Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 1 de outubro de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA
   “Jornalismo opinativo com informação precisa e contundente”

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Datafolha: Bolsonaro lidera com 28%, Haddad têm 22%

Na última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha de acordo com os números auferidos o candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL) lidera, seguido com 28%; Fernando Haddad (PT): 22%; Ciro Gomes (PDT): 11% Geraldo Alckmin (PSDB): 10%; Marina Silva (Rede): 5%; João Amoêdo (Novo): 3% Henrique Meirelles (MDB): 2%; Alvaro Dias (Podemos): 2%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Vera Lúcia (PSTU): 1%; Guilherme Boulos (PSOL): 1%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%. Branco/nulos: 10%. Não sabe/não respondeu: 5%.

Rejeição: Amoedo e Alvaro Dias empatam com m15%

A pesquisa ouviu dos entrevistados, em quem eles não votariam de jeito nenhum. Resultado: Bolsonaro: 46%; Haddad: 32%; Marina: 28%; Alckmin: 24%; Ciro: 21%; Vera: 18%; Cabo Daciolo: 17%; Eymael: 17%; Boulos: 17%; Meirelles: 16%; Alvaro Dias: 15%; Amoêdo: 14%; João Goulart Filho: 14%; Rejeita todos: 4%; Votaria em qualquer um: 2%. Não sabe/não respondeu: 4%

José Dirceu em entrevista ao El País: “PT vai tomar o Poder

Uma entrevista do ex-ministro e criminoso condenado no caso do mensalão, José Dirceu, tem cunho violento e ditatorial, é detonada nas redes sócias e na grande imprensa. "É uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição". 

A frase polêmica foi dita por José Dirceu ex ministro e homem forte do governo Lula durante entrevista ao jornal El País quando questionado sobre a possibilidade de o PT “ganhar mas não levar” as eleições.

Sanidade mental...

Preso três vezes, Dirceu Dirceu afirma estar “sempre preparado para o pior”, embora acredite que não voltará à cadeia novamente. E ainda afirmou que a elite deve rezar para que ele fique longe do governo. Por conta de suas declarações, até mesmo integrantes do PT, sugerem que ele seja examinado por uma junta médica, para verificar sua “sanidade mental”.

Compra de votos e praticas lesivas ameaçam a eleição no Rio
A rede de notícias BBC News impactou a campanha eleitoral essa semana com as informações sobre o andamento na caça do voto no Rio de Janeiro.
Um levantamento da BBC News Brasil junto ao Disque-Denúncia e no site do Ministério Público do Rio traçou o perfil dessas denúncias. Não foi possível verificar o resultado delas porque a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro, responsável por analisar as investigações, não respondeu às perguntas enviadas por e-mail e negou pedido de entrevista. O TRE também não havia respondido até a publicação deste texto.
Por serem anônimas, não é possível confirmar a veracidade das denúncias. No entanto, especialistas em direito eleitoral ouvidos pela BBC News Brasil dizem que o tipo de crime que elas descrevem é típico do que se vê nas ruas do Estado no período de campanha.
Acontece de tudo...
Numa rua do Rio de Janeiro, perto de uma igreja, há uma casa branca onde mora uma antiga vereadora. Todos os sábados, a partir das 9h, ela distribui legumes para moradores da região em troca de votos para seu irmão, prefeito de outra cidade e candidato a deputado federal. Num bairro da zona oeste da capital, região onde milicianos exercem poder, um grupo deles ameaça quem não declarar voto em um policial militar que é candidato a deputado federal e impede propaganda de outros candidatos.
Pastores ameaçados
Pastores de uma igreja recebem ameaças para deixar uma candidata a deputada federal fazer campanha durante cultos. "Dias antes dos cultos, indivíduos (não identificados), em dois carros, um auto de cor preta placa xxxx e um auto de cor prata placa xxxxx, vão na igreja para realizar as ameaças".

Os casos citados acima são exemplos da realidade pré-eleitoral no Rio de Janeiro, segundo denúncias anônimas. O Estado está sob intervenção militar até 31 de dezembro. O Ministério Público estadual pediu a abertura de 77 investigações - 35 delas na capital, 34 na Baixada, duas em São Gonçalo, município vizinho a Niterói, cinco em Niterói e uma em Maricá.
De acordo com o Ministério Público do Rio, denúncias recebidas são enviadas à promotoria eleitoral, que instaura um procedimento para verificar a veracidade e determinar a coleta de provas.
Depois que essa investigação acaba, os autos do procedimento são encaminhados à Procuradoria Regional Eleitoral, do Ministério Público Federal. Cabe a essa instância propor ações, enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral, ou arquivamentos.

