*Blog oficial do jornalista Helio
Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da
Imprensa. Aqui teremos suas matérias exclusivas, e também a participação
de colunistas especialmente convidados. (NR).
DEPOIS DA ELEIÇÃO, A BAIXARIA DO PT E
DE DONA DILMA, CONTINUA. E OS MINISTROS DERROTADOS COMEÇAM A SER INDICADOS, SEM
O LAVA-JATO.
HELIO FERNANDES
04.12.14
Desesperados,
lideres (?) do PT, esquecem os infortúnios e as derrotas, acusam os
oposicionistas de não terem assimilado a derrota, no primeiro e no segundo
turno da eleição presidencial. O mais hostil e sem limite, é o senador Humberto
Costa.
O Planalto.
Precisando
fazer média com Lula e Dona Dilma, investe furiosamente contra Aécio Neves, diz
textualmente: “A derrota subiu á cabeça do candidato da oposição”. Humberto
esquece ou não quer se lembrar. Em 2010, com apoio total de Lula e Dilma, foi
feito senador.
Em 2012, com
os mesmos apoios e suportes foi candidato a prefeito do Recife. O ex- e a
presidente foram lá, era favoritíssimo. Eduardo Campos lançou um candidato
desconhecido, Costa estava com 45 por cento dos votos, triturado. Dois anos
depois embora não seja elefante, não esquece. Em 2018 acaba seu mandato. Pânico
geral.
Equívocos antes e depois.
Padilha,
Ministro da Saúde, fez um estardalhaço com o programa-problema, “mais médicos”.
Fracasso completo, era o sonho de Lula para enterra-lo como “poste” no terreno
arenoso de São Paulo. Derrotadíssimo, se “credencia” para novo cargo. Para um
médico badalado, nada mais merecido: Ministro do Turismo.
Toda equipe
do segundo governo, terá essa marca. Menos Dona Suplicy que deixará o partido,
e será derrotada para prefeita da capital, pela terceira vez. A primeira,
estava no cargo. A segunda tentava a reeleição, tinha apoio precioso de Maluf.
Agora, sem votos mas acumulando vetos, será derrotada em outro partido que o
PT.
Começa o festival dos derrotados.
Satisfeita
com a “independência” revelada no caso do Ministro da Fazenda, tem que preencher
mais de 35 cargos. Quase todos da Câmara e do Senado, mas não neste 2014.
Precisa
esperara o ultimatum de Curitiba, saber quem será indiciado, quem poderá ser
indicado. Pelo rumo isso só acontecerá em 2015. Só que a sua posse para o
segundo mandato ocorrerá logo no primeiro dia de 2015. O que fazer?
Medíocre,
subserviente mas fora dos riscos da Avenida Chile, (onde ficam o BNDS e a Petrobras)
Armando Monteiro foi o primeiro ungido, sagrado e sacramentado. Feliz e
exuberante, ganhou o Ministério da Indústria e Desenvolvimento. Provocando
perplexidade geral, ficou 48 horas nas manchetes dos jornalões debaixo dos
holofotes, em todos os programas de todos os canais de televisão aberta, de
graça. Com audiência cinco vezes maior do que os canais por assinatura.
Seu currículo
não será superado por ninguém. Senador, favoritíssimo, perdeu para governador,
voltou para o senado. Estava lá, acabrunhado, como “Inês posto em sossego”, foi
chamado, conversado e nomeado.
Saiu do
Planalto falastrão, repetindo sempre: “Esse ministério precisa acelerar a
industrialização, isso significa desenvolvimento”. Às vezes invertia a frase,
citava primeiro o desenvolvimento, depois a industrialização.
Nunca leu ou
lembrou de Rui Barbosa, que em 1889, tomando posse no Ministério da Fazenda,
afirmou com total repercussão: “O Brasil precisa deixar de ser um país
ESSENCIALMENTE AGRÍCOLA, tem que se INDUSTRIALIZAR”. De forma primária mas sem
saber quem foi o autor, 125 anos depois, diz a mesma coisa.
Três senadores do PMDB, derrotados,
esperam o ministério.
Se não forem
enquadrados na delação premiada, têm a mesma credencial ou falta dela, do
senador já ministro de Pernambuco. Eunicio de Oliveira, Eduardo Braga, Vital do
Rego, esperam ansiosos, o que o futuro ou o destino lhes reserva. Vital já aceita
o Tribunal de Contas, é vitalício.
Eunicio,
longe do governo do Ceará, trabalha para ganhar a presidência do senado. No
primeiro mandato isso não aconteceria, Renan, intocável. Agora chamado de “vergonha
nacional” em plena sessão que presidia, não sabe o que fazer. Seu “apadrinhado”
não volta para a Transpetro, a reeleição na presidência, está perigando e
periclitante.
