Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

OS PEDIDOS DE IMPEACHMENT CONTRA TEMER

HELIO FERNANDES

Podia ser a solução para a saída do presidente corrupto. Foi salvo e mantido no poder, completará 18 meses dentro de alguns dias. È o mais incompetente e impopular presidente, com a agravante de que não foi eleito, é produto de uma conspiração parlamentar. Executada em parceria e cumplicidade  com o então presidente da Câmara, que agora tenta defendê-lo em depoimentos falsos, mentirosos e capciosos.

Durante 13 meses, Temer foi personagem principal de um processo de cassação do mandato no TSE. Seu presidente, o ínclito, inédito e intocável Gilmar Mendes, conduziu tudo para o julgamento, que por 4 a 3 inocentou o acusado indefensável. Depois das tramóias as mais degradantes e dilacerantes, de substituições as mais clamorosas, Gilmar deu a vitoria a Temer.

Não sem antes terminar, com um conceito sobre o corajoso e brilhante  voto do relator Herman Benjamin: "O senhor inundou (textual) o tribunal com provas irrefutáveis condenando o acusado". E votou pela inocência do réu.

A acusação tentou então o mais alto tribunal do país, o STF. Não vou dizer  que o STF agiu pré concebidamente para inocentá-lo, usemos apenas uma palavra: tergiversou. Interpretou equivocadamente (de forma deliberada) a Constituição, favorecendo blandiciosamente o réu já inocentado, Michel Temer.

A Constituição determina: "Para ser investigado pelo STF, o presidente eleito pelo SUFRAGIO POPULAR, precisa de AUTORIZAÇÃO da Câmara". Ninguém até agora descobriu onde Temer disputou e venceu SUFRAGIO POPULAR. Mas com essa interpretação capenga e mal intencionada, o STF garantiu a vitoria de Temer usando e utilizando fortunas colossais dos recursos do contribuinte.

O terceiro recurso, que também será desperdiçado.

È o impeachment. Foi manejado sorrateiramente pelo então Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, protegido pelo silencio e a omissão da maioria da Câmara e do Senado. Cunha também festejou a vitoria no estilo gozador de Gilmar: "Recebi 36 pedidos de impeachment, só usei um".

Agora é o também presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que no mesmo estilo, afirma: "Recebi 25 pedidos de impeachment, não aceitarei nenhum". E se justifica: "Depois de salvar Temer duas vezes (no pedido do Supremo), não teria sentido colocar o impeachment em votação ". 

Espantosa a afirmação e a omissão, mas aparentemente o presidente da  Câmara tem esse poder.Só aparentemente, isso não existe em nenhuma Constituição de qualquer pais. Vou dar apenas um exemplo, rumoroso, mas com tramitação inteiramente diferente.

PS- 1974. EUA. Nixon foi reeleito, já chamuscado pelo Watergate. O Procurador Geral, a quem cabe tratar do assunto, abriu processo contra o presidente.

PS2-Considerando que tinha provas suficientes mandou o processo para a Câmara. Cabe então ao presidente submeter o processo  ao plenário. E este, por maioria, aprovar ou negar o impeachment.

PS3- Sabendo que ia perder, Nixon  fez acordo, renunciou. Muito diferente.

1917: A PAZ EM SEPARADO, ENTRE ALEMANHA, RÚSSIA E ALIADOS


No final de 1916, inicio de 1917, os três países travavam combates desesperados, e na verdade não viam nenhum motivo para essa guerra sem objetivo. A primeira guerra mundial estava praticamente no fim. Os três países numa guerra inútil e precisando das suas tropas em outros lugares.

A Alemanha com as tropas aliadas quase em Berlim  tinha que deslocar seus efetivos. Os aliados, liderados pela Inglaterra (os EUA não participaram dessa guerra) estavam às portas de Berlim. E a Rússia, com uma forte oposição militar dentro do seu território, queria se livrar desses combates desnecessários e prejudiciais.

Com esses desencontros e perdas sem o menor sentido, alguém teve a ideia de fazer o que a historia chamamos de Paz em Separado. Mas faltava uma liderança que coordenasse esse acerto entre os 3 países. Trotsky estava em Moscou mas ninguém conseguia encontrá-lo.

Lembraram então de Lenin que desde 1905 estava exilado na Suíça. Mas era tal a necessidade de uma liderança, que a Alemanha fez contato com ele, que aceitou voltar pra Rússia, e viajou num trem especial pela estrada de ferro privativa da Alemanha.

Rapidamente foi feito o acordo, as tropas alemãs e aliadas tomaram o seu destino, que era o mesmo, resolveram a questão em Berlim. A Rússia ficou livre para atravessar a própria fronteira, e começar a verdadeira guerra interna, que só terminaria no final de 1920. Com a transformação da Rússia dos Romanov, na inesperada União Soviética. 

PS: Com esses dados, rigorosamente verdadeiros, é um absurdo ou talvez um desconhecimento total, comemorar agora, em 2017, os 100 anos da suposta Revolução Soviética.

PS2: Na verdade, os 100 anos devem e deveriam ser comemorados em 2020. Aliás, pouco tempo de Lenin e Trotsky no poder. Lenin que tinha uma bala no coração desde 1905, morreu no dia 22 de dezembro de 1923. Mas sua morte só foi anunciada em 4 de janeiro de 1924, já que Stalin, surgindo do nada, contestou o poder de Trotsky que foi inteiramente marginalizado.

PS3: O mundo inteiro sabe mas, não custa lembrar: essa luta Stalin-Trotsky só terminaria em 1940, com o assassinato do grande líder soviético que foi Trotsky.

PS4: Muitos que escrevem hoje, inclusive alguns que se intitulam historiadores, fazem uma grande festa neste 2017, que como se vê, está sendo comemorada com 4 anos de antecedência. E a União Soviética, que acabou no natal de 1991, não durou 74 anos como dizem, e sim 71 anos.

PS5: Poderia ter resistido a vida inteira, como acontecerá com a China de Mao Tse Tung, que vem de 1949 até este 2017, do reeleito Xi Jin Ping. Ao contrario da União Soviética, é metade comunista e metade capitalista e uma parte impossível de identificar, ditadura e a outra democracia.


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