ministros e representantes de associações de profissionais da área apontam
que vários pontos da reforma não se tornarão realidade, pois desrespeitam a
Constituição Federal e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Nesse entendimento vários enunciados genéricos, foram aprovados para que sirvam
de parâmetro hermenêutico para a aplicação da nova legislação aprovada pelo
Congresso Nacional
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho reuniu, no dia 9 de outubro, dez ministros do Tribunal Superior
do Trabalho, (o TST possui 36) 344 juízes trabalhistas (a JT possui 1.640), 70
auditores fiscais do trabalho (são 2,1 mil), 30 procuradores ( são 1,4 mil) e
120 advogados (são 1,2 milhões no país).
Discurso
de palanque
Um dos enunciados desautoriza o formato autoritário
e anti-republicano qualquer tipo de pressão para que os magistrados interpretem
de maneira literal a nova legislação, pois é competência do Judiciário analisar
os direitos do trabalhador caso a caso.
O paradigma para as contestações e prolação de enunciados genéricos se
baseia no relatório da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos
Deputados nas questões de inconstitucionalidade com recomendação de vetos, que
não foram acolhidas.
A permissão para instituir jornada de trabalho de
12 por 36 horas mediante acordo individual foi repudiada porque segundo os
presentes, viola a Constituição Federal e também deveria ser proibida, assim
como a aplicação do regime compressivo para o pagamento de feriados e
prorrogação de jornada noturna.
PT
incerto na votação
A bancada do PT como já é esperado,
deve votar unida para manter o senador Aécio neves afastado do cargo. "O
Senado vai ter de entrar no mérito da discussão. Agora nós vamos discutir se as
coisas que têm contra o Aécio justificam ou não essa recomendação do Supremo.
Eu vou defender que nós votemos para seguir a recomendação", disse o
senador Humberto Costa.
Mas essa proposta ainda não
é certa. Existem senadores que ainda não declinaram a sua posição. Para quem não sabe, Aécio foi afastado do
mandato e submetido ao recolhimento domiciliar noturno por decisão da Primeira
Turma do Supremo no dia 26 de setembro com base no relato dos delatores do
Grupo J&F.
Funaro detona Temer
O depoimento gravado
em vídeo do lobista Lúcio Funaro à Procuradoria-Geral da República (PGR) e
revelados pelo jornal Folha de São Paulo já estão disponíveis no site oficial
da Câmara dos Deputados.
Nas gravações, o ex-corretor de valores Lúcio Funaro detalha uma série
de atividades criminosas envolvendo o presidente Michel Temer e outros nomes de
peso do PMDB, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ministro Eliseu
Padilha (Casa Civil) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Eduardo Cunha
Ainda
sobre a atuação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, o lobista
afirmou que Cunha "funcionava como se fosse um banco de corrupção de
políticos". De acordo com o delator, Eduardo Cunha buscou
doações via caixa dois para favorecer candidatos de seu interesse que
disputavam o cargo de deputado federal na eleição de 2014. Em troca, Cunha cobraria
no início de 2015 o apoio desses parlamentares para ser eleito presidente da
Câmara naquele ano – o que veio, de fato, a ocorrer.
"Todo
mundo que precisava de recursos pedia para ele, e ele cedia. Em troca mandava
no mandato do cara", disse.
Joesley
Batista e a compra de seu silêncio
Funaro relata que, no fim de
2015, quando as investigações da Operação Lava Jato se aproximavam dele, ele
assinou um contrato fictício de R$ 100 milhões com o empresário Joesley
Batista, um dos donos do grupo JBS-Friboi.
O lobista explicou que esse
contrato visava 'esquentar' notas frias que ele havia emitido para a JBS no
passado e forjar sua prestação de serviços à empresa dos irmãos Batista –
justificando, dessa maneira, os pagamentos mensais que ele viria a receber para
ficar em silêncio caso ele fosse preso. "A função do contrato o que que
era? Dar origem ao que já tinha sido emitido de notas do passado e me dar o
direito de ter um documento, um título executivo do valor que ele (Joesley) me
devia por serviços prestados", disse Funaro.
