ERROS HISTÓRICOS DA OAB, ABI
E AGORA A FENAJ
HELIO FERNANDES
Não conheci e não conheço essa
Fenaj. Nos momentos em que fui prisioneiro da
ditadura, em que durante 15 anos, desterrado,
encarcerado, torturado, ameaçado de morte, e privado de
acompanhar o crescimento dos meus filhos e filhas, e ainda que mesmo já no dito
regime da abertura política e a volta do estado de direito, sofremos um violento
atentado a bomba que arrasou com a vida material da Tribuna da Imprensa, por que essa entidade sindical nunca se postou a nosso favor.
PS- Por que agora no meio do fogo
cruzado, de um embate extremado, áspero e discricionário de ambos os lados,
neste segundo turno para eleger o futuro presidente do país, essa entidade sindical
assume um papel partidarizado, levando consigo seus associados a uma jornada
sem volta.
PS2 - Em 1964 num erro dessa monta,
cometeram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), ambas se posicionando a favor do Golpe Militar. E mesmo
que a frente viessem fazer a auto-critica, a mancha sanguinária jamais se
dissipou.
PS4- Mesmo que sub-repticiamente a Fenaj
emoldurou seu manifesto, está gravado apoio a candidatura do Partido dos
Trabalhadores (PT), e com isso obviamente, diminuiu a credibilidade dos seus
apontamentos, mesmo aqueles fatos dúbios em que a fake news tenha atirado na
lama das redes coais.
PS5- Pautando aqui um trecho do
Manifesto: (...) “Portanto, além de um dever cívico, é também uma
obrigação ética dos jornalistas posicionarem-se contra um candidato a
presidente da República que faz apologia da violência, não
reconhece a história do país, elogia torturadores, derrama ódio
sobre negros, mulheres, LGBTIs, índios e pobres e ainda promete
combater o ativismo da sociedade civil organizada. Esse
candidato é Jair Bolsonaro, do PSL".
PS6- Demonstra
a Fenaj seu partido e preferência eleitoral, que no meu entender é vedado as
instituições federativas.
PS7- No mesmo manifesto, a Fenaj confessa: (...) “Do outro lado, temos a candidatura de Fernando Haddad. Sem
cair na tentação de avaliar os governos do PT, podemos afirmar seguramente que
o partido respeitou – e respeita – as instituições democráticas;
apresenta-se para o debate público e submete-se à vontade soberana do
povo, expressa nas urnas. Haddad não é, portanto, um extremista
autoritário que apenas está no polo oposto, como querem fazer crer seus
adversários políticos".
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