Temer: com recursos públicos, ESTARDALHAÇO em torno
de Dona Marcela
HELIO
FERNANDES
È o caso mais
insensato, disparatado e espalhafatoso, envolvendo um Presidente da Republica e
sua mulher. E atingindo tais proporções que chegou á CENSURA de jornais. Fora
das ditaduras, que dominam a Historia do Brasil, é a primeira vez que um
presidente, oficialmente, "pede á justiça que PROIBA jornais de publicarem matérias". E é atendido
imediatamente.
Mas
seguindo os fatos, na ordem em que aconteceram, temos que registrar. Quando
eram ou foram conhecidos apenas por uns poucos, em São Paulo, Temer não era
Presidente, e Dona Marcela, lógico, nem pensava em ser Primeira Dama. Mas o
vice, que já participava de ações para deixar de ser decorativo, resolveu
"quebrar a privacidade", e aparecer espetacularmente.
Chamou o
secretario de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes (ele mesmo, que não
sabia de nada), e determinou: "Quero que apure tudo imediatamente, CUSTE O
QUE CUSTAR”. Coloquei em maiúscula, porque era dinheiro publico.
O
secretario, espertíssimo, sentiu o que o destino colocou nas suas mãos, parou tudo,
se dedicou inteiramente a cumprir as ordens do vice. Organizou uma força tarefa
com 6 delegados e 35 investigadores, recomendou: "Trabalho em tempo
integral”. Não descansaram ,logo prenderam o "culpado", um hacker
desconhecido.
Confessou
imediatamente, o processo correu de forma alucinada, chegou ao juiz, que
aceleradamente, providenciou a sentença no máximo para o caso: 5 anos. Acharam
pouco, reexaminaram, acrescentaram mais 10 meses. Ficou em 5 anos e 10 meses. Temer
cumprimentou Moraes, os dois satisfeitisimos, obtiveram o resultado que
esperavam. Sem a menor despesa. CUSTE O QUE CUSTAR, pago pelo contribuinte.
SURPRESA: O FATO REAPARECE COM APARATO
Com Temer
já presidente, mesmo indireto, e seu acolito e serviçal, Ministro da Justiça, tudo
que parecia terminado, volta a publico. Com dona Marcela, agora PRIMEIRA DAMA, satisfeitíssima
nas manchetes. Não havia mais PRIVACIDADE, os jornais consideraram que existia interesse
jornalístico, passaram a tratar dele. e dos jornais transferiram a cobertura
para as televisões.
Defenderam
Dona Marcela de todas as maneiras. E ela se saiu mito bem, até na televisão,
falando com clareza e desembaraço. Menos naquela bravatice e arrogância, fora
de qualquer compreensão: "Quer me encontrar, não tenho medo de você".
Aí, indefensável, mas jornais e televisões, fingiram que não entenderam.
Só que o
presidente indireto, que até esse momento concordava com tudo, achou que estava
caminhando em rumos perigosos. Como acha que manda em tudo, mudou o roteiro. E
desavizadamente, entrou na justiça, CENSURANDO as publicações. E como não é
impossível ou difícil, encontrou um juiz (?) que logo, logo atendeu ao pedido
do presidente.
A repercussão
negativa foi terrível o presidente indireto, enfrentou e enfrenta uma ofensiva
dos jornais, se defendendo, embora façam o possível para não desgastá-lo, coisa
que Temer já fez sozinho. E esse jeito POSSIVEL de preservar o presidente
indireto, passou a ser missão IMPOSSIVEL.
O tempo
de Temer que ele acredite que irá até 2018, cada vez diminui mais. A VALIDADE
do mandato de Temer, invisível. Principalmente porque ele não tem mandato
e sim usurpação.
ELISEU PADILHA- RICARDO BARROS
Não tenho
a menor simpatia pelo Chefe da Casa Civil. Suas "credenciais" de ser
Ministro de três presidentes seguidos, todos diferentes, não pode ser justificado.
Mas está sendo criticadissimo, no caso sem razão. Afirmação que estrondou em
cima dele: "O presidente Temer, trocou cargos no governo, por apoio no
Congresso, Câmara e Senado".
