PT NÃO SABERIA VIVER SEM LULA NO PODER.
COM DILMA FOI UMA EXPERIÊNCIA DESASTROSA. ALIANÇAS A VISTA, COM O PMDB, SERÁ
CRUEL E DEGRADANTE. LULA E GOLBERY TRAMOU A DIVISÃO DO TRABALHISMO A PARTIR DE
1979.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Petista
históricos, fundadores da agremiação, e responsáveis em 1980 pela elaboração do
programa do Partido dos Trabalhadores ao lado de Lula, admitem que o líder
petista se deslumbrasse com o poder e acabou em desgraça, conforme vem sendo
revelado nas investigações da Lava Jato.
São eles os articuladores do o
líder do NMST ara substituir Lula, na candidatura a presidência da República em
2018. Na
verdade a estrela vermelha não ira sobreviver com Lula fora do poder.
Desde
então existem no PT quatro correntes ideológicas: o social-liberalismo, o
desenvolvimentismo, a social-democracia e o socialismo. Muito embora os
intelectuais sejam independentes, mas usa essas forças para seus projetos,
hoje, esvaziados, diante da tormenta, iniciada a partir do nefasto “mensalão”,
criado por José Dirceu para dar sustentação e apoio ao governo petista com
Lula.
A
história dos partidos da classe trabalhadora brasileira se aproxima de um
século de vida. Esse movimento Inclui os anarquistas e os socialistas, assim
como setores vinculados à tradição democrático-radical, nacionalista, cristã e
sindicalista. Os subgrupos e as defecções a exemplo de Marina da Silva criaram
novas lacunas no PT.
Cabendo
ao trabalhismo, o comunismo e o petismo, esse último uma essência ideológica,
arrebatada do escamoteado Partido Trabalhista Brasileiro - PTB que em 1979 foi
tirado de Leonel Brizola e entregue através de manobra do mentor da ditadura
militar de 64, general Golbery do Couto e Silva, que agilmente desmantelou essa
frente oposicionista entregando a sigla para a fisiológica Ivete Vargas.
Quando
Brizola perdeu a sigla e fundou o PDT, eu mesmo conversei com o líder petebista
e sugeri seguir sua intuição, o mesmo assunto foi tratado na presença de José
Gomes Talarico, Bocayuva Cunha e Dotel de Andrade todos considerados no topo da
cúpula de Brizola.
Os
que comungam com as inspiradas manobras de Golbery, citam a possibilidade de
que o líder do Partido dos Trabalhadores teria sido apadrinhado pelo general,
dando-lhe proteção, desde que se opusesse a Brizola e o PTB, ficaria com
caminho livre para construir o crescimento do PT. Usou o hábil articulador da
extrema direita, o “dividir para governar.”
A política adotada pelo PT em sua primeira década de existência,
especialmente a partir do 5º Encontro Nacional (1986), foi baseada no programa
democrático-popular e socialista e numa estratégia que articulava luta social,
luta institucional, disputa político cultural e organização partidária.
Com o péssimo governo da presidente Dilma Rousseff, a
corrupção que envolveu seu governo, as sonoras declarações de que “não sabia de
nada”, fez com que o PT entrasse em rota de colisão aos seus propagados
princípios de honestidade. Em suma foi uma experiência desastrosa e por isso muitos
não perdoam Lula.
Dilma não só se destruiu, mas também levou o PT ao maior
fisco eleitoral, quando em 2016, nas eleições municipais, elegeu apenas depois
prefeitos de pequenas cidades do interior do nordeste. Ela se constitui no pior
de tudo para a imagem do PT.
Agora o PT volta com Lula, cabisbaixo, navegando em caravana
pelo interior do país, num místico de fuga e ao mesmo tempo complementando sua
amarga biografia, de momento.
Envolvido em escândalos de corrupção, citado nas delações dos
seus mais íntimos colaboradores, fazendo com que a operação Lava Jato se
concentrasse prioritariamente as suas ações quando foi presidente por dois
mandatos.
“Já existe corrente no partido que não concorda com os gritos
de: “golpe”, “volta Dilma”, “fora Temer”,
impeachment” e “diretas já”. Para eles ao fazer essas colocações, o PT
avoca para si, a revolta da sociedade que não confia mais na classe política.
Seria ”o roto falando do esfarrapado”.
O fato é que os mais otimistas dos militantes do PT não
acreditam numa retomada do partido em 2018.
As estimativas são de que provavelmente o partido não faça sequer um
governador, sua bancada na câmara seja reduzida em 10% e no senado em 20%.
Agora a cúpula petista acena com a possibilidade de fazer
aliança com o PMDB. Nada mais cínico e cruel, para seus correligionários ver o
partido entregue ao seu maior vilão o partido de Eduardo Cunha, no impeachment de
Dilma
O petismo é LINEARMENTE um espectro de sua própria
maledicente conduta pública.
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