BOLSONARO ENFRENTA A REALIDADE QUE
ELE MESMO TEM QUE DIRECIONAR
HELIO FERNANDES
Antes de
mais nada a constatação: vitoria espúria, desonrosa e
inexpressiva.
Ganhou por 12 milhões de votos, vitoria (?) construída
pelos
ausentes, que se recusaram a votar nele. 33 milhões que não
saíram de
casa. Ou por causa do arcaico voto obrigatório, saíram para
fugir da
punição, mas anularam o voto. Ou são os bolsonaristas
envergonhados.
Essa é
realidade. O resto é duvida e incerteza, que irá se
concretizando
para desespero da maioria esmagadora. Os
cidadãos-contribuinte-eleitores
eram 148 milhões. 58 milhões votaram
em
Bolsonaro. O que significa, num puro cálculo aritmético, (por favor,
não falem
em matemática) que ele não teve o voto de 90 milhões. Que
não
votaram para que fosse presidente, representa quase o dobro dos que
o
escolheram no primeiro turno, e ratificaram, comemoraram e
festejaram
no segundo.
Diziam
que a partir da segunda feira 29, (ontem) seria submetido à nova
cirurgia.
Inesperadamente essa cirurgia passou para 12 de dezembro,
exatos 45
dias. Nenhuma explicação, eles são autoritários e
atrabiliarios,
até na distribuição de uma simples informação. No
domingo
depois da consagração (?), fuga da realidade, apenas pela
concentração
cada vez maior em frente á sua casa.
Enfrentaremos
dura realidade jornalística, para tentar descobrir o que
surgirá
desse bunker de extrema direita. A começar pelos que o
ajudarão a
desassustar o assustado povo brasileiro.
O ESSENCIAL, PRIORIDADE ABSOLUTA: FORMAR A EQUIPE QUE
DESGOVERNARÁ O BRASIL
Antes mesmo da vitoria, havia anunciado 3 nomes certos, confirmados
logo no domingo. O economista Paulo Guedes, revelado com
estardalhaço, mereceu um complemento verbal do próprio Bolsonaro: "Sou
completamente analfabeto em economia". Já mereceu uma restrição, mas
garantiu o cargo, principalmente por causa das ligações
importantíssimas com o secretario de Internet de Trump.
Já contei aqui a importância dele na participação e na influencia de
Putin na eleição de Trump, repetida aqui, na eleição de
Bolsonaro. Revelei todos os detalhes e pedi a CASSAÇÃO do candidato.
O TSE sabia que essa era sua obrigação, preferiu a omissão.
Por coincidência, a única personalidade importante a telefonar para
Bolsonaro no domingo foi o presidente dos EUA. Depois, na Internet,
como sempre irresponsável, afirmou pelas redes: "O presidente eleito do
Brasil, me deixou boa impressão". Trump, como sempre, manifestação
péssima. Alem de Trump, 3 ou 4 presidentes da America do Sul e Central,
cumprimentaram Bolsonaro.
Pelas circunstancias de antes e da sua origem, Bolsonaro deveria se
concentrar e dar prioridade total ao preenchimento de 2 ministérios. O
do Exterior e o do Exercito. Foi criticadissimo pelos maiores jornais
do mundo. Dos EUA, os 28 da Europa. Da Ásia e da África. Foi chamado
de "nazista-fascista" por todos. Só um chanceler, acima de ligações
espúrias, pode melhorar a situação de Bolsonaro.
PS- Quanto ao Ministro do Exercito: é um barril de pólvora, na
iminência de explodir a qualquer momento.
PS2- O resto é o resto, apenas lugar comum. Se acertar nos dois
ministérios que destaquei, sorte e não competência.
ONTEM, HA 73 ANOS, OUTRO 29 de OUTUBRO
INTEIRAMENTE DIFERENTE
No final da tarde, era derrubada uma ditadura de 15 anos.
imediatamente marcada a primeira eleição direta.
Agora, nesse mesmo dia 29, dia seguinte de uma eleição truncada,
viciada, deturpada, surge um capitão recusado pelo próprio Exercito,
ameaça constante á democracia.
No 29 de outubro de 1945, dois militares civilistas, (Dutra e
Eduardo Gomes) garantindo o direito do povo, de escolher o
presidente. Que diferença.
ABI sempre batendo na trave
A Associação Brasileira de Imprensa entidade dos jornalistas históricos,
já foi protagonista de várias eleições.
Agora já adiante do clímax da disputa eleitoral para escolha
do presidente da República , os dois candidatos assinaram um termo
para garantir, o que a Constituição Federal da República garante e o STF
já tinha se manifestado. Ou seja o Ó-B-V-I-O.
PS- Me veio então a informação em primeiríssima que um grupo organizado
e coeso, com várias lideranças do jornalismo fluminense e do país, pilotada
por associados de primeira grandeza moral e cultural, está desenhando
o fim da era Meireles na presidência e assim salvar a instituição.
PS2- Denunciam os integrantes entre outros fatos alarmantes a ausência
da prestação de contas idôneas por duas gestões. O isolamento da
diretoria que é representada na sede apenas por uma diretora que não tem
a simpatia dos associados. E ainda as reuniões manipuladas do Conselho
Deliberativo, onde não falta alteração de Atas e decisões contra
regulamento e Estatuto.
PS3- Recente a ABI e seu presidente foram condenados numa ação
por dano moral a um associado. Terão que pagar R$10 mil cada um
respectivamente. A lesão ao associado se deu durante a realização da
reunião do conselho, onde o associado foi acusado injustamente
e proibido de se manifestar pelo ditador Meirelles.
PS4- Afinal as quantas andam as contas da ABI? Para se ter ideia da
lambança administrativa, a instituição não mais funciona a sextas-feiras.
Os associados estão indignados e a resposta virá na eleição
do próximo ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário