AUTOBIOGRAFIA DE BOLSONARO
HELIO FERNANDES
Numa
entrevista, ontem, afirmou: "Uma das primeiras coisas que vou
acabar
como presidente é o COITADISMO". Ele diz que no Brasil todo
mundo tem
pena de todo mundo, sem nenhuma explicação. E diz que
usou a palavra,
muito usada para proteger negros, gays, mulheres,
nordestinos.
E
ratifica, "pra mim ninguém é COITADO, vou tratar todos igualmente".
Nazista-fascista-troglodita-sem-sentimentos-sem
convicções, agora
mostrou
sua espantosa falta de credibilidade.
ANASTASIA: LAMENTO DO DERROTADO
Dos lados da sua campanha não escondem: é impossível ganhar eleição,
com Aécio Neves do lado. Não quero defender Aécio, mas Anastasia deve
tudo ao ex-presidente do PSDB. Quando Aécio lançou Anastasia para
governador, surpresa geral. Ninguém sabia quem era. Foi eleito,
reeleito, senador.
A conspiração parlamentar contra a presidente Dilma, chegou ao senado,
já vitoriosa, muita gente queria ser o relator. Aécio, então no
apogeu, impôs o nome de Anastasia. Desperdiçaram mais de uma hora,
louvando Anastasia, que não saía das manchetes dos jornais e das
televisões.
Agora, pela primeira vez disputando eleição sem o arrimo de
Aécio, perdeu fragorosamente. E vem com o choro e o lamento do
perdedor.
Ainda ficará no senado até 2022. Por causa da excrescência da
legislação, que permite ao candidato, ser ao mesmo tempo. Executivo e
Legislativo. Fato inédito no mundo todo.
CAMINHAMOS PARA OUTRO "ESTADO NOVO" GETULIO VARGAS
FICOU NO PODER, 15 ANOS
Ele comandou duas ditaduras. De 30 a 37, ditador ESCONDIDO. De 37 a
45, ditador OSTENSIVO. Em 1934 foi convocada constituinte para elaborar
a Constituição e eleger o presidente da Republica, pela primeira vez
pelo voto direto. As mulheres votariam pela primeira vez para
presidente. Satisfação geral, uma campanha comandada pela doutora Berta
Lutz.
O Brasil tinha menos de 20 milhões de habitantes, os deputados eram
162. Getulio manobrou para ser reeleito, ele que nunca havia sido
eleito. Inventou os deputados NOMEADOS, chamados de
pelegos. Trabalhistas e patronais, 12 cada. 24 em 162. Foi eleito
facilmente, transferiu a eleição direta para 3 de outubro de 1938. Mas
não chegamos lá.
Em 10 de novembro de 1937, implantou a ditadura selvagem. Fechou a
Câmara e o senado prendeu toda a oposição, ou quem podia fazer
oposição. Em 29 de outubro de 45, os militares que o mantiveram, o
derrubaram. Foi para o seu estado, ficou 5 anos, como "o solitário de
Itu". Agora corremos o perigo visível de nova interrupção da
democracia.
Getulio e Bolsonaro têm uma vaga e distante vizinhança militar. Com
uma palavra que os aproxima, EXPULSÃO. Getulio se matriculou, com um
irmão na Escola Militar de Ouro Preto. Houve uma turbulência
gravíssima, Getulio ia ser EXPULSO. De família importante do Sul,
permitiram que cancelasse a matricula. Bolsonaro liderou uma rebelião
de soldados, ia ser EXPULSO. Inexplicavelmente, fizeram acordo,
permitiram que se aposentasse (passasse para a reserva) como capitão.
Não tinha nem tempo para isso, recebe hoje, 8 mil e 600 reais, sempre
reajustáveis.
Bolsonaro não merece a menor confiança. Tudo o que diz, se assemelha
com fraude. Suas afirmações, são sempre militaristas. Agora fez uma
afirmação publica, textual: "Não DISPUTAREI a reeleição". Coloquei a
palavra DISPUTAREI em maiúscula, porque acredito que não DISPUTARÀ
mesmo. Mas duvido que depois de tantas trapalhadas, fique 5 anos no
poder, comande uma eleição, passe o cargo para o sucessor e volte
para casa.
PS- Acredito, e seu passado confirma, que não esperaremos nem 5 anos.
HADDAD CONTINUA INSISTINDO PELO APOIO
DE JOAQUIM BARBOSA
Está perdendo e desperdiçando tempo, tentando obter o voto dele. E
antes, uma declaração a favor. O voto do ministro aposentado, não vale
nada, em qualidade ou quantidade. Ninguém gosta dele. Era Procurador
da Republica, brigado com quase todos os colegas, não gostava de
trabalhar.
Num determinado momento, Lula queria indicar um negro para o STF. Um
acaso infeliz, Joaquim Barbosa conheceu a notável figura de Frei
Betto, grande amigo do ex-presidente Lula. Conversaram, eis Barbosa
ministro do STF. Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro.
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