Ha mais
de 20 anos, desde os tempos da Tribuna impressa, defendo que é impossível
governar com um sistema PRSIDENCIALISTA SUPRA PARTIDARIO. Quer dizer: um pouco
PRESIDENCIALISTA e outro pouco PARLAMENTARISTA. Entrega os cargos ou não
governa. Com dezenas de partidos, tem que entregar tudo e ainda ficar
dependente.
Mas pode
ou tem que haver respeito e dignidade. E aí Eliseu Padilha naufraga, quando
narra a formação inicial do governo Temer, com grande participação dele. E sem
constrangimento mostra como teve que fazer maquiagem para compor o chamado
governo de NOTÁVEIS. E cita Ricardo Barros, personagem vulgar e comum, que
acabou Ministro da Saúde, preterindo um grande e famoso medico de São Paulo.
Agora,
esse Ministro MAQUIADO, está nas manchetes, não se defende das acusações feitas
pelo "Estadão". Tendo declarado á receita, bens no valor baixissimo,
comprou um terreno pagando 56 milhões. 28 vezes mais do que informou á Receita.
Eliseu
Padilha, Chefe da Casa Civil, devia estar falando no nome do Ministro para
comunicar a sua demissão. Temer não pode tomar essa providencia saneadora,
perderia os votos do PP. Mas como Chefe da Casa Civil, deveria levar ao presidente
o ato de demissão, ele não poderia recusar.
MESMO SEM LIBERDADE CABRAL PRECISA DE PSIQUIATRA
Quando
ele foi preso, escrevi: "Não vai sair da prisão nunca mais". E eu
sabia apenas de uma parte, que poderia ser enquadrado como corrupção,
roubalheira, enriquecimento ilícito. Mas depois das revelações do juiz
Marcelo Bretas, enquadrando o ex-governador como réu pela quarta vez, mudei
inteiramente de convicção.
Os
corruptos enriquecem se apropriando do dinheiro publico, com um objetivo: levar
uma vida luxuosa, sair da miséria, ajudar a família. Mas com um limite, totalmente
ou tolamente ultrapassado pelo ex-governador. (E por Eike Batista, da mesma
família, fica para depois).
Cabralzinho
começou enriquecendo na Alerj, junto com Picciani. Comprou um condomínio em
Mangaratiba, podia ser a vingança do menino pobre, que nasceu no subúrbio ainda
mais pobre da fumacenta Linha Auxiliar. A lancha já foi exagero, mas vá lá.
A partir
dai, as coisas ficaram tão amalucadas, acima da loucura, que nem um psiquiatra
explica,nem o doutor Pinel curaria com seus métodos revolucionários e
consagrados.
100 milhões de dólares doados por Eike, que ele nem sabe onde estão, no nome de
dois irmãos doleiros.
52
milhões de reais, também de Eike, em dinheiro, fechados um cofre, não pode nem
delatar a si mesmo, não sabe o nome do banco ou do país. E fortunas fabulosas em
diamantes, quilos de ouro, jóias de todos os tipos, loucura em cima de
loucura. Sem falar no carro forte que transportava montanhas de dinheiro,
que não podiam ser depositado, ou guardado em algum lugar fixo.
E não
esqueçamos do incêndio, só do conhecimento de uns poucos. Estes
lamentavam:
"Num incêndio perdeu uma soma incalculável". Em troca de tudo isso,
que Sergio Cabral jamais desfrutou, ele perdeu a liberdade, e o futuro, que em
determinado momento, parecia o mais radioso possível.
O julgamento do pedido de liberdade de Eduardo Cunha,
no plenário do Supremo.
No ultimo
dia antes do recesso do judiciário, tentou a liberdade num plantão ocasional. A
presidente Carmen Lucia impediu o "acaso", e pautou a questão para o
plenário, na volta desse recesso. Foi ontem.
No dia
seguinte, escrevi aqui mesmo: "Perderá por unanimidade, podendo receber 2
votos". Às18 horas e 4 minutos desta quarta, terminava a sessão do
Supremo, 8 a 1, mantendo Cunha preso. O argumento magistral do Relator Edson Fachin:
"Como o Supremo ainda não julgou o apelante, ele não pode entrar com
RECLAMAÇÃO".
Traduzindo
em linguagem esportiva: Eduardo Cunha RECLAMA do resultado de um jogo que ainda
não se realizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário