A POLITICALHA ESTRAÇALHA A
REPRESENTATIVIDADE
HELIO FERNANDES
Precisamos
de uma reforma em todos os setores, ou melhor, em todos os Poderes. Não existe
prioridade, a comunidade aplaudiria que Legislativo e Judiciário fossem
totalmente reestruturados, reformulados, reescalonados. Mas não para beneficio
pessoal de juízes e parlamentares, e sim para que um país de 207 milhões de
habitantes se liberte dessa minoria escandalosa de aventureiros, de toga ou sem
ela.
Judiciário
e Legislativo querem que tudo continue com está. E se forem pressionados a
fazer modificação, preservarão os favores dos quais gozam ilimitadamente. E
manterão todos os privilégios indecentes e cumulativos, quando chegarem á
aposentadoria miraculosa, suntuosa e luxuosa. Afronta á desigualdade de um povo
pobre, explorado miseravelmente, que paga essa farra eterna e rigorosamente
duradoura.
O exemplo
degradante e inaceitável vem do Legislativo. Começou a fazer a reforma da política,
a arte de governar os povos (Aristóteles). Anunciou medidas renovadoras e
saneadoras,junto com outras, verdadeiras excrescências, como o voto de lista, e
o vandálico, terrorista e imoral "distritão".Como na verdade o
objetivo era garantir e facilitar a permanência dos que têm mandato, até as excrescências
foram eliminadas.
513
deputados e 54 senadores têm o mesmo objetivo: a reeleição. Assim é indispensável
conseguir o impossível consenso, basta citar o entusiasmante "distritão".
Serve aos poucos da cúpula, desagrada os muitos da base. Foi retirado. Outros itens,
o mesmo destino. Decidiram então pelo que serve ocasionalmente a todos.
Começaram
em alta velocidade, exclamavam e proclamavam estrepitosamente: "Queremos
que essa reforma política passe a vigorar já em 2018". Diante da
impossibilidade de acordo entre 567 parlamentares, desvendaram e desnudaram a
politicalha. E sob aplausos gerais, desmentiram o anunciado, comunicaram: "Todas
as reformas aprovadas só entrarão em vigor em 2020".
Qual a
vantagem de trocar 2018 por 2020? Em 2020, a eleição é municipal, não afeta nem
atinge os 567, que em 2018 disputarão mandatos federais: governador, senador,
deputado federal. Continuarão a farsa da mais importante reforma que o país
espera, devia exigir.
PS- Tudo
isso tramado e premeditado, diante do omisso e corrupto presidente. Que tem a
certeza do apoio geral para recusar a segunda denuncia que vem do Supremo.
PS2- Já
disse e não canso de repetir: ninguém obterá os 342 votos necessários para que
o Supremo investigue (apenas investigue) as mais variadas acusações contra
Michel Temer
PS3-Temer
terá que gastar mais uma parte enorme do dinheiro do contribuinte, continuar
assinando nomeações de corruptos e desmoralizados. Mas se mantendo no poder.
PS4- O
Supremo já devia estar investigando Temer, sem autorização da Câmara. A
Constituição é clara: Presidentes eleitos pelo SUFRAGIO POPULAR precisam de AUTORIZAÇÂO
(textual) da Câmara.
PS5-
Quando e contra quem, Temer disputou eleição pelo SUFRAGIO POPULAR?
MORO, BRETAS, SERGINHO CABRALZINHO, ADRIANA ANCELMO, DOIS MAGISTRADOS,DOIS CRIMINOSOS, DUAS SENTENÇAS
Nesse
furacão de corrupção que assolou ou assaltou o Brasil, o caso do casal que
governou o Estado do Rio, não saiu das manchetes. Pela importância do cargo
dele, do escritório dela, o vulto da corrupção, a ambição dele por dinheiro
vivo, a paixão dela por jóias raras e caras, tudo ajudou a repercussão.
A prisão
de cabralzinho, sem incidentes ou contradições. A da advogada exatamente o
contrario. Entrava e saía da prisão, parecia protegida por um ente superior,
mais poderoso do que os magistrados. Surpreendentemente, os 2 enquadrados na
Lava-Jato, só que os dois respondendo ao juiz de Curitiba e
simultaneamente no Rio.
A advogada, em Curitiba, foi ABSOLVIDA por Moro.O MP recorre para Porto Alegre, instancia superior aos processos de Curitiba, quer a condenação. Enquanto espera, no Rio foi condenada a 18 anos por Bretas. E ainda aguarda a decisão de Porto Alegre.
A advogada, em Curitiba, foi ABSOLVIDA por Moro.O MP recorre para Porto Alegre, instancia superior aos processos de Curitiba, quer a condenação. Enquanto espera, no Rio foi condenada a 18 anos por Bretas. E ainda aguarda a decisão de Porto Alegre.
Serginho
cabralzinho filhinho enfrentou outra realidade. Em Curitiba foi condenado por
Moro, a 14 anos. Não gostou, pediu transferência para o Rio, é réu em 12
processos. Agora, Bretas assinou a primeira condenação, 45 anos de uma vez.
Somando, 59 anos. Especialistas dizem que pode chegar a 150 anos.
O
ex-medico Abdelmassih, está condenado a 181 anos, incluídos os 5 que esteve
fugido depois de libertado por Gilmar Mendes.(A propósito: ontem, num
julgamento no Supremo,Gilmar foi derrotado e ridicularizado, por 10 a 1).
PS- As
sentenças, muito comentadas. Mas o que chamou a atenção geral: a imponência, a
importância, a clareza, a relevância do texto das duas sentenças do juiz
Marcelo Bretas.
PS2- Li
as sentenças, só preciso de uma palavra, para identificá-las: MAGISTRAIS. Pena
que tenha que ser no plural. Na língua portuguesa, o singular é mais bonito,
mais lúcido, mais elucidativo.
PS3- Moradores ilustres estão articulando a união de todos os
segmentos da Barra da Tijuca, para uma segunda tentativa de emancipação. O advogado
civilista Agostinho Teixeira, morador e com escritório na Barra há 30 anos, é
um dos entusiastas da ideia. O grupo que aposta na sua emancipação é pequeno e integrado
por nomes ilustres da região, empresários, artistas, políticos e ainda instituições
e entidades que apoiam a proposta.
PS4- Em 1988 a proposta emancipacionista foi votada num
plebiscito, mas apenas 5,6 mil eleitores deram o SIM, e pouco mais compareceram
as urnas. Os que lutaram pelo NÃO a emancipação fizeram intensa campanha com a
proposta de abstenção de votar. O comparecimento ficou abaixo do esperado, e próximo
de 40 mil moradores eleitores não compareceram no plebiscito.
PS5- Tida como a Miami brasileira, a Barra da Tijuca tem forte
potencial turístico, e sua infra-instrutora é uma das melhores do país. No
transporte a ligação com o Metrô é fator de estimulo, dos que apostam na sua
emancipação. Com o parque Olímpico de 2016, a região se tornou pólo mundial, “e
hoje existe outra motivação, a sua emancipação é melhor não apenas para seus
moradores, mas também para o Brasil”, afirma Teixeira.
PS6- Em 1988, os moradores da Barra da Tijuca tentaram
separar a Barra do município do Rio de Janeiro e, assim, transformar a região em
um novo município. No topo do movimento estava o publicitário Roberto
Medina. Hoje é diferente, a proposta dos emancipacionistas não aprova uma liderança
e criaram um colegiado que possa realizar um trabalho coeso e de amplo esclarecimento
a população.
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