Contra o fraquíssimo Peru, 3 x 0 é vitória ilusória.

18.11.15

HELIO FERNANDES

Começa a escrever à meia noite e 10 minutos, já na madrugada desta quarta feira. Já sabia que o jogo seria mediocríssimo tanto pelo Brasil quanto pelo Peru. Como custaria a chegar às 22 horas, me preparei para a espera. De 18 às 20 horas, assisti o ultimo grande torneio de tênis em Londres entre Jocovich e Federer. O suíço, no limiar dos 35 anos e o melhor jogador dos últimos 12 anos, foi o vencedor. Não precisou de mais de 1 hora e 17 minutos para destroçar o atual numero 1 do ranking. Como faltava ainda muito tempo, mudei de canal, e vi o segundo tempo de Franca e Inglaterra, afronta magnífica aos terroristas.

Vou devorando também, o livro de Ana Leocádia sobre o pai, Luis Carlos Prestes. Apesar de ainda estar na pagina 256 das 541 do total, não concordo com muitas coisas, embora tenha que elogiar a clareza do texto e a profundidade da pesquisa. (como pretendo escrever sobre o livro, junto com o do historiador e colunista, Aarão Reis sobre o mesmo personagem, fica para depois). 

Com tristeza e lamentando, volto para o jogo. O árbitro, acabou de anular um gol de Neymar, bonito e legítimo, alegando um impedimento que não existiu. Faltam 7 minutos, não aconteceu nada, mas o tempo custa a passar. Finalmente acaba e fica uma certeza: ainda faltam 14 jogos desta eliminatória (que felizmente só recomeça em março), quase 5 meses de descanso para o torcedor que só vibrou realmente no gol anulado do Neymar. O Dunga manteve o emprego pelo menos durante esses meses em que a seleção não jogará. Para demonstrar a inutilidade do jogo, apesar da seleção do Peru ser fraquíssima, o melhor jogador do Brasil, foi o goleiro Alison. Garantiu a situação de titular.

Desculpem, mas esta seleção não merece mais do que isso.
A seleção, sem dúvida alguma, vai se classificar, e ficará entre os 32 países que vão à Rússia. A partir daí, tudo é adivinhação, nada é constatação.

PS 1- Contei na segunda feira: França e Inglaterra com jogo marcado para o dia seguinte, receberam ameaças e intimidações para não jogarem. Cameron e Hollande nem admitiram recuo, jogaram, com eles presentes nas arquibancadas. Tudo emocionante e comovente. Na entrada do majestoso estádio de Wembley, com muita luz, as palavras que iluminaram o mundo há 216 anos: Liberté, Égalité, Fraternité.

PS 2- Quase 100 mil pessoas cantando La Marceillaise, 1 minuto de silencio, uma resposta que os terroristas não esperavam. Já disse desde o 11  de Setembro e venho repetindo: a covardia dos terroristas não vencerá, pode apenas assustar até serem destruídos.

PS 3- Holanda e Alemanha jogariam na mesma hora. Ameaçados com a colocação de bombas, cancelaram, desistiram. Incompreensível.
PS 4- O destaque da eliminatória, disparado: Equador. Quatro jogos, ganhando até da Argentina em Buenos Aires.