Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Crise no Brasil, que crise? “Ninguém sabe de nada”.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

A globalização econômica que vivemos, não vem sendo nada alvissareira para o planeta. A partir de 2011 a crise econômica se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. Entre os sinais da fragilidade na região europeia, o Endividamento público elevado, principalmente de países como, Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda. Como complicador falta coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco.

Consequentemente temos a fuga de capitais de investidores, escassez de crédito, aumento do desemprego, descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise, diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise, queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco.

O ano de 2013 não começou bem para a União Europeia. O PIB do bloco econômico apresentou retração de 0,2% no primeiro trimestre do ano. No segundo trimestre de 2013 a economia do bloco apresentou uma leve recuperação, saindo do estado de recessão. A economia da União Europeia e da Zona do Euro cresceram 0,3% neste período, em comparação ao trimestre anterior. Foi pouco, mas serviu de patamar de resistência a forte pressão que a região vinha sofrendo.

Assim em efeito a crise europeia, veio à contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. Crise que pode, na opinião de economistas, causar forte recessão econômica mundial.

Os agentes envolvidos na salvação do caos que se avizinha, querem a: Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27 de outubro de 2011); Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise; Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia e a definição de um Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto (o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região).

Este cenário pouco mudou em relação a 2014. A Europa subtraída pelos países emergentes (Índia e China), por exemplo: continuam produzindo e exportando a preços abaixo da média mundial, com isso encolhendo a produção dos países importadores.

No Brasil após as eleições que reelegeram Dilma Rousseff a presidência, temos o impasse na formação do novo gabinete. Dizer aqui que o Brasil está em crise econômica seria leviano, mas que devemos acender o “alerta”, revigorar nossas forças na produção, e dosar nossas ações empreendedoras para que não comprometa nossas reservas é o ideal.

A crise que assistimos é moral. Lava-jato, Pasadena, Petrobras, Eletrobrás, as empreiteiras, com seus diretores de “mãos sujas”, e agentes do governo envolvidos em denuncias e mais denuncias de corrupção, nos remete ao encontro da crise europeia que caminha a passos largos para seu exterior. Avalio, teremos altas ondas e muita turbulência, e provável desemprego. Ou será que ninguém" sabe de nada?".


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