MINISTROS, DEPUTADOS, SENADORES E
O PRÓPRIO
PRESIDENTE
CORRUPTO, TENTAM ESCAPAR DA FORCA. AGORA AJUDADOS PELO SUPREMO, QUE
IMOLOU AÉCIO
HELIO FERNANDES
Nunca,
jamais em tempo algum, os Três Poderes estiveram tão desvinculados, separados e
hostis entre si, como agora. E até com certa surpresa, o Supremo é o mais
hostil no plano interno, encaminhando essa hostilidade para o plano
externo, como está acontecendo, em varias questões. Antigamente, até mesmo
membros do Supremo, propalavam: "Erramos por ultimo e não podemos ser
corrigidos".
Agora
erram logo no começo, estão de tal maneira divididos, que numa questão que nem
devia ser votada, (a decisão do ensino religioso nas escolas publicas, num pais
de religião laica) o resultado foi 6 a 5, com uma recomendação ridícula e
deprimente: os alunos que não quiserem não precisarão assistir ás aulas.
Num
assunto ainda mais grave, o Supremo ERROU deliberadamente, e reincidiu no ERRO,
tumultuando o ambiente e o relacionamento. Trata-se da questão do pedido
de investigação do presidente da Republica, por crimes os mais variados,
cometidos no exercício de um mandato usurpado e não conquistado pelo SUFRAGIO
POPLAR como determina a Constituição.
Como
todos sabiam que o pedido do Supremo seria derrotado, a PGR enviou o segundo,
mais gravemente ratificado pelo Supremo, que não percebeu ou não quis perceber
o espantoso absurdo: juntou o presidente da Republica, e Moreira Franco e
Eliseu Padilha, Ministros mas responsabilizados por crimes de corrupção,
pessoais e individuais.
Está
em tramitação, mas por interesses familiares, o espertíssimo Presidente da Câmara
determinou :"Não haverá FATIAMENTO", invenção do também maleável
Joaquim Barbosa,indevidamente glorificado no processo do mensalão.
(Até
então era um mero engavetador de processos, como denunciei num artigo preenchendo
toda a primeira página da Tribuna da Imprensa, com duas fotos dele).
Rodrigo
Maia viu logo: FATIADO, Moreira Franco e Eliseu perderiam. Juntos, os três
impedirão facilmente que a oposição obtenha os indispensáveis 942 votos. Tudo
jogatina, que o Supremo tumultuou mais uma vez, com uma decisão esquizofrênica,
esdrúxula, e extravagante sobre Aécio Neves. Não que o senador não mereça
punição. Mas foi do próprio Supremo, que surgiram vozes alertando: "O
Senado pode anular a decisão do Supremo".
Esse
alerta feito á noite da quarta feira, (ante ontem)começou a ser discutido em
alta velocidade, ontem(quinta ) ás 9 da manhã, senadores REVOLTADOS com a
injustiça que atingiu um "colega tão querido".
AMIGOS "INSEPARÁVEIS" DO NOTAVEL AÉCIO NEVES CONSEGUIRAM SALVÁ - LO, MAS TIVERAM QUE OBTER PRORROGAÇÃO
Exatamente
ás 9 da manhã, senadores de vários partidos ocupavam o microfone, exibindo
revolta. Precisavam de URGENCIA para o que pretendiam decidir, foi logo
providenciada e garantida em votação unânime.
Levada a
questão para a Comissão, a urgência foi fundamental mas o tempo se esgotou.
Senadores dos mais diversos partidos, queriam marcar sua posição contra a
decisão do Supremo. Não se incomodavam que isso pudesse parecer solidariedade
ao Senador afastado do mandato, e condenado a uma estranha prisão dita
domiciliar, mas que só valia para a noite. Na verdade quase todos que tratavam
da questão, tentavam escapar do mesmo destino de Aécio Neves.
Garantida
a ida para o Plenário, e o tempo sendo escasso para a votação, encerraram os
trabalhos marcando a votação para a próxima terça feira dia 2. Já com numero acima
do necessário, para anular a decisão do Supremo.
O Senador
afastado queria ir ontem mesmo ao Senado, mas foi totalmente desaconselhado
dizendo a ele: "Na terça feira assim que nós tivermos anulado a decisão do
Supremo, iremos te buscar em casa e você ocupará a tribuna com um discurso
livre e dizendo o que você quiser dizer."
PS:
Surpreendentemente, ainda ontem o Ministro Marco Aurélio Melo (que acaba de
completar 25 anos como ministro), fez uma declaração com enorme repercussão.
Textual: "O Brasil vive uma grave crise institucional".
PS 2: O
Ministro de alta competência e visão dos fatos, sabia que não estava inventando
a pólvora. Mas tinha certeza rigorosa e absoluta, que só o Supremo, que
instigou e incentivou essa crise, pode contribuir, digamos que com 100% de
possibilidade, de encerrá-la. Voltando à determinação da Constituição, "os
Três Poderes são harmônicos e independentes entre si".
PS3- Depois de encerrada a sessão,
muitos senadores ficaram conversando. E surgiram restrições ao resultado já
dado como vitorioso. E protestos contra a "solidariedade exagerada"
dada ao senador.
PS4- Renan
Calheiros queria que a votação fosse ontem mesmo.
PS5-
Cristovão Buarque, Randolfe Rodrigues, Jorge Viana, Humberto Costa e muitos
outros acham que Aécio deveria se julgado pelo Conselho de Ética.
PS6- Em
suma, não ha suma.Tudo que parecia acertado e garantido na votação de 43 a 8 de
ontem, pode ser revisto no sábado, domingo, seguida, e na sessão de terça.
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