ANÁLISE & POLÍTICA
“Jornalismo opinativo com informação precisa
e contundente”
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Datafolha: Bolsonaro
lidera com 28%, Haddad têm 22%
Na última pesquisa realizada pelo
Instituto Datafolha de acordo com os números auferidos o candidato a
presidência Jair Bolsonaro (PSL) lidera, seguido com 28%; Fernando Haddad (PT):
22%; Ciro Gomes (PDT): 11% Geraldo Alckmin (PSDB): 10%; Marina Silva
(Rede): 5%; João Amoêdo (Novo): 3% Henrique Meirelles (MDB): 2%; Alvaro
Dias (Podemos): 2%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Vera Lúcia (PSTU): 1%;
Guilherme Boulos (PSOL): 1%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%.
Branco/nulos: 10%. Não sabe/não respondeu: 5%.
Rejeição:
Amoedo e Alvaro Dias empatam com m15%
A pesquisa ouviu dos
entrevistados, em quem eles não votariam de jeito nenhum. Resultado: Bolsonaro:
46%; Haddad: 32%; Marina: 28%; Alckmin: 24%; Ciro: 21%; Vera: 18%; Cabo
Daciolo: 17%; Eymael: 17%; Boulos: 17%; Meirelles: 16%; Alvaro Dias: 15%;
Amoêdo: 14%; João Goulart Filho: 14%; Rejeita todos: 4%; Votaria em qualquer
um: 2%. Não sabe/não respondeu: 4%
José Dirceu em entrevista ao El País: “PT vai tomar o Poder
Uma entrevista do
ex-ministro e criminoso condenado no caso do mensalão, José Dirceu, tem cunho
violento e ditatorial, é detonada nas redes sócias e na grande imprensa. "É uma
questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é
diferente de ganhar uma eleição".
A frase polêmica foi dita por José
Dirceu ex ministro e homem forte do governo Lula durante entrevista ao
jornal El País quando questionado sobre a possibilidade de o PT
“ganhar mas não levar” as eleições.
Sanidade mental...
Preso três
vezes, Dirceu Dirceu afirma estar “sempre preparado para o
pior”, embora acredite que não voltará à cadeia novamente. E ainda afirmou que
a elite deve rezar para que ele fique longe do governo. Por conta de suas
declarações, até mesmo integrantes do PT, sugerem que ele seja examinado por
uma junta médica, para verificar sua “sanidade mental”.
Compra de votos e praticas
lesivas ameaçam a eleição no Rio
Um
levantamento da BBC News Brasil junto ao Disque-Denúncia e no site do
Ministério Público do Rio traçou o perfil dessas denúncias. Não foi possível
verificar o resultado delas porque a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de
Janeiro, responsável por analisar as investigações, não respondeu às perguntas
enviadas por e-mail e negou pedido de entrevista. O TRE também não havia
respondido até a publicação deste texto.
Por
serem anônimas, não é possível confirmar a veracidade das denúncias. No
entanto, especialistas em direito eleitoral ouvidos pela BBC News Brasil dizem
que o tipo de crime que elas descrevem é típico do que se vê nas ruas do Estado
no período de campanha.
Acontece de tudo...
Numa rua do Rio de
Janeiro, perto de uma igreja, há uma casa branca onde mora uma antiga
vereadora. Todos os sábados, a partir das 9h, ela distribui legumes para
moradores da região em troca de votos para seu irmão, prefeito de outra cidade
e candidato a deputado federal. Num bairro da zona oeste da
capital, região onde milicianos exercem poder, um grupo deles ameaça quem não
declarar voto em um policial militar que é candidato a deputado federal e
impede propaganda de outros candidatos.
Pastores ameaçados
Pastores
de uma igreja recebem ameaças para deixar uma candidata a deputada federal
fazer campanha durante cultos. "Dias antes dos cultos, indivíduos (não
identificados), em dois carros, um auto de cor preta placa xxxx e um auto de
cor prata placa xxxxx, vão na igreja para realizar as ameaças".
Os casos
citados acima são exemplos da realidade pré-eleitoral no Rio de Janeiro,
segundo denúncias anônimas. O Estado está sob intervenção militar até 31 de
dezembro. O Ministério Público estadual pediu a abertura de 77 investigações -
35 delas na capital, 34 na Baixada, duas em São Gonçalo, município vizinho a
Niterói, cinco em Niterói e uma em Maricá.
De acordo com o Ministério Público do Rio,
denúncias recebidas são enviadas à promotoria eleitoral, que instaura um
procedimento para verificar a veracidade e determinar a coleta de provas.
Depois
que essa investigação acaba, os autos do procedimento são encaminhados à
Procuradoria Regional Eleitoral, do Ministério Público Federal. Cabe a essa
instância propor ações, enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral, ou
arquivamentos.
Obras e cirurgias em troca de votos
A
Central Disque-Denúncia recebeu, desde o início de 2018, 102 denúncias de
crimes eleitorais no estado do Rio. 30% delas vieram da capital, seguido de São
Gonçalo, com 13,4%, e Nova Iguaçu com 8,25%. Os candidatos da zona oeste do
Rio, onde ficam bairros como Campo Grande e Santa Cruz, foram os mais
denunciados, com cerca de 15% do total.