Obras e cirurgias em troca de votos

A Central Disque-Denúncia recebeu, desde o início de 2018, 102 denúncias de crimes eleitorais no estado do Rio. 30% delas vieram da capital, seguido de São Gonçalo, com 13,4%, e Nova Iguaçu com 8,25%. Os candidatos da zona oeste do Rio, onde ficam bairros como Campo Grande e Santa Cruz, foram os mais denunciados, com cerca de 15% do total.
Há casos em que o candidato oferece um serviço em troca de voto. Uma denúncia fala que candidatos a deputado estadual e federal abordam médicos de um hospital na Baixada Fluminense para indicar pacientes para furarem filas de cirurgia. "O objetivo dos candidatos é garantir o voto desses pacientes. Enquanto isso, pacientes que também precisam ser atendidos seguem sem atendimento."
Num pronto-socorro de São Gonçalo, funcionários favorecem pacientes no agendamento de consultas e na distribuição de remédios em troca de votos para um candidato ao Legislativo estadual.
Na região dos bairros de Colégio, Irajá e Vila da Penha, o MP pediu investigação por possível crime de abuso de poder político relativo à instalação de aparelhos de exercício dentro de um condomínio particular, e não de um Minha Casa, Minha Vida.
Em Irajá, óculos estariam sendo distribuídos, com a promessa de visita de assistente social em troca de votos para um candidato ao governo do Estado, o que configura abuso de poder político. O mesmo crime está sendo investigado em Santa Cruz em benefício de um candidato a deputado federal.

Disque Denúncia

Chegaram ao Disque-Denúncia, também, casos de distribuição de material de construção, cestas básicas, promessas de empregos nas escolas e postos municipais, e até a realização de um baile funk promovido pela milícia em busca de votos para um candidato.
Ainda sobre grupos criminosos que controlam territórios, há denúncias de traficantes autorizando um determinado candidato a realizar campanha dentro da comunidade, recebendo em troca dinheiro em espécie.
Outra categoria de denúncia diz respeito ao uso de recursos e serviços públicos para beneficiar a campanha de um candidato: verba pública sendo utilizada para transportar eleitores em vans e ônibus; ex-secretários usando funcionários, veículos e o espaço da secretaria para fazer a própria campanha.
Também há, segundo as denúncias, funcionários de firmas terceirizadas, que prestam serviço para a prefeitura de um município, sendo obrigados a votar em secretários da própria prefeitura e servidores público fazendo campanha para candidato.
Em Nova Iguaçu, candidatos a deputado federal distribuem atestados médicos falsos para cabos eleitorais justificarem aos empregadores a ausência nos dias em que atuarão nas campanhas.

3,3 milhões de eleitores sem direito a voto

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, por 7 votos a 2,  rejeitar pedido de liminar feito pelo PSB para evitar o cancelamento dos títulos de eleitores que não realizaram o cadastramento por biometria nas localidades que foram escolhidas pela Justiça Eleitoral. De acordo com a Justiça Eleitoral cerca de 3,3 milhões eleitores se enquadram na situação.

Segundo o pedido feito pela legenda ao STF, as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que não realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo são inconstitucionais, porque resultaram no indevido cerceamento do direito de votar.

Na avaliação do PSB, “tudo indica que a maioria dos eleitores privados do direito ao voto é de cidadãos humildes” e que não tiveram acesso à informação para cumprir a formalidade.

Antes de pautar a votação do tema, o ministro Luís Roberto Barroso pediu, na noite desta quinta-feira (20), informações à Justiça Eleitoral para embasar sua decisão. Pela decisão, o tribunal deverá informar em até 72 horas o número atualizado de eleitores que tiveram o título cancelado e o critério escolhido para determinar as localidades que devem realizar o recadastramento da biometria.  

No processo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a ação por entender que para ter direito ao voto, preceito fundamental previsto na Constituição, o alistamento dos eleitores deve ser obrigatório.

“O sufrágio universal depende tanto do voto universal quanto do alistamento eleitoral hígido. Não se pode relativizar um propósito de permitir o outro sem lesar o sufrágio universal, a democracia e a Constituição”, argumentou a PGR.

Parada do Orgulho LGBTI ignorou candidatos

Presenciada por esse repórter a 23ª Para do Orgulho Gay (LGBTI) preencheu boa parte da Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul da cidade, no domingo (30) colorida e recebeu nove trios elétricos e dezenas de milhares de pessoas, inclusive turistas e curiosos.  O presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis, defendeu todas as famílias. “Não queremos destruir nenhuma família, queremos que respeitem as nossas. Não queremos sexualizar as crianças, queremos que elas aprendam a respeitar a diversidade”, disse Reis na abertura do parada.

Desfile...

O Grupo Arco-Íris, apresentou um desfile com roupas feitas de material reutilizável. As peças foram assinadas pelos estilistas Isabela Capeto, Beto Neves, Bruna Bee, Marcelo Olinto, Denis Linhares e Samuel Abrantes. Os trabalhos serão leiloados e o valor destinado ao Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, à Casa Nem e ao Casarão. A mestre de cerimônia da Parada foi Suzy Brasil, primeira drag queen a exercer a função.

Além dos sete trios elétricos, estavam entre as atrações do evento as cantoras Luisa Sonza, Lexa e Lorena Simpson, entre outras. Coube à cantora e artista performática Jane Di Castro interpretar o Hino Nacional.


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