José Yunes e a entrega de R$ 1
milhão
Funaro também garante em
seus depoimentos que o ex-assessor da Presidência José Yunes "tinha
certeza" que havia dinheiro em pacote recebido em seu escritório em
2014 . A entrega desse pacote já havia sido confirmada anteriormente
por um executivo da Odebrecht e pelo próprio Yunes – que, no entanto, sempre
negou saber que a caixa continha dinheiro e se referia à remessa apenas como um
"pacote".
O lobista explicou que, na
ocasião, ele próprio retirou o pacote contendo R$ 1 milhão em espécie pagos
pela Odebrecht em 2014 como parte de doação ilegal ao PMDB. A retirada do
valor teria sido solicitada por Geddel Vieira Lima e enviada para a sede
do partido em Salvador, na Bahia. A distribuição da quantia, segundo
Funaro, estaria a cargo do ministro Eliseu Padilha.
Justiça
católica. Tardia, porém não falha
No domingo (15), o papa Francisco declarou santos os
beatos Ambrósio Francisco Ferro, André de Soveral, Mateus Moreira e seus 27
companheiros mortos em dois ataques, em julho e em outubro em 1645, que
aconteceram nas atuais cidades de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante, na
região metropolitana de Natal (RN).
Naquela época, os holandeses
invadiram o Nordeste do Brasil pois tinham interesse nos engenhos de
cana-de-açúcar da região. Além do objetivo econômico, entretanto, os invasores
tentavam impor a religião calvinista por onde passavam e não toleravam a fé
católica.
A tropa, liderada pelo alemão
Jacob Rabbi e formada por soldados e índios, atacou o engenho de Cunhaú, em
Canguaretama, na manhã de um domingo, quando a maioria dos fiéis estava dentro
da Capela de Nossa Senhora das Candeias.
Três meses depois, ocorreu outro
ataque, em Uruaçú, São Gonçalo do Amarante, também na zona que viria a ser
chamada de Grande Natal. Ao todo, 80 pessoas foram mortas. As vítimas tiveram
as línguas arrancadas para jamais fazer suas orações católicas. Além disso,
tiveram braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas.
Sobe para 108 o número de policiais assassinados no Rio
No sábado (15), os corpos do sargento Jorge da Silva Brandão e do
empresário Manoel Alves Gomes foram enterrados no fim desta manhã no cemitério
Jardim da Saudade, na Sulacap, zona norte do Rio. Os dois foram mortos na noite
de quinta-feira (12) em uma tentativa de assalto, próximo ao Shopping Grande
Rio, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde funciona o parque de
diversões de propriedade do empresário.
Durante o assalto, o carro do empresário estava sendo dirigido pelo
sargento da PM, que trabalha na UPP da Mangueira. O policial fazia segurança
para o dono do parque de diversões. O empresário morreu no local e o sargento
chegou a ser levado a atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. O
sargento é o 108º policial morto este ano no estado do Rio de Janeiro.
Segundo a investigação, dois homens abordaram o veículo em que estavam
as vítimas já pedindo dinheiro e em seguida atiraram. O carro dos assaltantes
foi localizado na região com R$ 2,9 mil, mas, segundo a polícia do Rio de
Janeiro, não é possível confirmar se esse era o total que estava sendo levado
pelo empresário.
Mais violência no Rio
Moradores de diferentes partes do Rio de Janeiro passaram por momentos
de tensão no dia 14 de outubro (sábado). No Grajaú, na zona norte da
cidade, criminosos tentaram roubar um carro na Rua Barão do Bom Retiro, próximo
ao antigo Zoológico e, durante a fuga, atiraram e atingiram uma mulher que
estava saindo do trabalho. A vítima foi levada para o Hospital Federal do
Andaraí. A ação foi registrada pelas câmeras de trânsito do local e policiais
tentaram fazer um cerco, mas os criminosos fugiram.
Zona sul...
Na zona sul do Rio, na comunidade Pavão-Pavãozinho houve confronto, por
volta das 7h, entre policiais e criminosos armados durante patrulhamento Rua
Saint Roman, segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O
policiamento foi intensificado na região e, de acordo com a Polícia
Militar, não há registro
de presos ou feridos na operação. Na Rocinha, também na zona sul, por volta das
9h, traficantes atiraram em policiais que estavam na entrada do Beco 199, mas
não há relato de feridos.
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