*Blog oficial do jornalista
Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da
Imprensa. Aqui teremos suas matérias exclusivas, e também a participação
de colunistas especialmente convidados. (NR).
DILMA NOMEARÁ O SEGUNDO JOAQUIM PARA A
VAGA DO PRIMEIRO, NO SUPREMO. UM SONHO IMPOSSÍVEL: DEMITIR RICARDO JANOT.
HELIO FERNANDES
11.12.14
Quando soube
e depois viu e ouviu o vídeo e a gravação do discurso violentíssimo do
Procurador Geral da República, “pedindo a demissão de toda a direção da
Petrobras”, a vontade de Dona Dilma foi de demiti-lo e conceder a “Medalha do Mérito”
a toda essa diretoria.
Começando
pela doutora Graça Foster que pela própria confissão sabia de tudo. O Ricardo
Janot da Holanda disse diretamente a Dona Graça: “Estamos processando e
condenando uma empresa que confessou: Funcionários da Petrobras recebem
propinas daqui, para facilitar negócios aí, contratos e licitações aí bilionários”.
Dona Graça,
elegante, agradeceu e guardou a informação. Alem de elegante, boa amiga, não
contou nada a Dona Dilma. Se contasse como é que a presidente da República
poderia continuar com o chavão: “Eu não sabia de nada”.
Inventado por
FHC, acalentado por Lula, engrandecido por Dona Dilma, vem desde a reeleição
mercenária do primeiro, o impulso á corrupção do mensalão do segundo, a
gigantesca e até mesmo a indiscutível participação em tudo, da terceira.
Um traço
lamentável, pesaroso, assustador, mas rigorosamente verdadeiro une todos eles:
na historia da República, foram os três únicos a serem reeleitos. FHC e Lula
quiseram o terceiro mandato, não conseguiram. De Dona Dilma não pode ser dito
que também deseja esse terceiro, já “agradecerá a Deus” se completar o segundo.
Dilma: atabalhoada, desengonçada, exaltada.
Já disse, queria
demitir o Procurador Geral da República, não sabe de nada, mas isso ela sabe:
Janot tem mandato, fica no cargo acima e alem da vontade dela. Por isso
assustou o Planalto inteiro com mais um ataque de nervos, “tropeçando as mãos
pelos pés”. Nesses momentos ”que não são raros”, vai chutando tudo o que
aparece á sua frente. Se, o menor protesto, todos têm pânico com essa fúria,
nada trivial ou eventual.
Existe um
ditado popular muito repetido: “o chato é roubar e não poder carregar”. Pode ser
facilmente adaptado para definir a corrupção que domina todo o governo: “O
chato é N-Ã-O roubar e D-E-I-X-A-R carregar”. Nessa adaptação podem ser incluídos
ou enquadrados Dona Graça. Gabrieli, ex-diretores amigos de longa data, atuais
que ela considera que são incondicionais.
Todos podem
ser incluídos no pedido-exigência do Procurador Geral da República, por muitos
motivos. Omissão, displicência, descaso, desinteresse, medo de desagradar os
mais “poderosos”, não apenas da Avenida Chile, no Rio,, mas no próprio Planalto,
em Brasília, a capital da mordomia, da corrupção. Do “sabe com quem está
falando?”
(Nenhum privilegio
para “juizinhos” que dirigem sem carteira de habilitação ou perdem um voo e “prendem”
todos no aeroporto, sabem que nada lhes acontece ou acontecerá. Vão sendo absolvidos
“endeusados e admirados”, numa cadeia (?) que só favorece).
Os Ministros do PMDB.
Ontem, Dona
Dilma tentou sair do “sufoco”, da angustia e do silêncio de não poder nomear
ninguém, principalmente os seis que o “PMDB diz que são meus”. Então mostrou ao
vice-intermediário, os nomes que preencherão a parte que lhe cabe nesse latifúndio.
(João Cabral). São tão desconhecidos, ignorados, sem nomes ou sobrenomes, que o
próprio Temer se surpreendeu.
A vaga de Joaquim no Supremo.
