TEMER-RENAN, GANHARAM A QUINTA DE OURO. FOI PONTA, DUPLA E PLACÊ. VAGA DE TEORI VAI PARA ALEXANDRE MORAES. SABATINA DOS PARLAMENTARES NA CCJ, NÃO VAI CONTRARIAR TEMER. APÓS TANTAS E TANTAS AGRURAS, LULA PODERÁ REAVALIAR 2018.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Os que me seguem sabem que publiquei aqui com exclusividade sobre o possível desfecho da escolha do novo relator da Lava Jato no STF. Conforme segue:

(1) nomeação do novo ministro do STF pelo presidente Michel Temer (art. 38 do RISTF).

(2) Fazer um sorteio eletrônico para fixar o novo relator, incluindo todo o plenário do STF. Sugestão da OAB. Hipótese equivocada porque o juízo natural da Lava Jato é apenas a 2ª Turma (não os integrantes da 1ª).

(3) Fazer o sorteio só dentre os integrantes da Segunda Turma. A escolha do sorteio nesse caso é perigosa porque da 2ª Turma fazem parte ministros claramente político-partidários, como são Gilmar Mendes, Lewandowski e Toffoli.

(4) Remover, a pedido, um ministro da Primeira para a Segunda Turma, que assumiria a relatoria da Lava Jato, e homologaria as delações, (e foi exatamente isso que ocorreu).

O problema aqui é o atraso que isso representaria porque, diferentemente dos ministros.

(5) Cármen Lúcia, reconhecendo a excepcionalidade e urgência da Lava Jato, redistribui o caso a um dos ministros da 2ª Turma (art. 68 do RISTF). O melhor nome, nesse caso, seria o de Celso de Mello (porque ele era o revisor de Teori e porque não foi nomeado pelos polarizados PT e PSDB).

O presidente Michel Temer ganhou na quinta-feira (dia 2), tudo que tinha direito. Na Câmara (folgado), no Senado, na aliança com Renan Calheiros e também no STF, conforme já tinha previsto na coluna anterior.

Agora indicou seu candidato a vaga do ex-relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki A indicação de Alexandre de Moraes para o STF foi a primeira feita pelo presidente Michel Temer, que assumiu o mandato em maio do ano passado.

A ex-presidente Dilma Rousseff nomeou cinco ministros: Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Rosa Weber e Teori Zavascki. Luiz Inácio Lula da Silva indicou oito, sendo que três ainda estão em atividade: Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e a presidente Cármen Lúcia.

No governo Fernando Henrique Cardoso, foram feitas três indicações, sendo que, desse grupo, apenas Gilmar Mendes ainda integra a Corte. Marco Aurélio Mello e Celso de Mello são os mais antigos do colegiado do Supremo, indicados por Fernando Collor de Mello e José Sarney, respectivamente.

Antes do impeachment, e só queria ser recebido pela generala, ex-presidente Dilma Rousseff, e não ignorado, sendo ele o vice-presidente. Fez aliança com o extrapolado, (porém ardiloso e articulador) Eduardo Cunha. Deu no que deu, Dilma voltou para onde nunca deveria ter saído, mergulhou no ostracismo de sua petulância e ignorância política. Diria que não mais existe no mundo político.

O culpado, Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-presidente que bateu numa pedra de gelo e naufragou, como estivesse colidido com um iceberg. Por essas e outras poderá reavaliar 2018, me disse uma fonte próxima ao ex-presidente.

O governo Dilma, foi o estopim da crise que atravessamos. Ela se formou aos poucos, mas já dava sinais desde o governo FHC. As privatizações foram pecaminosas, criminosas e eivadas de vícios. O que se aproveitou ali foram as demissões de estáveis, “sangue suga” da União. Um amontoado de gente, que recebia altos salários, para ficar carimbando papéis.

Mas a obra, não se completou, no governo Lula da Silva, oito anos de compaixão, melancolia e afeto com a classe de servidores. Esse segmento ganhou tudo que tinha e que não tinha direito.

O resultado foi o inchamento da máquina pública, a folha de salários cresceu absurdamente e o país se tornou um grande cartório de luxo.

No judiciário, foi pior. Foram criados milhares de rubricas (cargos), subdivisão de cargos, denominados assistentes e auxiliares, mas todos num patamar salarial acima da média mundial.

No centro da volúpia federal, nada menos que os juízes. O salário disparou acima do razoável, e criou-se uma nova cultura. O juiz com hiper salário seria mais respeitado. Da mesma forma os políticos, que meteram a mão no bolso do cidadão, montando a maior máquina corrupta e maledicente do planeta. Falar aqui é pouco. O assunto merece maiores detalhes.