Há
casos em que o candidato oferece um serviço em troca de voto. Uma denúncia fala
que candidatos a deputado estadual e federal abordam médicos de um hospital na
Baixada Fluminense para indicar pacientes para furarem filas de cirurgia.
"O objetivo dos candidatos é garantir o voto desses pacientes. Enquanto
isso, pacientes que também precisam ser atendidos seguem sem atendimento."
Num
pronto-socorro de São Gonçalo, funcionários favorecem pacientes no agendamento
de consultas e na distribuição de remédios em troca de votos para um candidato
ao Legislativo estadual.
Na
região dos bairros de Colégio, Irajá e Vila da Penha, o MP pediu investigação
por possível crime de abuso de poder político relativo à instalação de
aparelhos de exercício dentro de um condomínio particular, e não de um Minha
Casa, Minha Vida.
Em
Irajá, óculos estariam sendo distribuídos, com a promessa de visita de
assistente social em troca de votos para um candidato ao governo do Estado, o
que configura abuso de poder político. O mesmo crime está sendo investigado em
Santa Cruz em benefício de um candidato a deputado federal.
Chegaram
ao Disque-Denúncia, também, casos de distribuição de material de construção,
cestas básicas, promessas de empregos nas escolas e postos municipais, e até a
realização de um baile funk promovido pela milícia em busca de votos para um
candidato.
Ainda
sobre grupos criminosos que controlam territórios, há denúncias de traficantes
autorizando um determinado candidato a realizar campanha dentro da comunidade,
recebendo em troca dinheiro em espécie.
Outra
categoria de denúncia diz respeito ao uso de recursos e serviços públicos para
beneficiar a campanha de um candidato: verba pública sendo utilizada para
transportar eleitores em vans e ônibus; ex-secretários usando funcionários,
veículos e o espaço da secretaria para fazer a própria campanha.
Também
há, segundo as denúncias, funcionários de firmas terceirizadas, que prestam
serviço para a prefeitura de um município, sendo obrigados a votar em
secretários da própria prefeitura e servidores público fazendo campanha para
candidato.
Em
Nova Iguaçu, candidatos a deputado federal distribuem atestados médicos falsos
para cabos eleitorais justificarem aos empregadores a ausência nos dias em que
atuarão nas campanhas.
3,3 milhões de eleitores sem direito a
voto
O Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu nesta quarta-feira, por 7 votos a 2, rejeitar pedido de liminar
feito pelo PSB para evitar o cancelamento dos títulos de eleitores que não
realizaram o cadastramento por biometria nas localidades que foram escolhidas
pela Justiça Eleitoral. De acordo com a Justiça Eleitoral cerca de 3,3
milhões eleitores se enquadram na situação.
Segundo o pedido feito
pela legenda ao STF, as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) que disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que
não realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo são
inconstitucionais, porque resultaram no indevido cerceamento do direito de
votar.
Na avaliação do PSB, “tudo indica
que a maioria dos eleitores privados do direito ao voto é de cidadãos humildes”
e que não tiveram acesso à informação para cumprir a formalidade.
Antes de pautar a votação do
tema, o ministro Luís Roberto Barroso pediu, na noite desta quinta-feira
(20), informações à Justiça Eleitoral para embasar sua decisão. Pela
decisão, o tribunal deverá informar em até 72 horas o número atualizado de
eleitores que tiveram o título cancelado e o critério escolhido para determinar
as localidades que devem realizar o recadastramento da biometria.
No processo, a Procuradoria-Geral
da República (PGR) se manifestou contra a ação por entender que para ter
direito ao voto, preceito fundamental previsto na Constituição, o alistamento
dos eleitores deve ser obrigatório.
“O sufrágio universal depende
tanto do voto universal quanto do alistamento eleitoral hígido. Não se pode
relativizar um propósito de permitir o outro sem lesar o sufrágio universal, a
democracia e a Constituição”, argumentou a PGR.
Parada do Orgulho LGBTI ignorou candidatos
Presenciada por esse repórter a
23ª Para do Orgulho Gay (LGBTI) preencheu boa parte da Avenida Atlântica, em
Copacabana, na zona sul da cidade, no domingo (30) colorida e recebeu nove
trios elétricos e dezenas de milhares de pessoas, inclusive turistas e
curiosos. O
presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis, defendeu todas
as famílias. “Não queremos destruir nenhuma família, queremos que respeitem as
nossas. Não queremos sexualizar as crianças, queremos que elas aprendam a
respeitar a diversidade”, disse Reis na abertura do parada.
Desfile...
O Grupo Arco-Íris, apresentou um
desfile com roupas feitas de material reutilizável. As peças foram assinadas
pelos estilistas Isabela Capeto, Beto Neves, Bruna Bee, Marcelo Olinto, Denis
Linhares e Samuel Abrantes. Os trabalhos serão leiloados e o valor destinado ao
Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, à Casa Nem e ao Casarão. A mestre de
cerimônia da Parada foi Suzy Brasil, primeira drag queen a exercer a
função.
Além dos sete trios elétricos,
estavam entre as atrações do evento as cantoras Luisa Sonza, Lexa e Lorena
Simpson, entre outras. Coube à cantora e artista performática Jane Di Castro
interpretar o Hino Nacional.
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