Eduardo Braga
tem que ser Ministro de qualquer maneira. Dona Dilma não pode esquecer ou
desconhecer suas nobres razões. Derrotado para o governo do Amazonas, tem ainda
quatro anos no senado. Mas a suplente é sua mulher. Se não assumir, está fazendo
mais ameaças do que a própria Dilma, “encarcerando” o Congresso.
O
"credenciadíssimo" Kassab.
Ninguém tem tantos títulos e referencias que agradam a Dona Dilma,
quanto ele. Por isso será ministro certo. Candidato ao senado, teve cinco por
cento dos votos. Ao fundar o seu partido, afirmou, orgulhoso: "Não somos
de esquerda, de centro ou de direita". Só falta escolher a pasta.
Aldo Rebelo na Defesa.
Em Brasília não se fala noutra coisa, com ares de "quem recebeu
comunicado divino". E por mais espantoso que seja, é o próprio Rebelo que
se auto-credencia: "Tenho o melhor relacionamento com militares e
generais".
El é comunista, de um partido que tem soberbos 11 deputados e nenhum
senador. Não combateu a ditadura, ficou "ganhando" cargos, da
presidência da Câmara ao Ministério dos Esportes, querendo pular para defesa. Dele
não do país.
Justiça retardada e
injusta: "Sabe com quem está falando?”.
O Brasil tem hoje, 92 milhões de ações esperando julgamento. (Já
publiquei esses números há muito tempo). Nada foi feito por vários motivos, mas
um deles fundamental. 70% dessas ações têm a União como RÉ ou como Autora. Num
caso a União retarda, no outro, as partes é que não aceleram.
Agora, o Conselho Nacional de Justiça publica dados oficiais e
assustadores: "Em 2020 o Brasil terá 114 milhões de ações á espera de
julgamento". Os 90 milhões de agora não terão sido resolvidos, e centenas
deles, ferem e prejudicam milhares de pessoas. Que República.
O juiz que pensava
(?) que era Deus.
Depois da tremenda repercussão negativa, e a entrada obrigatória no
circuito do Conselho de Justiça e da OAB, não pensa mais. Será punido junto com
outros que o absolveram (incluindo três desembargadores do Rio) criminosamente.
Está bem, seu carro estava sem placa, desprendeu do carro no trajeto,
ele não percebeu. A documentação do carro, esqueceu em casa, se perdeu,
aceitamos. Mas estava sem condições de dirigir, por um fato que não foi CASSADA
pelo Detran por um ano. Então desobedecia ordem do órgão responsável, foi
deliberadamente irresponsável.
O resto é agravante. 1- O fato de insultar um servidor público que cuja
obrigação era verificar a legalidade de quem dirigia. 2- Não podia insulta-la
ou intimida-la. 3- Exorbitando mais ainda, chamou a Polícia Militar para
prendê-la. 4- Chegando no auge da ilegalidade (ainda mais por ser um
magistrado) queria que o oficial da PM, ALGEMASSE a Agente do Trânsito. O
oficial se recusou.
Não podemos ficar prisioneiros de notícias e comentários sobre a
importantíssima investigação do lava-jato. Essa investigação, as prisões e as
condenações dos empreiteiros, não podem sair da Primeiras, têm que ficar
debaixo dos holofotes.
Mas a prepotência e abuso de poder de juízes e desembargadores, não podem ser jogadas para "debaixo do tapete" como gosta de fazer Dona Dilma.
Temos que dar
espaço também para juízes e desembargadores, que deturpam, maculam, ofendem a majestade
da justiça. Magistrado como esse, com o passado que carrega, não representa nem
pode julgar a coletividade. Esse que se julgava e se julga Deus, não pode ficar
impune ou continuar julgando cidadãos.
E os que o absolveram duas vezes e mantiveram a multa condenando uma funcionaria que
cumpria seu dever e obrigação, também passiveis de punição. Uma Justiça que protege
seus “pares”, não é justiça, não podem ser chamados de magistrados. Representam
uma escoria, não mais do que isso. Precisam de uma operação lava-jato para
examinar e remover a sujeita de suas togas.
PS – Jornais e
televisões, anteontem e ontem repetiram várias vezes a reunião “quilométrica”
de Dona Dilma com ministros certos ou duvidosos. Estranho e curioso: todos
rindo, a começar por Dona Dilma, o esfuziante Eduardo Cunha, Temer, e mais e
mais.
PS2 – Ninguém
ria tão estrepitosamente quanto Aluízio Mercadante, e com toda razão. Senador
em 2002, Ministro da Fazenda que nunca foi nomeado, duas vezes derrotado para o
governo de São Paulo. E controlando o Planalto.
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