Crise no Brasil, que crise? “Ninguém sabe de nada”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
A globalização econômica que vivemos, não vem sendo nada alvissareira
para o planeta. A partir de 2011 a crise econômica se espalhou pelos quatro
cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de
pessimismo na esfera econômica mundial. Entre os sinais da fragilidade na
região europeia, o Endividamento público elevado, principalmente de países como,
Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda. Como complicador falta coordenação
política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das
nações do bloco.
Consequentemente temos a fuga de capitais de investidores, escassez de
crédito, aumento do desemprego, descontentamento popular com medidas de redução
de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise, diminuição dos ratings (notas dadas por agências de
risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise, queda ou baixo
crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da
econômica dos países do bloco.
O ano de 2013 não começou bem para a União Europeia. O PIB do bloco
econômico apresentou retração de 0,2% no primeiro trimestre do ano. No segundo
trimestre de 2013 a economia do bloco apresentou uma leve recuperação, saindo
do estado de recessão. A economia da União Europeia e da Zona do Euro cresceram
0,3% neste período, em comparação ao trimestre anterior. Foi pouco, mas serviu
de patamar de resistência a forte pressão que a região vinha sofrendo.
Assim em efeito a crise europeia, veio à contaminação da crise para
países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive
o Brasil. Crise que pode, na opinião de economistas, causar forte recessão
econômica mundial.
Os agentes envolvidos na salvação do caos que se avizinha, querem a:
Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27 de outubro de 2011);
Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central
Europeu nas ações de enfrentamento da crise; Ajuda financeira aos países com
mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia e a definição de um
Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o
equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de
punição aos países que desrespeitarem o pacto (o Reino Unido não aceitou o
pacto, fato que aumentou a crise política na região).
Este cenário pouco mudou em relação a 2014. A Europa subtraída pelos
países emergentes (Índia e China), por exemplo: continuam produzindo e
exportando a preços abaixo da média mundial, com isso encolhendo a produção dos
países importadores.
No Brasil após as eleições que reelegeram Dilma Rousseff a presidência, temos
o impasse na formação do novo gabinete. Dizer aqui que o Brasil está em crise
econômica seria leviano, mas que devemos acender o “alerta”, revigorar nossas
forças na produção, e dosar nossas ações empreendedoras para que não comprometa
nossas reservas é o ideal.
A crise que assistimos é moral. Lava-jato, Pasadena, Petrobras,
Eletrobrás, as empreiteiras, com seus diretores de “mãos sujas”, e agentes do
governo envolvidos em denuncias e mais denuncias de corrupção, nos remete ao
encontro da crise europeia que caminha a passos largos para seu exterior.
Avalio, teremos altas ondas e muita turbulência, e provável desemprego. Ou será que ninguém" sabe de nada?".
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