Vão se
completar seis meses e a sua vaga no Supremo continua aberta. A decisão de Dona
Dilma era a seguinte, já expressa aqui com informantes privilegiados.
1 – Se ganhasse
a eleição, José Eduardo Cardoso continuaria no Ministério da Justiça, iria para
o Supremo no fim do segundo mandato, 2 – Se perdesse indicaria seu nome
imediatamente, antes da posse do vencedor.Teve mais votos do que o adversário,
mas está convencida pelos fatos de que não ganhou. Por isso, tem medo que ele
seja vetado, indicará alguém cúmplice do Planalto.
O contraditório Supremo.
Não existe
mais reunião do Plenário, espantosa inconstitucionalidade praticada arbitrariamente
por quem deve preservar a Constituição. O Supremo se divide em feudos, cada um
manda “no seu pedaço”. E Teori Zavaski, usa e abusa da condição de “mandatário”.
O
vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, entrou com pedido de Habeas
Corpus, Zavaski negou. Angenor Magalhães, presidente da área internacional da
OAS, pediu também, negado. Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, acusadíssimo
nas “delações”, (do juiz Sergio Moro,” tem uma fortuna depositada no exterior”),
também pediu Habeas-Corpus.
Mudando
completamente de orientação (?) Zavaski concedeu o Habeas-Corpus para ele,
argumentando: “Há manifesta ilegalidade na ordem de prisão”. Ora, rodos foram
presos no mesmo dia, acusados dos mesmos crimes, denunciados pelos mesmos que
garantiram a “delação”, e continuam presos por ordem do mesmo Ministro Zavaski.
Que República.
Acareação sem cara.
O Planalto
como um todo e Dona Dilma, pessoalmente, cobram de parlamentares, o silencio
durante o encontro dos ex-diretores da Petrobras, Costa e Cerveró, conhecidíssimos
da presidente. Não houve a chamada acareação. Nem ficara “cara a cara”, o que
validaria a palavra “acareação”. O que irritou Dona Dilma?
Fácil de explicar.
O ex-diretor da Petrobras, Cerveró, que “redigiu o relatório falho e sem informações”
que Dona Dilma referendou com sai assinatura, ficou calado. Paulo Roberto,
manteve o sigilo na “delação”, mas falou e comprometeu deputados e senadores. E
todos da “base” em silêncio apavorado. Pavor que passou para a presidente do Conselho
de Pasadena.
Vital do Rego, derrotado, premiado e
privilegiado.
Candidato a
governador da Paraíba, teve menos de cinco por cento dos votos. Tendo mais
quatro anos no Senado, constrangido, queria ser Ministro de Estado, não conseguiu.
Mas fez o “vestibular”, cortou 30 bilhões no Superávit de Dona Dilma, vai para
o Tribunal de Contas, vitalício.
O próximo: Eduardo Braga.
Candidato a
governador do Amazonas, derrotado pelo prefeito Artur Virgilio. Com mais quatro
anos no Senado, será Ministro. Só que ele tem um “merecimento” e uma “necessidade”
urgente. A mulher é suplente dele no senado, tem que assumir. Assume ou se separam,
pelo menos politicamente Dona Dilma não vai querer isso.
PS – Ontem circulavam
dois documentos com forte repercussão militar. Um com 35 anos de atraso, mas
que levou poucos anos para ser investigado, elaborado, publicado. Tem enorme
cobertura popular e jornalística.
PS2- O
segundo, pensado há tempos, mas redigido em poucos dias. Tem apenas três laudas,
e contesta antecipadamente o outro. É assinado apenas por generais de quatro
estrelas. (Exercito).
PS3-
Assinaturas só de generais da reserva, que foram Ministros do Exercito,
Ministros do Superior Tribunal Militar, presidentes do importantíssimo Clube
Militar, que tem história notável.
PS4- Nenhum dos
dois sobreviverá, serão rapidamente esquecidos. Se tivessem existido na época
certa, (mais ou menos 35 anos) fariam história, entrariam na história, contariam
uma história de 21 anos.
Amanhã:
O golpe de 1964, começou com outro
golpe em 15 de novembro de 1889. Entre esses dois golpes, muitos outros.
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